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quarta-feira, 24 de março de 2010

Uma experiência socialista


Foi-me enviada como verdadeira por um amigo e aqui fica:

Um professor que nunca tinha reprovado ninguém, reprovou numa ocasião uma turma inteira.
Foi num curso de economia. A turma insistia que o socialismo era praticável e que através da simples cooperação tendo em vista um bem comum, se obteria um resultado mais igualitário e justo do que aquele que se obtinha através dos mecanismos de competição e emulação.
Ou seja, sustentava a turma que o socialismo era mais eficaz e justo que o capitalismo.

O professor argumentou em vão pelo que, já em desespero, propôs a seguinte experiência:
Fariam os testes habituais, e a nota atribuída a cada um seria a média da turma. Os alunos aceitaram de imediato.
Todos tinham agora um objectivo comum e o resultado não poderia deixar de ser igualitário e justo.

No 1º teste, a média foi 15.
E aqui começaram os problemas. Aqueles que tinham estudado e a quem o teste tinha corrido bem, e que legitimamente podiam esperar um19 ou um 20, ficaram a remoer o desagrado.
Aqueles que nem sequer tinham pegado no livro, resplandeciam de felicidade e louvavam o socialismo. E a verdade é que se provava que todos passavam e com uma boa nota.

No 2º teste os que antes tinham estudado e feito bons testes, entenderam naturalmente que não necessitavam de se esforçar tanto. Já que iam ter 15 no máximo, escusavam de se matar a estudar. Os que antes não tinham pegado nos livros, mantiveram as mesmas opções. Não era necessário, a boa nota estava garantida.

Como é evidente, a média baixou para 11 e aí já ninguém ficou especialmente satisfeito. No teste seguinte a média foi 8.
Instalou-se a desavença, fizeram-se acusações de sabotagem, de egoísmo, de falta de solidariedade, etc.

O resultado foi que ninguém mais queria estudar para não beneficiar os outros. E a turma reprovou.

Não sei se isto é verídico, mas, mutatis mutandis, foi basicamente o que aconteceu nas cooperativas agrícolas soviéticas, portuguesas, etc.

Moral da História:
Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço. Tirar aos que se esforçam para dar aos que não se mexem conduz, mais tarde ou mais cedo, à discórdia e ao fracasso, porque quando metade de um grupo interioriza a ideia de que que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim .

O sistema de impostos progressivos e a inflação de subsídios "sociais", são os instrumentos privilegiados desta loucura socializante.

38 comentários:

Renato Bento disse...

Lidador, este post é mágico!

Grande abraço!

RB

Roberto Tomás disse...

parabéns pelo post!
exemplifica da melhor forma o resultado do não reconhecimento do mérito.

Unknown disse...

Os meus sinceros cumprimentos à malta que escreve no Fiel Inimigo. É um blogue que eu costumo acompanhar e que está sempre actualíssimo. Parabéns a vocês e em especial ao meu amigo RB.

DL disse...

Brilhante como sempre Lidador.

Anónimo disse...

“Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço”

ah, ah, ah, , só se forem os prémios milionarios dos gestores da PT e de outras empresas. Grande esforço

Carmo da Rosa disse...

Excelente artigo Lidador, com um exemplo simples que toda a gente imediatamente percebe como a coisa funciona.

Quem alguma vez visitou os países de leste no tempo da outra senhora, ainda compreende melhor a metáfora: os empregados de balcão que não tinham vontade nenhuma de atender os ‘chatos’ dos clientes, porque não ganhavam nada com isso, as lojas eram do Estado (do Partido) e não há participação nos lucros. Da mesma maneira que a indústria não tinha incentivo nenhum em inovar seja o que for. E é por essa razão que os russos, e os checos, e os alemães de leste, nos anos 80 ainda fabricavam automóveis dos anos 50….

Isto é um esforço didáctico que deveria ser pago – nem que fosse pela CIA.

o holandês voador disse...

Um exemplo completamente disparatado, pois um verdadeiro pedagogo nunca poderia chumbar toda uma turma, pela simples razão de se tratar de uma escolha ideológica. Como sabemos, a economia não é uma ciência exacta e não há sistemas ideais. Como poderia um bom professor chumbar toda uma turma, com base numa escolha ideológica? A menos que o professor fosse um ditador e desejasse que os seus alunos pensassem todos da mesma forma...
Uma contradição insanável, este exemplo.

Unknown disse...

"A menos que o professor fosse um ditador "

Não deve ter lido o poste, HV. O professor propôs e os alunos aceitaram com entusiasmo.

De resto a sua argumentação é lateral e nada tem a ver com o core do assunto. E eu compreendo que se sinta incomodado pela falta de racionalidade do discurso socialista.

Anónimo disse...

Excelente post. Reencaminhei para os meus amigos.
ejsantos

o holandês voador disse...

Lidador,
Não tem nada a ver com socialismo ou com capitalismo. Tem a ver com o método de ensino. Não me lembro de - na Holanda, um país democrático - os meus professores da universidade chumbarem uma turma inteira por não concordarem com as respostas. Mas, nas turmas do colégio militar, era capaz de ser esse o método: pelotão, marchar!...

ml disse...

Adorei. As alegorias medievais com uns pozinhos de maoismo estão no top das minhas preferências. Essas pequeninas representações religiosas com que a ICAR pretendia doutrinar o cardume espalharam-se Europa fora - Todo-o-Mundo e Ninguém, Jedermann, Everyman. Que ninguém escapasse ao zelo catequizador.

Por cá tivemos o nosso Gil Vicente com as Barcas.

Todo-o-Mundo: Eu hei nome Todo-o-Mundo e meu tempo todo inteiro sempre é buscar dinheiro e sempre nisto me fundo.

Ninguém: Eu hei nome Ninguém, e busco a consciência.

Belzebu: Esta é boa experiência. Dinato, escreve isto bem.

Dinato: Que escreverei, companheiro?

Belzebu: Que ninguém busca consciência
e todo o mundo dinheiro.



Os chineses da Revolução Cultural também utilizaram as Moralidades com eficácia. E agora o nosso prezado, herdeiro cultural dessas Parábolas Contadas às Crianças e ao Povo.
A mesma fé, a mesma crença simplesinha de que a humanidade se resume numa historieta linear.

Anónimo disse...

O lidador mas que historia do caneco, é parecida com aquela do primeiro ministro australiano que falava contra os muculmanos e queria a sua expulsão.

Quem é Adrian Rogers?

Adrian Pierce Rogers, Th.D, bem sucedido pastor tele-evangelista norte-americano, nasceu em West Palm Beach, Flórida em 1931 e faleceu na cidade de Memphis, Tennessee em novembro de 2005. De 1972 a 2005 ele actuou na Igreja Baptista de Bellevue em Memphis e durante esse período fez com que o número de fiéis subisse de 7.000 para 30.000. A receita e os dízimos subiram na mesma proporção. Em 1989, a igreja se instalou em um conjunto de prédios avaliado em mais de 80 milhões de dólares. Um dos auditórios comporta sete mil fiéis.

O experimento socialista circula em mensagens e também pode ser encontrado em páginas da web. O texto original, a partir do qual alguém elaborou as conclusões e autoria de Adrian Rogers. Diferentemente do que diz o texto, ele não era economista nem jamais realizou o suposto experimento, além de não ter sido professor .

A última frase da mensagem sugere que o tal experimento teria sido realizado em 1931. Não é verdade, pois esse foi o ano de nascimento de Adrian Rogers. Por mais brilhante que tenha sido a sua mente ele não poderia ter escrito qualquer coisa com menos de um ano de idade. O experimento jamais existiu, será que ele não deu certo porque a turma começou a se comportar como um núcleo socialista ou porque cada um dos participantes tinha em mente tirar o máximo proveito possível dos demais colegas de classe?

Anónimo disse...

Eu também tenho a versão.

Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que ele nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e ‘justo”.

O professor então disse, “Ok, vamos fazer um experimento socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos suas notas nas provas.” Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam ‘justas. ‘ Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um “A”…

Depois que a média das primeiras provas foram tiradas, todos receberam “B”. Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.

Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos – eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do trem da alegria das notas. Portanto, agindo contra suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como resultado, a segunda média das provas foi “D”. Ninguém gostou.

Depois da terceira prova, a média geral foi um “F”.

As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por ‘justiça’ dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça é que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano… Para total surpresa.

O professor explicou que o experimento socialista tinha falhado porque ele foi baseado no menor esforço possível da parte de seus participantes.


Preguiça e mágoas foi o resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual o experimento tinha começado. “Quando a recompensa é grande”, ele disse, “o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável.”

“É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber. O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém. Quando metade da população entende a idéia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação.

É impossível multiplicar riqueza dividindo-a.”

Adrian Rogers, 1931

ml disse...

Não sei se isto é verídico

Claro que é, só gente muito ingénua não percebe que o ensino universitário funciona assim, e que o que mais há é professores a porem em causa um ano escolar e as propinas que os alunos pagam para demonstrarem uma teoria qualquer.

Alunos-cobaias, sei lá. Talvez o professor pertencesse ao Bando dos Quatro.

Unknown disse...

Como os leitores atentos devem ter notado, a reacção das mentalidades de esquerda é basicamente a mesma: ignorar o conteúdo da história e dardejar raivas contra os aspectos laterais.

Como disse, não sei se a história é verdadeira.
Mas o mecanismo que ela retrata de forma simples é conhecido.
Isto aconteceu mesmo nos kolkhozes, nas UCP do Alentejo, nos kibbutz israelitas, nas experiências comunitárias nos EUA, etc.

Aconteceu em escalas menores e acontece, evidentemente em escalas maiores.

É provável que no inicio de um projecto comunitário o entusiasmo estimule e leve a esforços redobrados. Mas como os seres humanos são o que são ( humanos), não tardam os sentimentos de injustiça, a raiva, o ódio, etc,etc.

A história ilustra muito bem esta mecânica e é essa que eu gostaria de ver desmontada na argumentação de quem entende que o socialismo "funciona".

Alguém avança?

Unknown disse...

De resto, é mais o menos esta a história do Triunfo dos Porcos.

ml disse...

ignorar o conteúdo da história e dardejar raivas contra os aspectos laterais

Não se ponha em fuga, eu fui ao centro da questão: a mentalidade medieval de reduzir o mundo à espessura do papel.
O costume.
Discutir o quê? Uma historiazeca fabricada à medida da conclusão que se quer tirar?
Também lhe arranjava por aí umas rábulas jeitosas sobre a catástrofe mundial provocada pela ganância e com conclusões diametralmente opostas às suas.
Olhe, já que falei em chineses, a parábola dos sete vimes, e essa já vem de longe.


Moral da História:
Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço.


Presume vossa incelência com a sua Moralidade e presumem as ICARs conhecer de ginjeira a “essência” do ser humano, como reage e qual a penitência que deve sofrer para obter o perdão.
Ok, é a vossa pretensão.
E depois? Quer que se discuta a presunção ou mais uma conjectura entre muitas?
First things first, aprendi eu.


Triunfo dos Porcos.

E se se actualizasse e lesse mais qq coisita que não o pusesse em cheque? É que o Orwell escreveu ‘O Triunfo dos Porcos’ mas continuou socialista e a bater no capitalismo.

Unknown disse...

"Discutir o quê? "

O cerne da história, minha cara amiga.
A razão pela qual faliram as UCP, os kolkhozes, etc.
A razão pela qual a URSS, se viu,
ainda no período comunista na necessidade de permitir que os trabalhadores das cooperativas agrícolas explorassem pequenas courelas privadas que, em menos de um fósforo, já estavam a produzir mais do que os kolkhozes.

E ainda assim a URSS era deficitária em produtos agrícolas.
Mientras tanto, os 2% de americanos que se dedicavam à agricultura, vendiam milho para a URSS.

E por aí....o que não tem nada a ver com a sua obsessão doentia para com a ICAR...nem sei a que propósito a meteu neste poste. Eu até nem acredito em deus moral...

Anónimo disse...

(“ignorar o conteúdo da história e dardejar raivas contra os aspectos laterais”)

Voce e não so é useiro e vezeiro em colocar situaçoes falsas como verdadeiras ou dizendo desconhecer se é verdade ou mentira, engana alguns que picam o anzol e vão passar a historieta aos amigos, é uma historieta como outra qualquer de uma qualquer igreja universal.

O senhor tem razão num ponto e se soubesse o pais onde vive e os empresários que temos, mas o senhor não conhece o pais onde vive e tira por issso conclusões morais mirabolantes, esse ponto ja foquei anteriormente refere-se a estabelecer uma gestão baseada na remuneração vinculada à produtividade e ao desenvolvimento das pessoas no processo produtivo, seria uma estratégia possível para atingir o comprometimento dos funcionários, o interesse em praticar a criatividade e os níveis de produtividade e qualidade, indispensáveis para o sucesso da empresa.

Começa a haver uma tendencia mas não cá, em que as empresas começam a compreender que o salário não deve ser considerado apenas em termos de cargos específicos e resultados financeiros correntes, mas a remuneração deve estar ligada às pessoas, ao desempenho individual e em equipa e à visão e aos valores organizacionais mantidos por esse desempenho. Uma remuneração eficientemente projectada e cuidadosamente alinhada com certeza não tornará todos os funcionários felizes e satisfeitos, nem eliminará todos os problemas comportamentais de uma empresa, mas essa estratégia, auxiliaria muito na melhoria do desempenho e dos resultados.

A remuneração, que os empregados receberiam em troca do seu trabalho, Constituiria-se como uma espécie de recompensa externa ao indivíduo que estimularia comportamentos e motivação ao trabalho. Quando estruturada com a participação e de acordo com as expectativas dos funcionários, esse sistema de remuneração podia gerar, entre outras consequências, motivação, comprometimento, espírito de equipa e o alcance de metas e resultados. Estes modelos de gestão possibilitariam um direcionamento do trabalho em grupo e uma distribuição das responsabilidades, deixando os trabalhadores de diferir entre si em hábitos de trabalho que afectam consideravelmente a produtividade, mas que são frequentemente difíceis de observar antes da contratação por exemplo e, às vezes, mesmo depois que esta tenha ocorrido. A produtividade de um trabalhador com um certo nível de capital humano pode variar consideravelmente com o passar do tempo ou em ambientes diferentes, dependendo de seu nível de motivação. A produtividade do trabalhador por um dado período de tempo é função da capacidade inata, do nível de esforço e do meio ambiente, o tempo, as condições económicas gerais ou as acções de outros funcionários. Ser altamente produtivo normalmente não é apenas uma questão de seguir ordens servilmente, mas antes, de tomar iniciativas para ajudar a atingir os objetivos do empregador.

Anónimo disse...

Ao levantar a questão da produtividade é fundamental considerar a relação do
trabalhador com o ambiente e sua motivação para desenvolver essas suas funções. Nesse sentido, estabelecer políticas que possam aguçar a vontade e a satisfação pelo trabalho são importantes factores motivacionais e que mantêm o interesse do funcionário, os trabalhadores podem ser vistos como maximizadores de utilidade. motivados principalmente pelo seu interesse próprio. Com isso, podem realizar tarefas mesmo que não desejem, desde que os motivos sejam compensatórios, quando a empresa delimita modelos adequados de medidas de compensação que efectivamente o motivem. A remuneração baseada na produtividade deve ser um complemento ao salário-base, principalmente pelo motivo que o empregado não deve assumir o risco do negócio e precisa ter uma renda fixa mensal para poder arcar com as suas despesas. É preciso vincular este pagamento a indicadores de produtividade que possam estabelecer metas a serem cumpridas e que forneçam aos trabalhadores referências que justifiquem os seus esforços. Estabelecer um planeamento de remuneração é um importante factor de motivação para tornar a força de trabalho produtiva e lucrativa, especialmente porque “os esforços dos trabalhadores aumentam com seu nível de pagamento”. Quando idealizada e articulada como complemento à remuneração baseada na produtividade essa prática pode ser um incentivo. Porém, existem questões que a tornam insatisfatória e que afectam negativamente o indivíduo e o grupo. A oscilação do pagamento da remuneração que complementa o salário é um dos grandes responsáveis pelo factor negativo, por ser proporcional à produtividade, aos lucros ou às vendas, nem sempre ela é contínua ou crescente, pode haver momentos em que pode ser nula e não representar ganhos.



A remuneração estratégica ou variável é composta por três factores o salário-base, os benefícios e a remuneração variável. O salário-base é uma forma fixa de recompensar a contribuição que cada funcionário dá à empresa. É um pagamento pelo trabalho de acordo com a função que cada um desempenha, é necessário que o salário-base seja fixado de acordo com a função, tempo de serviço e com uma média dos salários do mercado. Os benefícios correspondem aos complementos que são concedidos aos funcionários. Por exemplo benefícios como, plano de saúde, auxílio a educação, assistência odontológica, entre outros. A característica distinta da maioria dos benefícios é que eles compensam os trabalhadores numa forma que não é em dinheiro que se possa gastar de imediato. A remuneração variável é qualquer modalidade de pagamento recebida pelo trabalhador que se adiciona à remuneração fixa e indirecta e está normalmente associada ao desempenho do indivíduo, equipe e/ou de toda organização. Assim, constatam-se flutuações nos seus valores podendo até ser nula (por exemplo, prejuízo da empresa, não atingimento de metas, dentre outros). É considerada um incentivo concedido periodicamente aos funcionários de acordo com o alcance de metas pré-estabelecidas e actua de forma a não permitir o crescimento descontrolado da folha de pagamento. Alguns exemplos de remuneração variável são, participação nos lucros ou resultados, comissão por vendas, pagamento por produção e participação accionária

Em portugal ha muito disto.

Tudo o resto da sua pseudo historieta serve para moldar a sua ideologia

ml disse...

Ah, afinal a história não é mesmo verdadeira, foi só para não entrar assim de chofre nas UCPs!
Pelo seu entusiasmo e timidez nas dúvidas dir-se-ia que era a prova que faltava de que o socialismo não funciona.

Ok. E que tal arranjar também uma historieta para ilustrar as situações dramáticas a que a ganância conduziu o mundo? Ou vai dizer que o assalto às poupanças privadas, a bancarrota de países, as falências em dominó, o desemprego, a fome, os suicídios pelo mundo fora são casos de sucesso do sistema?
Pode ser a parábola dos sete vimes, que já está inventada? O ‘Rei Lear’?


obsessão doentia para com a ICAR

Não é obsessão nem doentia, mas mera medida de higiene. Por detrás de um moralista está sempre alguém muito pouco fiável e o melhor é usar as precauções recomendadas e reduzir os contactos ao mínimo.


Eu até nem acredito em deus moral...

Oh, não me diga!, ainda bem que me avisa. É que não é fácil encontrar pregadores fora das igrejas, julguei que também fosse o seu caso.

Fernando Pedro disse...

Primeiro, não sei se um tão redutor modelo mereça ser comentado como se de algo socialmente abrangente se tratasse: tentar comprar um um episódio de um semestre numa sala de aula a um modelo de organização social directamente responsável pela vida de milhões de pessoas deixa no ar a legitimidade de criar nos mesmos moldes um paradigma simplista de modelo capitalista... Nesse modelo, supondo-se que o expoente máximo na sala de aula é, como defende, a recompensa pessoal, necessitaríamos logo à partida, de garantir o pé de (total) igualdade de todos os intervenientes. Só assim se conseguiria uma competição saudável. Explico: Partimos do pressuposto que existem objectivos comuns a toda a turma. Se só uma parte da turma os consegue alcançar, os que sabem ser uma meta impossível à partida, não se irão esforçar. E aí caímos no bicho-de-sete-cabeças que preconiza, ou seja, a falta de esforço individual. Se conseguir isto do pé de igualdade, avise, e serei seu companheiro pró-capitalista ou pró-individualista ou o que lhe queira chamar.

Em segundo lugar, num outro ponto de vista, permita-me que lhe agradeça. A experiência falhada que relatou, contém em si mesmo um elogio ao esforço de cada um pelo todo. Se é sabido que a falta de esforço levará invariavelmente à desgraça da sociedade, parece-me óbvio que, pondo de parte sentimentos masoquistas, ninguém irá desejar ver a sua falta de empenho o rastilho para a explosão social. Ou seja, a sociedade ganha consciência de que o todo não é nada sem o trabalho empenhado das partes. E, obviamente, uma parte não é nada sem a sua inserção num todo. Se o senhor vive consigo mesmo numa autarcia individual avise, também quero a receita.

Em terceiro lugar, não peço que se esperem milagres de uma sociedade onde os valores individuais estão enraizados em tamanha solidez. O seu post é a prova de que muito há a mudar na mentalidade (desculpe dizer, mesquinha), do mundo de hoje. O próprio Marx reconhecia um modelo de transição, após a superação do capitalismo

“Em conformidade, o produtor individual recebe de volta — depois das deduções — aquilo que ele lhe deu. Aquilo que ele lhe deu é o seu quantum individual de trabalho. Por exemplo, o dia social de trabalho consiste na soma das horas de trabalho individuais. O tempo de trabalho individual do produtor individual é a parte do dia social de trabalho por ele prestada, a sua participação nele. Ele recebe da sociedade um certificado em como, desta e daquela maneira, prestou tanto trabalho (após dedução do seu trabalho para o fundo comunitário) e, com esse certificado, extrai do depósito social de meios de consumo tanto quanto o mesmo montante de trabalho custa. O mesmo quantum de trabalho que ele deu à sociedade sob uma forma, recebe-o ele de volta sob outra.” Karl Marx
Aposto que este modelo de transição o deixa satisfeito.

Qualquer coisa, apite, e desculpa a extensão do texto.

Unknown disse...

"Por detrás de um moralista está sempre alguém muito pouco fiável e o melhor é usar as precauções"

Não se deve ter apercebido que numa mesma frase denuncia o moralismo e faz logo de seguida uma injunção moralista.
Notável...

Caro Fernando Pedro, o seu comentário é muito interessante. Não tenho agora tempo para o tentar rebater, mas prometo que amanhã, lá para o fim do dia o irei "atacar".

ml disse...

Notável...

Sim, é notável.
A metamorfose em matéria de educação ainda se há-de estender às cassetes.
Digo eu.

Então vá.

Carmo da Rosa disse...

Lidador, continuo a dizer que o seu exemplo é excelente e ainda não li nada que dissesse o contrário e que valesse a pena… Mas que quer, a nossa gente não gosta de coisas simples e funcionais. Preferem de longe um hotel com entrada de mármore italiano mesmo que a cagadeira e o chuveiro não funcionem.

Portugal está à beira do abismo financeiro e a esquerda, em vez de usar a caixa dos pirolitos de forma sensata, continua com os grandes discursos que nada dizem e numa linguagem anterior às Conferências do Casino que ninguém entende: só mesmo eles e a família, por educação…

O que vai mesmo acontecer a curto prazo, é o que o Medina Carreira se fartou de repetir e que ninguém quis ouvir: Portugal vai ter que estender a mão e é mais do que evidente que não serão os paraísos socialistas a resolver o problema. Vão ser os outros, os países onde reina a ganância capitalista.

Logo a seguir os trabalhadores portugueses vão ter mais uma vez que emigrar - gente danada esta, que não quer dar ouvidos a estes pregadores de paraísos socialistas e em vez de instaurar a ditadura do proletariado, ou então emigrar para a Coreia do Norte, Venezuela ou Cuba, vão mais uma vez meter-se na boca do lobo: França, Alemanha, Holanda, EUA, etc.

Os pregadores de paraísos socialistas certamente não vão abandonar o jardim à beira-mar plantado – a não ser com uma choruda bolsa da Gulbenkian - porque têm a mesada garantida pelo papá, a titi ou a vovó, e também porque não estão para trabalhar no ‘batiment’ em Paris, ou como soldador nas docas de Roterdão, como cá o ‘moi’…

Anónimo disse...

Moral da historia, estes socialistas são é uns malandros, querem viver a custa dos outros não trabalhar não fazer nada, desbaratar o património acumulado pelos ancestrais, malandros. O meu barbeiro diz o mesmo, pobre país este onde se empobrece a trabalhar. Se temos hoje instrumentos para combater as formas extremas de pobreza, continuamos estrangulados por níveis salariais que fazem dos trabalhadores uma parte importante dos pobres. Os governos têm de cortar na despesa porque é isso que esperam os mercados. Ou seja, os mesmos mercados que desestabilizaram o sistema financeiro a um ponto tal que este teve de ser salvo pelos contribuintes, exigem agora um esforço de consolidação como preço a pagar pelo seu apoio a governos cujas dificuldades ajudaram a causar. O património de uma pessoa responde juridicamente pela gestão que uma pessoa faz da sua vida quer profissional quer pessoal, ou seja responde e é uma garantia de pagamento das dividas da pessoa em caso de não pagamento voluntario, e nesse caso o estado é o primeiro credor. Que pena este principio que vale na vida civil privada não valer para os gestores públicos podendo as gestões danosas serem exigiveis ao património dos responsaveis, talvez não se visse tanta coisa como se ve de total irresponsabilidade na gestão dos dinheiros dos outros.

Osvaldo disse...

.

DL disse...

# Lidador

"nos kibbutz israelitas"

Os kibbutzin foram os primeiros a reconhecer que aquele sistema não funcionava. As pessoas queriam ter coisas e poder comprar coisas. Converteram-se rapidamente e acabaram com o colectivismo. Não sei se ainda há, mas chegou a haver Kibbutz cotados na bolsa de Tel Aviv.

O movimento durou mais do que a sua viabilidade financeira, porque tinha por detrás uma ideia política e durante muitos anos deu jeito ao Estado de Israel ter os Kibbutz, pois eles eram uma guarda avançada na administração e povoamento do território.
Há quem diga que foram a única experiência socialista que funcionou. Se assim foi, não foi por ser socialista, mas sim por ser israelita.

Go_dot disse...

disse o anónimo das 19:40

Moral da historia, estes socialistas são é uns malandros, querem viver a custa dos outros não trabalhar não fazer nada, desbaratar o património acumulado pelos ancestrais, malandros.

É capaz de ter razão, mas não é correcto de os descrever de tal forma. Mesmo um parasita, tem direito a não ser insultado. A pureza das intenções é que conta, o resultado final não importa.

O sonho da internacional socialista era acabar com a pobreza universal. Basicamente, o inimigo a abater era o capitalismo e dar cabo dos bandalhos avarentos que desestabilizam o sistema.

...“A escóóóória vil que nos consome!”...

...“Uma téééééé...rra sem amos
A In...terna...cional!...”





Ligeiras diferenças de estribilhos, múltiplas estratégias, mas o fim era o mesmo, tudo uma questão de tempo.

...Bem uniiiiidos façamos
Nesta luuuuuta final!


O problema é que o sonho socialista assenta na mesma ficção cientifica do milagre de Fátima. Agora é doloroso acordar para a realidade que não há jantares à borla, que todos os ensaios socialistas terminaram no melhor dos casos em escravidão, (ok, com a excepção dos kibbutz!) e que quem realmente quer combater a pobreza, não tem mais opções que a liberdade do mercado capitalista.

Anónimo disse...

(“o inimigo a abater era o capitalismo e dar cabo dos bandalhos avarentos que desestabilizam o sistema.”)

Era isso mesmo na tal epoca é so estudar a historia. E é isso mesmo agora em relação a outros actores também bandalhos, voce não percebeu o que eu escrevi. A lógica da corrida atrás do lucro, pelo benefício imediato é, com efeito, uma lógica a curto prazo e a concorrência falsificada, por sua parte, é cega à interdependência sistemática. um sistema que não considera os riscos que seu funcionamento gera, que não leva em conta o facto de que pode conduzir a uma destruição superior ao benefício imediato que procura é prejudicial e tanto é que foi. Os mesmos mercados que desestabilizaram o sistema financeiro a um ponto tal que este teve de ser salvo pelos contribuintes, exigem agora um esforço de consolidação como preço a pagar pelo seu apoio a governos cujas dificuldades ajudaram a causar, isto escrevi eu, a pura verdade. Os accionistas ficaram na mesma, o capital salvo os riscos salvaguardados pelo estado,ou seja por todos nós, as gestoes danosas tirando na américa uma condenação, não houve mais nada de novo e o sistema esta a reequilibrar-se novamente nos mesmos moldes sem correcção, e sem ter aprendido nada, no crash de 29 foram tomadas medidas que de certo modo pretendiam atenuar os contribuintes no futuro, ao obrigar os bancos a garantir os depósitos,tendo um fundo, e que na epoca não eram obigados e uma corrida aos bancos e não pagamento imediato levou a que muitos tivessem que fechar portas causando todo a alarmismo e reacção em cadeia que se verificou, Estabelecimento de um rigoroso controlo sobre a actividade dos bancos evitando a especulação, Lei de Recuperação da Indústria Nacional entre outras. o new deal, e a teoria e o modelo do welfare state. Nesta crise não vi obrigações de novo de modo a impedir gestões danosas e prémios milionários.De resto o capitalismo é um excelente regime económico, eu diria que comparando com a definição de churchil em relação a democracia. O que é ruim, péssimo e deve ser evitado é o capitalismo selvagem que inibe a competição, nega oportunidade e é um jogo desigual. O capitalismo democrático é o melhor regime, onde as oportunidades ocorrem de forma igual para todos. O empreendedor é uma classe insubstituível em todos os regimes. Está na própria natureza humana.

Ora cante la a internacional eu não conheço mas fiquei curioso.

fernandopedro disse...

Claro que o empreendedorismo é algo fundamental em todos os regimes! Mais o é no socialismo: a diferença é que não é apenas dada a oportunidade de conseguir iniciativas empreendedoras a quem detem capital, como o é no vulgar capitalismo.

Diz que as oportunidades, em capitalismo democrático, ocorrem de forma igual para todos?! Quem é o utópico aqui afinal? As suas ideias são meias controversas...

A internacional também diz, "se nada somos neste mundo, sejamos tudo ò produtores"... é que não sei, mas se a Internacional aponta no caminho da emancipação,trabalho e produção, porque insistem em torná-la um hino à preguiça?

Anónimo disse...

(“Diz que as oportunidades, em capitalismo democrático, ocorrem de forma igual para todos?! Quem é o utópico aqui afinal? As suas ideias são meias controversas...”)

E claro que ocorrem de forma igual para todos, em abstrato. Em concreto não somos iguais, um filho de um pobre ou remediado não tem as mesmas oportunidades que um outro mais afortunado, o pertencer ou nascer num meio interior e rural tem condicionantes que não tem noutras zonas, o apoio do estado igualmente, e aqui sim é que conta, o estado deve ou devia criar igualdade de oportunidades a partida para todos sairem do ponto de partida nas mesmas circunstancias dando por isso as mesmas vantagens a todos, se depois no percurso uns se distanciam mais isso sera então próprio da sua inteligencia gestão etc, mas não significando um aproveitamento de uma vantagem, o que eu quero dizer é que fora isto, e se uma pessoa tiver iniciativa não esta condicionada por estruturas corporativistas como no passado em que é preciso “pedir licença” para se lançar numa actividade, ou economias planificadas onde essa incicativa a partida também esta coartada.

O que eu não vejo é um mundo onde uns são bons e trabalham como relatado no exemplo do post e da “experiencia socialista” e outros são uns malandros que só querem viver a custa dos primeiros uns preguiçosos contribuindo assim para a ruina geral. O mundo é mais complexo que essa dualidade.

Go_dot disse...

Tem razão, talvez tenha percebido mal o seu poste.

Estou basicamente de acordo com…

De resto o capitalismo é um excelente regime económico, eu diria que comparando com a definição de Churchill em relação a democracia. O que é ruim, péssimo e deve ser evitado é o capitalismo selvagem que inibe a competição, nega oportunidade e é um jogo desigual. O capitalismo democrático é o melhor regime, onde as oportunidades ocorrem de forma igual para todos. O empreendedor é uma classe insubstituível em todos os regimes. Está na própria natureza humana

Partilho também da sua aversão ao domínio dos mercados, à corrupção, à inexistência de ferramentas de controle adequadas, ao crime organizado, à incompetência, à indiferença ao despotismo, etc

Mas, francamente… continuo sem perceber bem a que se refere e sobre tudo, como evitar o tal “capitalismo selvagem”.
A disparidade de ambições e capacidades também é própria da condição humana.
A meu ver, os maiores inimigos da emancipação e do progresso são mais o medo e a inveja, do que os gajos que preferem os cem metros à maratona.

Voilà.
http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Internacional#A_Internacional_em_Portugal

Anónimo disse...

ora ora

(“....como evitar o tal “capitalismo selvagem”.)

Domesticando-o alguem ja disse

"A crise financeira não é a crise do capitalismo. É a crise de um sistema afastado dos valores fundamentais do capitalismo, dos que de certo modo o traíram, o anticapitalismo não oferece nenhuma solução para a crise actual", o inimigo não é o capitalismo, mas o anticapitalismo. A crise do capitalismo financeiro não supõe a do capitalismo como tal. Não é um chamamento a sua destruição, o que seria uma catástrofe, mas a sua moralização".

O que temos, unicamente, é um fio condutor. A do lucro a qualquer preço, do cálculo egoísta da desigualdade. porque não um darwinismo social.

Go_dot disse...

Touché! Não é anti-capitalista.

Pelo que percebo, não confia é na capacidade do sistema do sistema financeiro em aprender com os erros cometidos, ou isso não lhe inspira segurança.

Eu também não nego a existência de predadores, muito menos a necessidade de regras e de árbitros. Como sabe, há um monte de marmelos enjaulados por mijarem fora do penico, por isso continuo curioso dos seus métodos para domesticar as tais feras do cálculo egoísta. Se não é a jaula, será o confessionário?

Acompanharei com atenção os seus comentários.
Um nik, seria ouro sobre azul.

Oremos então.

Anónimo disse...

("não confia é na capacidade do sistema do sistema financeiro em aprender com os erros cometidos, ou isso não lhe inspira segurança")


ah ah ah, essa é boa. até parece que não sabe do que estamos a falar, se aprendesse tinha aprendido em 29. a mentalidade que levou ao crash é a mesma, e a autoregulamentação uma treta, alias esta-se a ver um pouco por todo o lado novamente.

O sistema capitalista será sempre suportado por um sistema financeiro, que dentro do processo evolutivo, oferece produtos e serviços cada vez mais complexos e diversificados, com essa diversidade de operações geram-se novos riscos para as instituições financeiras, e assim exige-se uma revisão nas normas regulatorias. Estas novas regulamentações devem basear-se em princípios tais como simplicidade, e equilíbrio, onde poderá ser mais duradouro e eficaz os ciclos, viabilizando um sistema financeiro menos susceptível a colapsos, desde que adequadamente fiscalizado.

Em regimes de livre mercado, a regulação é, pelo menos em teoria, uma das formas de corrigir falhas de mercado que comprometem a eficiência na alocação de recursos, permitindo alcançar um nível mais alto de bem estar social. Nem todas as actividades económicas são igualmente afectadas por falhas de mercado e, consequentemente, nem todas requerem o mesmo grau de regulação. No mercado financeiro, essas falhas são tão graves e presentes que a regulação é vista como essencial para garantir o seu bom funcionamento e, em certo grau, a sua própria existência. O estado interfere ou pode interferir no mercado financeiro em em alguns aspectos.


Nos meios dos instrumentos usuais de política monetária, procurando suavizar o
ciclo económico, em grande parte por meio da disponibilidade e do custo do crédito - estimulando o acesso ao sistema de pagamentos - reduzindo a assimetria informacional, por meio da imposição de regras contáveis uniformes e obrigações de disponibilização de informações, ou como pela manutenção de registos públicos de informação de crédito – influenciando a composição dos activos das instituições financeiras, como alterando o retorno relativo das diversas operações financeiras, por meio de tributos e subsídios, ou obrigando a destinação de fluxos financeiros para certos sectores ou devedores, por meio de bancos públicos e como regulador prudencial e emprestador de última instância, de forma a proteger o sistema de pagamentos, estimular a intermediação financeira e proteger o pequeno poupador etc. etc.

Anónimo disse...

Mas quando a bolha da especulação rebentou os “capitalistas” acham –se vítimas de circunstâncias marginais e exigem dos governos o apoio financeiro que permita manter os seus rendimentos. A realidade revela, os governos a correr a salvar os detentores do capital, e aforradores que muitas vezes o colocaram em certas instituições na mira do lucro fácil ou juro mais elevado, a fazer-se agora vitimas das circunstâncias e a exigir o mesmo tratamento daqueles que colocaram as suas poupanças em instituiçoes sérias e a coberto de riscos, outorgando assim o dinheiro do erário público aos bancos e outras instituições financeiras, à custa dos contribuintes. As soluções concentraram-se num dos problemas específicos, a provisão da liquidez. depois concentram-se num segundo problema, facilitar a venda de activos arriscados, os tóxicos, e em terceiro lugar, o mais importante, a recapitalização das entidades financeiras, sem o que não pode haver uma recuperação do crédito. O mundo enfrenta uma insolvência generalizada que afecta, os países e organizações, públicas e privadas, sobreendividados /ou muito dependentes dos serviços financeiros. As receitas fiscais dos estados estão em queda o que poderá conduzir a um agravamento do défice. O problema da insolvência coloca-se igualmente em relação aos fundos de pensões. O injectar dinheiro na economia não ira resolver o problema de fundo pois só estamos adiar um problema grande que é uma nova crise económica mundial.


As empresas e os mercados basearam-se em demandas ignorando os alicerces de crédito podres. Com o superendividamento dos consumidores, os bancos alimentavam com capitais ''manipulados'', e surgiu a bolha. Por trás da crise de 1929, para redistribuir as cartas da riqueza e do poder e para anunciar uma nova onda expansiva, houve nada menos do que uma guerra mundial. A colocação em marcha de um novo modelo de acumulação, e o, eventual, impulso de uma nova grande onda de crescimento, envolverão o surgimento de novas hierarquias planetárias de dominação, uma re-acomodação de nações e continentes, novas condições para a valorização do capital, uma transição da matriz energética. Esta mudança não pode ser resolvida através da amabilidade diplomática, pois o que terá que ser mudado é este sistema económico que não tem fundamento, pois se não fosse o endividamento das pessoas aos bancos já este capitalismo não se teria desenvolvido ou teria tido um fim a mais tempo. As pessoas tem que começar a poupar e a não viver totalmente a crédito.


O animal, por nascer feito, não procura acha , ao passo que o ser humano tem que buscar-se, para achar-se e inventar-se. E porque temos que inventar-nos, na medida em que somos livres, é que corremos o risco do extravio, não creio que a organização social, por mais perfeita e fraterna que venha a tornar-se, por mais que chegue a encarnar as utopias mais altas, traga consigo a possibilidade de erradicar totalmente o egoismo e a ganancia a avareza ou eliminação da pobreza do coração do homem. Mas um sintoma é consequência e não causa de uma doença, embora possa vir a tornar-se causa de novos efeitos, novos sintomas. O combate ao sintoma não garante, de forma alguma, a remoção ou erradicação das causas da doença, mas o encobrimento ou o abafamento de um sintoma pode gerar a perigosa ilusão de que a moléstia tenha sido erradicada, ou ainda a luta exclusiva contra o sintoma pode criar a enganosa e também perigosa convicção de que se está a combater a doença, quando, na verdade, estamos a favorecê-la e a permitir o seu agravamento e expansão.

E va orando va para que não lhe “caia o ceu em cima”. E divirta-se .

Go_dot disse...

Caro anónimo (vitalstatix?)

Parabéns, pela clareza dos seus dois últimos comentários.
Devo reconhecer também que isto está completamente fora da área da minha especialidade. Historias de mafarricos deixam-me sempre de pé atrás. Uso uma regra simples, sem liberdade não há progresso.

Continuarei atento as suas observações.