Zita Seabra
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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7 comentários:
O som está tão mau que não se percebe o dito
Nã. Deve haver por aí algum entupimento.
A qualidade não é particularmente boa, mas eu oiço bastante bem. Diria, 3 em 5.
Li o livro e fiquei muito impressionado. Mas esta entrevista ela própria também impressiona.
Com a quantidade de exemplos como este, com a existência de regimes comunistas como Cuba e Coreia do Norte, é espantoso que ainda haja entre nós quem defenda o comunismo.
Eu, ao contrário do José Simões, não tenho problemas com o som. Mas tenho problemas com a dificuldade que tanto a entrevistadora, de quem eu aliás gosto muito, como a entrevistada, têm em OUVIR ATÉ AO FIM o que a outra tem para dizer.
A Zita Seabra nem sempre demonstrava a ‘paciência’ devida para ouvir a pergunta da Judite até ao fim, e começava logo a responder ainda a Judite só tinha esboçado um terço da pergunta!!! A Judite de Sousa idem, não tinha ‘a ‘pachorra’ necessária para deixar a Zita Seabra acabar a sua exposição.
E eu, com vontade de berrar - e agora minhas meninas, vamos combinar uma coisa, quando uma fala a outra baixa as orelhas - porque queria ouvir todos os detalhes interessantes que a Zita Seabra tinha para contar, e que a Judite passava por cima como um elefante num armário de porcelana... (como por exemplo a anedota da vaquinha para comprar um armário para um militante comunista)
Havia momentos em que, na minha opinião, a coisa se tornava aflitiva, sobretudo tratando-se de uma temática que me interessa particularmente abordada por DUAS mulheres inteligentes, mas a falarem ao mesmo tempo... Duas. Ao mesmo tempo. Tivessem falado UMA de cada vez e o gozo teria sido maior. Mais claro e mais extenso.
CdR:
“E eu, com vontade de berrar - e agora minhas meninas, vamos combinar uma coisa, quando uma fala a outra baixa as orelhas - porque queria ouvir todos os detalhes interessantes que a Zita Seabra tinha para contar, e que a Judite passava por cima como um elefante num armário de porcelana... (como por exemplo a anedota da vaquinha para comprar um armário para um militante comunista)”
Vou deixar os tiques (se lhe não soar a berraria aos ouvidos) globais de “jornalismo” para depois. Quero apenas referir que, por Portugal, a “informação” tem que ser dada de forma correcta. É desagradável, insultuoso, deixar que alguém descreva a cena da ‘vaquinha para armário” explicitamente, até ao fim, É uma tontice beata que tem a ver com os credos. Mas já sei que o CdR não gosta que se fale de beatices tontas, mesmo que a tonteira seja absoluta e a beatice total. Se a coisa fosse dita até ao fim, a pessoa em causa iria parar ao grupo de Alberto-o-João-Jardim. Percebo que haja que dar à coisa um ar educado, mesmo que se esteja, o caso, em falar de comportamentos de pendor facínora, porque é de totalitarismo assassino que se estava a falar.
Há uns tempos na Assembleia da República baniu-se o uso da palavra ‘autismo’. Já se baniu a palavra ‘mentir’ porque é ofensiva. Por aquelas bandas não se mente, apenas se falta à verdade. Os deputados nunca mentem, apenas se esquecem … sistematicamente.
Caro CdR, eu arroto de vez em quando e, veja só, até me peido. Sei que são coisas que afectam o aquecimento global, mais o segundo caso que o primeiro. Mas que os bois têm nomes, regra geral, e gosto de os referir pelos termos que da minha “vontade de berrar” nascem pelos tumultos da hermenêutica, também é verdade. Enfim, fraquezas. Mas que não tenciono pautar o meu verbo às batutas do politicamente correcto, é verdade. Já no mundo real me é difícil conter, quanto mais no virtual.
Há-de ter a bondade (estou a falar bem?) de verificar que normalmente (mesmo a normalidade implica excepções) ainda me contenho quando os comentadores se identificam com, aparentemente nomes próprios.
Voltando ao caso dos que têm nomes reais, em caso de conflito tenho ainda outra norma. Aos mais próximos falo discretamente, no quintal. Aos amigos, talvez ao café, nunca na praça pública. Aos os passantes, se arrotarem em público, sou muito capaz de me peidar.
@ Range: «É desagradável, insultuoso, deixar que alguém descreva a cena da ‘vaquinha para armário” explicitamente, até ao fim, É uma tontice beata que tem a ver com os credos. Mas já sei que o CdR não gosta que se fale de beatices tontas, mesmo que a tonteira seja absoluta e a beatice total.»
Não acredito que haja aqui razões ideológicas. Creio que pura e simplesmente a Judite de Sousa não percebeu a importância humana da história da vaquinha. Ela, como figura pública e jornalista conceituada (também) quer marcar pontos, e de repente deve ter achado esta história chata e monótona, erro imperdoável... Ela queria era ouvir outras coisas mais substanciais, escândalos políticos, sexo, eu sei lá! Acerca das beatices, creio que já disse o que tinha a dizer.
@ Range: «Há-de ter a bondade de verificar que normalmente ainda me contenho quando os comentadores se identificam com, aparentemente nomes próprios.»
Você faça como entender mas eu não vejo grande interesse em discutir apenas com pessoas com quem estou 100% de acordo. Por isso evito espantar demasiadamente a caça, e tento perceber – um exercício deveras interessante – porque razão pensam diferente de mim. Só isto.
CdR:
"porque razão pensam diferente de mim."
Credos não é suposto serem pensados.
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