... que isto ainda não dá para muito mais.
"Como forma de se armarem em gente mais papista que o Papa, há professores e funcionários que acusam colegas de usarem violência em excesso, e há conselhos directivos que encontram um nicho para exercício de poder salazarista ameaçando, mais ou menos veladamente, quem tenha tido a ousadia de fazer o que todos deveriam fazer.", diz você.
Pois...
Mas não se esqueça de que tudo começou por aqueles que não quiseram ser menos "humanistas" do que os "lá de fora", os que queriam "dignificar" o ensino português e que se colaram com unhas e dentes às secretárias do ME, por nomeação, política ou outra, ou por carreira.
E que ainda lá estão, com cada vez maior poder decisório sobre os sem-patente e os empregaditos sazonais.
E que a única decisão autónoma que conferem às direcções das escolas é a de... obedecer às suas orientações, sob pena de sanções.
A bem da pedagogia e da cidadania, é claro.
Chamaria eu, a isto, a esta espécie de democracia, uma espécie de "salazarismo de influência".
E enquanto não forem erradicados os salazarinhos em que o 25 de Abril, qual aprendiz de feiticeiro, dividiu o Salazar, eles continuarão a multiplicar-se.
E a formar as mentalidades dos que aí vêm, bem como a continuar a distorcer a daqueles que já cá estão.
Com as consequências visíveis e previsíveis.
Abraço.
A todos.
2 comentários:
"salazarismo de influência"
Bem dito.
Prece que vem aí mais uma cabazada de regulamentação relativa a avaliação. Parece que tudo interessa e todos têm que ser ouvidos e que as notas* do aluno nada interessam.
...
* Quero dizer, aquilo que hoje são notas mesmo sem o serem.
Em Portugal costumamos colocar em "pousio" diferenças passadas aquando do falecimento de uma figura ilustre.
Tal hábito sempre me irritou. É ele que justifica, por exemplo, a lenitiva apreciação da passagem do Prof. Sousa Franco pelas Finanças ao tempo de Guterres (o início da nossa desgraça).
Uns dias depois do falecimento de outro portuguê ilustre - Inocêncio Galvão Teles -, convirá recordar que foi sob a sua passagem peloo Ministério da Educação, de 1962-68, que se preparou a criação do 1º ciclo do unificado (hoje 5º e 6º anos) e a reformulação total dos programas com a introdução da famigerada "Matemática Moderna".
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