O Raio: Se se quiser acusar o Manuel Alegre de traição à Pátria há muito por onde pegar, num cidadão que foi deputado uma data de tempo e aprovou tudo o que era integração europeia, inclusivé o Tratado de Lisboa!
Traição?
Não foi ele deputado numa data em que havia democracia na pátria e escolhido por uma maioria para tomar decisões políticas? Boas ou más, tinha legitimidade para o fazer, por isso, traição à pátria parece-me neste caso totalmente descabido! Tenho para si outro exemplo de traição à pátria, mais politicamente correcto. Por exemplo a inércia política de Marcelo Caetano, que em vez de ler com atenção o livro do General Spínola, PORTUGAL E O FUTURO, e tomar as medidas por ele preconizadas, deixou arrastar a situação nas colónias até a vergonhosa debandada que se conhece.
O Raio: Mário Soares foi e é um cidadão muito perigoso…
Esqueceu-se de acrescentar, sobretudo quando se peida…
O Raio: Durão Barroso nasceu a 23 de Março de 1956, tinha 18 aninhos feitos cerca de um mês antes do 25 de Abril.
Passou-me pela mente procurar estes dados para apoiar a minha resposta, mas achei que não era necessário e você confirmou-o. Mais uma vez muito obrigado pela sua gentil colaboração, mas sobretudo pela sua honestidade intelectual ao apoiar voluntariamente a minha tese: É absurdo imputar banhos de sangue em África a um rapaz com ‘18 aninhos feitos cerca de um mês antes do 25 de Abril?’
O Raio: A actuação que ele [Durão Barroso] e os seus camaradas do MRPP tiveram em 1974 e 1975 foi extremamente negativa e prejudicial.
De acordo, mas com todo o respeito isto parece-me uma verdade do Senhor de la Palice! Esta conversa sobre o MRPP tem pouco a ver com política, porque os rapazes do MRPP deveriam ter sido desde o início tratados como casos psiquiátricos… E a sorte do Sr. Durão Barroso é precisamente o ter tido juízo e ter abandonado a seita a tempo, aos 18 aninhos - é uma qualidade.
O Raio: My God, não esperava isso de si! Os gulags, KGB's, deportações para a Sibéria, etc., não são características do comunismo, são características da Rússia! O comunismo soviético limitou-se a manter muito da herança czarista.!
My God, na China de Mao, no Cambojda de Pol Pot, na Coreia do Norte de Kim Il Sung, na Albânia de Enver Hoxa, na Roménia de Ceaucescu e em Cuba do Fidel, nem pensar, era tudo um mar de rosas... (Peço também desculpa aos países com claras influências czaristas que não mencionei, mas queria acabar isto o mais depressa possível para ir ver a bola).
O Raio: A Liberdade de expressão na UE lembra-me a resposta de Henry Ford quando lhe perguntaram porque é que os clientes não podiam escolher a cor do Ford-T (eram todos pretos). Ao que ele respondeu que podiam escolher a cor que quisessem desde que escolhessem preto.
Estas afirmações valem pela sua originalidade: culpar os alemães do mal dos outros. Já estávamos um pouco fartos das teorias das conspirações em que os culpados são sempre os mesmos: Israel e os EUA… mas continua a ser o terrível Ocidente, valha-nos isso!
CdR disse: A expulsão dos judeus da península Ibérica, além de imoral e desumana, provocou um atraso económico e científico no nosso país. O
O Raio: Pois e transformou a Holanda numa potência marítima...
Apenas - e já não é nada mau - ajudaram a consolidar a potência económica que a Holanda já era. Não estou bem a ver qual possa ser a contribuição marítima de gente que não se dedicava a esta actividade. Mas ok, estas afirmações ficam muito bem depois de um jantar bem regado no círculo cultural e recreativo do nosso bairro, Os Amantes da Pátria. Ninguém nos leva muito a sério mas que importa, o importante é manter o espírito (do jantar) aceso...
O Raio: Fala-se muito que criamos o Brasil mas, curiosamente nunca se fala que criamos a Holanda.
Fala-se pois! Mas só durante os jantares do círculo cultural e recreativo Os Amantes da Pátria…
O Raio: Se não fossem os portugueses de religião judaica que para lá mandamos a Holanda hoje não passaria de mais um dos Länder alemães.
Neste caso nota-se que o jantar acabou e já estamos nitidamente na fase do arrotar postas de pescada…
P.S. Não costumo nem gosto de aconselhar leituras, mas abro uma excepção para si por causa da sua boa disposição e sentido de humor: A HOLANDA de Ramalho Ortigão, continua a ser a melhor referência no género. Vai ver que no próximo jantar do círculo vai impressionar os seus amigos, mas agora com um pouco mais de conhecimento de causa.
O Raio: Eu não me estava a referir aos Estados Membros, estava a referir-me à própria UE, Comissão, Parlamento Europeu, etc.
Tem toda a razão, mas a União Europeia é constituída por membros, e uma parte considerável – mas é verdade que não formam a maioria - destes membros são países com um índice de corrupção muito baixo. Tendo isto em conta, parece-me injusto tratá-los a todos por um bando de malfeitores!
O Raio: Quanto ao Corruption Perceptions Index, ele não mede a corrupção, mede a percepção que os cidadãos têm da corrupção o que é uma coisa muito diferente.
Eu sei, mas chega perfeitamente para saber que ao estabelecer relações comerciais com o México é preciso ter muito mais cuidado do que com a Dinamarca.
O Raio: Well, well, Irlanda, Finlândia, Suiça eram neutrais e não tiveram, que eu saiba, problemas.
Que eu saiba dos três só a Suíça é hoje neutral. Mas compreendo que é apologista da neutralidade e não é o único, está até muito bem acompanhado: os seus amigos alemães (e os holandeses) pendem cada vez mais para o seu lado...
O Raio: Bom, se Portugal continuasse a crescer como estava e a Europa também, creio que nem eram necessários quinze anos para atingir a média...
A crescer com o quê? Não acha que teria sido necessário aproveitar muito bem os tais quinze anos, para aprender por exemplo a transformar cortiça em petróleo, que é para aguentar o primeiro choque petrolífero?
O Raio: Quem deu cabo do nosso crescimento económico foi Mário Soares e a maior parte da classe política com a mariquice da CEE/UE...
Ter um bode expiatório à mão de semear não soluciona nada mas alivia bastante. Reconheço que por vezes faço o mesmo com a minha mulher, ou quem estiver presente: quando o computador não funciona já se sabe de quem é a culpa – dos outros.
O Raio: Apre!!! Insiste! Eu não tenho nada contra a intervenção militar! Um pouco lateralmente (estava em Angola) até estive metido nela. Pelo menos tive funções que poderiam ser classificadas de revolucionárias.
Funções classificadas revolucionárias! Presumo que era um oficial de carreira fazendo parte dos que se revoltaram contra a ascensão demasiadamente rápida dos oficiais milicianos, o que deu origem ao 25 de Abril de 1974. Digamos que as suas reivindicações de casta ou, para ser mais simpático, sindicais, foram mais tarde classificadas revolucionárias. Não por si, mas por políticos como o Mário Soares. Está ver que afinal o homem não fez só coisas más...
O Raio: Desculpe o que vou dizer, mas não será um pouco de egoísmo só para ter umas comodidades nas férias não se importar de por o país de pantanas?
Absolutamente, reconheço que é egoísmo e comodismo. E então quando estou de férias sou insuportável: O quê, não há pão fresco para o pequeno-almoço? Não imagina, fico pior que estragado e estou-me nas tintas para a pátria. Mas de qualquer forma, não fui eu quem inventou a moeda única e além disso você ainda não me conseguiu convencer da relação que existe entre a introdução do Euro e o país em pantanas. Por isso, caro Raio, por enquanto não vou votar em si. Voto no Wilders, o que vai dar ao mesmo! Porra, estou afinal sem me dar conta a dar cabo das próximas férias...
O Raio: Medina Carreira falhou totalmente nas suas previsões e principalmente nas suas causas. O país não está tão mal como ele pinta há não sei quantos anos…
Já estou mais aliviado acerca do meu egoísmo natural e da minha culpa na actual situação do país: afinal o país não está de pantanas! Então os tais quinze anos sempre foram bem aproveitados e o país afinal não-está-tão-mal’? Então o Medina Carreira delira?
Mas, espere aí, não me diga que as outras sumidades intelectuais da nossa praça (António Barreto, Vasco Pulido Valente, Miguel Sousa Tavares, Nuno Crato, Hernâni Lopes, João Duque, etc) também se passaram dos carretos?
O Raio: Alguma vez o ouviu [Medina Carreira] chamar a atenção para o erro que foi a adesão ao Euro?
Não, nunca ouvi. Mas talvez isso possa ser um indicador de que não foi um erro, era na altura talvez a melhor opção.
O Raio: A política é a arte de escolher entre as alternativas possíveis, a menos má.
Absolutamente de acordo, e mais, aproveito a ocasião para sugerir aos meus colegas de redacção para que esta sua frase lapidar seja a partir de hoje o lema do FIEL INIMIGO, em vez da frase da Annah Arendt que já passou à história e que ninguém percebe lá muito bem…
O Raio: [O PCP] Diz que sim a muita coisa. Discorda é da política que está a ser seguida e, surpresa, até tem acertado nas previsões.”
Diz que sim a muita coisa?
É, tem razão, eu acredito assim mesmo, não é preciso você desbobinar a cassete. E gostaria de frisar que o PCP não discorda por maldade, é uma questão puramente religiosa - que havemos de fazer! O PCP discorda da democracia parlamentar dita burguesa; discorda da livre-empresa; discorda da adesão à NATO; discorda da relação preferencial com países democráticos; discorda da política estrangeira em relação a Israel. Enfim, são uns discordantes profissionais, mas enquanto permanecerem com a actual representação não fazem mal a ninguém, organizam uns bailaricos saloios e têm direito à existência que negam aos outros quando podem.
O Raio: Não sou comunista mas, entre o Medina Carreira e o Jerónimo de Sousa acho que não há que hesitar. O Jerónimo, no mínimo, até tem colocado bem a questão. O problema de Portugal é a estagnação económica, ao contrário do que o Medina diz.
Sem ofensa, não é comunista mas imita muito bem! Creio que é a única vez que discordamos completamente, ou então trata-se apenas de um engano, você trocou os nomes! Porque o Medina Carreira é que se farta de dizer - aqui entre nós, até começa a ser monótono! - que o problema de Portugal é a estagnação económica. O Jerónimo de Sousa não diz nada disso! Diz muita coisa e consegue ser ainda mais monótono e fastidioso que o Medina, mas tem a vantagem que tudo o que diz se pode facilmente resumir numa curta frase: o problema de Portugal é a falta de um partido único marxista-leninista. E de uma ditadura que ele designa do proletariado. Mas todos nós sabemos por experiência que quem vai passar a mandar não é nada o proletariado ou o povo, mas é ele próprio e os seus camaradas do comité central…
Traição?
Não foi ele deputado numa data em que havia democracia na pátria e escolhido por uma maioria para tomar decisões políticas? Boas ou más, tinha legitimidade para o fazer, por isso, traição à pátria parece-me neste caso totalmente descabido! Tenho para si outro exemplo de traição à pátria, mais politicamente correcto. Por exemplo a inércia política de Marcelo Caetano, que em vez de ler com atenção o livro do General Spínola, PORTUGAL E O FUTURO, e tomar as medidas por ele preconizadas, deixou arrastar a situação nas colónias até a vergonhosa debandada que se conhece.
O Raio: Mário Soares foi e é um cidadão muito perigoso…
Esqueceu-se de acrescentar, sobretudo quando se peida…
O Raio: Durão Barroso nasceu a 23 de Março de 1956, tinha 18 aninhos feitos cerca de um mês antes do 25 de Abril.
Passou-me pela mente procurar estes dados para apoiar a minha resposta, mas achei que não era necessário e você confirmou-o. Mais uma vez muito obrigado pela sua gentil colaboração, mas sobretudo pela sua honestidade intelectual ao apoiar voluntariamente a minha tese: É absurdo imputar banhos de sangue em África a um rapaz com ‘18 aninhos feitos cerca de um mês antes do 25 de Abril?’
O Raio: A actuação que ele [Durão Barroso] e os seus camaradas do MRPP tiveram em 1974 e 1975 foi extremamente negativa e prejudicial.
De acordo, mas com todo o respeito isto parece-me uma verdade do Senhor de la Palice! Esta conversa sobre o MRPP tem pouco a ver com política, porque os rapazes do MRPP deveriam ter sido desde o início tratados como casos psiquiátricos… E a sorte do Sr. Durão Barroso é precisamente o ter tido juízo e ter abandonado a seita a tempo, aos 18 aninhos - é uma qualidade.
O Raio: My God, não esperava isso de si! Os gulags, KGB's, deportações para a Sibéria, etc., não são características do comunismo, são características da Rússia! O comunismo soviético limitou-se a manter muito da herança czarista.!
My God, na China de Mao, no Cambojda de Pol Pot, na Coreia do Norte de Kim Il Sung, na Albânia de Enver Hoxa, na Roménia de Ceaucescu e em Cuba do Fidel, nem pensar, era tudo um mar de rosas... (Peço também desculpa aos países com claras influências czaristas que não mencionei, mas queria acabar isto o mais depressa possível para ir ver a bola).
O Raio: A Liberdade de expressão na UE lembra-me a resposta de Henry Ford quando lhe perguntaram porque é que os clientes não podiam escolher a cor do Ford-T (eram todos pretos). Ao que ele respondeu que podiam escolher a cor que quisessem desde que escolhessem preto.
Engraçado, mas não passa de uma caricatura… Há membros no parlamento Europeu (escolhidos democraticamente) que são a favor da abolição do mesmo parlamento.
O Raio: Assim, porque é que raio estamos a construir uma União Europeia à imagem da unificação alemã do século XIX?
O Raio: Assim, porque é que raio estamos a construir uma União Europeia à imagem da unificação alemã do século XIX?
Estas afirmações valem pela sua originalidade: culpar os alemães do mal dos outros. Já estávamos um pouco fartos das teorias das conspirações em que os culpados são sempre os mesmos: Israel e os EUA… mas continua a ser o terrível Ocidente, valha-nos isso!
CdR disse: A expulsão dos judeus da península Ibérica, além de imoral e desumana, provocou um atraso económico e científico no nosso país. O
O Raio: Pois e transformou a Holanda numa potência marítima...
Apenas - e já não é nada mau - ajudaram a consolidar a potência económica que a Holanda já era. Não estou bem a ver qual possa ser a contribuição marítima de gente que não se dedicava a esta actividade. Mas ok, estas afirmações ficam muito bem depois de um jantar bem regado no círculo cultural e recreativo do nosso bairro, Os Amantes da Pátria. Ninguém nos leva muito a sério mas que importa, o importante é manter o espírito (do jantar) aceso...
O Raio: Fala-se muito que criamos o Brasil mas, curiosamente nunca se fala que criamos a Holanda.
Fala-se pois! Mas só durante os jantares do círculo cultural e recreativo Os Amantes da Pátria…
O Raio: Se não fossem os portugueses de religião judaica que para lá mandamos a Holanda hoje não passaria de mais um dos Länder alemães.
Neste caso nota-se que o jantar acabou e já estamos nitidamente na fase do arrotar postas de pescada…
P.S. Não costumo nem gosto de aconselhar leituras, mas abro uma excepção para si por causa da sua boa disposição e sentido de humor: A HOLANDA de Ramalho Ortigão, continua a ser a melhor referência no género. Vai ver que no próximo jantar do círculo vai impressionar os seus amigos, mas agora com um pouco mais de conhecimento de causa.
O Raio: Eu não me estava a referir aos Estados Membros, estava a referir-me à própria UE, Comissão, Parlamento Europeu, etc.
Tem toda a razão, mas a União Europeia é constituída por membros, e uma parte considerável – mas é verdade que não formam a maioria - destes membros são países com um índice de corrupção muito baixo. Tendo isto em conta, parece-me injusto tratá-los a todos por um bando de malfeitores!
O Raio: Quanto ao Corruption Perceptions Index, ele não mede a corrupção, mede a percepção que os cidadãos têm da corrupção o que é uma coisa muito diferente.
Eu sei, mas chega perfeitamente para saber que ao estabelecer relações comerciais com o México é preciso ter muito mais cuidado do que com a Dinamarca.
O Raio: Well, well, Irlanda, Finlândia, Suiça eram neutrais e não tiveram, que eu saiba, problemas.
Que eu saiba dos três só a Suíça é hoje neutral. Mas compreendo que é apologista da neutralidade e não é o único, está até muito bem acompanhado: os seus amigos alemães (e os holandeses) pendem cada vez mais para o seu lado...
O Raio: Bom, se Portugal continuasse a crescer como estava e a Europa também, creio que nem eram necessários quinze anos para atingir a média...
A crescer com o quê? Não acha que teria sido necessário aproveitar muito bem os tais quinze anos, para aprender por exemplo a transformar cortiça em petróleo, que é para aguentar o primeiro choque petrolífero?
O Raio: Quem deu cabo do nosso crescimento económico foi Mário Soares e a maior parte da classe política com a mariquice da CEE/UE...
Ter um bode expiatório à mão de semear não soluciona nada mas alivia bastante. Reconheço que por vezes faço o mesmo com a minha mulher, ou quem estiver presente: quando o computador não funciona já se sabe de quem é a culpa – dos outros.
O Raio: Apre!!! Insiste! Eu não tenho nada contra a intervenção militar! Um pouco lateralmente (estava em Angola) até estive metido nela. Pelo menos tive funções que poderiam ser classificadas de revolucionárias.
Funções classificadas revolucionárias! Presumo que era um oficial de carreira fazendo parte dos que se revoltaram contra a ascensão demasiadamente rápida dos oficiais milicianos, o que deu origem ao 25 de Abril de 1974. Digamos que as suas reivindicações de casta ou, para ser mais simpático, sindicais, foram mais tarde classificadas revolucionárias. Não por si, mas por políticos como o Mário Soares. Está ver que afinal o homem não fez só coisas más...
O Raio: Desculpe o que vou dizer, mas não será um pouco de egoísmo só para ter umas comodidades nas férias não se importar de por o país de pantanas?
Absolutamente, reconheço que é egoísmo e comodismo. E então quando estou de férias sou insuportável: O quê, não há pão fresco para o pequeno-almoço? Não imagina, fico pior que estragado e estou-me nas tintas para a pátria. Mas de qualquer forma, não fui eu quem inventou a moeda única e além disso você ainda não me conseguiu convencer da relação que existe entre a introdução do Euro e o país em pantanas. Por isso, caro Raio, por enquanto não vou votar em si. Voto no Wilders, o que vai dar ao mesmo! Porra, estou afinal sem me dar conta a dar cabo das próximas férias...
O Raio: Medina Carreira falhou totalmente nas suas previsões e principalmente nas suas causas. O país não está tão mal como ele pinta há não sei quantos anos…
Já estou mais aliviado acerca do meu egoísmo natural e da minha culpa na actual situação do país: afinal o país não está de pantanas! Então os tais quinze anos sempre foram bem aproveitados e o país afinal não-está-tão-mal’? Então o Medina Carreira delira?
Mas, espere aí, não me diga que as outras sumidades intelectuais da nossa praça (António Barreto, Vasco Pulido Valente, Miguel Sousa Tavares, Nuno Crato, Hernâni Lopes, João Duque, etc) também se passaram dos carretos?
O Raio: Alguma vez o ouviu [Medina Carreira] chamar a atenção para o erro que foi a adesão ao Euro?
Não, nunca ouvi. Mas talvez isso possa ser um indicador de que não foi um erro, era na altura talvez a melhor opção.
O Raio: A política é a arte de escolher entre as alternativas possíveis, a menos má.
Absolutamente de acordo, e mais, aproveito a ocasião para sugerir aos meus colegas de redacção para que esta sua frase lapidar seja a partir de hoje o lema do FIEL INIMIGO, em vez da frase da Annah Arendt que já passou à história e que ninguém percebe lá muito bem…
O Raio: [O PCP] Diz que sim a muita coisa. Discorda é da política que está a ser seguida e, surpresa, até tem acertado nas previsões.”
Diz que sim a muita coisa?
É, tem razão, eu acredito assim mesmo, não é preciso você desbobinar a cassete. E gostaria de frisar que o PCP não discorda por maldade, é uma questão puramente religiosa - que havemos de fazer! O PCP discorda da democracia parlamentar dita burguesa; discorda da livre-empresa; discorda da adesão à NATO; discorda da relação preferencial com países democráticos; discorda da política estrangeira em relação a Israel. Enfim, são uns discordantes profissionais, mas enquanto permanecerem com a actual representação não fazem mal a ninguém, organizam uns bailaricos saloios e têm direito à existência que negam aos outros quando podem.
O Raio: Não sou comunista mas, entre o Medina Carreira e o Jerónimo de Sousa acho que não há que hesitar. O Jerónimo, no mínimo, até tem colocado bem a questão. O problema de Portugal é a estagnação económica, ao contrário do que o Medina diz.
Sem ofensa, não é comunista mas imita muito bem! Creio que é a única vez que discordamos completamente, ou então trata-se apenas de um engano, você trocou os nomes! Porque o Medina Carreira é que se farta de dizer - aqui entre nós, até começa a ser monótono! - que o problema de Portugal é a estagnação económica. O Jerónimo de Sousa não diz nada disso! Diz muita coisa e consegue ser ainda mais monótono e fastidioso que o Medina, mas tem a vantagem que tudo o que diz se pode facilmente resumir numa curta frase: o problema de Portugal é a falta de um partido único marxista-leninista. E de uma ditadura que ele designa do proletariado. Mas todos nós sabemos por experiência que quem vai passar a mandar não é nada o proletariado ou o povo, mas é ele próprio e os seus camaradas do comité central…
15 comentários:
Meu caro, eu não sei se esta eh uma foto de mão cheia, mas que dah vontade de encher mão, dah.
Eu era mais de encher a coisa com o coiso. Mas, claro, isso sou eu que sou bushista do bando dos 4 da cimeira das Lages dos acorrentados de Ana Gomes.
Estranho, desta vez nem sequer viram o texto e só soltam comentários sobre a minha irmã!!!
Bem, sobre a tua irmã não preciso de tecer comentários (o Paulo Porto e o RioD'Oiro já disseram o essencial).
Quanto ao texto, excelente.
Caro CdR,
Depois de ler isto:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=493365
acho que preciso de dedicar algum tempo à publicação de coisas mais do mundo real ... assuntos de pach...a. A sua foto deu-me excelente apoio moral.
Parece que Portugal teima em cheirar pouco a podre.
... entretanto ...
http://www.ionline.pt/conteudo/103837-custos-com-abortos-podem-ascender-aos-100-milhoes-euros
Rio, sobre os abortos leio, ....este valor deve-se ao pagamento de subsídios sociais e despesas com a deslocação às unidades do continente das mulheres dos Açores e da Madeira.
Isto é o cúmulo, mas vai acabar brevemente por causa daquele número mágico que você publicou no quadro de honra: 7,63!
Não há unidades nos Açores e na Madeira para fazer abortos?
"deslocação às unidades do continente das mulheres dos Açores e da Madeira"
Lê-se, mas não é verdade embora também seja verdade.
"Não há unidades nos Açores e na Madeira para fazer abortos?"
Não. Parece que os médicos de lá não querem fazer abortos (por uma razão ou por outra).
RioD’oiro disse: ”Parece que os médicos de lá não querem fazer abortos (por uma razão ou por outra).”
Uns por motivos religiosos e os outros por crença!
É provável que também não queiram antagonizar Jardim e sus muchachos.
Raio:
"O Raio: [O PCP] Diz que sim a muita coisa. Discorda é da política que está a ser seguida e, surpresa, até tem acertado nas previsões.”
Esta é muito engraçada. Ninguém como o PCP e o BE defenderam o investimento estatal e despesas em "políticas sociais" custasse o que custasse. Fosse à custa de impostos ou de pedir dinheiro emprestado, o que interessava era gastar. GASTAR. Gastar sempre porque os resultados não se fariam esperar em dividendos de leite e mel.
O PS gastou à tripa-farra, mas o PCP e o BE queriam mais. Muito mais. E porque o PS não lhes fazia a vontade toda, era acusado de ser de direita.
Agora que a bronca está montada, queixam-se que a culpa não é do estado mas do endividamento particular. Mas nunca nenhum deles defendeu a troca do endividamento particular por quebra de receitas em impostos porque isso configurava um castigo aos privados gastadores ... e quanto mais se gastasse, mesmo não tendo para gastar, mais impostos se arrecadava e mais "políticas sociais" e investimento estatal se tornava possível, sempre rumo ao leite e ao mel.
CDR, se vc qer qe lhe leiam os textos em vez de o pessoal se ficar pelos bonecos (digo, bonecas), não volte a publicar fotos da sua irman nos posts. (P/qem não perceber isto da irman do CDR, ler o 3.comentario da fila)
Paulo Porto disse: ”CDR, se vc qer qe lhe leiam os textos em vez de o pessoal se ficar pelos bonecos (digo, bonecas), não volte a publicar fotos da sua irmã nos posts.”
A ideia inicial era usar a minha irmã apenas como chamariz para o texto, não quero que fiquem lá especados durante horas! Apenas um discreto olhar de soslaio chega e não, como dizem os holandeses: kijken, kijken en de rest bij denken (olhar, olhar e imaginar o resto).
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