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It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
“O dinheiro que os portugueses enviaram no primeiro semestre para os "off-shore" chegava e sobrava para pagar o novo aeroporto de Lisboa e a terceira travessia sobre o Tejo.Ai, não digas … mas não pode ser verdade … e, então, e a redistribuição? … mas, então, porque não investiram eles em renováveis em vez de porem a graveto ao fresco? … mas porque põem eles o graveto ao fresco se a nossa simplex economia é tão competitiva? … e o magalhães (ámen), não conseguiu estancar a saída de capitais? … e o anúncio do 12º ano obrigatório também não? … nem as inaugurações de 1º pedra? … nem as de 2ª? … chiiiiii … pois é, ninguém percebeu as boas intenções do nosso socialismo … foi o que? …. falta de informação? … ahhh talvez … os malandros dos blogs …. pois … falta de paradigma? … ahhh estou a perceber … pois, é verdade, os venezuelanos têm Bolívar … mas, e então, nós não podemos invocar Cunhal? … não … pois … e Viriato? … pois é, não dá … e o Zé do Tenhado? … ah bom, ainda bem que já estão a trabalhar nessa possibilidade … um porta aviões brasileiro? … e tem aviões? … não tem. … mas o Chavez não empresta? ahhh, sim, só falta saberem onde estão as off-shores … pois … acabar com esses paraísos para que o nosso desponte … tá bem ... olha lá, e quando eu sair é preciso apagar a luz? … ahh, pois, nessa altura ela já terá faltado, tens razão … mas isso tava previsto?
Segundo o relatório de Agosto do Banco de Portugal, a verba aplicada em produtos sedeados em "off-shores" superou em Junho os seis mil milhões de euros, mais do que os cinco mil milhões orçamentados para estas duas obras.”
“Nos países que prezam a sua históricas […] as bandeiras históricas são todas consideradas como tendo a mesma dignidade e são colocadas, muitas vezes, em conjunto […]”Entrevista completa, suspeito que mal transcrita, aqui.
“ […] estamos a dar uma importância excessiva a pequenas minorias muito militantes […]”
“Não há o ensino do raciocínio lógico.”
“Nós estamos a endividar os nossos netos, que vão ter de pagar os desperdícios e disparates que estamos a fazer hoje.”
“Os deputados fizeram uma legislação que torna muito difícil a aplicação da justiça, por causa dos procedimentos, recursos e picuinhices que empatam a justiça e dificultam o seu exercício. E depois não funciona para ninguém. Nem nos grandes casos nem nos pequenos.”
John Brennan é o assessor especial de Barack Obama para as questões relativas ao terrorismo.
Na sua longa carreira ligada às informações (NSA, CIA, etc) salienta-se um curso frequentado na Universidade Americana do Cairo, indicação importante, face ao que se segue.
John Brennan é a eminência parda responsável pelas linhas gerais que irão enformar a política americana nos próximos tempos, relativamente à segurança interna. O documento foi dado à estampa em 6 de Agosto, tem por título "A New Approach for Safeguading Americans", e foi apresentado num longo discurso que Brennan fez no Centro para os Estudos Estratégicos e Internacionais.
Algo que salta logo à vista quando se lê o discurso, é a constante e embevecida referência ao Escolhido, que remete para um perturbador culto da personalidade.
Mas ainda mais perturbador é o conteúdo.
Da actual administração americana já sabemos que renomeou a luta contra o terrorismo islâmico para "Contigency Operations Abroad", e que um atentado terrorista passa agora a chamar-se "man made disaster".
Neste discurso, Brennan aplica aquilo que terá aprendido no Cairo e toca a música que o Escolhido gosta de ouvir.
O suco da barbatana, o conceito estratégico contido no documento é redutível a 3 palavras:
-Apaziguar os islamistas!
"Condenamos as tácticas ilegítimas usadas pelos terroristas, mas temos de compreender e tentar solucionar as legítimas necessidades e razões das pessoas que os terroristas dizem representar"
Infelizmente Brennan fica-se pelo slogan e não explica quais são as "legítimas razões" que a Al-Qaeda reclama. Na verdade, nem Brennan nem nenhum dos Chamberlains que por esse mundo fora declamam o mesmo versículo.
O facto de os "extremistas violentos" estarem, nas suas próprias palavras a levar a cabo uma "jihad", sustentando-a nas prescrições do Corão, é irrelevante para Brennan que acha que chamar as coisas pelo nome " reforça a ideia de que os EUA estão em guerra com o Islão".
Quais?
"Liderar esforços para reforçar o regime de não-proliferação, lançar esforços para garantir a segurança dos materiais nucleares e promover uma cimeira global sobre o nuclear"
Os terroristas gemem de medo perante tão pavorosas medidas, Amadinejad nem sai da toca e o Querido Líder treme que nem varas verdes.
Nem se está a ver muito bem como é que esta gente tão assustada pela magnitude das medidas, se atreverá a ir à "cimeira global".
Sintetizando, a pobreza não causa o terrorismo, mas pode causar o terrorismo. A distinção é de tal modo capciosa que só Brennan e o Escolhido devem encontrar alguma lógica num raciocínio completamente deserdado dela.
O facto de quem está na base do terrorismo islâmico não ser gente pobre e sem educação, pouco importa na salganhada ideológica que sustenta doravante a política de segurança dos EUA.
Os terroristas podem ser milionários, engenheiros, médicos, doutores, como de facto são, podem ter à disposição quantidades astronómicas de petrodólares, como de facto têm, que isso pouco importa a quem tem um versículo ideológico a declamar.
E aquela ideia de que são os governos que devem prover os bens, diz muito do que vai na cabeça dos responsáveis desta administração e faz juz ao cartaz do joker que um teenager fez.
Oxalá me engane, mas por este andar, Dhimmy Carter ainda vai parecer um falcão aos olhos dos americanos.
No Irão o poder pende cada vez mais para o lado dos Guardas Revolucionários, em detrimento dos clérigos que, na arquitectura política iraniana, detém formalmente o poder absoluto.
Mas em matéria de facto, a relação entre Ahmadinejad e Khamenei pode comparar-se à que existe na Rússia entre Putin e Medvedev, ou seja, o detentor do poder formal, não coincide com o detentor do poder factual.
A situação iraniana é paradoxal, porque a hierarquia dos Guardas da Revolução é, em questões de ortodoxia, muito mais radical que a maioria dos aiatolas.
Khamenei, um Líder Supremo a quem outros clérigos não reconhecem suficiente estatura intelectual, está hoje refém dos Guardas Revolucionários e da sua hierarquia extremista.
Nas semanas que se seguiram às eleições os campos clarificaram-se, as personalidades foram identificadas e os Guardas da Revolução completaram com êxito uma campanha repressiva que consolidou o seu poder.
A nível externo é também claro que a hierarquia dos Pasdaran respira confiança face à debilidade que, em matéria de política internacional, diagnosticaram
Segundo as fontes, o plano para um ensaio nuclear já foi apresentado a Khamenei e os ingleses não têm dúvidas que assim que o Guia Supremo der a ordem (e é praticamente certo que a dará, dada a actual relação de poder), a Central de Natanz poderá, em 6 meses, enriquecer o urânio necessário.
É este o tempo que falta para que se soltem os demónios.
A partir daqui os floreados retóricos, os discursos floribélicos de Obama e da União Europeia, as tímidas ameaças de sanções que ninguém cumpre, e a valsa da diplomacia, passarão automaticamente à categoria de jogos de salão.
Infelizmente não é uma opção tão fácil e limpa como a destruição das estruturas nucleares iraquiana e síria, que os israelitas a seu tempo levaram a cabo.
Os custos humanos e materiais serão certamente elevados.
Mas os custos de nada fazer poderão sê-lo infinitamente mais.
Israel está numa encruzilhada na qual os seus dirigentes se vêm obrigados a fazer uma opção política existencial, entre o mau e o péssimo.
A catástrofe, essa é apenas uma questão de tempo.
Israel, pelo contrário, não pode ignorar o avanço iraniano. A bomba nuclear iraniana tem um objectivo, explícita e inequivocamente reafirmado por todos os responsáveis iranianos, desde os mais “moderados” aos mais radicais: a destruição pura e simples do estado judeu!
(Gen Jaffari, Comandante dos Pasdaran, 13 de Agosto de 2005)
E basta uma bomba para isso.
( Rafsandjani (moderado), 14 de Dezembro de 2001)
Os europeus protestarão, como é da praxe, mas não podem deixar de reconhecer que Telaviv não é noutra galáxia e que qualquer capital europeia estará, se nada se fizer, tão vulnerável como Israel.
Pois mas o 31 da Armada não invadiu nem destruiu propriedade privada.Daniel Oliveira, contornando a palavra "destruiu" responde:
Chico da Tasca, merece a propriedade pública menor respeito que a privada?Enfim, Pavlov.
Não sei se reparou na notícia principal do último Expresso. O título (em letras grandes, naturalmente) é «Marques Mendes abre guerra a Manuela». Vai-se ver qual é a notícia em questão e, ainda na capa, vem que Marques Mendes «lastima *falta de «liderança forte»*» (o que represento aqui entre asteriscos está a negrito no original). Aqui há algo que é de molde a levantar suspeitas: porque é que só «liderança forte» está entre aspas? Além disso, de que é que está a falar Marques Mendes? Se se for ver o artigo em questão, na página 6, este tem por título «Listas de Manuela incendeiam PSD», pelo que é natural que se pense que o ex-líder está a falar das listas para deputados. Mas não! Se se for ver a notícia, constata-se que o que ele disse foi «Nestas matérias de fractura, haver uma liderança forte é muito importante.» só que ele estava a falar da lei de inibição de candidaturas de cidadãos com processos judiciais. E assim se cria a impressão de que Marques Mendes estava a criticar as listas para deputados.
(José Carlos Santos)