Contrariamente a um mito urbano que por aí circula, não foi o marxismo e os seus adocicados sucedâneos (socialismo, etc) que inventaram o Estado-Providência, mas sim o autoritário Bismarck, mais tarde imitado na América.
Após a 2ª Guerra Mundial parecia que se tinha descoberto um autêntico ovo de colombo. Morria-se cedo, nascia-se muito, e enquanto as economias cresceram a ritmos nunca vistos e as pirâmides demograficas se mantiveram esbeltas e aguçadas, o sistema era bom e cresceu para cima e para os lados.
Na Europa o Estado, em vez de se manter apenas como um esqueleto que garantisse a segurança e arbitrasse os conflitos de interesses, como defendiam os pouco excitantes liberais,
transformou-se num mastodôntico organismo.
Toda a gente parecia satisfeita, a social-democracia prosperou e o futuro estava à mão.
Infelizmente, como previnem os liberais, não há almoços grátis, nem bela sem senão, nem rosa sem espinhos e essas coisas. Aos poucos foram sendo pontapeados os princípios racionais pelos quais se pauta o comportamento económico dos indivíduos. Num ambiente de benévolo paternalismo estatal, a maioria de pessoas passou a achar , e bem, que a melhor maneira de prosseguir os seus objectivos económicos, não era pelo esforço individual, mas pela reivindicação na esfera política, reclamando as melhores fatias do bolo redistributivo.
Quando as coisas correm bem, o sistema funciona e quem mais berra, mais mama.
O pior é quando a economia não cresce e a demografia inverte as pirâmides.
Num belo dia o bolo deixa de chegar e a berraria aumenta de todos os lados. Postos à míngua, os especialistas da pedincha tendem a atropelar tudo à sua frente para, chantageando e reivindicando, garantir para si uma fatia maior que as dos outros.
As “soluções” da esquerda utópica são conhecidas: os ricos que paguem a crise, isto é, vá-se buscar mais farinha aos gajos que parecem ter mais (o sistema bancário, o “grande capital”, enfim, os belzebus habituais), para "redistribuir".
Claro que em nenhum momento lhe passa pela cabeça (isto no pressuposto optimista de que esquerda tem cabeça...há gente de alto gabarito que garante que a esquerda é do coração) que o pérfido “grande capital”, além de distribuir muita farinha e açúcar aos seus empregados, e criar capital para outros investirem, pode muito bem abrir um armazém num país com gente mais racional e declarar aí os seus lucros, se aqui lhe forem demasido ao bolso.
Infelizmente os adeptos do estado social, ainda não perceberam que o dito cujo, longe de ser a solução para o problema, é o verdadeiro problema, e persistem na boçalidade socialista, atribuindo aos demónios “neoliberais” (da mesma forma que as mães invocam a “cuca”) os problemas com que se defrontam.
No fundo desagua-se sempre no camarada Jerónimo: se alguma coisa corre mal, a culpa nunca é de quem faz asneira, mas do mafarrico de serviço: ontem chamavam-lhe “capitalismo”, agora preferem chamar-lhe “neoliberalismo”.
Esta malta não aprende.....
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
teste
sexta-feira, 23 de maio de 2008
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
6 comentários:
"Infelizmente os adeptos do estado social, ainda não perceberam que o dito cujo, longe de ser a solução para o problema, é o verdadeiro problema..."
Infelizmente ainda existem pessoas que insistem em viver sobre um dictonomia cuja existência já tem fundamentação na realidade. Vivem isolados e criam associações onde não existem. Apelidam à mesma realidade de socialista para falar de um problema ou de liberal caso se esteja a falar dos seus bons resultados.
Ainda não conseguiram chegar à simples conclusão de que é possível todos ganharem e que não é com o aumento de disparidade entre ricos e pobres que se cria melhor qualidade de vida mas sim com a sua diminuição.
Professam uma ideologia, negando à partida a sua existência e denegrindo o próprio conceito de ideologia.
O estado para eles é fonte de todos os males e a iniciativa privada a mãe das virtudes cuja organização máxima se encontra nas empresas e desta forma as empresas nada mais são para eles do que a personificação de tudo o que é perfeito.
Na Europa, onde o Estado criou musculos, poucos são os que morrem por não ter dinheiro para cuidar da sua própria saúde, poucos são os que têm de trabalhar até morrer porque simplesmente não têm dinheiro para suportar um seguro de saúde. Aliás a Europa personifica todo o mal que existe neste mundo apenas passando para o lado dos "bons" quando mudamos para uma outra dictonomia "Ocidente-Islamismo", e mesmo assim não sem reservas.
Esquecem-se no entanto que a realidade é bem diferente e que até as empresas em época de crise berram e pedem a sua quota parte da fatia. Aí os neo-liberais já não se importam de que todos paguem a crise criada por uma parte da sociedade...
[Professam uma ideologia, negando à partida a sua existência e denegrindo o próprio conceito de ideologia.]
Vc é um autêntico Gabriel Alves do comentário político.
[O estado para eles é fonte de todos os males e a iniciativa privada a mãe das virtudes cuja organização máxima se encontra nas empresas e desta forma as empresas nada mais são para eles do que a personificação de tudo o que é perfeito.]
É mais ou menos isso.
"Contrariamente a um mito urbano que por aí circula, não foi o marxismo e os seus adocicados sucedâneos (socialismo, etc) que inventaram o Estado-Providência, mas sim o autoritário Bismarck, mais tarde imitado na América."
Não me consegui reter...
O OTTO VON BISMARCK??? AHAHAHAH mas a pérola é esta: MAIS TARDE IMITADO NA AMÉRICA!!!!!
AAAAAAAAAAAAAAAAHAHAHAHAHAHAAHHAAHAHAHAHAHAHAAHHAHAHAHHAAHAHAHAHAHAHAHA
Ai o caraças, então os Founding Fathers eram PRUSSOS!!!!
Pois foi, a Magnacarta e a fonte libérrima afinal não são a génese da América. Aliás, a América é conhecida é mesmo pelo seu Estado-providência diligente que assegura todos os serviços necessários a uma boa estadia em terreno apache.
Tenha juízo; Oto Von Bismarck demarcou a "social democracia sim é verdade. Mas, em termos de "políticas" NADA tem a ver com a América ou qualquer corrente unificadora ou federalista.
AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAH AINDA ME ESTOU A RIR E ENGASGADO COM ESTA!!!! com que então A GÉNESE É MESMO O OTTO VON BISMARCK.
Estes Jacobinos repletos de ódio lá porque leram qualquer coisita sobre os prussos e os cossacos, JULGAM que Otto Von Bismarck é o Licoln Europeu!
AI O CARAÇAS!!! ahahahahaha
Luis Oliveira:
"Vc é um autêntico Gabriel Alves do comentário político."
Lembra-se o gajo de Rãs (do PS).
(Ou será Rãns, ou Rás?)
O artolas que queria dar beijinhos ai Guterres.
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