Estive para escrever um post. Mas para não dar trabalho ao director, escrevo um comentário, sublinhando que muito do que eu poderia dizer já ele o disse.E de uma maneira exemplar.
Ouvi o discurso de demissão e assumpção da derrota calamitosa de Sócrates. Coroada por frequentes aplausos, o que diz bem do estado, tanto de caracter como de ideologia, a que este partido desceu. Um espectáculo ignominioso de baixeza, de lambe-botiosmo e de falta de vergonha política mas também, é claro e reflectidamente, pessoal desses militantes.
Quanto a Sócrates, mostrou o seu rosto de manipulador, de hipócrita e de falso irmão. Ele, que desprezava claramente os cidadãos que lhe competia governar por bem, e que tripudiava sobre eles com a sua malbaratação e os seus estranhos conluios - que terão de ser convenientemente apurados - veio falar com voz doce e afivelando uma mansuetude e uma grandeza de propósitos que a realidade crua nos diz que nunca teve, que é só cinismo e de mau quilate.
Mas não é só ele que está apodrecido dum ponto de vista político. Também os consabidos áulicos que o rodearam e que ali, na derradeira jaculatória pindérica do líder exibiram os seus perfis de desconchavados governantes ou apoiantes da alta escala,mostraram que este PS é dominado por gente sem grandeza, sem ética humanizada e sem rumo. Desde o aparentemente senil Almeida Santos ao deslustrado Ferro Rodrigues, desde o fantasmal Alegre ao inenarrável Lacão, todos eles fizeram jus a esta coisa simples: vão-se embora quanto antes, desamparem-nos a loja!
Pois nenhum consegiu ter a dignidade de dizer, (de confessar?) esta coisa simples e óbvia: o que os portugueses pricipalmente recusaram e exautoraram não foi a crise, por dura que seja: foi esse indivíduo que agora procura compaixão untuosamente, fazendo-se gentil e colaborativo.
Foi, em suma, tudo aquilo que vós representais - e que é tão desagradável como aquelas imendícies que em certos sítios se nos colam nos fundilhos quando nos sentamos em lixo inoportuno.
Não percebem que a vossa presença política, os vossos sinais, nos são odiosos?
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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domingo, 5 de junho de 2011
Comentário de Nicolau Saião ...
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