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domingo, 15 de março de 2009

Comparar o cu com a feira de Castro - e um lamento...

Tenho amigos de esquerda, e tenho amigos de esquerda! Daqui se pode depreender que nem toda a esquerda é constituída de idiotas úteis...

Um amigo de esquerda de Vila Nova de Gaia fez o seguinte comentário ao vídeo com a fanfarra e majoretes que eu aqui postei há dias, e fê-lo tão bem que eu não resisti a torná-lo público...

O amigo de Gaia:

Quanto ao Islão; vi a paródia, (muito bem produzida de resto) só que, no meu ponto de vista, mais do que uma paródia, aquilo é um "lamento". Aquilo faz exacerbar o sentimento de impotência que as democracias do Norte estão a experimentar na maneira como lidar com as (para já) minorias rácicas e culturais. É um problema que me preocupa de sobremaneira.

Já que as ditas se estão cagando nas regras do nosso jogo. Já que as ditas se estão cagando na situação social da Mulher (por conveniência pura e simples de resto). Parece um
discurso xenófobo? E está claro que é. Se um gajo não pode criticar, parodiar, mesmo até comentar sem levar um tiro nos cornos, que outra postura há-de ter? Essas reacções desses energúmenos que sacaste do YouTube são bem o reflexo do que acabo de dizer.


Outro amigo de esquerda, este último de Torres Vedras, recebeu há tempos na sua caixa de mail a analogia de mau gosto bastante conhecida na blogosfera com fotografias do holocausto e da invasão de Gaza (Ghetto de VARSOVIE - Ghetto de GAZA), e resolveu escrever o texto que vem a seguir e ao mesmo tempo aconselhar este vídeo: Islam: what the West needs to know, que ele acha muito ‘engraçado’...

O amigo de Torres Vedras:

Os ocidentais continuam a querer olhar para o fenómeno à luz da nossa cultura, não compreendendo que tal não é possível, pois em muitos dos países muçulmanos do médio oriente (sobretudo, mas não só) os valores, a moral, os códigos de conduta social ou o amor de uma mãe pelos seus filhos não tem qualquer paralelismo com os nossos...

Aqueles que acusam os israelitas de martirizar o povo palestino deviam ler um pouco mais sobre a história daquela região, bem como sobre a religião muçulmana e os escritos que regem os seus seguidores. No dia em que a religião muçulmana, e os seus radicais, conseguirem exercer poder directo sobre as nossas sociedades ocidentais quero vê-los a expressar abertamente a sua revolta e indignação na praça pública, para vermos durante quanto tempo é que as suas iluminadas cabecinhas aguentam ligadas ao resto do corpo... vai um "cartoonzito"?

Mais perigosa do que a cegueira dos fanáticos religiosos (muçulmanos, judeus, católicos, ou seja lá qual a origem da sua tara) é a ignorância e a estética do coitadinho de alguns activistas ocidentais; os mesmos que bradaram aos sete ventos e choraram baba e ranho quando viram o vídeo (falsificado por um jornalista árabe) da pobre criancinha palestiniana a morrer nos braços do pai, assassinada pelos infames israelitas (sim, sim, escavem no YouTube, que está lá a história toda, jornalismo de primeira). Já agora, agradeço que aqueles que "repassaram" o vídeo falso inicialmente, façam agora o mesmo com a versão correcta dos factos; é justo, não é?

A história não se repete, é uma questão fácil de entender, não sei se já repararam, mas esta cena toda é um devir interminável... a não ser para alguns idiotas, que continuam com a cabeça na idade média e acreditam que se fizerem rebentar os filhos, estes vão para o paraíso comer umas virgens e preparar-lhes a estadia, para quando lá chegarem também... para esses não há devir, nem repetição da história... estão estupidamente parados no tempo!

Morrem muçulmanos, claro que morrem, qual é a dúvida? E judeus, não morrem? Quem se preocupa tanto com os muçulmanos, mas não liga peva aos judeus mortos (e não tem vergonha de utilizar imagens de judeus mortos para enfatizar a morte de muçulmanos), tem alguma dualidade de critérios relativamente ao assunto? É que eu não, para mim, mortos e feridos são todos iguais, não lhes aplico cor nem credo, choro a perda e sofrimento de todos, são um desperdício e mais um sinal do pouco de "humano" que a nossa espécie tem!

Para que conste, não sou judeu, não conheço sangue judeu na família, não tenho um apreço especial pelos judeus, nem deixo de ter, não tenho dinheiro num banco judeu, não gramo os americanos e gosto particularmente de carne de porco preto regada com um belo tinto...

Será que alguém acredita que é a "repassar" (não sei por quê, mas esta palavra evoca-me sempre a imagem de uma tábua de passar a ferro com cuecas e afins empilhados) mails como este [imagens do holocausto em analogia com Gaza] que vai haver paz no médio oriente?

Ainda não entenderam que os estúpidos dos palestinianos, iranianos e sauditas, entre outros, estão a envenenar sistematicamente gerações e gerações das suas crianças para perpetuar esta guerra? Não perceberam ainda que o objectivo não é a paz, mas o genocídio, sim genocídio, de todos os judeus da região? Já ouviram alguma autoridade israelita apelar ao extermínio dos palestinianos?


Mas ao contrário estão fartos de ouvir, não é? E o que o que é que vocês querem? Uma guerra só com um sentido? No sentido de Israel? Há aqui alguém totó ao ponto de achar que se os israelitas desarmarem não são imediatamente exterminados pelas nações árabes da região? E se eles tiverem que abandonar Israel? Quantos judeus estão dispostos a aceitar de forma permanente em vossas casas?

Sabem o que fizeram os países árabes da região aos refugiados palestinianos após a guerra contra Israel em 48, iniciada por esses mesmos países? Expulsaram-nos pouco tempo depois, estão todos acantonados no sul do Líbano desde então... é pá, este árabes são solidários! E já agora, o que fizeram esses refugiados no único país que os acolheu? Contribuíram fortemente para a destabilização do país e para os conflitos com Israel, que levaram à destruição de grande parte do sul do Líbano! Eu, quando vou jantar a casa de alguém, também tenho por costume arranjar conflitos com os vizinhos do desgraçado que me está a encher a barriga, faz parte...

E para terminar em bom alentejano: ter a veleidade de comparar o Holocausto perpetrado pelos nazis, com o comportamento dos israelitas na palestina, é como comparar o cu com a feira de Castro, não tem nada a ver...

20 comentários:

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Não tenho paciência nenhuma para quem tem dois pesos e duas medidas, e infelizmente tenho que reconhecer que há muita gente à esquerda que funciona assim (não é que não a haja à direita). Nem tenho paciência para quem vê nas vítimas sempre anjos e nos agressores sempre demónios. No mundo real, uma vítima pode muito bem não ser flor que se cheire e um agressor pode não ter outra escolha que não seja agredir.

Posto isto, acho que devíamos estar à vontade para condenar actos criminosos - e com isto quero dizer todos os actos criminosos, sejam eles cometidos por Israel, quer pelos palestinianos. E devíamos estar igualmente à vontade para acolher as reivindicações que achamos justas - e, mais uma vez,todas elas.

Um Estado não é uma pessoa real e não tem direitos. Por isso me preocupa pouco a sobrevivência, quer do Estado de Israel, quer de um eventual Estado palestiniano, a não ser na medida em que esta sobrevivência seja necessária à defesa dos direitos individuais de judeus e palestinos.

Duvido que estes direitos possam ser protegidos sem a intervenção decisiva duma terceira força; e esta deveria estar sediada na cidade de Jerusalém, que é um dos nós principais do problema.
Jerusalém devia ser subtraída à soberania israelita e transformada numa Cidade-Estado sob administração dum condomínio mundial.

A chefia do Estado devia ser exercida rotativamente pelos países do Conselho de Segurança da ONU. O poder legislativo, por um Parlamento com duas câmaras: uma eleita localmente, outra a nível mundial, devendo cada país ser considerado um círculo eleitoral para este efeito. Cada câmara teria poder de veto sobre as decisões da outra, sendo os impasses resolvidos por um Congresso resultante da junçao das duas. O Chefe de Estado teria poder de veto sobre as decisões de ambas e sobre as do Congresso.

O poder judicial seria exercido localmente nas instâncias mais baixas e internacionalmente nas instâncias mais altas, para as quais os cidadadãos teriam sempre direito de recurso.

As forças armadas seriam suficientemente fortes para defender a cidade contra ataques vindos quer de Israel, quer do mundo árabe, e ainda para defender eficazmente Israel dos Palestinos e os Palestinos de Israel.

Israel seria obrigado, pela força se necessário, a desmantelar os colonatos e a regressar às suas fronteiras legais; esta seria a contrapartida pela protecção que lhe seria dada.

Nenhum partido armado poderia concorrer a eleições; se concorresse e ganhasse, o governo que daí resultasse não seria reconhecido pela comunidade internacional. Esta ideia podia alargar-se, de resto, a todo um planeta: um partido que queira chegar ao poder pelos votos não o poderá fazer pelas armas, e se quiser chegar lá pelas armas não o poderá fazer pelos votos. Este seria um bom princípio para aplicar também no País Basco, por exemplo, e em muitos países africanos.

E é claro que a intervenção de Israel se pode comparar com o Holocausto (este "h" maiúsculo incomoda-me um pouco). Tudo se pode comparar com tudo. Comparar duas coisas é simplesmente fazer um inventário das semelhanças e das diferenças. Se este inventário corresponder à realidade, a comparação estará correcta.

Uma diferença entre as acções de Israel e o Holocausto é que Israel está a lutar pela sua sobrevivência e a Alemanha nazi não estava. É uma diferença importante; mas não anula as semelhanças.

EJSantos disse...

Caro Carmo da Rosa, excelente texto. Acabou de resumir aquilo que ando a dizer a amigos e conhecidos (e tenho tido algum sucesso, diga-se de passagem).
Caro José Luiz, li o seu comentário muito depressas (falta de tempo), mas parece-me que comete alguns erros de raciocinio. Os Estados têm direitos e deveres. Diferentes dos direitos dos individuos, mas mesmo assim têm esses direitos (afinal, porque razão existe o Direito Internacional?). Quanto à sua ideia de por Jerusalem a cargo de terceiros, acho isso muito útópico. Não só os israelitas não o permitiriam, como iria faltar coragem ao administrador para conseguir manter a ordem. A ONU já deu demasiadas provas de cobardia(veja-se o exemplo de Sebrnice, do Ruanda, etc). Pensa que os israelitas iriam confiar nessa cambada de burocratas?

Unknown disse...

"é claro que a intervenção de Israel se pode comparar com o Holocausto"

Al-Qaida leader Osama bin Laden called Israel's offensive in the Gaza Strip a "holocaust"


JLS, o facto de repetir a argumentação de Bin Laden, devia fazer acender uma luz vermelha na sua cabeça.

Tal não acontece e acredito que você está absolutamente convicto de que está a ver bem o problema.
Mas não está.
Está apenas a repetir a narrativa preferida dos meios anti-semitas desde 2001 (esta "equiparação" não é inocente, ela resulta de uma estratégia nascida em Durban 2001, convencido que pensa pela própria cabeça.

Claro que pode comparar tudo o que quiser. Até entre um sabonete e um foguetão há semelhanças.

Mas se equiparar um foguete a uma nave espacial, passa por tonto. Se equiparar o holocausto à carga de porrada que o Sr Silva deu na mulher, passa tb por tontinho.
Mas se o fizer com os judeus no papel de maus, passa por "sofisticado". E o pior é que acredita mesmo que o é.

Unknown disse...

Ah quanto às suas "soluções", são características do pensamento estratosférico.

Eu tb era capaz de resolver o problema da fome no mundo, munido da mesma genialidade: bastava dar comida a toda a gente.
Ou fazer com que todos voassem...bastava fazer com que todos tivessem asas.

Tudo simples, como vê.

Achei sobretudo interessante aquela de "esta seria a contrapartida pela protecção que lhe seria dada."

POrtanto se bem percebi, o JLS garante com o seu cabedal a "protecção dos judeus.
E como pensa fazê-lo?

Com que tropas?
Manda para lá o seu filho com uma fisga?
Vai lá você com um megafone?
Vai a ONU? Como na Bósnia? No Ruanda? No Darfur? No Zaire?

Mas você não entende que em TODOS os sitios onde os judeus se instalaram, sob a "protecção" de outros, acabaram por ser SEMPRE alvos de matanças e perseguições e que o único local onde se podem defender por eles mesmos é em Israel?

Quem "protegeu" os israelita quando os árabes os atacaram em 1948, com os exércitos de 7 países?
Foi o Sarmento?
Foi a ONU?

Em que planeta vive, JLS?

Luís Oliveira disse...

"é como comparar o cu com a feira de Castro, não tem nada a ver.."

Quando muito comparar o cu com o Fidel Castro.

Carmo da Rosa disse...

@ JOSÉ LUIZ SARMENTO disse:
”Uma diferença entre as acções de Israel e o Holocausto é que Israel está a lutar pela sua sobrevivência e a Alemanha nazi não estava. É uma diferença importante; mas não anula as semelhanças.”

Não creio que haja muitas semelhanças. Se os alemães durante o terceiro Reich não gostavam mesmo de judeus, nem com molho de tomate, poderiam ter optado por os deixar partir para outras paragens. Não teria sido uma acção muito elegante mas bem melhor de que os exterminar! Além disso deram-se mesmo ao trabalho de andar à procura de judeus nos países vizinhos para igualmente os exterminar.

E no entanto os Judeus não lançaram foguetes, não cometeram atentados suicidas, nem atiraram pedras. Apenas queriam ficar vivos.

@ ejsantos disse:
(...)”excelente texto. Acabou de resumir aquilo que ando a dizer a amigos e conhecidos (e tenho tido algum sucesso, diga-se de passagem).”

Pois, mas o texto não é meu. Mas pronto, tenho o mérito de ter feito uma boa escolha...

Renato Bento disse...

"à defesa dos direitos individuais de judeus e palestinos."

Eu preferiria usar outra terminologia, mais correcta, já que estamos na onda dos correctismos. Que acha?

"Um Estado não é uma pessoa real e não tem direitos."

Não terá um Estado o direito de formar alianças com quem entender? Não terá um Estado o direito de entrar em organizações internacionais? Não terá um Estado direito a um território próprio e a soberania interna?

"Jerusalém devia ser subtraída à soberania israelita e transformada numa Cidade-Estado sob administração dum condomínio mundial."

Porque razão deveria ser subtraída à soberania Israelita? Por o caro Sarmento assim achar, por outra qualquer pessoa achar, por a ONU achar? Nenhuma delas me parece correcta.

A lei que foi aprovada no Knesset, em inicios de 80, definiu o estatuto de Jerusalém como capital indivisivel de Israel. Tal significa, trocando por miúdos, que se algum Governo Israelita quiser abrir mão de Jerusalém, o que eu desde já desconfio largamente, terá que passar por uma disposição LEGAL Israelita, a única vinculativa e verdadeira no que diz respeito ao estatuto de Jerusalém.

Apesar de a ONU ter emitido uma resolução condenando o acto de "anexação" de Israel, graças à abstenção dos Estados Unidos no CS, tal somente interessa aos mais infantis, aqueles sem a capacidade de entender que a ONU, para além de não ter poder vinculativo, é uma Organização pouco fiável e muito tendenciosa.

Não me parece, como já disse, que qualquer partido em Israel com uma possibilidade real de subir ao poder num futuro próximo faça tal concessão. E tal deve-se a muitas razões, passando a enumerar algumas:

1 - Jerusalém é mais um símbolo Judaico do que Israelita. Todos os Judeus do Mundo, sejam eles Israelitas, Norte-Americanos ou Portugueses, estarão sempre contra a divisão da Cidade Santa, especialmente se tomarem em linha de conta que, ao longo da história, fruto do não controlo da cidade por entidades Judaicas, os Judeus foram impedidos de ir à sua cidade sagrada.

2 - Jerusalém tem um carácter muito mais Judeu que Muçulmano ou até Cristão. A História comprova-o: foi a primeira religião a nomear a cidade como "sua", foram os Judeus quem primariamente desenvolveram e povaram a cidade.

3 - Não me parece que o Ocidente esteja realmente interessado em dar metade da cidade Santa ao Islão. Tenho a certeza que Organizações Católicas, e o próprio Vaticano, preferem que Jerusalém permaneça capital de Israel e cidade Israelita, pois tal facilitará em muito a visita dos Cristãos à cidade e impedirá a divisão da própria (já para não falar da entrega aos infieis...). Existem, até, grupos evangélicos que já se mostraram várias vezes contra a divisão da cidade e que incitam Israel a não o fazer (recordar que os Evangélicos doam, por ano, biliões de dólares em ajudas a Israel)

4 - A questão demográfica. As comunidades Haredi, inteligentemente colocadas em Jerusalém e nas redondezas para aumentar o número de Judeus a viver na cidade, têm 4/5 filhos por família. Contando unicamente com a cidade, ela é cerca de 67-70% Judaica, 27-30% Muçulmana e 1-2% Cristã. Se contarmos com os arredores, algo que Israel está a tentar fazer, espandindo a cidade, a comunidade Judaica facilmente ascenderá aos 80, 85%. Como resolver o problema?

"A chefia do Estado devia ser exercida rotativamente pelos países do Conselho de Segurança da ONU."

Porque razão deveria? O que é a ONU a Jerusalém? O que são os Chineses a Jerusalém? O que são os Russos a Jerusalém? O que são os Franceses a Jerusalém? Existe alguma região do Globo administrada pela ONU sem ser com a perspectiva de que seja temporária?

"As forças armadas seriam suficientemente fortes para defender a cidade contra ataques vindos quer de Israel, quer do mundo árabe, e ainda para defender eficazmente Israel dos Palestinos e os Palestinos de Israel."

E quem formaria estas Forças Armadas? E quem as comandaria? E acha que elas defendiam a cidade de Israel?

"Israel seria obrigado, pela força se necessário, a desmantelar os colonatos e a regressar às suas fronteiras legais; esta seria a contrapartida pela protecção que lhe seria dada."

Lalaland. Quer mesmo que o levemos a sério? Em que mundo vive caro Sarmento? Acha que Israel encararia isso como uma contrapartida? Quem obrigaria Israel pela força? O caro Sarmento? A ONU? O Obama?

"É uma diferença importante; mas não anula as semelhanças."

Pode fazer um reportório. Estou aqui para ler.

Creio estar a repetir um pouco daquilo que o Lidador disse. Acrescento, porém, um link: http://greenash.net.au/sites/default/files/images/teletubbies-happy.preview.png

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Continuo na minha: um Estado não é uma pessoa real e por isso não pode ter direitos. Os direitos e deveres que o caro RB dá como exemplo são direitos e deveres virtuais que decorrem dos direitos reais dos cidadãos. Em rigor, um Estado não tem o direito de fazer alianças com quem entende (até porque o Estado não tem que "entender" coisa nenhuma nem que ter vontade própria), mas sim com quem o Soberano (ou seja, o povo) entende. O Estado exerce a soberania, mas não é uma soberania própria: é uma soberania delegada.

Quanto às minhas propostas, é claro que são utópicas e, em larga medida, uma provocação. Mas temos que sair desta discussão encarrilada em que um lado e outro repetem sempre, e há décadas, os mesmos argumentos. Em todo o caso, se (e é um grande "se") alguma vez vier a haver paz naquela região, o meio de a atingir talvez não ande muito longe da minha utopia.

Lidador: se tudo se pode comparar com tudo, então eu também posso ser comparado com o Bin-Laden, como você faz. Digo-lhe apenas que se ele gostar de cuscus, isto não é razão para que eu não goste. Uma diferença importante entre mim e o Bin-Laden é que ele não vê diferenças entre o comportamento de Israel e o Holocausto e eu vejo (a propósito: será que ele reconhece que o Holocausto aconteceu, ou defenderá a tese negacionista? Se a defende, aí está outra diferença entre mim e ele.

Quanto ás semelhanças entre o comportamento de Israel e o dos nazis, não quis apontar nenhuma por duas razões: a primeira é que têm sido repetidas até à náusea e a segunda é que essa repetição nem sempre tem sido inocente, como diz, com razão, o Lidador. Por isso, caro RB, não vou fazer o reportório que me pede, mas sim limitar-me a um exemplo: a punição colectiva como estratégia de manutenção da ordem.

Os nazis usaram esta estratégia, como sabe. Se num país ocupado alguém punha uma bomba numa linha férrea, não se davam ao tratado de procurar o responsável: iam à aldeia mais próxima e fuzilavam dez homens ao acaso.

A Humanidade demorou séculos, ou milénios, a conseguir este avanço civilizacional muito simples: a punição dum crime deve recair sobre quem o cometeu, não sobre o primo, a tia ou a avó, e muito menos sobre os filhos. Israel não tem o direito - nem mesmo em auto-defesa - de nos fazer retroceder a todos neste ponto essencial. O desaparecimento de Israel seria um mal; mas este retrocesso de toda a Humanidade seria um mal maior.

Unknown disse...

"a punição dum crime deve recair sobre quem o cometeu"

JLS, você cai aqui numa falácia elementar. Pretende equiparar actos de guerra a crimes e baralha-se completamente ao misturar o jus ad bello com o jus in bello.

Uma guerra não é necessariamente um crime. Na verdade Sto Agostinho teorizou bastante sobre a guerra "justa", a guerra que se faz por algo que é justo aos olhos de quem a faz.
Quanto ao modo como a guerra se faz ( jus in bello), as categorias morais existem, é claro e é daí que surgem as Convenções de Genebra.

Quando um estado ( os representantes legítimos de uma nação) desencadeiam uma guerra, os actos de guerra não são dirigidos aos líderes do adversário. O alvo é o potencial de guerra do adversário. Humano, material, económico, moral, etc. Para controlar isto, assinaram-se convenções, regras na guerra.
Pelo seu raciocínio simplista, se um dos adversários não respeitar a regra, o outro fica impossibilitado de ganhar.

Vejamos, eu estou num combate de boxe consigo. A regra é não bater abaixo da cintura.
Mas se você me acerta deliberadamente um soco nos tímbalos, que é que eu faço, se estiver apenas consigo no ringue?
Rendo-me? Perco? Ou passo tb a dar-lhe onde puder?

De facto a Alemanha fez isso. Mas Israel não fez nada disso. Que chama você "punição colectiva"?

Fechar fronteiras? Mas então acha que um estado não tem do direito de fechar as fronteiras se o entender adequado aos seus interesses? Se de Portugal sairem regularmente bombistas e misseis para Badajoz, não acha que a Espanha fechará as fronteiras e retaliará sobre Portugal? "Punição colectiva"?

Meu caro a guerra é uma actividade colectiva. Toda a Alemanha pagou pelo governo nazi. Como pode ser de outra maneira?
Francamente, o seu raciocínio nesta área é desesperantemente infantil.

Carmo da Rosa disse...

Caro Sarmento, quando eu era jovem e marxista a palavra que eu não podia ouvir, a palavra que para mim canalizava todo o mal deste conflito era ERETZ ISRAEL. A casa de Israel, ou seja, o Israel bíblico, ou seja, um território um pouco maior do que os 22.415 km2 actuais onde já vivem actualmente 7 milhões de pessoas (76% judeus; 16% muçulmanos; 2% cristãos).

Agora, já não tão jovem, desiludido do marxismo e tendo em conta que uma parte dos muçulmanos teologicamente não quer de maneira nenhuma aceitar Israel, e que a outra não faz outra coisa senão servir-se da população árabe que designa de palestinos para os seus interesses políticos, já me sinto mais apto, já não me faz tanta confusão aceitar uma solução tipo Eretz Israel – e por mim os israelitas podem construir um muro bem alto à volta...

Tenho mais um motivo para aceitar uma solução de tipo Eretz Israel. É olhar de vez em quando para o mapa da região: Israel tem 7 milhões de almas a viver em 22.415 km2, ou seja 321 habitantes por km2. Em contrapartida, os países árabes que fazem fronteira com Israel (Líbano, Síria, Jordânia, Egipto), têm juntos um território mais de 50 vezes maior, com uma densidade populacional de 86 habitantes por km2.

E assim estou hoje em dia convencido que a única razão que os países árabes têm para não incorporar os seus irmãos (de raça, língua e religião) nas suas fronteiras e não se fala mais no assunto, é para alguns o não-dar-o-braço-a-torcer, para outros razões teológicas, e para todos eles o facto de saberem muito bem que a única coisa que os une, que canaliza os seus ódios de estimação é Israel. Sem Israel como inimigo comum abre-se a caixa de Pandora e vai ser um inferno entre sunitas e xiitas, seculares e salafistas. Resumindo, têm muita MÁ VONTADE...

EJSantos disse...

Um pequeno texto, retirado do Blogue "Clara Mente".

Beleza escandinava
Era para ser apenas mais um jogo de ténis. Israel defrontava a poderosa Suécia no escalão principal da Taça Davis, a mais importante competição internacional de ténis masculino por equipas. A realizar em Malmö (lê-se "Malmou"), a terceira cidade da Suécia, com várias semanas de antecedência percebeu-se que aquele não iria ser apenas uma partida de ténis. A organização do torneio recebeu ameaças contra a presença dos atletas israelitas. Pouco mais de um mês após a operação "Chumbo Fundido" em Gaza, houve apelos ao boicote ao jogo com a equipa de Israel.

O boicote desportivo de Israel foi demonstrado recentemente pelo Dubai, quando recusou conceder um visto à tenista israelita Shahar Peer para participar no Torneio de ténis da cidade, um dos mais importantes do calendário da modalidade. A organização alegou que a recente operação militar em Gaza iria suscitar sentimentos negativos por parte dos fãs do ténis, contra a presença de atletas israelitas. Contudo, face à enorme controvérsia levantada e sob ameaça da suspensão do Torneio do Dubai do próximo ano, foi concedido um visto ao tenista israelita Andy Ram.

No caso sueco, o facto de a população de Malmö ser composta em quase 40% de imigrantes, a maioria muçulmanos, não foi alheio à massiva campanha anti-israelita intitulada "Parem o Jogo". Houve propostas para mudar o local da partida para outra cidade sueca. Porém, a organização recusou. Ao mesmo tempo, a polícia local declarou-se incapaz de garantir a segurança dos fãs israelitas. Daí que a "solução" foi a realização dos jogos à porta fechada. Para lá do IKEA, fica provada mais uma vez a eficiência sueca.


Malmö: Manifestações nas ruas e o estádio vazio.

No dia anterior aos jogos, houve violentas manifestações anti-Israel na cidade, com cerca de 7.000 participantes. O ambiente era tenso. Apenas um grupo restrito de 300 espectadores foi permitido de presenciar as partidas. Para a história, além da vergonhosa ingerência da política no torneio – política e desporto, digam o que disserem, andam sempre de mãos dadas – ficou a vitória de Israel. Os atletas israelitas foram recebidos como heróis em casa. Já a Suécia e a sua arrogância ficaram a cuspir pó após a derrota face a uma equipa israelita tecnicamente muito inferior.

Este é apenas um dos episódios da recente vaga anti-israelita na Escandinávia. Já esta semana, uma equipa de 45 lutadores israelitas de taekwondo que deveria participar num torneio também na Suécia, foi avisada para ficar em casa. De novo, as autoridades disseram que "não poderiam garantir a segurança" dos atletas e dos fãs que os acompanhassem.

Na vizinha Noruega, durante as semanas em que durou a operação militar israelita em Gaza, realizaram-se algumas das mais numerosas e virulentas manifestações anti-Israel em toda a Europa. Nos jornais noruegueses são comuns as notícias e os artigos de opinião (muitas vezes é difícil distinguir os dois tipos) declaradamente contra Israel. O mais famoso escritor norueguês da actualidade, Jostein Gaarder (autor do best-seller O Mundo de Sofia) é um dos mais ferozes intelectuais anti-Israel no país.

Esta hostilidade contra Israel traduz-se também em ameaças aos judeus suecos e noruegueses. Os ataques contra sinagogas têm aumentado de frequência. Em várias ocasiões, artistas têm realizado livremente actuações de carácter visivelmente anti-semita. Em 2004, um museu de Estocolmo exibiu a peça Branca de Neve e a Loucura da Verdade, em que glorificava uma terrorista suicida palestiniana que tinha morto 22 pessoas num café de Haifa. A exposição era coordenada por uma conferência pública sobre a prevenção do genocídio. Na Noruega, o comediante Otto Jespersen, numa das suas rotineiras actuações na televisão pública troçou: "Eu gostaria de aproveitar a oportunidade de lembrar todos os biliões de pulgas e piolhos que perderam as suas vidas nas câmaras de gás alemãs, sem terem feito nada de errado a não ser viver em pessoas de origem judaica". Na ocasião, uma queixa foi feita por um cidadão judeu contra o comediante. O artista recebeu o apoio declarado dos colegas e da televisão pública.

Historicamente, a Suécia e a Noruega, tidas como países liberais e defensores de nobres causas, têm um registo secular de anti-semitismo. Em 1685, o Rei Carlos XI da Suécia passou uma lei proibindo os Judeus de viver no país "pelo perigo da eventual influência da religião judaica na pura fé evangélica". Leis especiais anti-judaicas existiram na Suécia até meados do século XIX. No caso da Noruega, os Judeus foram oficialmente proibidos de residir no país durante mais de 800 anos, até ao século XIX.

Durante a Segunda Guerra Mundial, as autoridades da Noruega forneceram aos Nazis (que ocupavam o país) as listas dos membros da minúscula comunidade judaica. Mais de 700 judeus noruegueses morreram em Auschwitz. A Suécia, neutra durante a Guerra, acolheu a pedido da Dinamarca a quase totalidade dos judeus dinamarqueses, marcados para a morte pelos Nazis. As acções heróicas do diplomata Raoul Wallenberg, que salvou milhares de judeus húngaros da deportação, garantiram um bom-nome à nação.

Preso pelo Exército Vermelho depois da Guerra, Raoul Wallenberg desapareceu na escuridão do Gulag (o sistema soviético de "reeducação", eufemismo para campos de concentração e de trabalhos forçados). Numa desconhecida vala-comum onde jazerá, algures na Sibéria, o cadáver de Raoul Wallenberg deve revolver-se, perante o estado a que chegou a grandiosa democracia escandinava.


Caro Jose Luis, entendeu?

Unknown disse...

" a única razão que os países árabes têm para não incorporar os seus irmãos "

A razão é estratégica, Cdr. Os palestinianos saídos de Israel (a esmagadora maioria obedecendo a indicações dos próprios líderes árabes) foram mantidos em campos de refugiados de propósito, com o objectivo de manter vivo o conflito e avivar o poster da vitimização.

Escreveu-o, preto no branco, Abu Mazen, actual Presidente da AP:

“Os estados árabes conseguiram disseminar o povo palestiniano e destruir a sua unidade”
(Abu Mazen, actual Presidente da AP, Falastin el-Thawra, Beirute, Março de 1976)

Disse-o o Rei Hussein, da Jordânia, o pai deste que está cá hoje de visita a Portugal:

“Desde 1948 os líderes árabes usaram, o povo palestiniano parar fins políticos”
(Rei Hussein, da Jordânia, 1996)


Ralph Galloway, antigo diector da UNRWA, declarou que "os estados árabes não querem resolver o problema dos refugiados. Querem mantê-lo como ferida aberta”
(Wall Street Journal, 5Jun2003)

E têm conseguido. Desde logo pela extraordinária extensão do estatuto de "refugiados" a milhões de indivíduos nascidos no Líbano, na Jordânia, etc, como se o estatuto de refugiado fosse hereditário.

Estava cá a pensar que se os filhos e netos dos mais de 3 milhões de alemães expulsos de países eslavos após a 2ª Guerra Mundial, fossem ainda "refugiados", a Polónia, por exemplo, estava feita ao bife e não tardaria a haver um boche a mandar em Varsóvia.

Mas parece que fenómenos só no Entroncamento e no Médio Oriente.

Ah, a propósito, e se os filhos e netos dos 800 000 judeus corridos à batatada dos países muçulmanos após 1948 quiserem exercer o "direito de regresso"? É que já são uns milhões largos...

EJSantos disse...

Diga me, caro Jose Luis Sarmento, como quer que os judeus se submetam às vontades e utopias dos outros, após tantos séculos a levar porrada? (nem vou sequer tentar enumerar...).
Como quer convence-los da boa -vontade alheia, quando afinal o que se hove é a voz daqueles que os querem exterminar?
Identifico-me muito com as palavras do Carmo da Rosa, pq também passei pela mesma experiência.

Carmo da Rosa disse...

@ O-Lidador disse: ”A razão é estratégica, Cdr.”

Então, a razão que os países árabes têm para não incorporar os seus irmãos é, além de estratégica, teológica, não-dar-o-braço-a-torcer, servir-se de Israel como elo de união entre muçulmanos e uma terrível MÁ VONTADE...

(...) "solução" foi a realização dos jogos à porta fechada.”

EJSantos, isto é Clara Mente um escândalo... É o que eu penso, estes Escandinavos estão a precisar de um Wilders com o risco de ganhar eleições, vão ver que estes desvaires politicamente correctos começam logo a entrar na linha. É o que eu digo, votar no Wilders sempre serve para alguma coisa...

Carmo da Rosa disse...

@ ejsantos disse Clara Mente:
”(...) O boicote desportivo de Israel foi demonstrado recentemente pelo Dubai, quando recusou conceder um visto à tenista israelita Shahar Peer para participar no Torneio de ténis da cidade(...)”

Parece que Andy Roddick boicotou o torneio de Dubai por causa da não participação da Israelita Shahar Peer, e ele é o defensor do título! De agora em diante passa automaticamente a ser o meu favorito.

Além disso o Wall Street Journal retirou-se do torneio como patrocinador.

E, pela mesma razão, a WTA (federação mundial de jogadores de ténis profissionais), multou o torneio de Dubai num montante record de 300 mil dólares.

Ainda há esperança...

JOSÉ LUIZ FERREIRA disse...

Lidador, que actos de guerra é que eu estou a comparar a crimes? Os dos israelitas ou os dos palestinianos? Ou será antes que estou a equiparar crimes a actos de guerra?

Quanto à noção de guerra justa, creio lembrar-me que entre os critérios de Santo Agostinho se contava a expectativa realista duma vitória que trouxesse a paz.

Acha que esta expectativa se verifica neste conflito? Eu acho que não. Acho que nem Israel, nem os palestinianos poderão vencer esta guerra, que ao eternizar-se envenena o mundo.

E o mundo vai fartar-se, mais tarde ou mais cedo, de pagar a factura. Se com as regras existentes o conflito não tem solução, alguém acabará por impor novas regras. E nessa altura pouco interessará que vença ou não quem tem razão, desde que alguém vença.

Unknown disse...

O maldito islão não admite qualquer tipo de solução.
Está estruturado de forma conflituosa.
De tal modo que até atacaram as próprias mulheres de maomé, o monstro, e destruíram todo o corão do tempo dele que estava escrito.
Reparem bem, os maometanos mais importantes que houve como foi o caso dos imperadores, sultões e califas, a quem não faltava dinheiro, poder, islão, maometanos e corão, matavam os próprios filhos, como foi o caso de suleiman.

Anónimo disse...

Está estruturado de forma conflituosa e é disso que depende.
maomé, o execrável, foi muito hábil a obter lucro criando problemas e conflitos.

Anónimo disse...

Está estruturado de forma conflituosa e é disso que depende.
maomé, o execrável, foi muito hábil a obter lucro criando problemas e conflitos.

Unknown disse...

"que actos de guerra é que eu estou a comparar a crimes?"

JLS, isso só você sabe. A comparação foi sua.

"Ou será antes que estou a equiparar crimes a actos de guerra?"

Eu não sei o que vai na sua cabeça, JLS. Mas seja o que for é bastante confuso.

"se contava a expectativa realista duma vitória que trouxesse a paz."

Nada disso.Enfim, não sabe do que fala...


" Eu acho que não. Acho que nem Israel, nem os palestinianos poderão vencer esta guerra, que ao eternizar-se envenena o mundo."

o JLS acha muitas coisas e ainda não entendeu ( ou não quis entender o básico). Há 4 guerras entre Israel e os árabes da palestina:

1ª A mais antiga é a guerra pela destruição de Israel. Foi essa que levou à recusa da Partilha, é essa em que o Hamas, a Jihad Islâmica, grupos da Fatah, o Irão, o Hezbolah, a Síria, etc, estão empenhados de forma obsessiva.
Os JLS deste mundo, fazem de conta que esta guerra não existe.
Mas é essa na qual estão empenhados mais palestinianos...os que elegeram o Hamas..

O Hamas tb luta por um estado, mas não é o mesmo. É que até 1967, os territórios de Gaza e da Cisjordania estavam ocupados por países árabes. Não era por “esse “ estado que os arabes lutavam, mas por um que se estendia até Haifa e Telavive, ou seja, pela destruição de Israel.
Hoje, a maioria da Fatah quer apenas aquilo que antes recusou: um estado palestiniano nos termos da Partilha.

Do lado israelita há tb 2 guerras:

Uma guerra pela segurança e a uma guerra ) pelo Eretz Israel.
A maioria dos israelitas combate pela segurança e só alguns estão alistados no combate pelo Grande Israel.
A guerra de Israel pela sua segurança é uma guerra justa.
Barak, em Camp David (2000) propôs uma retirada total da Cisjordania e de Gaza em troco de um acordo global de paz.
Arafat recusou.
Os seus destinos, diz-nos muito do tipo de apoios que existem de cada lado. Arafat escolheu a guerra e sobreviveu politicamente. Barak falhou a paz e foi apeado.
E quando Israel retirou completamente de Gaza, e os árabes palestinianos continuam a atacar Israel, demonstram o que na realidade pretendem. E fazem os israelitas concluir que a guerra justa pela sua segurança, tem de ser prosseguida para lá da fronteiras, porque se não lutarem em Ariel e Nabluz, terão de o fazer em Haifa e Telavive.

Não JLSl, o conflito não é tão simples como você gosta de o pintar.
Infelizmente, há demasiados JLS que incham com dogmas, certezas, noções absolutas de bem e de mal, e, abancados na estratosfera das suas visões ideológicas, se recusam a conhecer o problema em todas as suas vertentes, porque só o deliberado maniqueísmo lhes permite tanta arrogância no discurso da condenação do outro.

"E o mundo vai fartar-se"

Tem piada, lá atrás achava que os "estados não têm direitos", agora acha que o "mundo" é uma pessoa.
Não estará a confundir a sua opinião enviesada com o "mundo" ?