Esse mundo onde público era sinónimo de justiça e gratuitidade rimava com solidariedade. Esse mundo onde governar bem equivalia a fazer cada vez mais promessas de redistribuição e onde o Estado passou a ser entendido como o grande doador. Esse mundo onde não haveria mais guerras porque tudo se resolveria pelo diálogo, esse mundo onde a corrupção era um problema dos outros, sobretudo daqueles que os tinham antecedido, porque eles eram puros.Enfim, do maravilhoso mundo dos cretinos.
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Alarvidades de início do ano: da ilegalização da pobreza
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8 comentários:
Maio de 69 não, Maio de 68!
O artigo citado é completamente idiota, a geração de 60 foi a geração que nos deu o Cavaquismo que, por sinal, nada tinha a ver com o ambiente de Maio de 68.
Mas geração de 60, a nível mundial, recebeu dos seus pais e avós um mundo destroçado pela guerra e conseguiu reconstrui-lo.
Claro que no meio de grandes complicações mas, foi sempre assim.
Quanto à autora do artigo parece estar a fazer aquilo que acusa os outros de fazerem, acusar os seus pais pelos problemas do Mundo em que vive!
Cavaco é da geração de 50.
Da geração de 60 são aqueles que se alardiam dela estarem embebidos. Soares, Sócrates respectivos muchachos.
A geração de 60 não respeita a quem nasceu naquela época mas de quem de refere a ela como referência "cultural". Dos altos desígnios dessa maralha há que referis a defesa dos regimes totalitários socialistas. Todos. A maioria dos que nela se referencial continua a defender Fidel, a dinastia da Coreia do Norte, Mugabe, Chavez, os regimes bolivarianos.
"Quanto à autora do artigo parece estar a fazer aquilo que acusa os outros de fazerem, acusar os seus pais pelos problemas do Mundo em que vive!"
Os meus pais são da geração anterior à de Cavaco.
O Raio disse: ”Maio de 69 não, Maio de 68!”
Raio, tem razão, Maio de 68 é uma referência histórica e cultural - 69 faz-me pensar noutras coisas…
Mas não tem razão quando diz que foi a geração de 60 que reconstrui a Europa depois da Guerra! Eu sou da geração de 60 (nasci em 1951) e, sem eu mexer uma palha, quando atingi os anos 60 já estava tudo construídinho e a coisa já funcionava às mil maravilhas - pelo menos nos países afectados directamente pela Guerra -, em todo o caso muito melhor do que hoje, e nisto talvez a geração cultural de 68 tenha alguma culpa…
Mas as gerações que vieram depois da de 68, e as gerações de agora, não são melhores, e se por exemplo Portugal se encontra no estado que sabemos, é culpa deles… E vai continuar, porque, à excepção do Medina Carreira não vejo ninguém mexer uma malha nem arriscar a ponta de um corno para mudar seja o que for…
Mas afinal quem é a autora do artigo?
Resposta a Carmo da Rosa,
" Eu sou da geração de 60 (nasci em 1951)"
Eu também, nasci em 1945.
"não tem razão quando diz que foi a geração de 60 que reconstrui a Europa depois da Guerra!"
Claro, o Mundo actual foi construído por várias gerações, incluindo a de sessenta. Mas, esta, a partir da década de setenta passou a controlar em grande medida o Mundo, incluindo a reconstrução da Europa.
Quanto à geração de sessenta, a grande maioria seguiu o caminho de Durão Barroso.
Lembro-me de na altura gozar com os meus amigos quase todos maoistas (excepto alguns que consideravam Maozedong demasiado à direita) e de eles me chamarem fascista!!!!
Agora, esses mesmos são todos liberais e capitalistas e têm a suprema lata de me chamar de esquerdista parado no tempo. Cambada de cretinos!
É que a Helena Matos falha totalmente o que escreve. Num certo sentido é verdade que a geração de sessenta construiu o Mundo em que estamos mas também é verdade que essa geração negou totalmente os princípios políticos da sua juventude, virando à direita e ultrapassando muitas vezes (pela direita) os seus pais e avós.
Excepto na liberalização dos costumes e na igualdade de sexos, o Mundo actual é muito mais desigual e brutal do que era dantes.
E, se temos qualquer dedo a apontar a essa geração é exactamente isso. E, pior, os nossos descendentes ainda viraram mais e estão a conduzir o Mundo para a anarquia e para a guerra.
A actual situação do monstro em que se transformou a União Europeia é terrível e acabará por transformar a Europa numa super-Juguslávia, num continente de todos contra todos.
E tudo isto passa ao lado da autora do artigo, a tal Helena que parece não pertencer a nenhuma geração!...
"Mas afinal quem é a autora do artigo?"
O link conduz ao artigo original, completo, assinado por Helena F. Matos.
Conheço-a da TV, deste blog e de a ler, por aí, nos jornais.
Rio de Oiro disse: ”O link conduz ao artigo original, completo, assinado por Helena F. Matos.”
Nem devia haver link, eu acho que a coisa devia ser imediatamente clara para um leigo! Mas carregando no link vou parar ao blog Blasfémias. No Blasfémias encontra-se um artigo intitulado “Falharam a vida, meninos” com um asterisco. O asterisco no fim do artigo aponta para PÚBLICO!!! Onde está Helena F. Matos?
Até estou de acordo com a maior parte das suas afirmações, mas o problema é que na minha modesta opinião acho que em Portugal a cultura de Maio de 68 não teve assim um tão grande impacto como a tal Helena F. Matos nos diz.
Mas porque razão a Helena F. Matos não se queixa da geração dela? Será ela ainda de uma geração comestível?
O Raio disse: ”Claro, o Mundo actual foi construído por várias gerações, incluindo a de sessenta..”
Isto é muito vago!
Nos países europeus directamente afectados pela Grande Guerra (Alemanha-Holanda-Bélgica-França) a palavra “reconstrução” tem uma conotação muito forte. Quando um holandês fala em “wederopbouw” está imediatamente a ver um país de rastos que vai ser (re)construído pela geração de 50.
A rapaziada de cabelos compridos a que a Helena Matos se refere tinham acabado de nascer, e quando atingiram a idade de dobrar a espinha já estes países eram ricos. Eram os tais paraísos sociais que a geração de Maio de 68 apregoava nas universidades, mas dizia que se encontravam na União Soviética, Albânia, China, Cuba e até, veja lá você, na Coreia do Norte! Malta estranha esta, que atolados até ao pescoço em benesses e subsídios para tudo, não viam - talvez por causa do comprimento do cabelo - que não era preciso viajar, já se encontravam no paraíso…
O Raio disse: ”Quanto à geração de sessenta, a grande maioria seguiu o caminho de Durão Barroso..”
O que é que você quer dizer com isto?
Quer dizer que toda a gente que nasceu por volta de 1970 seguiu as passadas ideológicas de Durão Barroso? Será mesmo assim? Há estatísticas sobre o assunto?
O que eu sei é que o Durão Barroso quando era jovem era do MRPP e agora é um liberal de direita… Que mal há nisso? O contrário é que seria bem mais grave. Os holandeses dizem que quem em jovem não foi de esquerda não tem coração, mas quem em velho continua de esquerda não tem juízo…
Não percebo esta aversão dos portugueses a mudanças. Eu quando tinha 6 anos acreditava em Deus e no Pai Natal! Será que tenho que parar no tempo e acreditar nestas coisas toda a minha vida para ser aceite em casamento?
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