It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A "revolução" das batatas fritas
"Os" franceses, "os" egípcios, "os" alemães, "os" portugueses ...
Hoje foi "os" belgas. "Os" belgas manifestaram-se contra os políticos por não haver governo na Bélgica há uns 250 dias (incluindo a totalidade da presidência belga da UE).
Quem eram "os" belgas (RTP-1)? Meia dúzia de bezerros e bezerras que se despiram na via pública em "revolução". A estupidez militante chegou ao extremo da coisa ser candidamente veiculada como "revolução" das batatas fritas.
No Egipto, local de uma das "revoluções", "os" egípcios não esperaram pelas batatas fritas e trataram de despir uma jornalista. Se isto acontecesse em Portugal tratar-se-ia de uma horrenda investida de reaccionários machistas latinos. No Egipto, é coisa de cultura alternativa, naturalmente compreensível.
E de onde vêm "os"? Da comunicação social como um todo. A comunicação social está nas mãos de jornalistas aparvalhados, cretinos, esquerdalhos, burros, propagandistas, moços de recados, militantes do "activismo" e estúpidos (desculpem alguns pleonasmos mas tem que ser).
A RTP está a ser alimentada, anualmente, com 300.000.000 de Euros sugados ao bolso do contribuinte (quase 200.000 contos por dia).
....
Desculpem haver poucas fêmeas na imagem mas não encontrei outra. Em boa verdade parece haver apenas 1 fêmea. O resto parecem ser gajos ou híbridos.
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
11 comentários:
Rio disse: ” "Os" belgas manifestaram-se contra os políticos por não haver governo na Bélgica há uns 250 dias”
E qual é o mal?
Por causa de não haver governo uma porrada de medidas não são tomadas, por exemplo relacionadas com a justiça… E esta acção lúdica (e não revolução) demonstra que o povo belga ainda não sofre da mesma apatia e atavismo que o nosso. Uma acção lúdica deste tipo devia até servir de exemplo e de inspiração em Portugal…
Uma dica para começar.
No próximo fim de semana tudo nu - o clima em Portugal até é mais propício -
à porta da casa da Fátima Felgueiras até ela devolver a guita toda que andou a gamar. E por mim os mais radicais até podem mijar no jardim ou na caixa do correio.
Rio disse: ”A RTP está a ser alimentada, anualmente, com 300.000.000 de Euros sugados ao bolso do contribuinte (quase 200.000 contos por dia).”
Mais uma dica.
Não querem RTP? Não se querem despir?
Junta-se um pessoal da corda, nem é preciso serem muitos – o total da redacção do FIEL chega e sobra (menos eu, que participaria de boa vontade mas estou muito longe) e com dois ou três pick-ups vão a um depósito de lixo. Aí arrecadam todos os aparelhos de televisão que encontrarem e colocam-nos empilhados à frente da sede da TV. De forma que os funcionários, essa cambada de chulos pagos a preço de ouro, não possam entrar nem sair das instalações…
Plano B: colocar os aparelhos na porta de saída da garagem onde os funcionários estacionam os carros.
Não se esqueçam de filmar os bacanos a arrumar os televisores para poderem passar com os carros, que é para mais tarde publicar no FIEL. O mesmo em relação à manif à porta da casa da Fátima Felgueiras - quero ver close-ups das pilas a mijar no jardim ou na caixa do correio….
Quando a alma não é pequena a fama e a fortuna fica ao alcance de todos, e muito menos perigoso do que passar a Taprobana.
De um dia para o outro o FIEL passaria a ser conhecido em toda a Europa, com todas as vantagens publicitárias que daí advêm: dinheiro à balda da publicidade no blog para jantares e festas bem mais giras que as do Avante. Podíamos até pensar em convidar a Ruby (a marroquina do Berlusconi) e as suas amigas, provando ao mesmo tempo ao esquerdalho que até somos muito multicultis…
CdR:
"E qual é o mal?"
Nenhum, desde que não digam "os" belgas. Se disserem Belgas, nada de mal. Acrescentando "os" implica uma quantidade significativa de belgas, o que não é, manifestamente, o caso.
"Por causa de não haver governo uma porrada de medidas não são tomadas,"
Isso deixa uma interrogação inquietante: Para quê votar? Para quê a democracia? Quem é realmente representante?
"ainda não sofre da mesma apatia e atavismo que o nosso."
Tá a ver? Se não houver atavismo, para quê votar? A não existência de atavismo é sinónimo de desnecessidade de democracia?
(continua)...
"Junta-se um pessoal da corda,"
Não sei o que é pessoal da corda, mas cheira-me que alguém é capaz de se referir a eles com "os" portugueses. Com uma pitada de habilidade, esses "os" terão direito a ser chamados de "activistas" e a botar sentença em seara alheia.
Esta coisa de 'berramos logo somos', não pega.
Rio disse: ”Se disserem Belgas, nada de mal.”
Isto é um preciosismo semântico que nada tem a ver com a discussão. Que mal há em dizer “os” portugueses revoltaram-se em 1974, ou “os” egípcios em 2011? Toda a gente sabe que nem num caso nem noutro se trata da totalidade da população. Uma revolta é sempre gente que se revolta contra outros…
Mas não é disso que se trata. A divergência entre a sua opinião e a minha é a sua segunda frase:
Rio disse: ”Quem eram "os" belgas (RTP-1)? Meia dúzia de bezerros e bezerras que se despiram na via pública em "revolução". A estupidez militante chegou ao extremo da coisa ser candidamente veiculada como "revolução" das batatas fritas.”
Porquê bezerros? Porquê estupidez? Por se despirem na via pública? Cada povo protesta à sua maneira, da maneira que acha que vai ter mais impacto, mais publicidade. E não menospreze as batatas fritas na Bélgica – estão culturalmente ao mesmo nível que o fado em Portugal.
É preciso ter em conta diferenças culturais: outros povos há que ainda não são receptivos a formas lúdicas de protestar. Além de serem terrivelmente puritanos (mostrar a pila em público, ai Jesus, nem pensar nisso!), não conhecem outra forma de protestar sem partir o mobiliário público e berrar morte a este e aquele.
Rio disse: ” Isso deixa uma interrogação inquietante: Para quê votar? Para quê a democracia? Quem é realmente representante?”
Mas eles já votaram e ninguém quer novas eleições. O problema é que os partidos em que a maioria votou não há maneira de se porem de acordo para formar governo, e neste momento está até em causa a existência da Nação -belga. (isto é mais complexo, mas demoraria muito tempo a explicar e não sei se você está interessado)
Mas numa democracia votar não chega. Esse é o mal de Portugal e de democracias periclitantes. Como dizia a minha professora de Ciências Naturais: “os pais mandam os filhos para a escola e esperam que passados dez anos eles sejam doutores” (sem qualquer tipo de acompanhamento do aproveitamento escolar dos filhos).
Rio disse: ” Tá a ver? Se não houver atavismo, para quê votar? A não existência de atavismo é sinónimo de desnecessidade de democracia?”
A lógica destas três questões escapam-me completamente!!!
Rio disse: ” Não sei o que é pessoal da corda, mas cheira-me…”
Não era preciso cheirar, só mesmo ler! Eu disse na minha resposta que o pessoal da corda poderia ser por exemplo: o total da redacção do FIEL chega e sobra…
‘malta da corda’ era antigamente gíria para designar todos aqueles que não estavam de acordo com o regime no tempo da outra senhora.
CdR:
"Isto é um preciosismo semântico que nada tem a ver com a discussão."
Não é não e o assunto é esse. Tomar uma ínfima parte pelo todo e pretender que a vontade dessa parte seja regra geral.
CdR
"O problema é que os partidos em que a maioria votou não há maneira de se porem de acordo para formar governo, e neste momento está até em causa a existência da Nação -belga. "
Não há uma maioria. Há duas maiorias com posições aparentemente inconciliáveis. Não há "os" partidos. Há dois grupos de partidos com posições substancialmente inconciliáveis sedimentados na vontade dos respectivos apoiantes.
A Bélgica está prestes a partir-se em dois. Pode ser que isso não aconteça, mas o braço de ferro é esse. Os flamengos não estão para aturar os franceses. Neste contexto há dois "os", de vontade relativamente homogénea e quantidade significativa.
O post do Lidador ilustra bem o que afirmo.
http://fiel-inimigo.blogspot.com/2011/02/jornalismo-praca-tahrir-e-geografia-da.html
Quando os "os" são dos nossos, são "os". Quando não são, são excepções a escamotear.
No caso dos belgas pretende-se escamotear que a Bélgica está a rachar querendo dar a entender que se trata de um problema de "os políticos", que não se entendem. Quem não se entende são os framengos e os francófonos.
A malta 'boa' contorna a questão aplicando aos 'bons' uma autoridade conferida por uma hipotética vontade geral que não existe. Trata-se da uma manobra da mais pura propaganda.
Evidentemente que o Carmo pode sempre argumentar que apesar das diferenças "os" Belgas (a generalidade) não se querem separar. Pois tá bem. Mas tudo indica que mesmo sendo assim cada uma das partes terá que aceitar o inaceitável.
Na Bélgica há um impasse. As duas partes partidárias compreendem perfeitamente a posição contrária mas os constituintes de cada parte não estão dispostos a ceder.
Rio disse: ”Tomar uma ínfima parte pelo todo e pretender que a vontade dessa parte seja regra geral.”
Mas então afinal quem é a ÍNFIMA PARTE e quem é o TODO?
Rio disse: ”Não há uma maioria. Há duas maiorias com posições aparentemente inconciliáveis..”
Está a repetir os preciosismos semânticos! Eu conheço muito bem a situação belga, sigo a imprensa nas duas línguas do país, não preciso que me expliquem a situação muito obrigado. Por isso, se não se importa, vou passar à frente dos detalhes explicativos sobre a Bélgica.
Rio disse: ” No caso dos belgas pretende-se escamotear que a Bélgica está a rachar querendo dar a entender que se trata de um problema de "os políticos", que não se entendem.”
Quem é que pretende escamotear? Curioso, eu vivo aqui ao lado e nunca ouvi ou li alguém (mesmo os belgas) escamotear seja o que for! Deve ser da distância, quanto maior a distância mais amplitude as teorias da conspiração ganham…
Rio disse: ”Quem não se entende são os framengos e os francófonos.”
Acha que eu poderia ter pensado tratar-se de um desacordo entre hutus e tutsis? Mas se você quer mesmo ser preciso devia ser escrito: “quem não se entende são os flamengos e os valões” - para haver concordância entre os conceitos.
Rio disse: ” ‘A malta 'boa' contorna a questão aplicando aos 'bons' uma autoridade conferida por uma hipotética vontade geral que não existe. Trata-se da uma manobra da mais pura propaganda.”
Quem é a malta boa? Quem contorna qual questão? Onde está a propaganda e quem é responsável por ela?
Rio disse: ” Evidentemente que o Carmo pode sempre argumentar…”
Eu não vou argumentar coisa nenhuma, enquanto não obtiver respostas concretas para perguntas simples vou ver a bola…
CdR:
"Mas então afinal quem é a ÍNFIMA PARTE e quem é o TODO?"
A 'ínfima parte' é a parte que face ao todo tem significado irrelevante. O 'todo', é o resto.
Em Lisboa, todos os dias dormem ao relento 1500 gajos. Se se disser que os Portugueses dormem ao relento esta-se a mentir.
"Está a repetir os preciosismos semânticos!"
Que remédio.
"Quem é que pretende escamotear?"
Quem eu apontei. Mas, caso necessário, posso voltara a apontar mesmo correndo o risco do CdR dizer que estou a repetir preciosismos.
"Acha que eu poderia ter pensado tratar-se de um desacordo entre hutus e tutsis?"
O CdR referiu que eram os partidos. Afinal parece concordar comigo que não eram nem os partidos nem os hutus e tutsis.
"Quem é a malta boa?"
O post do Lidador é bem claro.
O Rio disse: ”A 'ínfima parte' é a parte que face ao todo tem significado irrelevante. O 'todo', é o resto.”
Sim, mas porque razão se recusa a dar um nome à coisa?
O Rio disse: ” Em Lisboa, todos os dias dormem ao relento 1500 gajos. Se se disser que os Portugueses dormem ao relento esta-se a mentir.”
Sim, estou de acordo, mas quem que está a mentir? Sou eu ou são os belgas das batatas fritas? E sendo os belgas, qual deles, os flamengos ou os valões?
O Rio disse: ” Quem eu apontei. Mas, caso necessário, posso voltara a apontar mesmo correndo o risco do CdR dizer que estou a repetir preciosismos..”
Em vez de ter escrito esta frase e me deixar novamente na expectativa, poderia simplesmente dizer quem (nome) é que pretende escamotear, e já agora, que está com a mão na massa, o que é escamoteado?
Se souber isto já me dou por muito contente, já nem quero saber quem é a malta boa!!! Mas hoje à noite vou mas’é ver a bola, que nem sempre é ‘malta boa’ mas eu percebo-os logo à primeira.
CdR:
"Sim, mas porque razão se recusa a dar um nome à coisa?"
Ok. à ínfima parte, chamemos Olívia Palito. À outra, Gabriela.
"Sim, estou de acordo, mas quem que está a mentir?"
Quem refere "os" belgas a uma ínfima parte dos belgas. Neste caso a RTP, mas quem chamar está a mentir.
"E sendo os belgas, qual deles, os flamengos ou os valões?"
Quem noticia. no caso jornalistas portugueses, incluindo gajas bem papáveis.
"poderia simplesmente dizer quem (nome) é que pretende escamotear"
Mas eu não tenho tempo para tomar nota do nome dos jornalistas que debitam o disparate.
Ás vezes, tá mesmo a jeito e ... pimba. Neste caso não dá jeito porque a minha patroa não me deixa tratar desses assuntos entre duas dentadas de costeleta. Alternativamente teria que consultar o arquivo WEB de meia dúzia de meios de comunicação social. É apetecível mas tenho que trabalhar para viver e, nos intervalos, morder umas tantas melras (coisa clandestina por motivos óbvios).
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