Lidador disse: ”….disse que a cortesia para com as mulheres é um gesto de
condescendência, um tratamento do superior para o inferior”
Precisamente. Digo, repito, assino e já vai
perceber porquê. A cortesia e o cavalheirismo é apenas uma sublimação do cacete
do troglodita.
Lidador disse: ”e
agora diz que afinal a cortesia é um tratamento do inferior para o superior
(foi exactamente o que disse a propósito da rainha da Holanda). CdR, tem de
admitir que se está a contradizer.”
HUMMMMMM!!!!!!!!!!
Esqueça a Rainha. A Monarquia é uma instituição e por isso não tem sexo. Ninguém vai a uma
audiência da Rainha para a engatar! Além disso, o protocolo não
exige, como você pensa, que o súbdito seja cortês, bem educado, refinado e
simpático. Apenas formal.
Lidador disse: ”É-se mais cortês com quem nos é superior. Por isso, qed, o meu
argumento sustem-se e o seu não".
Com todo o respeito que a família nos merece,
está a misturar a cortesia de uma relação entre SUBORDINADO E PATRÃO
(realmente, é-se mais cortês para quem nos é superior) com uma relação entre
HOMEM e MULHER, que era o título e o tema do seu post inicial: FAMÍLIA, SEXO E MARXISMO CULTURAL.
O problema é que para ligar estas realidades
tão diferentes, você precisa de dizer que ”…. as mulheres
são mais importantes para a espécie do que os homens." OK,
tudo bem, mas mais importantes biologicamente (conceito imutável). É evidente
que as mulheres nos últimos cinco mil anos não se alteraram, continuam a ser
biologicamente diferentes dos homens: podem ter filhos, com tudo o que isso
acarreta. Mas isso não significa que tenham automaticamente uma supremacia na
relação homem/mulher (conceito mutável), um fenómeno sujeito a evolução no tempo.
Do homem das cavernas ao cavalheiro do tempo dos nossos pais
O que separa o homem das cavernas, que dá uma
cachaporra na primeira fêmea que vê, arrastando-a seguidamente pelos cabelos
para a sua gruta, e o cavalheiro do século XVIII, não é a biologia, é uma
enorme evolução na relação
entre homens e mulheres (indiscutivelmente para melhor). Mesmo usando um exemplo menos acentuado que o
anterior e muito mais curto no tempo, é fácil de demonstar uma considerável
melhoria neste tipo de relações. Basta dar uma vista de olhos na nossa
literatura e ver a diferença existente entre os romances do século XIX e a
actual escritora Margarida Rebelo Pinto na abordagem desta temática. Isto para
usar um exemplo nacional que toda a gente conhece. O resultado disto tudo é um mundo bem mais
agradável (sobretudo) para as mulheres. Mas para os homens também, mas isto
fica para outra ocasião para não atrapalhar e tornar o texto demasiado longo.
A influência do islamismo cultural no pensamento da direita
portuguesa
Lidador disse: ”…
as mulheres são o tesouro mais precioso da espécie e é por isso, racionalizado ou não, que elas devem ter
precedência, em situações de perigo e não só."
Isto é grosso modo o argumento que os
islamitas usam para cobrir os seus tesouros mais preciosos da cabeça aos pés!
Lidador disse: ”Um
dos dogmas do missal politicamente correcto e hoje considerado
"moderno", é a ideia do sexo como algo de natural, que não deve ser
sujeito a ritualizações e constrangimentos culturais."
Sujeitar o sexo a ritualizações e
constrangimentos - o Islão neste caso não fala em ‘constrangimento’ mas em
‘submissão’ - culturais é meio caminho andado para crimes de honra, lapidações e
enforcamento de homossexuais!
Lidador disse: ”Esta ideia de "libertação sexual", nascida nos idos de 60, foi, e é, essencialmente uma boa táctica masculina, já que o sexo "fácil" é sobretudo agradável aos homens.”
Lidador disse: ”Esta ideia de "libertação sexual", nascida nos idos de 60, foi, e é, essencialmente uma boa táctica masculina, já que o sexo "fácil" é sobretudo agradável aos homens.”
Os anos 60 tiveram um papel positivo (libertador) na
abordagem à sexualidade, mas, como todos os movimentos pioneiros, foram
acompanhados de excessos inerentes a uma época de rotura. Mas não se deve
exagerar a importância dos anos 60, este período não passa de uma ligeira e
insignificante ondulação na longa evolução da relação entre homem e mulher - numa pequena
parte do mundo ocidental.
Qualquer tipo de sexo, em situação normal, de consentimento mútuo,
sempre foi mais agradável para as mulheres (o raio da biologia), mas agora, com
as fiáveis técnicas anticoncepcionais existentes, tornou-se ainda mais
agradável. Já para não falar de toda uma gama de acessórios que facilitam
bastante a vida sexual da mulher moderna…
Voltando à libertação sexual. Quando os
ocidentais objectam falta de emancipação ou uma sexualidade reprimida no Islão,
as intelectuais muçulmanas não costumam usar o argumento "sexo
fácil é sobretudo agradável aos homens”, (the man is never to blame), preferem afirmar, sem corar nem
pestanejar, que são precisamente as mulheres ocidentais as reprimidas
sexualmente: pela moda e o comércio que as explora...
O poder da mulher e o determinismo engatatório
Lidador disse: ”A
relação de conquista, quando um homem quer uma mulher, é sempre feita de gestos
de sensibilidade, de cortesia. Quem tem o "poder" é a mulher. É ela
que retém, normalmente, a decisão de dizer sim ou não.”
Sempre?
Porque razão não se pode simplesmente
perguntar a uma mulher ‘queres dar uma queca hoje?’, e ela, em pleno poder de
decisão sobre a sua sexualidade responde ‘eh pá, hoje não calha bem, tenho que
me deitar cedo porque vou dar aulas amanhã’. E porque razão não inverter os termos?
Passando a mulher a ser a parte conquistadora e usar os gestos que se adaptem à
sua linguagem ou carácter: - 'CdR, não queres passar por minha casa hoje, estou sozinha e
podíamos comer juntos?'
E neste caso o poder de decisão passa cá para
o rapaz: - 'eh pá, que desgraça, hoje já combinei com o Fernando Cabeça para ver
o Barcelona! Isabel, não pode ficar para outro dia?
1 comentário:
Agora não tenho tempo, mas amanhã responderei ponto por ponto.
Mas assim a voo de pássaro, não posso deixar de notar a enorme confusão que o CdR faz.
Só um exemplo: eu digo que a mulher é mais importante que o homem, no que à espécie diz respeito.
O CdR equipara-me justamente aos islamistas, que pensam exactamente o contrário. Um salto quântico de tirar o fòlego.
O CdR acha que a cortesia é a expressão moderna da moca e do arrastar pelos cabelos.
Eu acho que é precisamente o oposto. Uma coisa é ignorar que o outro é um individuo com vontade própria, e a outra, é colocar a enfase justamente considerar como mais importante, a vontade do outro.
Quanto à ritualização do sexo, como deve ter já reparado, o que acontece entre humanos civilizados é algo diferente do que acontece entre dois canídeos.
E como a experiência já lhe devia ter ensinado, com a abordagem que especificou (vamos lá à queca), o mais provável é que tenda a ganhar uma boa musculação na mão direita.
E é bem feito.
Pelo contrário, se for simpático, se seguir o ritual, se for cortês e sensível, é muito mais provável que durma com a cama quente.
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