[Comentário que deixei no FaceBook do Prof. Ramiro Marques:]
Esta coisa das desigualdades está intrinsecamente ligada à forma como cada povo se comporta.
Não há muito tempo, alguém a quem saiu a lotaria comprou um Mercedes topo de gama, enfiou-o na garagem ... e ele lá estava. Para não descarregar a bateria a dona, de vez em quando, ia à mercearia de Mercedes.
Na minha opinião, 90% dos portugueses se puderem ganhar muito (muito mesmo) ganham e comportam-se como gente rica. Seja numa empresa, seja sabe-se lá em que empresa, é esse o comportamento genetico-económico dos portugueses. Afirmar que as igualdades ou desigualdades podem ser combatidas é uma guerra perdida.
Senão, repare. Quantos portugueses não estão neste momento encalacrados por excesso de dívidas? Já reparou que não se constroem apartamentos pequenos? Já reparou no parque automóvel? Apesar dos pesadíssimos impostos os carros topo de gama (não estou a falar das bombas) estou a falar de carros que não se vêm circular na Alemanha ou Suíça em tão grande proporção. São capitalistas exploradores? Não. São pessoas que se endividam até aos cabelos porque a ostentação faz parte da genética em Portugal. Já reparou na quantidade de excelentes carros que são espatifados nas estradas? Não lhe parece que a forma como se conduz reflecte a displicência com que se põe em causa um valor que é quase sistematicamente do trabalho proveniente?
Eu não gosto que seja assim, mas, até que não seja, resta-me resmungar mas nunca conduzir-me como se já não fosse ou pensar que tal pode ser alterado por via da dita redistribuição.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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domingo, 27 de maio de 2012
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