It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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segunda-feira, 21 de maio de 2012
Ventos de discórdia
Anda aqui, no blogue, um vento de discórdia.
Discórdia mesmo, que é diferente de discordância.
Quando discordamos, trocamos argumentos sobre ideias e factos, sempre com cortesia e educação, evitando entrar em remoques sobre as pessoas e as suas características, reais ou imaginadas.
Eu gosto de discordância. Gosto de estar sentado num café, a discutir e a argumentar sobre as mais variadas coisas, com pessoas capazes de debater.
Mas detesto a discórdia.
Detesto quando eu digo que a cadeira é azul e o meu interlocutor, em vez de me fazer ver que me parece azul porque há uma lâmpada azul no tecto, me chama burro, ou me responde em tom chocarreiro.
Recordo-me de uma longa discussão que tive num café de Bruxelas, com um amigo, elemento do Comité Central do PCP, de quem tudo me separa em termos de ideias. E de como essa discussão foi agradável, com umas cervejas pelo meio, sem que algum de nós alguma vez entrasse pela chocarreirice, insulto ou pelo remoque.
Aqui, a discussão - interessante, sublinhe-se- que levou à discórdia, foi sobre as relações entre sexos, progresso, feminismo, etc.
O Carmo da Rosa tem uma opinião diferente da minha e da do Jose Gonsalo, o que é natural e saudável. Obviamente todos achamos que temos razão e argumentamos em defesa da nossa posição. E consultamos, e lemos, e confrontamos a solidez do que pensamos.
Pelo meio há algumas subtis alfinetadas, mas nada que faça perder o verniz. Eu, por exemplo, sugeri , porque acredito nisso, que o CdR está, nesta matéria, doutrinado e cego, fechado numa certa maneira politicamente correcta de ver o mundo e fui ao extremo de lhe referir os fundamentos dessa doutrina.
O CdR pareceu ter algum dificuldade na refutação dos fundamentos ideológicos e enveredou pelo clássico esquema de tentar fazer humor com o argumento. Pelo meio foi sugerindo que eu tinha uma mentalidade do séc XIX, o que, sublinhe-se, é já entrar num campo algo movediço. É basicamente rotular-me de retrógrado, retardado, enfim, coisas pouco agradáveis e, ainda por cima, razoavelmente falsas, como pode atestar quem me conhece.
Mas, de um modo geral, a discussão continuou a situar-se no plano das ideias, que é onde gosto que ela decorra.
Infelizmente o CdR alberga nos seus domínios um troll que tem a desagradável mania de, em vez de se limitar à discordância, entra a pés juntos no ataque pessoal, escrevendo em tom chocarreiro cuja única finalidade é ofender e diminuir o oponente.
Este é o tipo de conversa que não me interessa. Não posso descer ao nível do troll e como o CdR não lhe limita a actuação, invocando princípios para ele importantes, torrna-se impossível discutir ideias.
É como estar em casa de um amigo a trocar ideias com um grupo de pessoas, e uma delas estar sistematicamente, aproveitando-se da hospitalidade do anfitrião, a insultar-nos, sem que o anfitrião lhe chame a atenção.
É óbvio que não tardamos a levantar-nos, ou para propinar um soco na tabuleta do insolente ou, se isso não for possível, para ir à nossa vida, em busca de paragens mais agradáveis.
É só por isso que eu deixei de comentar nos postes do CdR. Porque sou alvo de ataques pessoais e não quero entrar nesse tipo de "argumentação".
Com o José Gonsalo, a troca de mimos está a entrar numa outra dimensão. Uma dimensão bastante mais desagradável.
Porque se trata de duas excelentes pessoas, inteligentes, conviviais, sensatas e maduras, deixo aqui o meu apelo à contenção, à educação e à cortesia.
Sem isto não passamos de selvagens.
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30 comentários:
Lidador,
A diferença entre discórdia e discordância é muito fininha e sujeita a todo o tipo de interpretações. É a mesma que existe entre islamofobia e apenas criticar as aberrações do Islão; a mesma entre o crente que faz constante apelo ao respeito para evitar críticas à doutrina, agora que já não está em condições de assar os ateus como sardinhas em autos-de-fé.
Lidador disse: ”Detesto quando eu digo que a cadeira é azul e o meu interlocutor, em vez de me fazer ver que me parece azul porque há uma lâmpada azul no tecto, me chama burro, ou me responde em tom chocarreiro.”,
Se eu fosse a enumerar as coisas que não gosto na internet ainda estaria aqui amanhã. Bem, para lhe satisfazer a curiosidade só algumas: O uso de nicks; a monotonia da temática; o uso e abuso de propaganda; a falta de humor; argumentar sem dados quantificáveis e controláveis; não responder a perguntas concretas, mas fazer como no super-mercado, pegar só naquilo que nos interessa; ou não responder pura e simplesmente, ou sugerir (pior ainda do que dizer!) que o outro está c’os copos; ou citar erradamente, ou acusar injustamente de racista; ou islamófobo; ou anti-americano; ou da Escola da terra das Salsichas; ou que dá quecas em mulheres à má fila sem dizer água vai…. Já me cansei.
Mas tudo isto não me chateia nem me tira o sono, já me habituei e faz parte da Liberdade da Internet. E a coisa é assim porque foi concebida pelos americanos, que são uns gajos porreiros, abertos, democráticos e pouco formais. Porque se a Internet fosse inventada pelos portugueses era o c…….., seria privilégio de malta fina e moderna de Cascais com contactos na alta finança e em círculos eclesiásticos. Eu e muitos outros estava-mos bem f………s.
Lidador disse: ” uma longa discussão que tive num café de Bruxelas, com um amigo, elemento do Comité Central do PCP.”
discussões e encontros agradáveis
Pois eu tive há uns meses uma longa polémica com um esquerdista no Arrastão que, depois de termos descoberto que ambos vivíamos em Amesterdão, se arrastou para a nossa caixa de mail (com insultos, remoques e injúrias). Sem nos conhecermos de lado nenhum acabamos por marcar um encontro no centro da cidade – ele fez uma descrição pormenorizada da sua pessoa e vestimenta e eu disse que abanaria com o livro vermelho do Mao. Enfim, o rapaz já cá veio a casa jantar e eu a casa dele. Posso dar provas, mas para isso preciso da autorização da pessoa. O Streetwarrior, que normalmente nunca está de acordo comigo nem eu com ele, já me prometeu uma garrafa de vinho americano quando for a Portugal. A terrível Zazi, a fera da blogosfera nacional, a uma certa altura já me mandava beijinhos – e eu nunca concordei com ela, nem ela comigo… Outra pessoa com opiniões ideológicas diferentes da minha mas que parece não me odiar é a ML… Se ela vier a Amesterdão e quiser continuar a discutir as Universidades americanas (hahaha) comigo, terei muito gosto em a receber, assim como o resto da malta do FIEL, claro…
O meu amigo Holandês Voador (que já várias vezes comentou no FIEL e este sim, é que é mesmo da Escola das salsichas) está 150% em desacordo comigo, e no entanto continuamos a trocar mails e a descascar um no outro sem nos pouparmos, mas quando vou a Portugal procuro visitá-lo, e ele quando vem a Amesterdão vem sempre cá comer a casa – e ainda não nos matamos. Um outro meu amigo, o Cabeça, que segue o FIEL e comenta de vez em quando, é um esquerdista do piorio, chaparro dum cabrão! No entanto, é um gajo porreiro e quase nunca me zanguei com ele, graças ao humor do bicho…
Lidador disse: ”O Carmo da Rosa tem uma opinião diferente da minha e da do Jose Gonsalo, o que é natural e saudável..”
Saudável não sei, em todo o caso menos monótono… O Natural é devido talvez à diferença de idade – o Lidador e o José Gonsalo são mais novos, obrigatoriamente mais prá frentex….hahaha
Lidador disse: ” o CdR está, nesta matéria, doutrinado e cego, fechado numa certa maneira politicamente correcta de ver o mundo e fui ao extremo de lhe referir os fundamentos dessa doutrina.”
Ena pá, o que aqui vai de insultos! É caso para uma pessoa radicalizar: deixar crescer a barba, cortar a bainhas das calças, declamar a Chahada e decorar o Corão…
Lidador disse: ”O CdR pareceu ter algum dificuldade na refutação dos fundamentos ideológicos..”
Não, o CdR só tem dificuldade com ideologia. Coisa chata como a potassa, que me lembra imediatamente o tempo que perdi com ideologia no apogeu da ideologia: anos 70. Quando estou perante demasiada ideologia colocam-se-me duas opções: matar a pessoa a tiro ou utilizar humor. Mas como diz um comediante holandês, matar a tiro alimenta rumores por trás da casaca: - tem algum jeito, vejam lá bem, roubar a vida a uma pessoa por uma questão tão banal e coisa e tal. Não é opção. Resta-me a utilização de humor… a maneira muito mais séria de abordar questões humanas.
Lidador disse: ”sugerindo que eu tinha uma mentalidade do séc XIX, o que, sublinhe-se, é já entrar num campo algo movediço. É basicamente rotular-me de retrógrado, retardado, enfim, coisas pouco agradáveis e, ainda por cima, razoavelmente falsas, como pode atestar quem me conhece.”
Dizer que uma pessoa é antiquada ou que tem uma mentalidade do século XIX nunca na vida pode ser um insulto! Para isso é preciso recorrer a adjectivos que nada têm a ver com o assunto, como retrógrado. Mas como isto ainda não diz muita coisa, somos obrigados a passar a uma fase superior: RETARDADO, que tem uma dimensão psíquica e assim já pode ser vendido como insulto! Há aqui um pequeno problema! Eu nunca utilizei as palavras “retrógrado” e muito menos “retardado”…
Continua…..
O insulto está totalmente fora de questão pelo simples facto de eu próprio ser antiquado em muita coisa, e estou-me borrifando que me chamem antiquado porque assumo isso com orgulho. Poderia dar centenas de exemplos da minha mentalidade antiquada de tuga de província, mas dou apenas um. As pessoas modernas que usam a Net, todas elas têm e usam um “nick”, há mesmo quem mude de nick todos os anos (último grito em modernidade). Só eu e o meu amigo Cabeça (mais antiquado ainda, até mete a carantonha dele) é que não alinhamos em modernices…
É que uma pessoa começa por arranjar um “nick”, depois passa a usar um I-phone, a seguir a mariquice do GPS, e quando menos espera entra em casa e está a mulher a ler o jornal com um copo de whisky e um charuto nos beiços…
Lidador disse: ” Infelizmente o CdR alberga nos seus domínios um troll.”
Um ‘troll’ não é bem isso, mas de qualquer maneira o CdR não alberga a ponta de um corno. Como já disse, a Internet é uma coisa americana e foi feita para ser aberta, livre e democrática. Princípios que não são meus mas universais. Mas é claro, o problema é que há outros povos que têm uma interpretação muito própria do conceito de liberdade de expressão.
Lidador disse: ” Com o José Gonsalo, a troca de mimos está a entrar numa outra dimensão. Uma dimensão bastante mais desagradável.”
Como demonstra o número de amizades que faço na Internet (com adversários!), creio que sou o exemplo de correcção a seguir (menos um ou outro vernáculo do Porto, mas isso Deus perdoa). Da parte do José Gonsalo ainda não notei nada assim de muito desagradável! Talvez o tamanho dos textos? Mas estão tão bem escritos que nem se nota…
"Um ‘troll’ não é bem isso"
CdR, o seu conceito de liberdade de expressão é bastante sui generis.
Vamos imaginar que neste poste, entrava aqui um habitué, que a propósito de tudo e de nada, se referia constantemente a si, ou a outros, falando de si, em tom chocarreiro. Do género:
"O holandês paneleiro, quejá abafava a palhinha num certo local que eu cá sei, diz que isto e aquilo..."
"O camarada bebedolas, escreve, o mentiroso, que, patati patatá"
E vamos supor que isto se repete sempre, sempre, sempre, com a obvia finalidade de o insultar e apoucar.
Você pode dizer o que quiser mas, a menos que tenha deglutido 20 comprimidos de diazepam, o seu conceito de "liberdade de expressão" vai sofrer uma séria revisão.
Até pode começar por responder à criatura no mesmo tom. E depois? Que tipo de diálogo é possível com tal sujeito?
Não lhe afiambraria um seco no nariz, se o apanhasse a jeito?
Todavia, uma vez que não pode, que lhe resta?
Continuar por ali a ouvir insultos ou ir para outra freguesia?
Ora tente lá colocar-se nesses sapatos...
Mas, é claro, neste poste eu não permitiria tal coisa.
É o meu conceito de liberdade de expressão que prevalece:
Total liberdade para argumentar no campo das ideias e dos factos, nenhuma tolerância com ataques ad hominem.
É a única maneira de manter as coisas limpas.
É tb uma das razões pelas quais já ninguém argumenta com a Zazie. Porque ela precede toda e qualquer troca de ideias, com um chorrilho de insultos.
Dá algum prazer discutir com alguém assim?
Admito que sim, mas eu não sou um dos que acha isso agradável.
"A diferença entre discórdia e discordância é muito fininha e sujeita a todo o tipo de interpretações"
Não creio.
Para mim é bastante simples:
-Discutir ideias é bom
-Discutir factos é pouco motivador, mas aceita-se.
-Discutir pessoas é mau, com uma ressalva: quando se discute se certas características de uma pessoa com poder afectam o seu julgamento e o modo como exerce esse poder.
Naquele tempo eram 12 os apóstolos
de Cristo.
No Fiel Inimigo são 12 os "apóstolos".
Ou vos falta um cristo ou são sinais dos tempos.
Duma forma ou doutra, seja o que for que causa tais discórdias, tenho fé e em verdade vos digo: Deus é grande e há-de perdoar as vossas ofensas.
Lidador disse: ”CdR, o seu conceito de liberdade de expressão é bastante sui generis.”
Não, é total. É como os direitos humanos, não existe uma interpretação chinesa e outra islâmica, direitos humanos são direitos humanos e é para toda a gente – também para as mulheres.
Lidador disse: ”Vamos imaginar que neste poste”
Podemos imaginar muita coisa, mas quando isso acontecer já se verá. Por enquanto o único que devia estar preocupado com essas coisas sou eu, que assino com o meu nome (e o meu amigo Cabeça)…
Lidador disse: ” É tb uma das razões pelas quais já ninguém argumenta com a Zazie.”
A questão não é essa! A questão era que, mesmo com a Zazie, acabei por me dar bem…
Chorrilhos de insultos e gente que antipatiza connosco por esta ou aquela razão é incómodo, mas como já disse, é INERENTE à grande invenção democrática e libertária dos americanos. Instituições democráticas não são perfeitas. Perfeição só existe nos congressos do Partido Comunista Chinês ou no parlamento Saudita. E também existia na assembleia nacional no tempo de Salazar.
Lidador disse: ”Não creio. Para mim é bastante simples [A diferença entre discórdia e discordância]”
Explique isso aos muçulmanos ou ao Santorum – desejo-lhe muito sucesso…
Ladrilhador de cedofeita disse: ”No Fiel Inimigo são 12 os "apóstolos".
Mas só quatro é que estão vivos, os outros já morreram e nem na Páscoa querem ressuscitar…
"Não, é total."
Sim, e total liberdade implica total responsabilidade.
Você tem total liberdade para ir aí à rua e chamar paneleiro ao dono do quiosque. Não pode é eximir-se à responsabilidade.
Na melhor das hipoteses ele acerta-lhe o passo, na pior processa-o por agressão verbal.
Neste blogue, como na vida, cada um pode dizer o que quiser. Não há censura prévia. Mas depois tem de aceitar as consequências.
Como na vida, meu caro.
Apagar comentários insultuosos não é ser contra a liberdade de expressão, é exactamente o contrário: é responsabilizar quem a utiliza de forma a agredir outros e é, em ultima análise, proteger a liberdade de expressão daqueles que querem dizer a sua opinião sem serem agredidos.
Resumindo:
TODA A GENTE É LIVRE PARA INSULTAR OUTREM, MAS ESSA LIBERDADE VEM SEMPRE JUNTO COM A RESPONSABILIZAÇÃO.
Da mesma maneira, você tem inteira liberdade para usar o seu braço e o seu punho no nariz de um vizinho.
Mas não pode eximir-se à responsabilidade que daí advém.
No blogue, a responsabilização é apenas uma: ver apagados os comentários em que se insulta ad hominem.
Parece-me sensato e creio que você tb assim veria, se conseguisse colocar-se nos sapatos de outrem.
Lidador,
Os muçulmanos vêm sempre com essa desculpa da responsabilidade quando se trata de cartoons críticos, livros, peças de teatro ou exposições com corpos despidos. À pala da responsabilidade querem instalar a sharia.
Mas é evidente que ninguém gosta de ser insultado.
Mas atenção, há pessoas (não me estou a referir a ninguém em concreto) que se sentem imediatamente insultadas quando alguém discorda do que dizem. Mas como já disse anteriormente e noutro post, tudo isto é INERENTE à grande invenção democrática e libertária dos americanos.
Instituições democráticas não são perfeitas.
Perfeição só existe nos congressos do Partido Comunista Chinês ou no parlamento Saudita. E também existia na assembleia nacional no tempo de Salazar.
Toda a gente pode dar exemplos da vida concreta e eu adoro essas coisas (mais descrições pessoais e menos ideologia!), mas sobre liberdade de expressão a única coisa que realmente conta são estes factos:
Every year, Reporters Without Borders establishes a ranking of countries in terms of their freedom of the press. The Worldwide press freedom index list is based on responses to surveys sent to journalists that are members of partner organisations of the RWB, as well as related specialists such as researchers, jurists and human rights activists.
In 2010, the countries where press was the most free were Finland, Iceland, Netherlands, Norway and Sweden. The country with the least degree of press freedom was Eritrea, followed by North Korea, Turkmenistan, Iran and Myanmar (Burma).[1]
PS E como também já disse, quem deveria estar mais preocupado com sapatos sou eu, que assino com o meu nome…
"Os muçulmanos vêm sempre com essa desculpa da responsabilidade "
Espanta-me como o CdR não consegue ver esta coisa tão simples:
Se eu lhe chamar panilas, estou a insultá-lo.
Se souber que o Pat Condell é o seu guru e insinuarr que o Pat Condell é burro,(não acho, claro) não o estou a insultar a si.
Chiça, que é que há nisto tão dificil de perceber?
Mas se você, como os muçulmanos, achar que o estou a insultar por verter uma opinião sobre o Pat Condell, faça a prova da lei. Veja se há hipóteses razoáveis de um tribunal me condenar por isso. E claro que não há.
Mas se eu o insultar a si e tiver provas, tem a certeza quase absoluta de que,em tribunal, serei punido.
Que porra há nisto tão dificil de entender?
Você acha mesmo que as pessoas são livres de se insultarem umas às outras?
E então a liberdade de não ser agredido, onde fica.
NÃO HÁ DIREITOS ABSOLUTOS!
Nem a vida é um direito absoluto, carago.
E se não entendeu, ou não quis entender, o meu argumento, perceba ao menos este:
Eu tenho o direito de poder exprimir a minha opinião sem ser insultado.
A minha opinião está aberta à crítica, mesmo que ela seja obtusa.
A minha pessoa NÃO!
E se mesmo assim, o CdR, ainda não entendeu, deixo-o com clareza desta frase:
Pessoas superiores discutem ideais, pessoas normais discutem factos e pessoas medíocres discutem pessoas.
Lidador:
Em todos nós, há insignificâncias que nos ficam na memória desde putos, sem que a gente saiba muito bem porque se nos gravaram lá. No meu caso, isto assentou-me arraiais na mioleira, tinha eu para aí uns quinze anos (sei-o, porque andava a catrapiscar a filha mais nova de uma das personagens):
Dois vizinhos. Dois irmãos. Os dois do Norte. Os dois sentados no muro do meu quintal. A falarem de futebol.
Um: Nããão... Eu gosto de um jogo com um bocado de sarrafada.
O outro: Eh pá, tens fraco gosto.
Eu já envelheci. Eles já morreram há muito.
Agora explique-me lá porque é que uma porcaria destas se me manteve na memória.
Ele há coisas...!
CdR disse: Mas só quatro é que estão vivos, os outros já morreram e nem na Páscoa querem ressuscitar…
Referia-me aos 12 "contribuintes" do Fiel Inimigo. Não sabia que só 4 estão vivos. Lamento. O CdR é um deles? : )
Lidador disse: ” Espanta-me como o CdR não consegue ver esta coisa tão simples:”
Porque a coisa não é tão simples como você a pinta! E a prova, que a coisa se complica, é que você se recusa a olhar para o espelho que eu lhe coloco à frente: o exemplo dos muçulmanos, que você tanto usou no passado…
Lidador disse: ”Se eu lhe chamar panilas, estou a insultá-lo.”
Não. Está apenas a ser infantil…
Lidador disse: ” Se souber que o Pat Condell é o seu guru e insinuar que o Pat Condell é burro,(não acho, claro) não o estou a insultar a si.”
Claro que não, está apenas a insultar o Pat Condell. Muito provavelmente perguntaria porque razão acha que ele é burro, e se não tiver um argumento plauzível para provar o que diz, está outra vez a ser infantil como quando disse que eu era panilas… Tão simples como isto.
Lidador disse: ”Você acha mesmo que as pessoas são livres de se insultarem umas às outras?”
Isto é uma caricatura do que eu acho.
Lidador disse: ” Eu tenho o direito de poder exprimir a minha opinião sem ser insultado.”
Ó inclemência, ó martírio, mas o ser insultado é SUBJECTIVO, e você fornece a prova: ainda há pouco estava convencidíssimo que eu o estava a insultar só por sugerir que é antiquado! O que é totalmente absurdo! E depois escreveu todo um artigo sugerindo que ”a [minha] troca de mimos com o José Gonsalo está a entrar numa outra dimensão. Uma dimensão bastante mais desagradável.”
Desagradável para quem?
Lidador disse: ” Agora explique-me lá porque é que uma porcaria destas se me manteve na memória.”
Muito simples. Por causa do sotaque…
O resto são extrapolações convenientes! Tecnicamente seria possível encontrar dois irmãos alfacinhas em plena Brasileira a falarem de literatura.
Um: - eh pá, eu só gosto mesmo de textos longos e com palavras caras…
O outro: - eh pá que giro, temos o mesmo gosto! Mas tem que meter sexo pá, que é para eu não adormecer…
"mas o ser insultado é SUBJECTIVO,"
Deve ser por isso que o código penal de todos os estados de direito, holanda incluida, têm penas de prisão por injúria.
Se eu disser " você é panilas", estou a tentar ofendê-lo. É a minha intenção e você percebe, porque é um ser humano.
Se eu chamar o mesmo a um cachorro, o gajo está-se nas tintas, não entende a intenção.
Bem, pois aí na Holanda, e aqui em Portugal, você pode processar-me e é quase certo que eu vou de cana ou levo uma multa.
Que porra de subjectividade há nisto?
Pela sua argumentação, deduz-se claramente que o insulto não existe o que, mais uma vez, não só é mentira, como prova que para o CdR, a realidade só conta quando lhe convém.
Então, se não existe, porque carga de água é que existe nos códigos penais?
POrque é que há pessoas presas em todos os estados de direito por terem injuridao outrem.
Ah, é infantil. Tá bem abelha.
Para que saiba, no mundo real, já houve guerras por causa de insultos, o que não é mau para uma coisa que não existe.
O que é curioso, e torna o seu raciocinio uma contradição pegada, é que acha que eu estava a insultar o Pat Condel.
Ou seja, injuriá-lo a si, não é insulto (de boca para fora,claro), mas injuriar o Pat Condel, já é.
Explique-se CdR.
Afinal há insulto ou não há insulto?
"Isto é uma caricatura do que eu acho."
Chiça, que você é mesmo estúpido, porra!
Lidador,
Peço imensa desculpa, não me espremi bem.
Realmente o insulto não é SUBJECTIVO, o insulto existe, o que é subjectivo é a PERCEPÇÃO do que é insulto.
A partir desta correcção não há mais nada a alterar no meu texto e nas minhas perguntas, que ainda não foram respondidas. Vou repetir o que disse:
Que a percepção é subjectiva você mesmo fornece a prova: ainda há pouco estava convencidíssimo que eu o estava a insultar só por sugerir que é antiquado! O que é totalmente absurdo! E depois escreveu todo um artigo sugerindo que ”a [minha] troca de mimos com o José Gonsalo está a entrar numa outra dimensão. Uma dimensão bastante mais desagradável.”
Desagradável para quem?
Continuo à espera de resposta!
O resto dos exemplos com tentativas incipientes de insultos é do domínio do recreio da escola primária: - eh pá tu és panilas, não tu é que és! Mas o teu pai é corno. Sim, mas o meu é serralheiro e serra os cornos ao teu…
Por causa de hipotéticos insultos não se vai proibir o acesso à internet às crianças, pois não?
Lidador disse: ”Chiça, que você é mesmo estúpido, porra!”
Mas é o que me salva, para ir aturando comentários infantis. E o que vale é que tenho alguma experiência dos blogues holandeses: argumentar com muçulmanos…
"para ir aturando comentários infantis."
Ó seu idiota, não entendeste nada do que eu disse.
E metes-te para aqui a papaguear bostadas, como se te achasses muita piada.
Parece que um 'troll' escreveu isto:
Porque se trata de duas excelentes pessoas, inteligentes, conviviais, sensatas e maduras, deixo aqui o meu apelo à contenção, à educação e à cortesia.
O 'troll' não diz quem são as pessoas que reunem tantas qualidades! Isto deve ser certamente propaganda...
Estás a chamar-me troll, palerma.
Quer dizer, andas para aqui a largar asneiras e chamas nomes aos outros.
Já leste o Código Penal holandês, ou continuas a chutar para o ar, imbecil?
”Estás a chamar-me troll, palerma.”
Se não foi um ‘troll’ que escreveu foi um palerma! Das duas sete… Ou então, será que as excelentes pessoas e rebébéu pirolito eram o Nivaldo Cordeiro e o Olavo de Carvalho? Nesse caso peço mais uma vez desculpa e já não está aqui quem falou…
Continuas a meter o pé na argola, palonço.
O Código Penal Holandês aterrou-te em cima da mona e agora assobias para o ar a ver se disfarças.
Vai-te encher de moscas e aprende a ler, antes de abrires a matraca para dizeres asneiras.
Caro "O Lidador"
Deixe para lá o estrangeirado iluminado falante.
No tempo do Eça também era moda estar na estranja a estudar filosofia e a debutar nos cafés-tertúlia e acabavam todos em Portugal com o cano de revólver metido nas ventas, por auto-recreação!
Há muitos destes hoje em dia a ejacular sensabedorias sobre teclados e ratos...
O tal soco nos queixos ia bem com eles mas não é fácil dar com eles ao vivo e a cores, embora eles propalem que assinam de nome próprio...na berloquosfera onde passam os dias e as noites (malta de muita labuta).
Assim, em verdade vos digo,
Bem aventurados os simples, os trolls e os demais utentes e leitores de "A Bola", como eu... : )
Ladrilhador de Cedofeita: ”Deixe para lá o estrangeirado iluminado falante.”
Cá temos um patriota iluminado que pretende dar socos nos queixos dos emigrantes! Um crime de lesa-pátria, porque estes últimos são os únicos que ainda vão contribuindo para equilibrar a balança de pagamentos do Estado…
O pé na argola:
O Código Penal Holandês não foi feito para meter o pé na argola nem para legislar sobre crianças que durante o recreio de uma escola primária se apelidam de panilas… Isto corresponde, no mundo dos adultos/crianças, a processar alguém por ter dito que outro utilizaria métodos estalinistas.
Em Portugal isto é possível porque o Ministério Público tem muito pouco que fazer, já que prender entidades políticas ligadas à alta finança (ou vice-versa) é mal visto – é visto como uma grave falta de cortesia e cavalheirismo…
"O Código Penal Holandês não foi feito para meter o pé na argola"
CdR, não sei se o que diz é o resultado de um conhecimento profundo do espírito da lei, ou de simples vontade de acreditar.
Mas na Holanda, neste mesmo ano de 2012, um veredicto de um juiz, garante que insultos online, através das redes sociais, por exemplo, são justa causa para despedimento.
Veja aqui:
http://zoeken.rechtspraak.nl/resultpage.aspx?snelzoeken=true&searchtype=ljn&ljn=BV9483
Está em flemish, mas você entende.
E aproveite, já que está nesse site, para ler alguns interessantes acórdãos de tribunais holandeses, a condenar pessoas que insultam outras.
Em que ficam as suas certezas, face a estes factos?
cDr verteu:
"pa ta ta...emigrantes! Um crime de lesa-pátria, porque estes últimos ...pa ta ta".
"lesa-pátria"? O sujeito mais uma vez insiste em querer tocar aquilo que não está ao alcance de todos. Para falar em Pátria é preciso saber o seu significado.
Mas tem razão lidador, o sujeito tem algo de esquisito a postar. Quer apostar comigo? Bipolar, esquizo ou algo assim. É garantido. Se um dia deixar de ver o sujeito por aqui, já sabe, seguiu o rasto do Antero, do Camilo e de outras vedetas da época. Só que aqueles, ao menos, deixaram obra...
Agora vou ler a "A Bola"... : )
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