Uma secção de finanças não tem lavabos para uso público, ainda que sejamos obrigados a entrar nela para tratar assuntos fiscais, tendo por vezes de esperar mais de uma hora para ser atendidos. Pode acontecer ser necessário “ir ao café” e voltar.
Isto é, uma secção de finanças não é obrigada a disponibilizar um lavabo público, apesar de as suas instalações serem usadas no âmbito de um serviço público por quem não tem outro modo de tratar de assuntos ligados à administração pública. Mas os cafés, que não são um serviço público e em que a entrada é opcional, são obrigados a disponibilizar lavabos a todos os que passam.
Segue uma hipótese explicativa: nos Estados Sociais os políticos sabem que o mundo se divide em duas categorias: o Estado e quem vive nele, e os outros. Para o Estado e quem vive nele vão os privilégios, as isenções, as mordomias e as boas figuras feitas com o dinheiro dos outros. Para os outros, as obrigações, os imposições, as penalidades e os impostos pagos para regalo e boa figura do Estado. Assim é o Estado Social: pimenta no cu dos contribuintes para o Estado é refresco.

5 comentários:
O caso é ainda mais grave: Na repartição não se pode tomar café; mas no café para consumir o que quer que seja têm que pagar-se impostos.
Facil......monta-se um Café ao lado de qualquer repartição de finanças e da-se um subsídio para os lavabos.
Ora bolas.
Apaguei o comentário anterior por me parecer tartar-se de phishing.
Quase completamente de acordo. A questão é: quem vive no Estado ou do Estado?
Enviar um comentário