Poucas horas depois de ter anunciado o seu
apoio ao casamento gay, Barack Obama enviou um email aos
seus apoiantes no qual explicou, detalhadamente, o porquê daquele anúncio,
apelando no fim para que todos contribuam com doações para a campanha.
Por um lado, o Presidente americano, que
procura ser reeleito no dia 6 de Novembro, explicou que acredita que os casais
do mesmo sexo devem ter direito a casar-se.
"Sempre julguei que os gays e
lésbicas deviam ser tratados com justiça. Durante anos, fui relutante em usar o
termo casamento devido às poderosas tradições que evoca. Mas depois percebi que
para os casais homossexuais negar-lhes o direito a casarem-se é considerá-los
aos seus olhos, aos olhos dos seus filhos, familiares e amigos cidadãos de segunda",
lê-se no comunicado.
A explicação prolongou-se por mais alguns
parágrafos.
No final, Barack Obama pede aos apoiantes
que, caso concordem com ele, que se juntem à campanha democrata. "Mais de
1,9 milhões de americanos como você ajudam a mover esta campanha. Se puder,
faça uma doação hoje", pediu o Presidente americano.
17 comentários:
Barck Obama: "Sempre julguei que os gays e lésbicas deviam ser tratados com justiça. Durante anos, fui relutante em usar o termo casamento devido às poderosas tradições que evoca. Mas depois percebi que para os casais homossexuais negar-lhes o direito a casarem-se é considerá-los aos seus olhos, aos olhos dos seus filhos, familiares e amigos cidadãos de segunda",
Até parece mentira, precisamente a minha posição!
Inicialmente também pensava: porque carga de água é que os homossexuais querem à viva força utilizar a instituição casamento, que na origem não foi concebida para eles (até parece uma provocação!), quando muito simplesmente podem constituir um contrato (com a aprovação de um notário) de vida em comum?
Mas não sei é se isto é possível nos EUA? Ou se tem validade jurídica e os mesmos direitos do que um casamento ‘normal’. É que os americanos são muito PROGRESS em computadores e coisas bélicas (e ainda bem) mas em coisas do seixozinho são muiiiiiiiitooooo broncos coitadinhos… O Obama incluído.
Isto de regular vidas alheias deve cá ser uma estafa!
Quero lá saber se os homossexuais se casam ou não. Assim como quero lá saber se os heterossexuais se casam ou não. Cada um que decida, a vida é deles, também não precisei do ámen de ninguém para decidir a minha. Pago-lhes com a mesma moeda: querem casar? Pois têm todo o meu apoio.
Em alguns estados americanos o casamento entre pessoas do mesmo sexo já existe, noutros não, aquilo é uma manta de retalhos. Eu, estrangeira, vi o meu casamento reconhecido em todo o lado por onde andei, com todos os direitos inerentes. Casais americanos, desde que do mesmo sexo, ora são casados ora não, conforme o sítio.
Isto é alguma coisa?
Realmente, se fossem tão espertos para as coisas da vida como são para as da morte...
Quando vi a palavra 'pugresso' pensei que o post fosse sobre o Cavaco...
"Isto de regular vidas alheias deve cá ser uma estafa!
Mas necessária: compras de casa, quem reconhece e trata dos filhos, heranças, etc.
"Realmente, se fossem tão espertos para as coisas da vida como são para as da morte..."
Por eles serem tão espertos em coisas da morte é que nós ainda estamos vivos - e a ver grandes filmes...
Ok, ok, eu percebi que o pubrema está nos donativos. Mas não é assim que as coisas funcionam lá com qq candidato, para qualquer tipo de campanha? Para o Obama, contra o Obama, a favor do casamento, contra o casamento, a favor da abolição da pena de morte (a próxima!!!!), contra a abolição da pena de morte?
Pois é...
Não me diga que já fez o download do filme de que falei e que está a vê-lo neste momento...
Eu não queria dizer 'regular vidas alheias' mas 'controlar vidas alheias', que pressupõe intromissão alheia e não regulamentação.
São realmente coisas diferentes.
Pois, já percebi, estamos vivos porque alguém mata por nós... Agora que provavelmente vão deixar de matar tanto lá vamos nós todos viajar com os pés para a frente...
Resultado disso
Os EUA promoverão a criminalização dos países que não seguirem a cartilha da gaystapo.
Provavelmente, como muitos "progressistas", Obama tb não leu Adorno, Marcuse, Gramsci, etc.
E contudo, tal como eles, repete constantemente os versículos das suas obras, acreditando que as ideias sobre o que é "correcto" e "justo" e "sensato", nasceram de geração espontanea na sua cabeça.
ML disse: ”Não me diga que já fez o download do filme de que falei e que está a vê-lo neste momento...”
Nunca faço download de filmes. Ou os vejo no cinema, ou na TV, ou alugo na biblioteca, ou, em última instância, compro-os.
ML disse: ”Pois, já percebi, estamos vivos porque alguém mata por nós.”
Não senhora, ai ai ai, esta falta de nuance dos esquerdistas! Os EUA, com o seu poderio bélico mantêm à distância os que nos querem matar. Assim é que é…
E isso porquê?
Porque os americanos adoram os filmes europeus cheios de sexo explícito que eles não se atrevem a fazer.
Aprendiz,
O que é a gaystapo? Um maricas de uniforme?
”….tal como eles, repete constantemente os versículos das suas obras,”
Lidador,
Toda a gente repete versículos de obras diferentes. Uns repetem versículos da Escola das salsichas, outros versículos bíblicos, outros corânicos e outros até satânicos. O melhor é evitar a ideologia, que é uma coisa muito pouco sexy mas sobretudo muito chata e fazer como eu, dar exemplos concretos da vida corrente que toda a gente conhece, mas controláveis e de preferência apoiados em números.
"O melhor é evitar a ideologia"
Errado. A táctica da avestruz não resulta.
O melhor é conhecê-la e raciocinar sobre ela. Conhecer os fundamentos e as diferentes perspectivas de uma questão evita que tomemos por "bom senso" aquilo que é o senso dos que nos metem a comida no prato.
Os exemplos da vida prática que toda a gente conhece, podem ser invocados por qq pessoa, en favor daquilo que quiser.
Por cada exemplo da vida prática que invocar, facilmente se encontra outro que o contraria.
No final tem de fazer uma soma de "exemplos da vida prática" e vai acabar nos grandes números e nas ideias.
Se os seus argumentos se situam apenas no seu alcance visual, dificilmente conseguirá uma perspectiva equilibrada e estará à mercê de qq demagogo ou guru.
Como muita gente está, valha a verdade.
Também não faço downloads (e falo dos legais, pagos) porque não gosto de ver filmes neste quadradinho, mas o meu filho é um ás a tirá-los.
Pronto, vamos lá à tal nuance que já estava nas minhas palavras e rebobinar as ideias: se fossem tão bons para as coisas da vida como são para as coisas da morte... Pelo menos tão bons. Se talento não falta para uma, podiam esforçar-se mais no que respeita à outra. Reconheço que o Obama até faz uns esforços nesse sentido e que tem a coragem de enfrentar alguns broncos... Outros lá vão conseguindo fazer-lhe a folha mas ele vai resistindo à Idade Média e que assim se conserve. Um tal de Sanctorum já se entregou à reserva da nação, mas o outro, se for fiel à cartilha mormon (mais uma a juntar à das salsichas), também não é homem de grandes rasgos.
E consomem pornografia europeia, se consomem! É para lá que vão os filmes mais requintados, as 'upper classes' não se contentam com histórias criadas em vão de escada... E como agradecimento oferecem-nos 'protecção'.
O que é a gaystapo? Um maricas de uniforme?
É uma divisão dentro da straightstapo. Cada qual com a sua especialização.
CdR disse: "O melhor é evitar a ideologia"
Lidador disse: Errado. A táctica da avestruz não resulta.
Nem sempre, mas às vezes sim.
Por exemplo, a melhor maneira de demonstrar que o Islão radical alargou nos últimos anos a sua influência nas sociedades árabes, é mostrar uma fotografia de finalistas (mulheres) da universidade do Cairo nos anos 60, e compará-la com uma fotografia recente. O número de véus inverteu-se. Nos anos 60 enxergava-se apenas dois ou três véuzitos, agora apenas duas desavergonhadas de cabelo ao vento….
Está tudo dito. Podemos ir ver a bola sossegados.
Mas quem quiser encher três A4 está à vontade: aprofundando a teologia islâmica, dissecando a ideologia da Irmandade Muçulmana, lembrando também o conflito israelo-árabe e o pan-arabismo de Nasser e a influência da Escola de Frankfurt à mistura…
Muito bem, mas vai dar mais trabalho e não vai ter o mesmo efeito. Com a agravante de que os defensores do Islão também sabem encher A4 com o mesmo tipo de paleio, mas visto por outro prisma ou, simplesmente, sublinhando umas coisas em detrimento de outras.
Uma pincelada. Eu prefiro contar as cabeças das raparigas.
Sim, a foto das raparigas ilustra o problema.
Mas não o explica.
ML disse: É para lá que vão os filmes mais requintados,
Eu achei o AMERICAN BEAUTY bastante requintado! Achei muita piada às cenas da rapariguinha a engatar o pai da amiga (Kevin Spacey). Mas não gostei da cena final: o vizinho militarão a beijar o Kevin Spacey debaixo de chuva: exagerado e completamente out of the blue…
PS Mas deve ser preconceito de esquerda machista: Homens aos beijos por favor, ‘not on my backjard…’
Já deve ter reparado que tanto Hollywood como as séries televisivas incorporam quase obrigatoriamente, os ícones da correcção política.
Há sempre um negro "bom", uma relação gay bastante gráfica, etc.
A finalidade é óbvia: promover a auto-estima destes grupos.
É uma espécia de acção afirmativa...
Concretamente nesse filme, aquela cena final é completamente gratuita.
No fundo pretende passar a ideia tonta de que o preconceito contra a homossexualidade tem um carácter freudiano (ou seja, é homossexualidade reprimida)tentando, por essa via inibir a sua manifestação.
É tão primário que até chateia..
Lidador: ”Tanto Hollywood como as séries televisivas incorporam quase obrigatoriamente, os ícones da correcção política.”
Realmente, na série THE SOPRANOS é só maricas a meterem as pistolas nas peidas uns dos outros… até chateia…
Acerca do AMERICAN BEAUTY tem razão, pelo menos é essa também a impressão com que fiquei. Uma homossexualidade oprimida metida à pressão - não havia nexexidade… Mas o resto é uma maravilha. E aquelas rapariguinhas que engatam os pais das amigas não são seres de outro planeta, ELAS EXISTEM.
Agora não me venha dizer que ela é única. É claro que não são todas assim, infelizmente, mesmo em Amesterdão. Mas para haver 15.487 assim, é preciso que haja 1.785.476 muito parecidas, mas com menos coragem e que não ultrapassam a fase da imaginação. É preciso que haja também uma aceitação moral, que não tenha um pai como o Nivaldo Cordeiro, que a rapariga não seja rejeitada ou mesmo assassinada pela família, como acontece noutras partes do mundo
Não gostei assim tanto do 'American Beauty', aborreceu-me um pouco e mesmo a cena final parece-me mais uma encenação do 'quem diz é quem é', uma teoria muito conhecida - e penso que certeira - sobre certas fobias e tentativas de fuga.
O Sam Mendes é de origem portuguesa, não somos atavicamente retrógados...
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