A nossa Educação Pública vive há décadas sobre uma mentira: a ideia romântica e inquestionável de que todas as crianças e adolescentes são capazes de chegarem até onde elas ou os pais delas quiserem.
Toda a gente finge que acredita neste axioma. Na verdade, ninguém acredita nele mas todos fingem que este axioma é uma verdade inquestionável.
Quem ousa manifestar dúvidas, apontando exemplos de crianças e adolescentes que, por mais que os professores se esforcem, não conseguem chegar onde os pais querem que elas cheguem, é estigmatizado de diversas maneiras. A mais comum é levar com a etiqueta de conservador.
Chegámos a uma situação em que é de mau tom afirmar aquilo que todos conhecem: há crianças muito inteligentes, outras que o são medianamente e outras ainda que são muito lentas a aprender. E há crianças que se esforçam muito, outras que se esforçam pouco. E há algumas que adoram aprender e outras que se cansam facilmente.
E, por fim, há crianças que adoram a escola e outras que a detestam.
A falácia da escolaridade obrigatória e de uma via única para todos é aceite de forma inquestionável. O resultado está à vista: os gastos com a Educação não cessam de subir e os resultados não passam da mediocridade.
Todos nós sabemos isso mas fingimos que não é verdade. E vamos repetindo até à exaustão o contrário.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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domingo, 15 de abril de 2012
A mentira da educação
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1 comentário:
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