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sábado, 27 de março de 2010

Dos gangs


Já que em Portugal, por manifesta insipiência do sistema judicial, não se consegue julgar corruptos, será possível vir a julga-los politicamente?

Em Novembro de 2004, uma alma daninha e bushista do gang dos 4 da cimeira las Lages (local de filmagens dos acorrentados dos sonhos de Ana Gomes), escrevia:


As setas

Muito se tem dito sobre o controlo da maioria de comunicação social pelo estado por via da golden share na PT.

Há, de facto, uma via de comando entre o estado e a PT. No entanto parece-me plausível que essa linha de comando possa ser subvertida de forma a tornar-se bidireccional, talvez até mais activa no sentido inverso que no directo (estado-PT).

Lembremo-nos da série Yes, Minister. A competência do secretário sobrepunha-se quase sempre às decisões do ministro.

Os grandes grupos económicos escudam-se eficientemente ao escrutínio da opinião pública, tanto mais que parece ser óbvio não ser suposto que a comunicação social por ali faça estardalhaço, ao contrário do que parece praxe com o estado e o governo.

Enquanto os grandes grupos económicos são comandados por pessoas de grande competência no sentido da defesa dos seus interesses (individuais e do grupo) o estado, e com particular ênfase o governo (este ou outro qualquer) tendem a ser comandados por aqueles que vão sobrando da debanda dos mais competentes. Esta debanda é resultado de serem alvo preferencial de cada vez mais violentos ataques pessoais, insultos, desconsideração, acusação de incompetência, etc, vindos nomeadamente de uma comunicação social incompetente e cada vez mais ao serviço dos interesses dos privados que a controlam.

Face a este estado de coisa é fácil perceber que é mais provável que sejam os interesses privados a comandar, ou condicionar, no sentido inverso, o governo e o estado, do que este, os interesses privados.

A golden share do estado na PT é perigosa porque resulta num canal de acesso privilegiado dos privados ao estado e ao governo por via da subversão da “cadeia de comando”.

1 comentário:

Anónimo disse...

(“Os grandes grupos económicos escudam-se eficientemente ao escrutínio da opinião pública, tanto mais que parece ser óbvio não ser suposto que a comunicação social por ali faça estardalhaço, ao contrário do que parece praxe com o estado e o governo....... A golden share do estado na PT é perigosa porque resulta num canal de acesso privilegiado dos privados ao estado e ao governo por via da subversão da “cadeia de comando”.”)

É de facto é, quando o poder político está nas maõs do poder económico, bertrand russel escreveu que o poder militar, económico e político eram parte de um mesmo conceito, o conceito de poder. Eu concordo, mas discordo deste igualitarismo tripartido de poder, numa democracia,o poder politico deve se sobrepor e mandar nos outros, mas quando o poder economico/militar, manda no politico o que dá? Significa que há apenas dois pilares sobre os quais repousa, o dinheiro, de papel e o militar, forças armadas. Um apoia o outro, mas a vulnerabilidade de cada um é também um calcanhar de Aquiles que ameaça a viabilidade do outro. O politico é um joguete ou um pau mandado.

Nesse caso depois não ha que se admirar com possiveis surpresas lobbystas, mas isso não é uma deturpação da democracia? O poder politico tem de facto poder sobre os outros poderes? Nós controlamos o poder politico? De facto nos cidadãos anónimos só “controlamos” o poder politico, somente estes nós é sujeito a apreciação e votação periodicamente. Por isso este poder devia ser superior aos outros, pois é aquele que é escolhido democraticamente.