Tradução Eduquês -> Português:
transmissão de regras e de valores -> ensino de regras e valores
diminuindo-lhe a capacidade de desenvolver competências -> privando-os da possibilidade de aprender
apresentam dificuldades -> têm dificuldade
a perturbação de mau comportamento -> mau comportamento
síndroma de filhos socialmente mal formados (eduquês socialista) -> comportamento de filhos de papás que se deixaram convencer que quem educava era a escola
formação social (eduquês socialista) -> educação
Mais difícil é a competência para os educar -> Mais difícil é educá-los.
Este texto pretende ser bruto e directo, já que muito se tem escrito procurando palavras politicamente correctas e nada se tem conseguido.
Educar um filho não é: fazer-lhe todas as vontades, nunca o contrariar, atafulhá-lo de brinquedos e prendinhas, dar-lhe razão quando ele não a tem….
Educar implica sempre a transmissão de regras e de valores. E isto é, em primeiríssimo lugar, função da família. Não esperem os papás e as mamãs que a escola faça o milagre de educar crianças que já há anos andam deseducadas.
Pais há (e mães, entenda-se) que lamentam a triste sina do filho a quem calhou na rifa um professor ou professora que pretende que o menino trabalhe, que aprenda a comportar-se na sala de aula e no recreio, que saiba respeitar os colegas e os adultos. Enfim, coitadinha da criança, perante tal exigência.
Há mesmo quem, para salvar os filhos de tamanha desgraça, os troque de escola, uma vez e outra… Até que surja um professor que deixe o menino fazer o que bem entenda – ainda que isto possa significar ele não fazer rigorosamente nada durante todo o dia – e que lhe dê boas notas não merecidas, aumentando-lhe a auto-estima, mas diminuindo-lhe a capacidade de desenvolver competências. Quando isto sucede, ainda que os papás fiquem muito contentes, estamos perante um sistema de educação falido.
Óbvio é que há crianças que efectivamente apresentam dificuldades, quer a nível cognitivo, quer a nível emocional. Mas, quanto a diagnósticos, as grandes epidemias que por aí se verificam são, sem dúvida, o distúrbio de má educação, a perturbação de mau comportamento e o síndroma de filhos socialmente mal formados por pais cuja formação social também deixa muito a desejar.
A possibilidade de ter filhos deveria ter algum dispositivo regulador extrabiológico, porque fornicar e fazê-los é relativamente simples. Mais difícil é a competência para os educar.
A má educação permanente caminha a passos largos para o desajuste social e a pré-delinquência. Estas crianças passam temporariamente por professores, animadores de tempos livres, técnicos, etc…, mas serão toda a vida filhos dos seus pais. E, num acesso de humor negro, apetece-me dizer: bem-feito! Porque serão os pais os que mais colherão o que tão mal semearam.
Pais há vários, mas com vocação para tal há poucos. E estes filhos, para crescerem e poderem tornar-se cidadãos responsáveis, mereciam pais melhores.
P.V.
3 comentários:
[…] Educar implica sempre a transmissão de regras e de valores. E isto é, em primeiríssimo lugar, função da família.
[…] fazê-los é relativamente simples. Mais difícil é a competência para os educar. […]
Basicamente, educar é dar o exemplo.
Todas as regras de ouro da educação, tipo louvar o esforço acima da realização, cultivar o adiar da gratificação, limitar reprimendas, estimular a curiosidade, altruísmo, criatividade etc, etc. São inteiramente inúteis quando os educadores não tem eles próprios um comportamento exemplar.
É este o nosso capital social.
Caso para dizer, cada um tem os filhos que merece.
Se assim fosse. Bastava um livrinho de aforismos (socialistas claro) e estava o problema resolvido.
Felizmente, os putos têm uma antena natural, para detectar conversa de chácha.
caso houvesse um pouco mais de crença na educação socialista
LOL. Ò CdR isso é o que há mais porra. E que tal, pelo menos dois domingos por semana para curtir as ucranianas.
Enviar um comentário