As araras do costume reclamavam da incompetência dos militares hondurenhos por terem expulso Zelaya porque, segundo elas, o que teria feto sentido seria terem-no remetido ao calabouço. Não haveria enquadramento legal para a expulsão.
Em boa verdade reclamavam até que o golpe era inconstitucional querendo convencer que ignoravam que o real golpista tinha sido o próprio Zelaya.
Reclamavam que o golpe era ilegal, reclamavam que a expulsão também o era e reclamavam ainda que os militares deveriam ter deixado aterrar o avião em que Zelaya tinha tentado voltar às Honduras aparentemente certos que ele queria mesmo voltar.
Zelaya voltou às Honduras, a butes, pela fronteira terrestre, ficou lá algum tempo sem se afastar da fronteira com a Nicarágua, balbuciou umas tantas palermices em tom chavista e, evitando que o detivessem, voltou para a Nicarágua.
Podia ter levado um avião de brincar para poder dizer que tinha conseguido ludibriar os militares aterrando nas barbas deles.
Claro que Hillary veio logo dizer que ele deveria ter ficado quieto.
Entretanto, tal como O Lidador tinha previsto, lá estavam uns quantos “voluntários” para, junto a câmaras de TV estrategicamente colocadas, “demonstrarem” o comportamento bushista dos militares. Só foi pena que os militares não se tenham dado ao trabalho de colaborar.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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3 comentários:
Este pistoleiro Zelaya é um cómico. As Honduras não são presa fácil. O Povo é pacífico mas armado. Zelaya ia buscar mais milhões que roubou do banco central. Se Zelaya não regressar às Honduras Chavez far-lhe-á os mesmo que os cubanos fizeram a Allende: "Hasta siempre, camarada".
Uribe deu forte e feio nas FARC. Ontem o anel de segurança do cabecilha cocalero foi severamente abençoado pela Aviação.
"Só foi pena que os militares não se tenham dado ao trabalho de colaborar"
O que não parece ter impedido a estratégia. Hoje há notícias e fotos de um apoiante de Zelaya que apareceu morto.
Segundo "testemunhas", terá sido preso pelos militares.
A técnica dos "mártires" é muito conhecida. E costuma dar resultado. Não estou a ser irónico, é algo que está "nos livros" sobre revoluções ( Marighella,Blanqui, etc) como táctica para tocar a reunir.
De facto o morto não foi o indivíduo preso pelos Militares. Este foi libertado passadas umas horas.
De facto deve ter sido um ajuste de contas entre os poucos partidários de Zelaya: o dinheiro falta e a coisa complica-se. As avionetas da droga que aterravam nas Honduras agora são bem menos e os proventos diminuíram.
Aliás o consulado de Zelaya incrementou de uma forma brutal a criminalidade e a pobreza.
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