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segunda-feira, 7 de maio de 2012

Caroços de azeitona

Vamos imaginar que,  por um agradável dia de Primavera, o Carmo da Rosa  convidava para almoçar, a mim e, digamos, ao conviva Fulano.
Durante a refeição, Fulano começa a atirar-me caroços de azeitona. O dono da casa, ou não repara, ou não faz caso.
As opções que se me deparam são:
- Fazer de conta que não estou a ser alvejado com caroços de azeitona.
-Responder com caroços de azeitona.
-Rir-me, como se estivesse a achar muita graça.
-Agarrar nos caroços e colocá-los no caixote do lixo

Digamos que optei pela última modalidade de acção, porque não tenho temperamento para ignorar, porque não acho graça e porque não quero responder no  mesmo tom, transformando a casa do Carmo da Rosa num chiqueiro.
O Carmo da Rosa, até aí impávido, ou talvez secretamente satisfeito por ver a minha testa ser alvejada com caroços, indigna-se pela minha atitude. Vêm ao de cima telúricas noções territoriais e ele sente que eu não tenho o direito ou, no mínimo, é inconveniente, que eu disponha dos seus caroços, na sua mesa, e vá pela sua casa, livremente, colocá-los no caixote do lixo.

Compreendo a reacção do Carmo da Rosa. O que eu fiz foi, de algum modo, mexer com o seu conceito de propriedade, algo realmente muito forte, no ser humano.

Face a isto, só me resta uma atitude: agradecer o convite, pedir desculpas por ter posto os caroços no caixote do lixo e  abandonar de imediato o almoço.

16 comentários:

ml disse...

Bá lá, Carmo da Rosa, tanbein naun izajeremux...

Unknown disse...

CdR, como já lhe expliquei, não irei mais comentar os seus postes.
Não por si, obviamente, mas pelos comentários chocarreiros de trols que não pretendem trocar ideias, mas sim tentar ofender.

E aproveito pois para lhe responder aqui, na minha casa, que concordo consigo e tb acho, sempre achei, que diferença de opinião não é insulto. Pelo contrário, é o estímulo que nos leva a pensar e a sistematizar ideias.

E, como é óbvio, não foi, não é, a diferença de opinião que me leva a sair da sua casa.

Imagine que eu digo:

-"Esta cadeira é vermelha!"

Diferença de opinião pode ser:
-"Eu acho que é verde, por isto e por aquilo"

Insulto é:

-Seu idiota, não vês que é verde? Tens a mania que é tudo vermelho, já te conheço, etc, etc."

Pois é a este tipo de caroços que me refiro.

E como não gosto de levar com eles na testa, nem estou para descer ao mesmo nível, prefiro deixar de frequentar a sua casa.

Espero que compreenda.

ml disse...

Nunca tinha ouvido falar nesse Faramerz Dabhoiwala nem especificamente na revolução do séc. XVII ... Estas coisas vão-se desenvolvendo em surdina durante muito tempo até que um dia encontram as condições ideias para se imporem como comportamento-padrão.

Não estaba a gozar com a sua pronúncia, já lhe disse que tamém sou do norte e que a troca dos /v/ pelos /b/ faz parte da fala local. Cada vez menos, é verdade, mas agora há um movimento contrário, ainda que não muito a sério, de usar esse detalhe como identitário.

ml disse...

A tolerância religiosa no séc. XVII na Europa não era lá muita, a Inquisição ainda funcionava em pleno e na Inglaterra a guerra entre católicos e protestantes estava no auge. De fora ficavam poucos países, mas talvez tivesse sido nesses que o movimento começou, não sei...

Unknown disse...

"mas acha que posso comentar nos seus postes e obter resposta"

Na minha casa será sempre tratado com civilidade e educação.
E é livre de, se for interpelado de forma chocarreira e insultuosa, enviar as lostras para o caixote do lixo.
De resto, é exactamente isso que eu farei, logo que me aperceba, seja quem for o alvo.

Como compreende, não é possível manter um ambiente agradável, se um dos interlocutores passa a vida a atacá-lo a si, como pessoa.

Unknown disse...

"A chinesa Wang Junxia, a detentora do record mundial (29 minutos e 31 segundos) é só 1 minuto mais lenta que o nosso melhor atleta do momento, José Rocha (28 minutos e 37 segundos)"

Uma coisa que noto na sua argumentação é o recurso sistemático a um tipo de falácia conhecida como "Inversão do Acidente", e que consiste grosso modo em tentar contradizer o geral, com a descrição de casos particulares.

Confesso que tenho de respirar fundo várias vezes para não responder torto a este tipo de raciocínios.

Quando se escreve, ou conversa, é sempre necessário fazer generalização de conceitos.
Se se diz que "as árvores são verdes", a afirmação pressupõe um certo nível de análise e é suposto que a pessoa a quem nos dirigimos esteja no mesmo comprimento de onda.

As árvores são verdes, tem validade estatística, porque a maioria das árvores é verde.

Não se pode contraditar esta afirmação, referindo o caso particular de certas árvores que são roxas, ou partes da árvore que não são verdes, ou ocasiões do ano em que algumas arvores são amarelas ou vermelhas.

Da mesma forma, quando se diz que as mulheres são mais flexíveis que os homens, ou que os pretos correm mais do que os brancos, ou que os homens são mais fortes que as mulheres, está-se a falar em termos estatísticos.

E isso implica que nem todas as mulheres são mais flexíveis que todos os homens, nem todos os pretos correm mais que todos os brancos, etc.

Pelo que entendi, toda a sua argumentação assenta na referência a casos particulares como provas de que a minha posição não é válida.

Veja o vaso da pornografia.

Claro que há mulheres que se excitam à vista. Mas as mulheres não se excitam à vista. Uma prova que pode ser invocada é o facto de não existir nenhum equivalente feminino da Playboy ou das revistas pornográficas mais hard.

Pelo contrário, um certo tipo de literatura feminina, não tem equivalente masculino.

Porquê? Porque o acto de comprar um produto para consumo privado, resulta quase exclusivamente de uma vontade individual,não contaminado pela pressão social.
Reflecte , com verdade, as preferências individuais.

Mesmo que você me diga que conhece a senhora A, que compra e revistas pornográficas e até esfola o galho, isso não invalida a validade geral do que eu disse, e o facto, tb geral, de que o "galho" das mulheres, normalmente não tem tamanho para ser esgalhado.

Unknown disse...

"e apesar disso não é essa a minha percepção "

Na verdade,não é a si que ela tenta insultar.

Ora vá lá para o seu poste e leia o comentário que eu já não apaguei.

Bem, os outros eram do mesmo estilo, se bem que um pouco mais chocarreiros.

Como dizia os brasileiros, fogo no rabo do outro, para mim é refresco

ml disse...

Mais umas para o montinho, Carmo da Rosa. A maioria tem bolinha vermelha…

'Playgirl' (bolinha!)
 Germany
 France
 Australia
 The Netherlands
 Great Britain
 South Africa
 Brazil
 Russia

'Filament'
'Sex Herald'
'On our Backs'
'Viva'
'Alley Cat'
etc.

E depois não querem que eu me ria com isto...

ml disse...

"Playgirl magazine says that their subscription sales have gone through the roof because of Levi Johnston. He will appear on the cover of the January issue."

eheheheh... Quem será este Levi Johnston?

Unknown disse...

" que cada pessoa tem uma ideia diferente do que são interpelações insultuosas.

Por isso é que lhe reconheço a liberdade para fazer a sua interpretação e agir em conformidade. Na sua casa,você deixou bem claro que não me reconhece essa liberdade.



"Nem há falácia, nem são casos particulares!

Pelo contrário, argumento com exemplos simples e concretos"


Estas duas frases são mutuamente contraditórias.



" Que esteja ao corrente das recentes evoluções no desporto"

Estou. E é por isso que sei que os pretos correm mais do que os brancos e os brancos nadam melhor que os pretos. Mas claro que há casos "simples e concretos" em que isto não é verdade.

O problema é que os casos particulares não são generalizáveis, ao passo que as "verdades estatísticas" digerem calmamente os casos particulares e explicam-nos"


"
Women were not acknowledged as a potential audience by pornographic filmmakers until 1985"


CdR, que as mulheres consomem erotismo e pornografia, é indisputável, desde Eva.

A questão não é essa.
A questão é a diferença. Você fala-me de lésbicas. Ora bolas, as lésbicas gostam de mulheres, as lésbicas têm uma geografia cerebral semelhante às dos homens.

O que eu lhe disse, é que as mulheres, mulheres, de um modo geral não se erotizam da mesma maneira que os homens.

Aos homens, basta ver umas boas mamas e um bom rabo.
Não querem saber de quem é, se de uma futebolista famosa, se de uma sopeira anónima. É aquilo que está ali, sem contextos.

As obras que erotizam as mulheres são histórias, são estatutos, são, lá está, contextos, nos quais as suas fantasias se enquadram.

O enredo da pornografia masculina é nenhum.
Nenhuma obra de pornografia feminina existe sem um enredo elaborado.

Leia Anais Nin, A Histoiro d'O, Ardan, o próprio "Sexo e a Cidade" e confirmará isto.

Os homens, esses consomem tudo. Desde uma simples imagem sem contexto, a histórias elaboradas como as de Henry Miller.

Para uma mulher levar um homem para a cama, basta fazer-lhe um sinal. se ele não desconfiar de nada, marcha alegremente e cumpre a sua função.

Para levar uma mulher para a cama, é, normalmente, preciso muito mais, como deve saber.

Unknown disse...

"É o nick do Zeca da Marinha..."

Está a ver?
Este Levi, não é um homem qualquer, é um homem com uma história. Era o namorado de uma filha de Sarah Palin.

O que leva as mulheres a comprar determinadas revistas não é o facto de um tipo ser um Adónis, mas o facto de AQUELE tipo ser um Adónis.
As mulheres devoram este tipo de revistas, desde as mais soft (caras, Holla, etc) até às mais hard.

Os homens querem lá saber do estatuto. A rapariga é boa, ponto final, estão-se nas tintas para o facto de ela ser bióloga, filha do Onassis, ou padeira.

Aliás, esta mania de considerar que as mulheres são iguais aos homens e que as escolhas delas são tanto mais "modernas" quanto mais parecidas com as nossas é, na verdade,um paternalismo descarado. Parte do princípio que as escolhas dos homens são melhores, que a sua vida é mais livre, etc.

Custa aos "progressistas" admitir que as mulheres, em liberdade, fazem escolhas diferentes das dos homens e que gostam de coisas "femininas".

No meu próximo poste vou falar das escolhas profissionais na Noruega, onde os chavões da "igualdade" são arrasados com grande fragor, justamente na sociedade considerada mais livre.

Unknown disse...

Aliás, pelo que acabo de ler, a Playgirl é essencialmente lida por homens...gay.

ml disse...

My God!!!!

"é o facto de não existir nenhum equivalente feminino da Playboy ou das revistas pornográficas mais hard"

http://www.playgirl.com/tour


"O que leva as mulheres a comprar determinadas revistas não é o facto de um tipo ser um Adónis, mas o facto de AQUELE tipo ser um Adónis."

http://icydk.com/2011/12/19/lindsay-lohans-playboy-issue-is-the-best-selling-issue-ever/


E depois porque é que não posso rir-me às gargalhadas?

ml disse...

http://www4.dcu.ie/salis/conferencesexualitystudies2012/pdf/papers/VerenaKUCKENBERGER.pdf

Durante muito tempo existiu uma opinião pública muito forte de que as mulheres não se interessavam por pornografia. Esses pontos de vista são um tanto menos estreitos agora".

Depende...

Unknown disse...

"Os pretos estão condenados num futuro próximo a correr tão mal como os brancos"

"modernidade vai fazer com que sejam, dentro de pouco tempo, tão bons nadadores como os brancos."


Progressismo em estado puro.
A crença de que as diferenças se devem ao social e não às diferentes características biológicas.

Milhares de anos de evolução, de diferenciação são, como por mágica, apagados por crenças na engenharia social.

A diferente densidade óssea, as diferenças nos grupos musculares, etc, etc, tudo isso é resolvido com "progresso social".

Chiça, CdR, mas você acredita mesmo nisso?

Acha que os pretos nos EUA ainda andam a correr atrás dos leões?

Unknown disse...

CdR, ficar mais alto tem a ver com nutrição.
Ficar mais gordo tb.

Ter os ossos mais ou menos largos e mais ou menos densos, ter maior ou menor percentagem de tecido muscular, etc, depende essencialmente da herança genética.
Aqueles ácido nucleicos, que tanta irritação causam aos "cientistas sociais"...

Não tem nada a ver com "progresso".