It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sexta-feira, 17 de julho de 2009
Dos grossos e da Europa fina
Uma das beatas "razões" para que a guerra no Iraque fosse um pecado mortal residia numa espécie de confusão de nomes. Em virtude da macacácia inteligência de Bussssh e respectiva infinita ignorância, teria confundido ambos os dois territórios.
Segundo os trolhas do costume, a guerra correcta deveria ser a do Afeganistão. Eram daí originários os talibans e era para aquele território que as Nações Unidas tinham benzido as "tropas da ONU".
E a berraria durou anos, anunciando-se que o apocalipse naquele território seria resultante do "desinteresse" de Bussssh por aquela luta-a-justa-dita.
O tempo foi passando e, também "por culpa de Bussssh", nunca as "tropas da ONU" foram destacadas para o Afeganistão em quantidade suficiente. E a razão era óbvia. Os "interesses" tinham toldado o escasso discernimento de Bussssh ... ahmmm ... pátátí, pátátá e rebéubéu, pardais ao ninho.
O tempo de Busssh chega ao fim e, naturalmente em virtude da sua infinita cretinice foi incapaz de moldar a legislação americana para se eternizar no poder - coisa que qualquer fulgoroso presidente sul-americano faz sem dar conta.
O santíssimo Obama apresenta-se como espiador de todos os malefícios de Bussssh e vem à Europa marcar o ponto. Nessa "histórica" viagem promete o que "toda a gente sabia" que o empenhamento no Afeganistão seria a solução que tornaria, finalmente, o mundo perfeito.
Evidentemente que o empenho da Europa no Afeganistão nunca esteve em causa porque a Europa é uma coisa e "tropas da ONU" é outra.
Obame ganha as eleições e volta à Europa para levar um chapadão. Não é que os malandros da velha Europa descobriram que Europa é uma coisa e "tropas da ONU" é outra?
Pois o Afeganistão vai aquecendo, o verniz europeu vai estalando e as poucas tropas portuguesas no Afeganistão devem retirar porque, aparentemente, "o que Portugal ganha com isto"?
E isto é mau sinal? Não. Se Portugal é suposto retirar é porque foram, entretanto, descobertos "interesses" e nós, lusos, não queremos neles sujar as mãos. Ao fim e ao cabo a resolução da UNO aponta, como não podia deixar de ser, para "tropas da ONU". Que têm os soldados comedores de feijoca, carapau de gato, torresmos e coiratos a ver com o assunto?
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