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sábado, 24 de maio de 2008

Não, não é anti-semitismo. É anti-Americanismo.


O Primeiro-Ministro Israelita, Ehud Olmert, tem sido interrogado por alegada corrupção quando ainda era Mayor de Jerusalém. Ao que consta, Ehud Olmert terá recebido do empresário Norte-Americano Morris Talansky (também ele judeu), cerca de 100.000 dólares para supostos fins eleitorais. A polícia Israelita acusou Ehud Olmert de fraude, abuso de confiança e irregularidades no financiamento de campanhas eleitorais.

A polícia de Israel faz actualmente o seu trabalho, que é investigar. Não existiu a imunidade política bem característica no Médio Oriente. O próprio Primeiro-Ministro não impediu a acção da polícia. Israel confirma-nos, e os Israelitas também, sejam eles árabes, judeus ou muçulmanos, dia após dia, que o seu país é verdadeiramente democrático, ao contrário daquilo que muitos amigos da "causa Palestiniana" fazem parecer em diversos órgãos de comunicação social ocidentais.

Convém recordar que o antigo Presidente da República (2000-2007), o Sr. Moshe Katsav, também foi julgado por vários crimes (assédio sexual).

Que importância têm estas suspeitas?

Teoricamente, estas suspeitas relançam as esperanças do Likud, liderado pelo antigo Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu. Situado num espectro político mais à direita (comparando com o Kadima de Ehud Olmert), o Likud é o mais que provável vencedor das próximas eleições legislativas Israelitas (se estas forem antecipadas, algo que é muito provável face à alegada fraude de Olmert, a vitória virá mais cedo). Segundo algumas sondagens, 62% dos Israelitas são a favor da demissão de Olmert e 51% querem eleições antecipadas.

Relembro que o Kadima formou-se no ano de 2005, quando Ariel Sharon, juntamente com outros membros do Likud, decidiram deixar o partido, numa tentativa desesperada de levar para a frente o plano de retirada da Faixa de Gaza, bloqueado pelos membros mais à direita do Likud. Rapidamente, o Kadima recebeu outros intelectuais: incluindo membros do Partido Trabalhista, como o actual Presidente Israelita, Shimon Peres.

Como vemos, a legitimidade de Ehud Olmert para encetar negociações com o governo Sírio, tendo em vista a resolução da questão dos Montes Golan, é praticamente nula. Ainda para mais quando o próprio Ehud Olmert confessou, numa entrevista, que Israel iria fazer "dolorosas concessões".

Netanyahu tem-se aproveitado disto tudo para subir nas sondagens. O próprio Ehud Barak, líder do Partido Trabalhista, está a lucrar com a situação.

É uma questão de tempo até isto dar para o torto. Se bem conheço Netanyahu (o primeiro Primeiro-Ministro Israelita que nasceu depois da formação de Israel), ele vai jogar com toda esta situação, tentando inviabilizar a todo o custo as manobras de Ehud Olmert com os Sírios. Os Montes Golan são muito importantes para Israel e não é do agrado para a maioria dos Israelitas devolver os Montes sem qualquer tipo de contrapartidas. Os Golan custaram muitas vidas, muito esforço.

Mais que o patriotismo, o que aqui conta é a água.
A água que provem do Lago de Tiberíades. O acesso às águas do Jordão. Israel quer continuar com poder na região, os Sírios não deixam. É provável que nem Olmert resolva este problema.

A demografia dos Montes Golan também é um caso bicudo. Muitos judeus fixaram-se nos Montes Golan, depois da conquista deste território durante a Guerra dos Seis Dias, sendo agora cerca de 16.500. Os restantes habitantes são Drusos (19.300) e muçulmanos (2.100). Cerca de 30% dos Drusos já têm nacionalidade Israelita. Os restantes não têm nacionalidade Israelita, mas podem vir a ter, embora muitos deles não queiram.

Parece relativamente consensual que todos vivem melhor sob jurisdição Israelita. A maioria dos habitantes dos Montes Golan preferia ser Israelita mas vive no medo de o dizer e de requerer a nacionalidade. Isto porque seriam perseguidos pelos pro-Sírios. Já para não falar no que aconteceria a estas pessoas caso os Montes fossem devolvidos à Síria...

Mais a sul, foram descobertos mísseis anti-tanque e lançadores de rockets numa escola em Sajaiya, no norte de Gaza.

Ninguém na imprensa Europeia relatou a descoberta. O nosso Público, apostado em defender a "Causa Palestiniana", apenas dá notícia aos macabros raides aéreos Israelitas.

Não, não é anti-semitismo. É anti-Americanismo.

25 comentários:

ablogando disse...

... e não-semitismo...ou, de outra maneira: discriminação positiva...ou...

Paulo Porto disse...

A entrega dos Golan a troco de algo que depende da boa-vontade de uma das partes, no caso a paz, é em si mesmo algo que parece um mau negócio. Se depois nos lembrarmos que essa parte é um país árabe, o que parece sai do domínio das probabiidades e passa ao das impossibilidades.

Em Israel deveria haver quem recordasse a entrega do Sinai, também a troco de paz. Valeu a pena? O Sinai era uma extensão territorial que permitia uma possibilidade de defesa que Israel nunca tinha tido nem voltou a ter; economicamente tinha, como tem, um enorme potencial, sobretudo turistico, que passou a ser aproveitado pelos egipcios depois da guerra. Por fim, mais cedo ou mais tarde haverá um levantamento islâmico na plutocraria egipcia, e o território voltará a ser por si mesmo uma grande vantagem em caso de ataque a Israel.

Esta tendência que existe em Israel para julgar que 'não há maus rapazes' é a demosntração de que israel é mesmo uma sociedade ocidental.

ablogando disse...

"Esta tendência que existe em Israel para julgar que 'não há maus rapazes' é a demosntração de que israel é mesmo uma sociedade ocidental."
Nem mais!

ml disse...

Não, não é anti-semitismo. É anti-Americanismo.

Aaaahhhhh!!!!!!!!!!!!
Daí o medinho do Buchanan, 'o Capitol Hill é território israelita ocupado'.
Apanhar por tabela é muito chato.

'Em benefício de quem essas guerras sem fim, numa região que não traz nada de vital para os EU a não ser petróleo, que os árabes têm que nos vender para poderem sobreviver? Quem beneficiaria de uma guerra de civilizações entre o Ocidente e o Islão?
Resposta: uma nação, um líder, um partido. Israel, Sharon, Likud.'

Bom, vê-se que isto tem uns anitos, mas o homem deve continuar a sentir-se acossado agora que a cabala está a alastrar.

Não gostas do cabelo do Olmert? Antiamericanismo.
Condenas a 'alegada' corrupção do Olmert? Antiamericanismo.
Não aprecias os atacadores dos sapatos do Shimon Peres? Antiamericanismo.
E assim.

O homem deve sofrer de urticária permanente.

Mas acho bem o redireccionamento, anti-semitismo é uma palavra com hífen e isso já não se usa. Felizmente vai passar a escrever-se 'antissemitismo' e então podemos voltar voltar a abusar dela, mesmo nas situações mais idiotas.


Os Golan custaram muitas vidas, muito esforço.

Sem dúvida, principalmente àqueles a quem foram expropriados.
É uma chatice, a gente esforça-se tanto a atacar e ainda por cima tem que deixar uns mortos para trás.
Life is hard.


Já para não falar no que aconteceria a estas pessoas caso os Montes fossem devolvidos à Síria

Ah, bom, agora entendo. Humanismo.

Renato Bento disse...

"Sem dúvida, principalmente àqueles a quem foram expropriados."

Eu diria àqueles que foram derrotados e àqueles que andaram a pedi-las. Mas eu falava no contexto Israelita e, efectivamente, existe também uma questão patriótica por trás disto tudo.

"Ah, bom, agora entendo. Humanismo."

Não tenho dúvidas de que cidadãos Israelitas iriam sofrer bastante às mãos do governo Sírio. A começar pela fome, pela falta de poder de compra, pela falta de água, pela falta de luz e a terminar nas perseguições.

"Bom, vê-se que isto tem uns anitos, mas o homem deve continuar a sentir-se acossado agora que a cabala está a alastrar."

Sharon não está a sentir nada. Não sabe o que se está a passar. Está em coma vai para dois anos.

Mas deixe estar, porque o seu legado continua um pouco por todo Israel. O Egipto, os árabes e especialmente os Israelitas não irão esquecer aquilo que este homem fez na Guerra dos 6 dias e, especialmente, na Guerra de Yom Kippur.

ml disse...

Eu diria àqueles que foram derrotados e àqueles que andaram a pedi-las.

Bom, se consideramos que é uma questão de guerra de berlindes, anda muita gente a pedi-las há muito. E quem procura, leva, mais tarde ou mais cedo.
Wishful thinking.


Sharon não está a sentir nada.

Não, não me refiro a esse criminoso de guerra, mas sim ao Buchanan. Este é que deve andar doente com a confusão Israel/USA, acaba sempre por sobrar para eles.


Não tenho dúvidas de que cidadãos Israelitas iriam sofrer bastante às mãos do governo Sírio.

Eu também não, só que 'estas pessoas' que refere não são israelitas, como o seu próprio post diz.
Mas continuo a achar muito interessante a invulgar preocupação dos ocupantes (e de alguns comentadores) com o sofrimento dos habitantes dos Montes Golan.
Tocante.

Renato Bento disse...

"só que 'estas pessoas' que refere não são israelitas, como o seu próprio post diz."

Ninguém obriga as pessoas a serem Israelitas. Elas são porque querem! Aliás, sempre assim foi desde a criação do Estado de Israel. A nacionalidade Israelita é muy suy generis como sabe..

ml disse...

Ninguém obriga as pessoas a serem Israelitas.

Vamos lá a ver se nos entendemos.

Escreveu:
A maioria dos habitantes dos Montes Golan preferia ser Israelita mas vive no medo de o dizer e de requerer a nacionalidade. Isto porque seriam perseguidos pelos pro-Sírios. Já para não falar no que aconteceria a estas pessoas caso os Montes fossem devolvidos à Síria...

Portanto, o meu comentário sobre as repentinas preocupações humanitárias referia-se a estes habitantes não israelitas que, na sua opinião, gostariam de o ser. Mas não só têm medo de retaliações por parte dos pró-sírios, como sofreriam muito às mãos da Síria se o seu fosse devolvido a seu dono.

E continuando a desenvolver esse raciocínio deduzimos que esses pró-sírios, que não pretendem adquirir a nacionalidade israelita, estão completamente a salvo porque os israelitas que ocupam os Montes Golã não são gente para retaliações.

É assim um mundo desigual, os bons foram todos para um lado do carreiro e os maus para o outro. Para os dsitinguirmos, devia fazer-se como nos filmes de cowboys, os bonzinhos usam chapéus claros, os mauzões chapéus escuros.


A nacionalidade Israelita é muy suy generis como sabe..

Sei, sei. E sei o que disseram o Sharon, o Olmert e outros sobre os direitos dos não judeus que habitam Israel e os territórios ocupados. Umas coisinhas muito semelhantes ao que disse o Hitler sobre os não arianos.
A história tem destas reviravoltas, é como os alcatruzes. Umas vezes em cima, outras em baixo.

Unknown disse...

"se o seu fosse devolvido a seu dono. "

ML, as suas indignações nascem ordinariamente da ignorância deliberada e dos consequentes juízos de valor.
Errados, porque assentes em erradas premissas.

Não é a si que lhe compete julgar quem é o "legítimo dono".

Aqueles terras eram, até 1967, sírias. Como o Sinai era egípcio, a Faixa de Gaza era egípcia e a Margem Ocidental era jordana.

Destes territórios foi desencadeada uma guerra contra Israel.
Israel repeliu a invasão e contra-atacou, perseguindo os exércitos em fuga até ao Suez, até ao Jordão e quase até Damasco.
Á luz do Direito Internacional relevante ( 4ª Convenção de Genebra, e derivados) territórios adquridos no decurso de uma guerra defensiva podem ser apropriados. Israel tem toda a legitimidade para fazer o que quiser dos territórios. Mantê-los, devolvê-los, vendê-los, o que achar adequado. Em termos de direito em em termos de facto.
O Sinai, por exemplo, foi devovido ao Egipto em troca de um tratado de paz. A Faixa de Gaza foi evacuada. Os Montes Golan foram mantidos, bem como a parte jordana de Jerusalém,porque os israelitas acham bem.
Estão no seu direito.
Há imensos casos do mesmo tipo na Europa. Por exemplo a região de Gdansk é hoje polaca e o chanceler alemão não se lembra de reivindicar que Danzig volte ao seu "legítimo dono".
A Alemanha invadiu, perdeu, assume as consequências.
A Síria invadiu, perdeu, assume as consequências.

Custa-lhe a entender isto, ou apaga deliberadamente as luzes para não ver a realidade em toda a sua clareza?

ml disse...

Prezadíssimo lidador

Por ora as minhas ignorâncias e os meus juízos de valor são um poucochinho menos graves do que os seus. Enquanto não for obrigatório seguir as directrizes do sol-da-terra 2 estou a salvo.

E não se amofine, mas também a sua competência para julgar quem é o legítimo dono dos Montes Golã é absolutamente irrelevante. Mas a ONU já talvez tenha algum peso, sei lá, apesar de todos sabermos que tem um estatuto oscilante. Ora é fautora de "direito internacional relevante" quando se trata de legitimar a fundação de novos países, ora é dispensável quando mete o nariz na actuação desses países que ajudou a criar.

Se um dia o sol-da-terra 2 conceder aos adoradores a bula que os dispense de seguirem à letra o livrinho vermelho, verá que compreende o que quero dizer. Até lá, vá-se entretendo.


Resolução 242, 1967

Enfatizando a inadmissibilidade da aquisição de território por meio da guerra [...] determina-se a retirada das forças armadas de Israel dos territórios ocupados durante o recente conflito...
Resolução essa continuamente reiterada através das décadas seguintes, pelo que o estatuto dos Montes Golã e outros continua a ser o de ‘territórios ocupados’, e é aqui que a Convenção de Genebra assombra Israel.

Até o idio... o Bush sancionou a ONU, provavelmente por distracção negligente, ao afirmar muito recentemente que o ponto de partida para que as negociações sejam duradouras parece claro: é imperioso pôr fim à ocupação que começou em 1967.

Ocupação. Será que ele queria dizer "territórios adquiridos no decurso de uma guerra defensiva e com os quais pode fazer o que quiser"?
Quem sou eu para sugerir o que quer que seja a quem não tem qualquer capacidade de manobra, mas parece-me que devia pôr-se a salvo quanto antes, já que o idio... o Bush se prepara para puxar o tapete aos seguidistas. Acho que não quer bater a bota sem o prémio Nobel em cima da lareira e a militância das tropas que arregimentou vai-se tornando um estorvo em alguns segmentos.

Mas enquanto isto não se deslinda, já sabe que as suas interpretações são sempre bem-vindas. Tudo o que houver por bem dizer, faz muito bem em o exprimir aqui, a terapia ocupacional é uma aquisição inestimável dos tempos modernos. Dantes chamava-se a isso ‘entretenimento’.

Unknown disse...

ML, você nem imagina que coisas estranhas a ONU é capaz de resolver.
Por exemplo, esta
http://www.englishpen.org/writersinprison/bulletins/undefenceofrapporteuronfreeexpression/

em que o special rappourter para a liberdade de expressão, passa a ter como incumbência a sua repressão.

As Convenções são gerais e abstractas. São Direito.
As Resoluções são decisões políticas, produto de conjunturas.

Espero que consiga ver a diferença e, de caminho, explicar aqui aos seus amigos de peito, porque razão acha que os Golan são sírios e à questão de Gdansk, Sacalina, etc,etc, faz beicinho.

Volto a explicar-lhe...se Israel tivesse desencadeado a guerra, não tinha direito sobre os territórios. Como se defendeu vitoriosamente e os ocupou, não há nenhuma força neste mundo que o obrigue a devolver a base de ataque ao aagressor.
É a vida!

ml disse...

Cheguei a pensar que de vez em quando intervalava nas aldrabices, mas não, tudo como dantes à revelia do quartel de Abrantes.

A 4ª Convenção de Genebra é uma resposta à situação das populações durante os conflitos, internacionais ou regionais, ocupa-se pura e simplesmente da protecção de civis em mãos do inimigo durante o tempo de guerra ou debaixo da ocupação de um poder estrangeiro.
Se é inimigo, se é estrangeiro, não é detentor legítimo do território.

Se precisar de explicações ulteriores avise. É que esse seu delírio até enterra ainda mais Israel em relação às obrigações exigidas pela Convenção.

Essa cartilha das interpretações expeditas anda pela net, não é nada de muito original. Agora que já se vai finando a era dos pegadores de toiros, ‘são invasores sim senhor, e depois?’, viraram-se mais para a vitimização. Sinais dos tempos, vão piando mais fininho e sempre a apelar a uma lagrimita envergonhada.
Mas já nem o idio... o Bush lhes dá cobertura, deixou-vos cair com estrondo.

Claro que a ONU bla bla bla. Não é a legítima intérprete da Convenção de Genebra, o texto não remete para uma única autoridade, a Carta das Nações Unidas, e é tudo gente de má vontade que não sabe interpretar as suas próprias intenções e articulados. Passam anos e passam décadas e as resoluções lá continuam, persistentemente, “produtos de conjunturas”.


Estimadíssimo lidador, se pretende recuar ao Sacro Império Romano-germânico, no mínimo, passando pelo Tratado de Versalhes e II GG para fazer o paralelismo com o corredor de Danzig, com a Silésia, com a Alsácia/Lorena, vamos rever toda a história até ao tempo em que os kurganes tomaram de assalto a Europa aos povos que a habitavam. Sem qualquer legitimidade nem respeito pela Convenção de Genebra ou pela Carta das Nações Unidas. E cá continuam, o que é mais grave.

Carmo da Rosa disse...

Estimadíssimo lidador, se pretende recuar ao Sacro Império Romano-germânico, no mínimo, passando pelo Tratado de Versalhes e II GG para fazer o paralelismo com o corredor de Danzig, com a Silésia, com a Alsácia/Lorena, vamos rever toda a história até ao tempo em que os kurganes tomaram de assalto a Europa aos povos que a habitavam.

caro(a) ML,

Não, por favor, por hoje fiquemo-nos apenas por Erez Israel. Mas devolver território conquistado para quê? Com que intuito?

Anónimo disse...

Mas devolver território conquistado para quê? Com que intuito?

Para mudar a rotina, sei lá, variar, ver outras caras.
Se perguntar aos países cujos territórios se encontram ocupados, talvez eles consigam arranjar uma razão ou outra que eu agora assim de repente também não vislumbro.



Não, por favor, por hoje fiquemo-nos apenas por Erez Israel.

Bom, se é para ficar pelos nossos dias então deixemos de lado as comparações disparatadas.

Unknown disse...

ML, as leis são gerais e abstractas, como lhe disse. Nada há no Direito Internacional que considere ilegítima e ilegal a apropriação de território pela parte agredida e que se defende vitoriosamente.
Que você, neste caso, gostasse que isto fosse mentira, entendo. A tontice anda à solta e confundir os desejos com a realidade é um boa demonstração do facto.
Lamento.

Israel devolverá os Golan SE QUISER ( à luz do DI) ou se for obrigado à força.

Como presentemente, nem o Direito nem a força podem obrigar Israel, os seus dirigentes farão como acharem ser do seu interesse, por muito que você berre e bufe.

OLhe, reze a Alá.
E, já agora, inclua nas orações, Danzig, as terras de Riba Côa, as ilhas Sacalinas, etc,etc.


A Siria sabe o que tem a fazer para que Israel lhe devolva a base de ataque: assinar um tratado de paz, reconhecer Israel e cortar o apoio ao terrorismo.
Foi o que fez o Egipto.

Carmo da Rosa disse...

Para mudar a rotina, sei lá, variar, ver outras caras.

Realmente, depois da devolução dos territórios de Gaza pelo mauzão Ariel Sharon, a rotina em Gaza mudou, o Hamas e a Fatah, fartos de ver sempre as mesmas caras (de barbas) começaram aos tiros uns aos outros!!!

Depois da retirada da Fatah o Hamas fartou-se novamente da rotina - beber chá de hortelã e rezar 5 vezes por dia - e resolveu quebrar a rotina das aldeias israelitas limítrofes enviando foguetes Kassam…

Eu tenho cá uma fezada, mas você corrija-me se acha que estou a exagerar, que o Hamas não quer a paz, nem com territórios devolvidos, e não se trata de um problema ideológico mas sim de princípios teológicos. Coisas lá do Alcorão. O que é que você acha?

Paulo Porto disse...

Lidador:

"Israel devolverá os Golan SE
QUISER ( à luz do DI) ou se for obrigado à força."

Acho que Israel abandonará os Golan se forem ESTÚPIDOS. Os exemplos sobre o abandono do Sinai e do sul do Líbano (neste caso acumulnado a asneira com a forma como ocuparam) é a demosntração de que por vezes não se aprende nem com os erros.

ml disse...

Á luz do Direito Internacional relevante ( 4ª Convenção de Genebra, e derivados) territórios adquridos no decurso de uma guerra defensiva podem ser apropriados.

estimadíssimo lidador, as suas patranhas não só já não espantam - como nunca espantaram ninguém, como bem sabe - apenas divertem de tão pueris que são. Afinal a natureza do lacrau é morder, a sua é mentir.

A 4ª Convenção de Genebra não diz absolutamente nada disso, nem a mais leve referência. Nunca as leu, limita-se a copiar umas coisas da net a que acrescenta uns chavões peculiares, a sua prática mais corrente. Depois difunde os apontamentos ene vezes ao longo dos anos e pelos mais variados sítios por onde passa. Aldrabices sem qualquer ganho adicional com a repetição.

O 1ª Protocolo estatui exactamente o contrário.
A aplicação das Convenções, assim como a conclusão dos acordos que houver, não afectarão o estatuto legal das Partes em conflito. Nem a ocupação de um território nem a aplicação das Convenções e deste Protocolo afectarão o estatuto legal do território em questão.

A não admissibilidade de aquisição de território por meio da guerra.

Precisa de explicações adicionais?


Quanto à Silésia, Danzig, Alsácia/Lorena, fuga em frente com os pés a bater no traseiro.
O treino de rotina.

ml disse...

Acho que Israel abandonará os Golan se forem ESTÚPIDOS.

Não, abandoná-los-ão se o idiota levar a melhor sobre os estúpidos.
Mas ainda resta saber se é para levar a sério ou apenas para ficar nos registos da história. Um retrato póstumo compostinho é sempre uma tentação, principalmente para os menos abonados por Deus.

ablogando disse...

Então e Olivença, hmmm?! E Badajoz?!

Renato Bento disse...

Gostaria de saber porque é que ninguém fala das descobertas na escola de Sajaiya..

EJSantos disse...

"Gostaria de saber porque é que ninguém fala das descobertas na escola de Sajaiya.."

Mas eu digo!
Estou impressionado com o sistema de ensino do Hamas. Sem dúvida um ensino moderno, com aulas práticas e bom material de estudo...
Isto seria engraçado se não fosse trágico. Só haverá paz no Médio Oriente quando os arabes amarem mais os seus filhos do que odeiam os israelitas.

Carmo da Rosa disse...

Só haverá paz no Médio Oriente quando os arabes amarem mais os seus filhos do que odeiam os israelitas.

Caro ejsantos,

Grande citação, esta vai para o meu panteão de citações...

Além disso, creio que desta forma está tudo dito sobre este tema.

ml disse...

Só haverá paz no Médio Oriente quando os arabes amarem mais os seus filhos do que odeiam os israelitas.

Brilhante! Essa não lembrou ao Sting, que já não deve ter unhas de tanta inveja. Lembrou-se foi dos dos russos, mas acho que não são bem a mesma gente, sei lá.

"I hope the Russians love their children too".

Nah! Isso de gostar dos filhos é coisa mais de ocidentais.

EJSantos disse...

Será? Não houve guerra nuclear, porque, de facto, os russos também amam os seus filhos. A esperança do Sting cumpriu-se.