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terça-feira, 30 de março de 2010

A amizade obâmica


As declarações agressivas de Obama, Clinton e outros responsáveis da administração americana sobre Israel relevam, a avaliar pelo modo como batem no peito e protestam profundos laços, de um inovador conceito de amizade que se resume em:

Quanto mais te critico, mais amigo sou, provavelmente uma variante moderna do conhecido "quanto mais te bato, mais gosto de ti".

Este conceito de amizade é uma epifania e graças a ele passei a ver todo um mundo novo, nas relações internacionais.

Face a esta inovadora perspectiva, compreendo agora que a ONU, que condena Israel a torto e a direito é, afinal, o mais entranhado amigo do estado judaico.

E o UNHRC que, desde que existe, dedicou mais de 90% das suas deliberações a criticar Israel é, na verdade, uma agência sionista.

Isto sem falar no Irão, no Hamas, no Hezbolah e no Dr Miguel Portas que, pelo modo como atacam os judeus, são seus indefectíveis amigos de sangue.

No exercício deste entranhado conceito de amizade, a administração Obama esforça-se por desencantar problemas onde à partida os não há, e vais mais além. Recentemente Clinton disse que a Argentina e o seu amigo, o Reino Unido, deveriam "conversar" sobre as Falkland. (provavelmente o Reino Unido, deveria aderir a este novel conceito de amizade e sugerir que os EUA deveriam "conversar" com o México a propósito da Califórnia, etc).

Com Israel, a amizade é infinita. Recentemente a Administração Obama lembrou-se de reafirmar a amizade pronunciando-se sobre um bairro israelita onde vivem 20 000 judeus e que jamais foi palestiniano, nem estes alguma vez o reivindicaram (Ramat Shlomo).

Quando a Jordânia ocupou Jerusalém os judeus foram todos expulsos deste bairro e as sinagogas destruídas.

Após a derrota jordana, as coisas voltaram à normalidade até que a administração Obama decidiu expressar a sua entranhada amizade com Israel.

A amizade obamista não tem fim. Já antes se tinha manifestado com a Polónia, a República Checa, as Honduras, o Dalai Lama, etc, aliados a quem tratou a varapau, ao mesmo tempo que manifestava a inimizade total com Chavez, Castro, Putin e países islâmicos, dedicando-lhes pérfidas palavras amáveis e maquiavélicos gestos de respeito e compreensão.

Na figura, pode aliás ver-se Obama a manifestar violenta inimizade com o Rei Saudita.

14 comentários:

Anónimo disse...

So what?
Perhaps Mr. O Lidador should run for President of UNIVERSE.
That's the smartest guy I ever read.

o holandês voador disse...

Business as usual...

ml disse...

Com Israel, a amizade é infinita.

Com o passar do tempo vai-se afastando mais para longe daquilo a que se chama senso político ou Realpolitik, um termo que lhe é caro mas um tanto demodé, não acha? Muito eighties.
O que vale é que esse clube representa um nicho ultraminoritário, como o dos neonazis, fazem algum barulho mas não são ouvidos. Desconfio que emitem em infra-sons, só audíveis em pequenos círculos fechados e que se crê estarem na origem da percepção de fantasmas.

Ainda esta semana um dos gurus que aqui tem citado, o general Loureiro dos Santos – que, se me permite o abuso, tem um pensamento racional sobre os meandros das relações internacionais, o que falta a vossa incelência – dizia que, ou o Obama se impõe ao estado criminoso de Israel (o criminoso é meu, o seu a seu dono), ou está tramado e trama-nos a todos. O que quer dizer o que todos sabem: ou se resolve o conflito israelo-palestiniano, ou não há paz para ninguém. Ele até defende que a solução à vista é a aproximação ao Irão, veja lá!

Vossa incelência é que ainda não recebeu o recado, tem a caixa do correio cheia de folhetos de propaganda emocional inútil.

Unknown disse...

" senso político ou Realpolitik"

Perdoa-se-lhe a asneira. Senso é algo que todos acham ter em abundância. Asneira é quando alguém pensa que o só o seu senso é que é o bom senso.
Realpolitik nada tem a ver com "senso".
Tem a ver com "realismo", uma escola de relações internacionais que coloca a ênfase nos interesses e que encara os estados como bolas de bilhar e as complexidades ideológicas internas como redutíveis à mecânica da carambola.

Não há ideologia no realismo. Nem amigos, apenas interesses.

Ora se você defende aqui as virtudes do realismo (Morghentau, Kissinger, etc, devem dar saltos) não se compreende porque razão trata logo de apelidar os judeus de criminosos.

Parece-me que algures na nebulosa que lhe povoa a cabecinha , confunde realismo com o seu idealismo travestido.
O que é natural. Quem tem reis na barriga acredita ser rainha.

Quanto ao Gen Loureiro dos Santos, que conheço bastante melhor que a minha cara amiga ( presumo), não é novidade. É um obamista convicto e bastante cego. Já discuti com ele em público sobre o prémio Nobel do Obama e nada há a fazer.
Tem direito, como todos nós, à sua tontice.

Quanto a Israel, perdoe-me a pretensão de saber mais do que a menina. Obama tem uma visão de appeaser, acha que vai resolver os problemas do mundo dando o rabo aos inimigos e verberando os amigos.
Como todos os tontos deste calibre, vai acabar com os mesmos inimigos e sem amigos.
E depois tem lá aqueles conselheiros que odeiam o Nethaniau e que querem à viva força apeá-lo do poder.
O resultado deste mito urbano de que Israel é um pau mandado dos EUA, é que os arabes estão cada vez mais radicalizados e exigentes ( até já se permitem ameaçar com a guerra) e os israelitas estão a fazer marcha atrás.
Paz?
Nunca esteve tão longe.
E em vez dos dois estados, vai haver três: Israel, Fatahstão e Hamastão.

Um sucesso!

Que só agrada aqueles que odeiam de facto os judeus e a quem esta situação permite verbalizar o velho demónio.
Como me parece ser claramente o seu caso.

ml disse...

trata logo de apelidar os judeus de criminosos.

Pois, os judeus... E eu que julgava estar a falar das políticas de um estado...
Só me espanta – é uma força de expressão - que quem se considera acima dos pobres Loureiros dos Santos e Obamas, uns tontos, cegos, appeasers, não tenha mais para oferecer do que uma linguagem emocional, pobre, racista, que não adianta nem atrasa. Nem para a frente, nem para trás. Mas – e isto julgo que consegue captar – quem está empenhado em ultrapassar os diferendos não lhe vai pedir conselhos a si. Mero senso político.

Essa obsessão tolinha que reduz a política mundial ao anti-semitismo e mais não sei quê, é o lado para que todos, aparentemente, dormem melhor, pois não vejo que lhe dêem muito crédito em lado nenhum. Umas gargalhadas, talvez, e adiante.

E não seja aldra... trapalhão. O antijudeu Loureiro dos Santos já defendia a necessidade de controlar Israel muito antes de o Obama existir, assim como ter sido uma burrice (termo realista meu) a invasão do Iraque.

Sem aldra... trapalhices as coisas correm melhor, não acha?


Não há ideologia no realismo…

Pois o planisfério que tem entre as orelhas mostra exactamente o contrário, mas não creio que tenha senso para o perceber.
Mas também, para quê?


Tem a ver com "realismo...
...apenas interesses.


O Kissinger até já admitiu - a assobiar para o ar, é verdade - que o ’realismo’ com que analisou o 25 de Abril em Portugal afinal foi uma falta de senso político do ponto de vista dos interesses americanos, pois aqueles que tinham uma visão ‘realista’ diferente da dele é que a sabiam toda.
Uma chatice estas coisas não serem mensuráveis e dependerem grandemente do bom senso político de quem interpreta.

Então vá, tenho mais que fazer.

Anónimo disse...

Existe uma corrente de opinião que acha que todos os males do mundo resultam da existência de Israel e portanto a solução é simples, Israel deve suicidar-se e de preferência com um sorriso nos lábios!
Quanto aos palestinianos, o Hamas quer impor a lei islâmica, destruir Israel, e empurrar o judeus para o mar. A Fatah quer empurrar os judeus para o mar, destruir Israel e impor a lei islâmica. Portanto negociar com tais parceiros só não resulta devido à má vontade israelita!
F.G.

Anónimo disse...

Porque há sempre diferenças, era normal pensarmos que Israel também tivesse algumas culpas no que se passa na região..

Mas a verdade é que no islão, nas mentalidades e culturas que condiciona e sequestra, nem sequer há espaço para o próprio Allah.
Nem Allah pode existir, nem Allah pode manifestar o mínimo sinal de vida.
E allah era o gajo mais importante daquela coisa, do islão.

Quando algo existe, por ínfimo que seja, esse algo é fonte de informação e informação é o conteúdo de mensagens.

Mas maomé disse claramente que no islão não haveria mais mensageiros ou mensagens de Allah.

maomé também nos revelou que o seu allah tinha supostamente todos os poderes, incluindo os maus poderes nomeadamente o de mentir, mas nisso os maometanos já não querem acreditar.

MK

Lura do Grilo disse...

Israel vai perder a paciência com as politicas de Hussein obamita. Quem perde é os EUA. Israel sabe e pode defender-se sozinho: quem perde é os EUA. Os regimes criminosos dos Hezzbolath e Hamas só sobrevivem com ajudas da Europa e o ódio de morto.

Vão consumir-se no próprio ódio: ódio do sucesso de um povo digno, trabalhador e talentoso.

Anónimo disse...

I love this President and this Queen. Please write more. I am a fun of you both.

Unknown disse...

" eu que julgava estar a falar das políticas de um estado... "

Por favor,pare com esse tipo de clichés gastos e pobres. Só se engana a si.
Ora pense lá um bocadinho porque razão só as "políticas" de um determinado estado a fazem salivar ódio e excretar adjectivos tremendos.
Que se tenha visto por aqui, as "políticas" de estados como o Sudão, Cuba, Coreia do Norte, Irão, Zimbabwe, Líbia, Síria, etc,etc, não lhe suscitam tais paroxismos.
Porque será?

" quem se considera acima dos pobres Loureiros dos Santos e Obamas"

Se bem percebi, quando alguém discorda de alguém é porque se considera "acima".
Bem, aplicando a si esta tontice, teriámos de lhe diagnosticar megalomania terminal, uma vez que passa a vida a criticar.

" quem está empenhado em ultrapassar os diferendos"

Refere-se ao Obama?
Você lá sabe, mas os resultados do "empenhamento" falam por si. Os árabes deixaram de ter qualquer interesse em sentar-se para negociar e os israelitas estão a deixar de acreditar na boa fé administração americana.
Daqui para a frente só se irão radicalizar posições.
Uma vez que chama a isto "bom senso", temo seriamente pela sua saúde quando sair à rua e atravessar uma estrada.

" reduz a política mundial ao anti-semitismo e mais não sei quê"

Provavelmente é o mais não sei quê. Porque de facto na sua cabeça e a dos que pensam como você, Israel e os judeus são o Alfa e o Ómega dos problemas do mundo.

" não vejo que lhe dêem muito crédito em lado nenhum."
Essa faz-me lembrar aquela nova iorquina brain dead liberal que manifestava o seu espanto pela vitória de Bush filho contra Kerry, dizendo que nenhuma das suas conhecidas haviam votado Bush.



"Não há ideologia no realismo…"

O seu blá blá, demonstra que não consegue deixar de se debater mesmo sabendo que se enterrou até às axilas.
Pare de se agitar e vá ver o que significa realismo em relações internacionais.
A asneira é livre, mas evitável.

Anónimo disse...

Go ahead Queen. Now it's your turn.

Anónimo disse...

"Go ahead Queen. Now it's your turn."

Foda-se, que filho da puta de cretino. Pedaço de asno.

FFDário

brasileiro disse...

Essa ml, às vezes, parece louquinha de pedra. Que há com ela? Ela toma remédios?

Anónimo disse...

Cool down FFdário, your son of an anonymous guy.