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segunda-feira, 27 de julho de 2009

Raça, mentiras e Obama

Há dias um professor de Harvard, o Dr Gates, e um polícia de Cambridge, o Sargento Crowley, protagonizaram um incidente que fez disparatar Barak Obama

As coisas ter-se-ão passado assim:

O Dr Gates regressou de férias e, tendo perdido a chave de casa, resolveu forçar a porta, com a ajuda do motorista.
Um passante observou o comportamento dos dois indivíduos, pensou que se tratava de um assalto e chamou a polícia.
Acorreu o Srg Crowley e mais dois polícias.
O que aconteceu a seguir foi, na versão do Dr Gates (negro) , que o Srg Crowley , (branco), o prendeu por ele ser negro, apesar de lhe ter explicado que era o dono da casa.
Na versão do Srg Crowley, corroborada a 100% pelos outros dois polícias, um hispânico e um negro, o Dr Gates terá de facto explicado a situação, mas recusou a seguir mostrar o documento identificativo e, quando o Sargento lhe ordenou que o fizesse, exaltou-se, berrou, chamou-lhe racista, comentou algo sobre a mãe do polícia , terá dito algo do género " você não sabe com quem está a falar" e exigiu , na inversa, que o polícia se identificasse.
Foi obviamente detido por desrespeito à autoridade.

Enfim, um clássico diferendo entre pessoas que se consideram importantes e um agente da polícia, que ocorre em todos os países.
O problema é que o Dr Gates, amigo de Obama, alegou que o que lhe aconteceu foi uma situação de discriminação racial .
Obama tem amigos estranhos, isso não é novo. Desde o Reverendo Wright ao Reverendo Jackson, Barak Obama circulou num mundo de vitimização racial e de ideologias preocupantes.

A partir da Casa Branca, mesmo sem saber os pormenores, Obama, sem teleponto que o limitasse, não resistiu ao seu verdadeiro eu e zurziu forte e feio na acção policial, chamando-lhe "estúpida" e racialmente enviesada.
Coisa inaudita num Presidente esta, de a partir de um cargo institucional, exprimir preconceitos raciais e julgamentos instantâneos em favor de um amigo, ele que demorou mais de uma semana a perceber o que estava a acontecer no Irão.

Vamos rebobinar:
Se alguém chamar a polícia ao ver dois indivíduos, sejam de que raça forem, a forçar a porta de uma casa, está a ser racista?
Se a polícia vier e exigir a identificação dos indivíduos, está a ser racista?
Se houver ameaças, berros e insultos à polícia, será racista, deter o indivíduo?
Mas está tudo doido?

A Corporação policial em causa, que inclui centenas de negros, não achou nada disso e, pelo contrário, entendeu que a equipa do Sgt Crowley agiu correctamente.
O Sindicato entendeu o mesmo e exigiu que Obama pedisse desculpas
A imprensa idem.
Na verdade , se alguém aqui mostrou claros preconceitos raciais, foram o Dr Gates e o Presidente Obama.

E Obama, picado de todos os lados, não tardou a perceber que fez asneira.
Claro que não pediu desculpa. Alguém com o seu ego, dificilmente o faria, até porque se tornou óbvio aquilo que realmente pensa, isto é, que o polícia é branco e mau e o amigo Gates é negro e bom.
Mas tentou justificar-se com circunlóquios algo infantis, dizendo que escolheu mal as palavras, que não as calibrou bem, etc,etc.
Chamou mesmo ao incidente um "teachable moment" , naquele seu tom de Messias milenar.
E foi. Para ele e para os americanos que começam a ver o que está por detrás do verniz com que a imprensa deslumbrada foi pintando o Escolhido.

O Dr Gates também aprendeu algo. Aprendeu que o facto de ser negro, importante e amigo do Escolhido, não o autoriza a ser arrogante e a tratar a polícia do alto da burra.

E bem pode falar de injustiça e discriminação. Neste filme quem se safou de um julgamento, a que qualquer outro cidadão seria sujeito, por desrespeito à autoridade, insultos, etc, foi ele, justamente por ter jogado a cartada racial. Safou-se exactamente por ser negro.

Quanto a Obama, o mito está a derreter.
Até o NYT, jornal onde se acenderam mais velas ao Messias, já lhe chama mentiroso.
O seu próprio partido acaba de lhe despejar um balde de água fria na reforma da saúde e o Senado passou-lhe um solene aviso sobre os pactos suicidas que o Escolhido anda a tentar fazer com a Rússia.

As sondagens, essas já estão já piores do que as de Dhimmy Carter, no mesmo período.

2 comentários:

Unknown disse...

" não se trata das vigarices ou ordinarices parolas do Berlusconi"

Porra, ó Cdr, tenho mil vezes mais consideração por um gajo como o Berlusconi, que é um bon-vivant, que dá umas quecas, que é real, que gosta de chianti, do que por um Obama que frequenta as missas do Reverendo Wrigt, passa por Santo e que demonstra a cada passo que tudo aquilo é postiço e está colado com cuspo.



", o Presidente dos Estados Unidos da América pediu realmente desculpa"

Não, não pediu. Andou por ali a rondar, que escolheu mal as palavras e patati patatá, mas em nenhum momento pediu desculpa. De qq modo não se justificou por genuina contrição... o homem pensa realmente aquilo que disse no calor do acontecimento, mas por cálculo político,para controle de danos, porque foi apanhado de surpresa pela reacção do país.

" coisa que nunca na puta da minha vida vi um político português fazer"

Não é bem assim...ainda há dias o nosso ex-ministro da economia depois de fazer uns cornichos para o nosso Querido Líder Bernardino, veio a público fazer um acto de contrição, com basicamente a mesma conversa da treta do Escolhido.


" não vejo porque razão se deva exigir ao Presidente dos Estados Unidos da América um comportamento irrepreensível"

Não se "exige" nada. Apontam-se apenas as contradições entre as elevadíssimas virtudes teologais de que o homem se arrogou possuidor e que foram incensadas por milhões de pessoas por esse mundo fora, e a realidade.

Quer mais?
Ah e tal, vamos fechar Guantanamo.
Fechaste?
Ah e tal, os tribunais militares são bushistas e vamos acabar com eles.
Acabaste?
Ah e tal, os interrogatórios são duros e não sei quê.
Dão-lhe caviar, agora?
Sou muito amigo de Israel, Jerusalem é una e indivisível.
É mesmo?

Oiça, Cdr, o homem é um desastre. Se não muda de registo, vai ser pior do que o Dhimmy Carter.

Mas enfim, eu sou suspeito.
Reconheço que o ar enfatuado do personagem me irrita. Li o livro dele e o enfatuamento é real, aquilo é mesmo ele, o enfatuamento, o complexo racial, a hipocrisia virtuosa são centrais na personalidade do homem.

POrra, o Bush ao menos era um gajo com sentido de humor, que gozava com ele próprio, que bebia uns copos, que contaba umas anedotas.
É deste tipo de pessoas que eu gosto, não de pseudo-iluminados, resíduos sólidos de uma classe média urbana, entrincheirados, por necedade nas valas comuns do marxismo cultural, mas que se acreditam pós-modernos e futuristas.
Enfim, o produto acabado do coito perverso entre a pequenez , a ignorância convencida, a hipocrisia e a má-fé.

Luís Oliveira disse...

Preferia ir prós copos com o Berlusconi do que com o Obama. Aposto que o cdr também.