Nos anos Bush qualquer episódio menos próprio que envolvesse soldados americanos era culpa do Presidente. Abu Ghraib foi o exemplo mais explorado pelos media (europeus e americanos, aqui não há diferença), apesar dos responsáveis terem sido punidos. Mas nessa época, a responsabilidade terminava sempre em George W. Bush, qual diabo na terra. Com Obama tudo mudou. Infelizmente, continuaram a aparecer em público condutas menos próprias de soldados americanos no Afeganistão (exemplo das fotos divulgadas esta semana pelo LA Times), mas o critério já não é o mesmo. Agora a responsabilidade é apenas dos malvados soldados, mas nunca do Presidente. Este passa incólume, como se fosse nada com ele. Eu até penso que Obama não tem culpa pelos abusos cometidos, tal como W. Bush também não. Mas a duplicidade de critérios é inacreditável. Será que os media não coram de
PS: Claro que ajuda à festa que a esquerda europeia, que anteriormente estava sempre escandalizada com tudo o que os Estados Unidos faziam, agora estar caladinha: seja por Guantanamo, aumento do esforço de guerra no Afeganistão, assassinatos de terroristas ou por estas situações menos próprias. Se Mitt Romney for eleito em Novembro, voltaremos a ouvir falar esta gente.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sábado, 21 de abril de 2012
A vergonhosa parcialidade
No Cachimbo de Magritte:
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2 comentários:
"dá porrada nos talibões"
Nop...por acaso é exactamente ao contrário.
Deu aos talibans o calendário de retirada e vai deixar-lhes aquilo de mão beijada.
Basicamente uma espécie de Vietname 2.
Incapaz de combater uma guerra como ele deve ser combatida (relembre-se os meses que levou para aprovar o "surge" e a demissão do Gen McCrysthal), vai retirar sob pressão.
Uma derrota que vai deixar as marcas que o Vietname deixou, por longos anos. Uma machadada na percepção dos EUA como potência militar.
Se o Obama fosse um cínico maquiavélico, como o CdR pretende dar a entender, eu estava aqui a bater-lhe palmas.
Mas não é mada disso. O homem é um zelota ideológico. Um produto da formatação "liberal", no sentido americano. Um inimigo ideológico dos chamados valores ocidentais.
Há dias, uma fonte da Casa Branca, deixou transpirar para os jornais a informação de que Israel estava a planear usar o Azerbeijao como testa de ponte para o ataque ao Irão.
A ideia, como notaram alguns comentadores militares, foi justamente expor o plano israelita e torpedeá-lo.
Com amigos destes, que estão mais preocupados em ajudar os inimigos do que os amigos, quem precisa de inimigos?
O homem é perigoso, CdR. Infelizmente vai ganhar, porque infelizmente é um bom flautista de Hamelin, consegue encantar muita gente.
O seu 2º mandato vai mostrá-lo em todo o seu esplendor.
Como aliás sussurrou ao Medvedev, quando pensou que ninguém o ouvia.
CdR, no Afeganistão, as tropas combatem como podem. São profissionais, e bons.
O problema é que os objectivos são derrotistas. Não estão lá para ganhar, mas para aguentar mais um ano e picos.
Quanto ao Bush, cometeu o mesmo erro. O de não fazer a guerra como ela deve ser feita (basicamente usar a força necessária, sem se enredar em tabus politicamente correctos)
Quanto ao Obama, vai ganhar, obviamente. Porque as candidaturas republicanas não logram o mesmo élan, falta-lhes o incenso meditático, que está todo no altar obâmico (tirando a Fox e pouco mais), e porque Obama é bom actor.
O que não invalida que veja o mundo segundo um filtro ideológico aberrante.
O "meu candidato". Era o Newt Gingritch.
Um femeeiro, um gajo intelectualmente brilhante, amante da boa vida e capaz de dizer aquilo que pensa sem teleponto e sem catecismos.
Mas claro, foi facilmente trucidado pela imprensa "progressista", ou seja, as televisões que o CdR considera aceitáveis.
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