Aqui decorre uma discussão inacreditável que já não se julgava possível entre pessoas que conhecem a História do séc. XX, só para não ir mais longe.
Podem-se alinhar sofisticados argumentos filosóficos e económicos para demonstrar a racionalidade do sistema de concorrência mas, muitas vezes, é necessária uma metáfora apelativa:
Vamos supor que eu tenho para vender um velho televisor a preto e branco e um moderno LCD XPTO HD de 200 polegadas e 300 megapíxeis.
Se usar o mercado, ponho-as a leilão. Como sou um tipo com “consciência social” e acho que devo dar oportunidade a todos, estabeleço para ambos uma base de licitação simpática, digamos 50 euros.
O que irá naturalmente acontecer é que daqui a uns dias, as licitações já devem andar perto dos respectivos valores de mercado. O televisor a preto e branco ali pela rama e o LCD, upa, upa.
O sistema é simples e faz todos felizes. Eu, porque vendi a um preço que me satisfaz e os compradores porque pagaram o que acharam adequado.
E vai cada um à sua vida.
Podem-se alinhar sofisticados argumentos filosóficos e económicos para demonstrar a racionalidade do sistema de concorrência mas, muitas vezes, é necessária uma metáfora apelativa:
Vamos supor que eu tenho para vender um velho televisor a preto e branco e um moderno LCD XPTO HD de 200 polegadas e 300 megapíxeis.
Se usar o mercado, ponho-as a leilão. Como sou um tipo com “consciência social” e acho que devo dar oportunidade a todos, estabeleço para ambos uma base de licitação simpática, digamos 50 euros.
O que irá naturalmente acontecer é que daqui a uns dias, as licitações já devem andar perto dos respectivos valores de mercado. O televisor a preto e branco ali pela rama e o LCD, upa, upa.
O sistema é simples e faz todos felizes. Eu, porque vendi a um preço que me satisfaz e os compradores porque pagaram o que acharam adequado.
E vai cada um à sua vida.
Imaginemos agora que vivo num país em que o governo controla os preços e me proíbe de vender por menos de 100 ou por mais de 500.
Como é evidente, não terei nenhuma proposta para a televisão a preto e branco, e terei milhares delas a 500, para o LCD.
O tipo que até queria a televisão a preto e branco para fazer um aquário e que daria por ela 70 euros, não pode comprar e eu fico com o mono em casa.
E tenho de arranjar uma pequena burocracia para analisar todas as propostas para o LCD. Tenho de elaborar critérios, pedir documentos que me confirmem os dados fornecidos, averiguar da capacidade de sustentação do LCD, enfim um sem número de detalhes burocráticos.
E tenho também de instituir um método de controlo do trabalho dos burocratas para despistar a corrupção e o compadrio que esta situação inevitavelmente potencia, pois o Sr. Brolhas é amigo do tipo que analisa as fichas e o Sr. Bolotas tem um sobrinho na secretaria.
No final deste complicado e caro processo o LCD é atribuído ao Zé das Iscas que é fino que nem um alho, e vai logo fazer aquilo que é óbvio e que eu deveria ter feito: vende o LCD no mercado negro pelo preço que lhe oferecerem e forra as algibeiras com uma boa maquia.
Qual o resultado deste processo complicado? O LCD acabou na posse de quem tinha dinheiro para o comprar (que todavia se arrisca porque cometeu uma ilegalidade), e os custos do processo foram incomparavelmente superiores.
Ou seja, o sistema de controlo de preços e gestão centralizada da escassez é ineficaz e arrasta consigo efeitos perversos, nefastos para quase todos excepto para alguns, sortudos, espertalhões ou com “bons contactos”.
Como é evidente, não terei nenhuma proposta para a televisão a preto e branco, e terei milhares delas a 500, para o LCD.
O tipo que até queria a televisão a preto e branco para fazer um aquário e que daria por ela 70 euros, não pode comprar e eu fico com o mono em casa.
E tenho de arranjar uma pequena burocracia para analisar todas as propostas para o LCD. Tenho de elaborar critérios, pedir documentos que me confirmem os dados fornecidos, averiguar da capacidade de sustentação do LCD, enfim um sem número de detalhes burocráticos.
E tenho também de instituir um método de controlo do trabalho dos burocratas para despistar a corrupção e o compadrio que esta situação inevitavelmente potencia, pois o Sr. Brolhas é amigo do tipo que analisa as fichas e o Sr. Bolotas tem um sobrinho na secretaria.
No final deste complicado e caro processo o LCD é atribuído ao Zé das Iscas que é fino que nem um alho, e vai logo fazer aquilo que é óbvio e que eu deveria ter feito: vende o LCD no mercado negro pelo preço que lhe oferecerem e forra as algibeiras com uma boa maquia.
Qual o resultado deste processo complicado? O LCD acabou na posse de quem tinha dinheiro para o comprar (que todavia se arrisca porque cometeu uma ilegalidade), e os custos do processo foram incomparavelmente superiores.
Ou seja, o sistema de controlo de preços e gestão centralizada da escassez é ineficaz e arrasta consigo efeitos perversos, nefastos para quase todos excepto para alguns, sortudos, espertalhões ou com “bons contactos”.
O sistema de concorrência, é sempre mais racional e mais justo do que a criação de entidades de planeamento central, mesmo que integradas por gente inteligentíssima, bem intencionada e dispondo da mais avançada tecnologia.
33 comentários:
Até fiquei zonzo.
Deixo aqui o meu comentário no 5 dias (não sei se será publicado):
Este post é inacreditável na sua ignorância económica. O autor já ouviu falar do conceito de "hard discount"? Saberá porventura quanto é que custa o litro da vinhaça ao Continente e quanto é que custa ao Minipreço para estar a arrotar esta posta?
O MP compra apenas meia dúzia de marcas de vinho (enfim... no sentido lato da palvra) nas quais obtém descontos brutais dos fornecedores, o que lhe permite reduzir também brutalmente as margens. O continente disponibiliza centenas de vinhos diferentes pelos quais tem de pagar muito mais caro aos forneceodres.
O que permite ao continente baixar a margem neste caso é precisamente o desconto de quantidade que obteve do fornecedor, por ter comprado uma quantidade muito maior do produto para fazer a promoção.
É por isso que "o mesmo produto" vendido no Continente e no Minipreço náo é o "mesmo produto"! Assim como "a mesma grarrafa" de vinho hoje e há um mês não é "a mesma garrafa"! E se o consumir num restaurante ? Quer também pagar os 1,39!?
Pelos vistos qualquer comerciante que venda os seus produtos acima da tabela do minipreço está a enganar os clientes!
Ainda outra coisa. O continente decide vender um produto ainda mais barato do que no minipreço, e o FM consegue encontrar algo de mau nisto!!!
É de bradar aos céus!
Não sei qual dos dois o mais ignorante, se o lidas, se o oliveiras.
O lidas vem com as pinturas singelas do costume. Explica tudo por metáforas porque é mais simples. Não há perigo nenhum em ser simplista. Isso são os outros.
O oliveiras pega imediatamente no seu manual de introdução à economia e dá-nos uma lição sobre qualquer coisa.
Nenhum dos dois fala da publicidade enganosa do continente.
"O sistema de concorrência, é sempre mais racional e mais justo..."
Uma dúvida, poderia me recordar o discurso da má moeda de Cavaco. Tinha interesse na teoria de que Cavaco falou.
Mas o autor levantou uma boa questão. Se antes da promoção o preço era de p.e. 1,25 Eur e depois da promoção continua a ser de 1,25 Eur. Efectivamente não houve um desconto de 50% mas sim um aumento de 100% para quem não é cliente Continente.
Para mim é uma questão de publicidade enganosa nada mais. A Asae até poderia intervir neste caso mas sem intervenção directa. Bastava criar um site com os casos de publicidade enganosa nada mais. Depois quem queria comprar comprava, quem não gostasse deste tipo de actitude deixava de comprar, tão simples como isso.
Anonimo,
juro que não li o teu comentário antes de escrever o meu (lol)
"Nenhum dos dois fala da publicidade enganosa do continente. "
Nem da qualidade da manutenção dos sanitários.
.
Caro RoD,
Só agora percebi a sua imagem (lol).
muito bem escolhido (lol)
Aquela malta é mesmo burra. Eles acham que qualquer fornecedor é obrigado a vender sempre ao mesmo preço ...
Mas que parvoíce.
.
Alguns excertos:
"a situação que o filipe moura descreve é de publicidade enganosa. não tem rigorosamente nada a ver com controlo de preços. a publicidade enganosa é, salvo erro, punida."
"Situação diferente é se o Continente, antes da promoção, estava a vender o vinho a um preço inferior aos 2,5€ anunciados. Nesse caso há publicidade enganosa e, claro, lugar à aplicação de uma coima desde que um consumidor apresente uma reclamação e prove que antes da promoção o vinho estava a ser vendido a um preço inferior ao anunciado."
"se me dissessem que, para defenderem a liberdade total, pura e dura, do comércio, sem nenhuma regulação, liberais como o Lidador e o Luís Lavoura defendiam objectivamente a vigarice e a intrujice, eu também acharia inacreditável"
RoD:
"Aquela malta é mesmo burra"
refere-se a malta que disse o seguinte:
"Em minha opinião, o Continente tem todo o direito de nos dizer que costuma vender aquele vinho a 100 euros mas que hoje no-lo vende a 5. Nós só acreditamos se quisermos."
"Até deveriam de ser livres de vender abaixo do preço de custo."
Luis Oliveira:
Disse a sério ou a gozar:
"[se afirmam que aquilo é uma promoção, têm de ser consequentes e mostrar que não é promoção o resto do tempo]
Como? Associando ao preço de venda uma etiqueta com o preço de custo? Mais um gráfico com a evolução de preços de custo, preço de venda e margens ao longo do ano? Isto só para começar."
[Luis Oliveira:
Disse a sério ou a gozar]
Explique lá stran como é que um supermercado "prova" que uma promoção é mesmo uma promoção. Sou todo ouvidos.
Há coisas que me transcendem.
Entra-nos todos os dias, pela casa dentro, camiões de publicidade impingindo felicidade eterna pela compra de um par de cuecas.
Se a publicidade se chamar promocional, há que saber se é verdade ou não.
Qualquer compra/venda se baliza entre fazer-se figura de urso e fazer-se um bom negócio e isto é valido para os dois lados.
Tem direito o vendedor de promover a venda de algo em promoção por 10€ referindo que o preço normal é 100€ como o comprador de retorquir que é muito caro porque compra, noutro sítio, por 1€.
Tudo o resto me parece conversa estúpida.
.
Não foi isso que perguntei.
Ainda não me respondeu...
Mas quanto à sua questão é bastante simples, se provar que o desconto é sobre um preço real ou ficticio.
Se eu vendo sempre a 5 euros e amanha disser que é 100 eur mas que faço uma promoção de 95 eur e portanto é 5 eur, então não existe promoção nenhuma.
Errata:
onde se lê
"preço real ou ficticio."
deverá ser lido:
"preço real e não ficticio"
[Se eu vendo sempre a 5 euros e amanha disser que é 100 eur mas que faço uma promoção de 95 eur e portanto é 5 eur, então não existe promoção nenhuma]
Vai portanto tomando nota semanalmente de todos os preços em todos os supermercados que visita. Antes isso que ser enganado.
O c...rão náo publicou as minhas duas últimas respostas. Talvez por lhe ter chamado vigarista. Este pessoal gosdta muito de chamar aos outros mas não que lhes chamem a eles.
Os dois andam-se a comer um ao outro; criam é este acinte para disuadir; porque são primogénitos dos tios da 3ª vaga da CIA e de primos da Mossad.
Sei que têm memórias daquele noite de Berlim....
L.O. - "Explique lá stran como é que um supermercado "prova" que uma promoção é mesmo uma promoção. Sou todo ouvidos."
Stran - "Se eu vendo sempre a 5 euros e amanha disser que é 100 eur mas que faço uma promoção de 95 eur e portanto é 5 eur, então não existe promoção nenhuma"
L.O. - "Vai portanto tomando nota semanalmente de todos os preços em todos os supermercados que visita. Antes isso que ser enganado."
(LoL)
Explica tudo por metáforas porque é mais simples.
Exacto,caro anónimo,a ideia é essa e tem de concordar que explicadas as coisas assim, qq analfabruto as compreende, não desfazendo.
Todavia, este processo simples, não é tão metafórico como pensa.
Se tiver acesso a um quadro em tempo real do Nasdaq, ou de uma qq bolsa de valores, terá ocasião de verificar que é exactamente isto que se passa.
Por exemplo, ontem aqui este seu amigo resolveu comprar 460 acções da SKX que abriram a quase 24 USD. Para mim não valiam mais de 23 USD e fiquei à espreita. Milhares de pessoas venderam e compraram a preços em que estiveram de acordo.
Lá para o fim do dia, quando de repente alguém ficou no topo a oferecer a 22.97 e no topo dos vendedores alguém vendia a 22.99, aqui este seu amigo clicou e ofereceu 22.98.
E o vendedor baixou e este seu amigo comprou.
Ficámos ambos contentes.
Se hoje subir, este seu amigo irá estar à espreita para vender a alguém que quererá comprar.
Quem determina este preços?
O Governo? O Dr Louçã? O Bush? Deus?
Não...a livre interacção entre as pessoas, cada umana busca do que acha serem os seus interesses.
É de facto simples, meu caro.
Lidador,
No entanto no mercado de acções exsitem condições que noutros mercados não existem.
Existem no momento da compra ou da venda. A coisa funciona para os dois lados e em ambos os campos, na bolsa ou no supermercado.
Na bolsa são criadas todas as condições para que a informação seja perfeita. Tenta-se que todos os agentes tenham a mesma informação, não se pode utilizar informação priveligiada e quando alguma informação relevante a determinada acção,a negociação pode ser suspensa.
Portanto não existe muitos paralelismos entre a bolsa e o supermercado. Não entender isso é falhar a compreensão do próprio modelo.
O vendedor a retalho não tem a noção perfeita dos preços da concorrência, arriscando-se a ficar com a tralha.
No retalho, o comprador tem informação incompleta, mas o fornecedor também.
Um fornecedor vende vinho a um supermercado. Entretanto, o fornecedor pode decidir baixar o preço e vender a outro supermercado mais barato. O primeiro fez o preço e ficará a chuchar o dedo. Venderá mal o que lá tem.
Não me diga o Stran que nunca foi a dois sítios para comprar no mais barato. Quando isso aconteceu, avisou o que vendia mais caro para tornar mais justo o negócio?
.
Ó Stran, não seja tonto.
Tem de distinguir informação de conhecimento.
Nos mercados bolsistas consolidados, os investidores por vezes não têm a mínima ideia do que compram.
É o meu caso. Por vezes estou na posse de acções de empresas que nem sei o que fazem.
A informação que me interessa é aquela que selecciono e é com base nela que faço as minhas escolhas livres.
Cada comprador e vendedor toma as suas opções de acordo com a informação que acha relevante. E isso está na sua cabeça.
Hoje, se SKX subir até 23.34 vendo. Para mim está bem. Para quem me comprar a esse preço, tb está bem...se calhar sabe ou pensa que sabe algo que eu não sei e está a pensar fazer lucro.
Se você acredita que, mesmo que fosse possível munir cada pessoa com a mesma informação, cada uma das pessoas tiraria as mesma conclusões, lamento dizer-lhe que não vai longe.
Veja o seu caso.
Está munido da informação que quer sobre o socialismo e os seus falhanços em catadupa e contudo revela-se absolutamente incapaz de fazer um simples silogismo e extrair a conclusão lógica.
É por isso que o mundo é dos espertos..porque há gente como você...
"Tem de distinguir informação de conhecimento."
Exactamente isso. Parece que foi você que não conseguiu distinguir os dois. Embora o Lidador até tenha a perfeita noção dos dois.
A questão que levantei é que em alguns casos não existe informação suficiente, nem sequer perto de, no mercado.
O mercado bolsista tenta "simular" ao máximo os pressupostos da teoria liberal criando instrumentos que não existem noutros mercados.
Depois o que cada pessoa faz com essa informação é por conta e risco. Embora não acredite muito na descrição que fez de si próprio o que descreveu é que era especulador. E pior dos tolinhos, daqueles que vão lá por palpites (o que na realidade não deve ser verdade). No entanto pessoas como você tem duas garantias, a primeira é que se alguma coisa muito importante for para ser revelada ou desmentida o mercado (para essa acção) pára, ao contrário de outros mercados e que quando uma crise forte se instala, têm sempre a safety net do Estado, essa entidade que vocês detestam quando estam a ganhar mas "amam" quando estão a perder.
"Está munido da informação que quer sobre o socialismo e os seus falhanços em catadupa..." e também do liberalismo e dos seus falhanços em catadupa e por isso é que faço um silogismo perfeito (lol) e chego à conclusão que o melhor é combinar os dois e não defender cegamente qualquer um deles isolados.
Aliás nisso sou bastante pragmático e o que me interessa é a resolução de problemas e prosseguição de objectivos.
A meu caminho iniciou-se com uma simples pergunta? Qual o mundo que gostaria de viver e a partir daí fui ouvindo resposta a esta questão e integrando-as no meu raciocinio.
Prefiro assim do que simplesmente proferir umas rezas de algum dos "padres", quer do liberal quer do comunista.
Stran:
"A questão que levantei é que em alguns casos não existe informação suficiente, nem sequer perto de, no mercado."
O Stran deve ser feliz. Para si, só nalguns casos não há informação suficiente.
.
"essa entidade que vocês detestam quando estam a ganhar mas "amam" quando estão a perder."
Qual dos estados?
.
O Estado.
P.S. Estou a começar um dossier temático sobre o liberalismo que irei desenvolver ao longo do mês no meu blog (é só seguir o link no meu nome). Estão convidados a comentar os diversos artigos ou a dar sugestões caso queiram.
"em alguns casos não existe informação suficiente"
Se a acha insuficiente, não entra. Fica a ver.Quem entra é porque acha que tem suficiente informação para conhecer o que lhe interessa.
"O mercado bolsista tenta "simular" ao máximo os pressupostos da teoria liberal "
Não tenta simular a ponta de um corno. É uma banca do mercado do Bolhão. Há gajos que vendem peixe e há gajos que compram peixe e estão-se nas tintas para os pressupostos. O que eles querem é ganhar dinheiro, ou comer um pargo assado.
"criando instrumentos que não existem noutros mercados."
Instrumentos?
Algo para vender, dinheiro, gente que quer vender e gente que quer comprar e o estado a garantir que o podem fazer com confiança e que não vai ele vender peixe, estragando o negócio.
Funciona. E o estado tem um papel importante.
"Depois o que cada pessoa faz com essa informação é por conta e risco."
Ora aí tem. É essa a mentalidade liberal. Arrisquei, ganhei e fico com o meu. Perdi e trato de lamber as feridas, sem ir pedir aos outros que me paguem as asneiras.
"daqueles que vão lá por palpites"
É algo mais complicado do que isso...envolve alguma matemática e bastante psicologia. Nem imagina o trabalho que é preciso para ter um bom "palpite".
"No entanto pessoas como você tem duas garantias, a primeira é que se alguma coisa muito importante for para ser revelada ou desmentida o mercado (para essa acção) pára"
Você não sabe do que fala. Todos os dias há acções de small caps que sobem e descem 30 ou 40% num só dia. O mercado só é suspenso por decisão de quem o gere, se experimentar, como um todo, um crash, e apenas para evitar o pânico ( lá está...a psicologia). Isto no NYSE e no Nasdaq, que são aqueles em que eu estou.
É uma regra que todos conhecem..faz parte do jogo.
" quando uma crise forte se instala, têm sempre a safety net do Estado"
Mas qual safety net, qual carapuça. Se a empresa em que estou investido falir, fico sem o meu dinheiro, ponto final. Resta-me recorrer à justiça, se achar que tenho direito a haver algum espólio.
Quando o estado intervem para "salvar" uma empresa, está na prática a usar o dinheiro dos cidadãos para recompensar a ineficiência de meia dúzia de maus gestores e/ou maus trabalhadores.
Se o estado quer gastar o dinheiro dos contribuintes nessas coisas, melhor será que o entregue a empresas bem sucedidas.
Já agora, diga-me lá quais são os "falhanços" do liberalismo económico?
Irlanda?
Dinamarca?
Reino UNido?
Japão?
Austrália?
Nova Zelândia?
Singapura?
Coreia do Sul?
Canadá
Estados Unidos?
Tem razão...a vida nestes países é um inferno, comparado com o socialismo do século XXI, o Zimbawe, Cuba, Coreia do Norte, Myamnar, a Europa de Leste, enfim, as grandes experiências socialistas de que o mundo se orgulha.
Coreia do
[Se você acredita que, mesmo que fosse possível munir cada pessoa com a mesma informação, cada uma das pessoas tiraria as mesma conclusões, lamento dizer-lhe que não vai longe.
Veja o seu caso.]
LOL! Nem mais!
"O mercado só é suspenso por decisão de quem o gere, se experimentar, como um todo, um crash, e apenas para evitar o pânico ( lá está...a psicologia). Isto no NYSE e no Nasdaq, que são aqueles em que eu estou."
Em Lisboa então é diferente, pois por exemplo a Jerónimo Martins já esteve suspensa até sair um comunicado oficial sobre uma noticia referente apenas a essa empresa.
Além disso mesma a situação que explicou o regulador não deveria fazer nada. Se está nesse mercado e existiu um crash azar tivesse ficado de fora. No entanto como experiências anteriores provaram que os efeitos não ficam circunscritos a esse mercado e o efeito de "contágio" é elevado as consequências desse crash são demasiadamente elevadas se não se fizer nada e por isso o regulador suspende a transacção interferindo no mercado.
"Quando o estado intervem para "salvar" uma empresa, está na prática a usar o dinheiro dos cidadãos para recompensar a ineficiência de meia dúzia de maus gestores e/ou maus trabalhadores."
É verdade mas fá-lo com a mesma intenção que o regulador suspende o mercado.
"É algo mais complicado do que isso..."
Como lhe disse não acredita que actuava da forma simlpista como descreveu. O que faz exige muito trabalho e não é qualquer um que é bem sucedido.
"Já agora, diga-me lá quais são os "falhanços" do liberalismo económico?"
Um exemplo a crise de 29.
"as grandes experiências socialistas"
O lidador quer dizer Comunistas...
...ou ontem acertei no facto que é a favor do welfare state e de impostos elevados?
" o regulador não deveria fazer nada."
O regulador faz o que entende e não o que você acha. O Nyse e o Nasdaq são propriedade privada e os seus donos estabelecem as regras de modo a atrair clientes.
Se você não está de acordo com elas, vai negociar para outro lado.
"O regulador suspende a transacção interferindo no mercado".
O dono do mercado mete à porta as regras de conduta. E vigia a ver se os clientes agem de acordo com elas. Se achar que está a acontecer uma inundação, ou que uma banca está a arder, etc, mete o pessoal na rua e fecha a porta. Perde dinheiro, porque está parado, mas ele lá sabe porque o faz...provavelmente para evitar perder clientes.
"É verdade mas fá-lo com a mesma intenção que o regulador suspende o mercado."
De boas intenções está o inferno cheio. O dono da bolsa age com o seu dinheiro.O Estado age com o meu.
E se eu vou almoçar tendo de pagar com o meu dinheiro, tendo a olhar para a ementa com cuidado. Se quem paga são os outros, que venha o Barca Velha e as gambas.
"Um exemplo a crise de 29."
Apre que você não tem a mínima ideia do que fala.
A crise de 2009 deveu-se fundamentalmente à péssima política monetária do governo americanod. Foi o Estado que a causou, não o mercado. E algum anti-semitismo de protagonistas do sistema bancário, que não acorreram a ajudar um banco em dificuldades porque era de judeus.
"O lidador quer dizer Comunistas..."
Stranger, se soubesse algo mais de ideias políticas, saberia que o comunismo é a etapa final do socialismo. Não são coisas diferentes, são degraus da mesma escada.
Que você chame "socialismo" a outra coisa qq, é lá consigo.
E livre de chamar pizza a um bife de lombo, mas o produto em si não deixa de ser um bife de lombo só porque alguém lhe aplicou uma alcunha.
Os países que citei, e que são os mais ricos do mundo, aqueles onde as pessoas vivem melhor e têm mais direitos, são democracias liberais.
Não são países socialistas, nem nenhum deles se reclama como tal.
O nosso PS, era marxista e por isso socialista. Já não é. Manteve a palavra "socialismo", porque o nosso país tem uma inacreditável quantidade de tolos como você que pensam que "socialismo" é uma coisa boa. Em Espanha tb. E em mais lado nenhum da Europa.
Meta isso na cabeça de uma vez por todas que eu já começo a estar farto de lhe mostrar o óbvio.
"O Nyse e o Nasdaq são propriedade privada e os seus donos estabelecem as regras de modo a atrair clientes"
Uma dúvida: qualquer pessoa pode abrir um mercado bolsista nos EUA? Quais são os requisitos?
"A crise de 2009 deveu-se fundamentalmente à péssima política monetária do governo americano"
Boa futurologia...
E desculpe pensei que estavamos a falar de um país liberal, afinal parece esqueci-me que os EUA são um terrível país socialista!
"Os países que citei, e que são os mais ricos do mundo, aqueles onde as pessoas vivem melhor e têm mais direitos, são democracias liberais."
Como já disse, então defende o welfare state e os impostos altos desses países "liberais"
Como disse:
"E livre de chamar pizza a um bife de lombo, mas o produto em si não deixa de ser um bife de lombo só porque alguém lhe aplicou uma alcunha."
"Meta isso na cabeça de uma vez por todas que eu já começo a estar farto de lhe mostrar o óbvio."
Para mostrar o obvio tem de conhecer o obvio. Só porque ficou preso a conceitos do sec. passado não é problema meu. O ano é 2008 e se há cem anos atrás fazia sentido a sua visão do mundo, actualmente esse mundo só existe na sua cabeça.
Se quer chamar liberal a
- Segurança Social Estatal;
- Ensino Publico;
- Sistema de Saude Publico;
Então estamos dentro do mesmo campo.
Se para si liberal significa que o papel do Estado é, além de regulador, interventivo (garante de uma redistribuição de rendimentos e igualdade de oportunidades), então estamos no mesmo campo.
Se não concordar então estamos em campos opostos e por favor dê o nome que julga correcto a quem defende uma e outra coisa para que possamos começar a falar Lidadês!!!
até amanhã...
fico a aguardar resposta
Já agora fico curioso de saber qual o seu comentario para o artigo que escrevi hoje no meu blogue
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