Teste

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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

2+3x5=25

A “educação” anda pelas ruas da amargura, em particular no que respeita a Português e Matemática, matérias a partir das quais tudo o resto depende (dependendo a Matemática, em larga medida, do Português).

No tempo da Maria Cachucha faziam-se contas à mão e consultavam-se tabelas. Muitas tabelas.

Na época pré-PREC, usava-se também a régua de cálculo. A coisa funcionava.

Apareceram as calculadoras e as luminárias da “educação” resolveram que era coisa a usar, inicialmente na adolescência, posteriormente na primária.

Há uns anos resolveu-se implementar a geração copy-paste e recentemente a geração Magalhães.

Daqui por uns anos perceber-se-á a hecatombe da geração Magalhães. Entretanto, nas faculdades, campeia a incompetência em informática e em cálculo. O uso do computador, para além dos jogos, chats e outro lixo, resume-se ao semeio de uns quantos caracteres num ficheiro Word e à arranhadela de uma ou outra função em Excel, basicamente o uso do ícone de somatório. Quanto a calculadoras, para além das quatro operações básicas, já ninguém sabe o que fazer com elas. Alguns usam o telefone como calculadora sem se aperceberem que não são exactamente calculadoras mas máquinas de fazer contas nas quais 2+3x5=25.

José Sócrates o «despovoador», reloaded


Todos os anos a mesma treta. Sócrates não descansa enquanto não acabar com as aldeias e com qualquer proximidade entre pimpolhos e papás, coisa retrógrada e pré-moderna.

Coisas do socialismo.

A coisa vai a bom ritmo. As medidas do ano passado deram excelentes resultados, de tal forma que há agora mais uma cabazada para fechar. Quando não houver mais nenhuma a "reforma" estará completa e o sucesso será total.

... and the best science blog ...

... is:

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Portugal-puta

A "Europa" tem sido vendida como a que trará o paraíso à Terra. Iria ser a potência emergente que pela força da razão e até pela das armas imporia um comportamento de decência aos Estados Unidos, "besta hegemónica que tudo impunha a todo o mundo", a "besta dos interesses económicos".

Parece que o negócio, o grande negócio, a oportunidade do momento é o tráfico de influências. Portugal aplica um bloqueio à europa rica em troca de graveto, o vil metal, a ferramenta final da hegemonia.

Portugal está mesmo a pedir que a "Europa" o ponha na rua. Na rua, no acampamento dos seus amigalhaços: o clube das ditaduras. Salazar dava uma no cravo outra na ferradura. E Sócrates?

Em tempos Portugal pediu à China para anexar Macau. Irá agora pedir à China para anexar o que resta de Portugal? Nesse caso, virá a Madeira a ser a nova Formosa?

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Portugal: em vias de inviabilidade


A 5 anos


A 10 anos

Este Carlos Vidal ... (II)

... é o máximo:
Só duas linhas dirigidas aos biltres e energúmenos animalizados que querem comparar Kadhafi a Hugo Chavez, apenas porque corre agora o boato de que Kadhafi foi para a Venezuela:

Pelo título fica a dúvida: deverá a comparação manter-se apesar do boato?

Actualização:

Nota: este artigo, originalmente publicado aqui, é bem complementado com esta nota de JG. Os fascistas tentam sempre inocentar os fascistas que ainda têm hipóteses de reinar.

Sarpraaaaaaise!!!


Quem haveria de o dizer...?!

Por terras do mostrengo

Parece muito difícil perceber o que querem a generalidade dos revoltosos dos países islâmicos. É exactamente por haver dificuldade em perceber o que se pretende em cada uma daquelas paragens que a palavra revoltosos parece mais adequada. Por um lado porque a revolta parece tudo menos homogénea, por outro, porque não há homogeneidade entre países e regimes.

Naqueles países não há liberdade de imprensa, não há liberdade religiosa, não há liberdade política, numa palavra, não há liberdade e, em particular, não há liberdade para as mulheres.

Seria bom ver despontar alguma espécie de liberdade nesses países. Poder-se-ia até chamar liberdade relativa porque, a existente, de relativo tem muito pouco.

Naturalmente que a realidade em cada um desses países é diferente mas, em comum, mantêm uma distância abissal à liberdade e à democracia, pese embora uns quantos cretinos normalmente amantes “das mais amplas liberdades” nos queiram convencer do contrário. Pode dizer-se que são sociedades que vivem na idade das trevas. Têm computadores, carros, televisores e telemóveis mas vivem na idade das trevas.

Por idade das trevas (sentido lato) entende-se, por exemplo, a fraquíssima produção própria, para além da petrolífera.

Trata-se de sociedades em que a organização raia o tribalismo, geralmente por via da religião, de facções de religião ou de família.

São países ainda em que a propaganda campeia, também normalmente de teor fortemente religioso.

Nalguns deles o poder político emana directa e inequivocamente do Corão, noutros em que tal é mais difuso, Maomé anda por ali como zombie a quem não convém pisar os calos.

Esta zona do globo caracteriza-se por viver, grosso modo, dos proventos do petróleo. Não da exploração, apenas dos proventos. As verbas dele resultantes são canalizadas para as tribos, as famílias, o clero.

Voltando aos revoltosos, ouve-se de tudo e entre tudo o que se ouve ouve-se reclamar por democracia e liberdade percebendo-se, com razoável clareza, que as palavras são usadas com o significado de mais dinheiro. Para tornar as coisas ainda mais complicadas, não se percebe ainda a real magnitude de cada revolta.

Quer-se riqueza mas não se reclama por capitalismo ou por liberalismo, únicas ferramentas homo sapiens capazes de criar riqueza. Quer-se riqueza vendendo recursos naturais necessariamente a quem a cria sem eles.

O panorama revela muita incerteza. Se alguns ganhos no sentido da democracia, mesmo que pífios, podem ser conseguidos, também alguns pífios traços de democracia podem ser queimados pelo islão totalitário, o pai de todos os mostrengos. Entre estas balizas, intermináveis guerras podem acontecer, civis, regionais, étnicas, religiosas, etc. e países inteiros podem ficar ainda mais em cacos arrastando consigo os revoltosos de hoje, vítimas, amanhã, da sua incipiente revolta.

Quanto mais estado mais dinheiro torrado

Por indicação de JM:
O presidente da Câmara de Mirandela alertou hoje os munícipes para passarem a ter “muita cautela” com os prazos de pagamento da fatura da água, pois um dia de atraso pode custar-lhes o triplo do valor em dívida.

O alerta de José Silvano dirige-se aos cerca de 25 mil consumidores do município, mas a situação não se restringe a Mirandela e é extensível ao país por imposição do Orçamento Geral do Estado (OE) para 2011. Por ser feita por entidades públicas, a cobrança da água tem as mesmas regras das execuções fiscais das Finanças, ditadas pelo Código de Procedimento e Processo Tributário.
Se houvesse concorrência eu queria saber se era assim e se os preços os que são.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Luis de Torres

Parece ter sido um judeu ibérico cujo nome foi dado a uma rocha marciana.

Cá está, indubitavelmente, mais uma prova. Há sionistas metidos nisto.

E assim se dá o primeiro passo...


... para que os predestinados venham a ter o mundo como herança - ou A bancada das malucas.

"O novo fardo do homem, e cristão"

Funeral de cristãos mortos em atentado no Iraque


É o título do artigo de opinião de José Manuel Fernandes, que pode ler-se no jornal PÚBLICO de 31-12-2010 e que passo a transcrever integralmente (sublinhados meus):

É um sinal dos tempos a indiferença perante o regresso das perseguições religiosas um pouco por todo o mundo

Bernard-Henri Levy defendeu esta semana, no El País, que "os cristãos formam hoje, à escala planetária, a comunidade perseguida de forma mais violenta e na maior impunidade". Mais: "enquanto o anti-semitismo é considerado um crime e os preconceitos anti-árabes ou anticiganos são estigmatizados, a violenta fobia anticristã que percorre o mundo não parece ter qualquer resposta".

Curiosas palavras vindas de um não-cristão, interessantes considerações proferidas por quem, em tempos, ajudou a fundar o SOS-Racismo. E singularmente coincidentes com as de Bento XVI, que, na sua mensagem a propósito do próximo Dia Mundial da Paz, também notou que "os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé".

São raras as notícias sobre estas perseguições, mas isso não significa que elas não existam - apenas que não lhes é dada a importância que merecem. Parece mesmo existir uma espécie de sentimento de culpa que leva a que, ao mesmo tempo que se destacam os ataques aos crentes de outras religiões, se subvalorizam aqueles de que são vítimas os cristãos - católicos, ortodoxos, evangélicos, baptistas e por aí adiante.

Vejamos alguns exemplos recentes. Na Nigéria, o Natal foi marcado por uma série de atentados, de que resultaram 86 mortos, todos reivindicados por uma organização islamista. Em Hanói, as autoridades proibiram uma celebração protestante e a polícia carregou sobre os crentes que rezavam na rua. No Azerbaijão, foi aprovada legislação que aumenta as multas aplicáveis a todos os grupos que tenham actividade religiosa sem antes se terem registado oficialmente. No Paquistão, uma mulher cristã, Asia Bibi, foi condenada à morte por blasfémia. No Irão, foram muitos os cristãos que passaram o Natal na cadeia, alguns deles acusados de apostasia (terem trocado a fé muçulmana por outra). Pouco antes do Natal, um grupo de cristãos coptas foi morto no Egipto perto da sua igreja. Nas Filipinas, uma bomba feriu 11 pessoas durante uma missa no dia de Natal. Na cidade chinesa de Chendgu, a polícia invadiu uma igreja na véspera de Natal e levou presos 17 crentes, incluindo uma mulher grávida. Na Índia, ocorreram ataques contra comunidades cristãs conduzidos por fundamentalistas hindus. E, no Iraque, onde a intensidade do ataque às comunidades cristãs tem levado a um êxodo em massa, várias cerimónias natalícias foram canceladas após terem sido recebidas ameaças de grupos ligados à Al-Qaeda.

Bernard-Henry Levy acrescenta a estes muitos outros exemplos, incluindo a prisão de uma jovem internauta na Palestina de Mahmud Abbas, a tentativa de assassinato do arcebispo de Kartum, Gabriel Zubeir Wako, a perseguição aos cristãos evangélicos da Eritreia, ou a morte a tiro do padre Christian Bakulene na República Democrática do Congo. O terrível destino da comunidade de monges franceses que vivia num mosteiro católico na Argélia e foi assassinada por um grupo de fundamentalistas islâmicos, e que Xavier Beauvois nos conta no belíssimo filme Dos Homens e dos Deuses (ainda em exibição), está longe de ser um exemplo isolado de violência sectária.

Não faltará quem, como alerta o filósofo francês, esteja pronto a fechar os olhos perante estes crimes lembrando o antigo estatuto de religião dominante do Cristianismo. É um disparate imenso, sob todos os pontos de vista. Primeiro, porque todas as vidas humanas têm o mesmo valor, e nada nos permite diminuir a integralidade de qualquer ser humano, seja ele hindu, muçulmano, ateu ou cristão. Depois, porque se é verdade que os cristãos, como tantos outros, promoveram "guerras santas", não se pode ignorar que a emergência dos valores modernos da liberdade, da igualdade e da dignidade humana medrou em sociedades cristãs, nelas tendo ganho corpo e foros de cidadania muito antes de tal ocorrer noutras civilizações. É bom recordar, por exemplo, que na primeira república democrática moderna, os Estados Unidos, a liberdade religiosa antecedeu a liberdade política e, como justamente notou Tocqueville, a forte presença da religião na sociedade não impediu a criação de um Estado forte e separado das igrejas.

Bento XVI, que dedica precisamente a sua mensagem de 1 de Janeiro de 2011 à liberdade religiosa, nota que esta se radica "na própria dignidade da pessoa humana" e está "na origem da liberdade moral", pois se estabelece que "cada homem e cada grupo social estão moralmente obrigados, no exercício dos próprios direitos, a ter em conta os direitos alheios e os seus próprios deveres para com os outros e o bem comum", como proclamou o Concílio Vaticano II. Invocando a Declaração Universal dos Direitos do Homem, o Papa defende que excluir a religião da vida pública torna mais difícil "orientar as sociedades para princípios éticos universais" ou "estabelecer ordenamentos nacionais e internacionais nos quais os direitos e as liberdades fundamentais possam ser plenamente reconhecidos e realizados".

Na mira do chefe da Igreja Católica está um laicismo radical que se traduz na "hostilidade contra a religião" e numa limitação ao "papel público dos crentes na vida civil e política". É neste quadro que Bento XVI não se limita a desejar que terminem as perseguições sectárias aos cristãos na Ásia, em África ou no Médio Oriente, mas também faz votos para que "cessem no Ocidente, especialmente na Europa, a hostilidade e os preconceitos contra os cristãos pelo facto de estes pretenderem orientar a própria vida de modo coerente" com os seus valores.

Em causa não está a laicidade das instituições ou o direito de crítica, que no Ocidente é exercida com veemência sem que suscite apelos à censura por parte das igrejas cristãs (ao contrário do que sucede com os muçulmanos). Em causa está, isso sim, saber se é legítimo despedir uma enfermeira em Inglaterra porque esta insistiu em usar um crucifixo. Ou se, também em Inglaterra, é legítimo levantar um processo contra um psicólogo que distribuiu aos seus colegas de serviço um desdobrável sobre os efeitos negativos do aborto com base no argumento de que isso é "perturbador".

Entretanto, chega-nos de Espanha outro tipo de notícias perturbantes. Em Lérida, um imã radical criou uma milícia privada que anda pelas ruas a perseguir os muçulmanos que têm comportamentos não ortodoxos (na forma de vestir, por exemplo), perante a indiferença das autoridades. Enquanto isso, na província de Cádiz, um jovem muçulmano fez queixa na polícia do seu professor de Geografia por este ter falado, nas aulas, das condições em que fabricava presunto (o Ministério Público espanhol teve, neste caso, o bom senso de arquivar a queixa).

O contraste entre estas situações faz-nos regressar à ideia de que tendemos a olhar para a violência anticristã com critérios mais condescendentes ou mesmo com um espírito compreensivo. É como se entendêssemos que todos os cristãos devem carregar um novo "fardo do homem branco", sendo obrigados a penar, pelos cinco continentes, os pecados da colonização e, por isso, sendo sempre culpados de todos os males, mesmo quando estão inocentes...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Afinal ...

Os passageiros dos aviões que não eram passageiros dos aviões porque não eram aviões de passageiros mas aviões tanque, mas, passageiros ou não, ainda não encontrados vivos desde essa altura, foram encontrados em Marte. Afinal eram aviões tanque, os submarinos que embateram nas torres gémeas.


"OS" belgas em cuecas....

Manneke pis (puto mijão) símbolo de Bruxelas


Rio disse: Quem refere "os" belgas a uma ínfima parte dos belgas. Neste caso a RTP, está a mentir.

Não partilho esta opinião. Acho que neste caso a RTP não está a mentir muito! É verdade que apenas uma ínfima parte dos belgas se manifestou, despindo-se para acelerar a formação de um governo nacional, mas é preciso ter em conta que está aqui um frio desgraçado. Mas o que o Rio não sabe, é que já houve mais manifestações lúdicas deste tipo acerca do mesmo tema. Uma delas até bem engraçada: incitava as mulheres belgas a não darem a pachacha aos respectivos maridos ou amigos até haver um acordo entre os partidos!

Toda a gente sabe, as belgas também, que ninguém vai seguir à risca a palavra de ordem, mas o importante não é isso, o importante é o impacto da mensagem na imprensa. E o impacto foi tão grande que até atravessou a fronteira e as iniciadoras foram convidadas ao programa diário de entrevistas mais visto na Holanda. Mais discussão sobre o assunto…

E como estamos em maré de revoltas, aproveito para dizer que pessoalmente acho que em Portugal já é tempo de optarmos também por formas mais modernas de protestar, que são bem mais eficazes do que ouvir, por muita razão que tenham, pela milésima vez as reclamações dos economistas convidados do Plano Inclinado - e eu, graças ao Rio não perco um vídeo - ou os discursos do Rebelo de Sousa! Ou então, porque não, fazer as duas coisas… (ver aqui outro exemplo de protesto moderno com enorme sucesso)

Até sugeri como exemplo, e o clima em Portugal até é mais propício, uma manifestação de gente toda nua à porta da casa da Fátima Felgueiras, até ela devolver a guita que andou a gamar. Os mais piludos poderiam eventualmente até tatuar na pila a quantia exacta que a senhora roubou ao estado, o que proporcionaria close-ups invulgares mas interessantes no noticiário da RTP. Os mais radicais até poderiam mijar no jardim ou na caixa do correio! Imaginem só o impacto e a publicidade! Naturalmente com o respectivo vídeo no Fiel e no YouTube…

Voltando à questão inicial - que de maneira nenhuma é essencial. A razão mais evidente que a RTP não está a mentir, até está a dar uma ideia bastante exacta da situação, é que a grande maioria da população belga quer realmente que se forme um governo o mais depressa possível. Por isso o “os” não é totalmente descabido.

Mas o nosso camarada Rio, viu homens e mulheres nus e zás catrapus, não quis ver mais nada! Puritanamente, mas sobretudo precipitadamente, achou que não devia ser coisa boa: modernices, logo esquerdices, logo minoritários! Por isso postou este texto assaz injusto para com o bom povo belga:

Rio disse: Meia dúzia de bezerros e bezerras que se despiram na via pública em "revolução". A estupidez militante chegou ao extremo da coisa ser candidamente veiculada como "revolução” das batatas fritas.

Não se faz, sobretudo em relação a um povo que tem uma excelente cerveja e, a seguir a Portugal, as melhores batatas fritas do mundo. E se calhar aqueles e aquelas belgas até eram da corda, da nossa claro, mas como saber? Só apalpando…

O Ivan ...

O Ivan aplicado também aos regimes?

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Com papas e bolos ...

... se obamam os tolos.

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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O "carismático líder"


Há tempos veio às boas. Abandonou os ímpetos revolucionários, deixou de patrocinar o terrorismo contra o Ocidente e, assustado com o que aconteceu ao Iraque, renunciou aos programas de armas de destruição massiva que nos últimos anos estão para os ditadores como os camelos para os xeques árabes: quantos mais, maior o prestígio.

E neste processo de conversão, deu aos serviços de informações de alguns países ocidentais dados úteis e reveladores sobre as redes terroristas da extrema- esquerda que em tempos tinha financiado com os seus petrodólares.

Os líderes europeus fizeram fila para perdoar ao “carismático líder(palavras babadas do Engº (?) Sócrates) da “Jamahiria Socialista” os disparates e crimes em que foi pródigo anos a fio, em nome da “diplomacia económica” como o Engº (?) Sócrates chamou aos beijos e abraços com que brindou o seu camarada socialista, agora candidato a mártir, autorizado até a armar a barraca no Forte de São Julião.

Os ingleses foram ainda mais longe. O também socialista Tony Blair foi à tenda do camarada, prestar vassalagem, ofuscado pelos negócios em torno dos hidrocarbonetos que Alá meteu debaixo do rabo do “carismático líder”. No bolso levava um espantoso golpe de rins da justiça escocesa que permitiu libertar o terrorista que, a mando de Kadafi, tinha feito explodir um avião de PanAm, sobre Lockerbie, matando 259 pessoas.

De um modo geral, toda a Europa se abriu ao terrorista arrependido que, feliz de vida, viajou pelo velho continente, com as suas tendas, a sua roupa de bobo, a sua retórica amalucada e as suas amazonas vestidas de azul. Não que os dirigentes ocidentais o tivessem em muita consideração (excepto o Engº(?) Sócrates, que tem olho para o carisma dos líderes, basta ver a paixão com que tem andado aos apalpões a outros cromos do género, como o camarada Chavez, por exemplo. E o camarada Zapatero, já agora, também grande admirador do “carismático líder”), mas os negócios obrigam.

Num apogeu de irracionalidade, a Líbia foi eleita com quase 100% dos votos, para o Conselho dos Direitos Humanos da ONU. A favor votaram todos aqueles que hoje assobiam para o lado e as ONG de referência fizeram de conta que nada de anormal se tinha passado. E não tinha, de facto, já que este Conselho conta com países como Cuba, Irão, etc, e basicamente o seu trabalho é patrocinar votações e condenações a Israel.

O problema é que burro velho não aprende línguas e aí temos o “carismático líder” em todo o seu carisma: a bombardear civis com aviões de combate, a mandar sabotar instalações petrolíferas, a disparar as peças dos carros de combate contra tudo o que mexa.

Conta sobretudo com mercenários, já que a organização política assenta sobre a base tribal e já não pode confiar na lealdade dos seus soldados, mais afeitos à identidade tribal do que ao “carisma “ do líder.

O filho, há tempos pretexto para uma declaração de guerra à Suíça, educado na Europa e patrocinador da London School of Economics, mostra que herdou os genes do pai e numa mensagem televisiva, explicou claramente que eram eles ou o caos, ameaçando com rios de sangue e guerra até à última bala. Ora balas é o que não falta na Líbia, onde há mais armas por metro quadrado do que habitantes.

Sócrates, caro Engº(?), o que se lhe oferece dizer?

A besta ...


... soltou-se.
Come out of your homes, attack them in their dens. Withdraw your children from the streets. They are drugging your children, they are making your children drunk and sending them to hell,

Seta

No 4ª República:
A raiz macroeconómica das revoltas árabes

Défice de credibilidade ou excesso de loquacidade?

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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Raquel Freire ...

... representante(?), aparentemente, da "nova geração".



Alguém se surpreende que alguém que fale assim não arranje trabalho?

Actalização

Escreve Pacheco Pereira
O principal factor de agitação social desses sectores juvenis é a dificuldade de conseguirem um emprego fixo e garantido (aquilo que se chama “um emprego com direitos”), que acham adequados aos seus diplomas e, embora não o digam, própria do seu estatuto social. Mas a verdade é que muitos desses diplomas não tem qualquer valorização no mercado de trabalho, são pouco mais do que papéis pintados, enquanto outros efectivamente são valorizados e garantem emprego. Convém por isso não generalizar e distinguir. Por isso o papel não justifica a “cultura” e tê-lo significa muitas vezes “parvoíce”, para usar os termos da canção, porque com outro tipo de esforço se poderia obter outros resultados, com menos prosápia e menos revolta.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Este Carlos Vidal ...

... é o máximo:
Só duas linhas dirigidas aos biltres e energúmenos animalizados que querem comparar Kadhafi a Hugo Chavez, apenas porque corre agora o boato de que Kadhafi foi para a Venezuela:

Pelo título fica a dúvida: deverá a comparação manter-se apesar do boato?

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No Cachimbo ...

... o interface.

Só falta o chip.

Jornalismo, Praça Tahrir e geografia da vítima

Este artigo de Alberto Gonçalves, (que é, para mim, o melhor colunista português) suscita a questão da inquietante parcialidade com que a maioria da imprensa ocidental enquadra certos factos.

O tumulto na Rua Muçulmana é já um case study.

A maioria dos jornalistas ocidentais relatou os acontecimentos com simpatia e até, em alguns casos, com um entusiasmo e um fervor que estariam bem em actos de agit-prop, mas que estão a léguas da informação neutra e tão objectiva quanto possível a que os códigos deontológicos obrigam.

A violência exercida contra jornalistas é o exemplo perfeito deste bias.

Os ataques a jornalistas, quando levados a cabo por indivíduos afectos a certos grupos dos “maus”, são relatados com paixão, pormenor, indignação e abundante adjectivação. E são, sem excepção considerados como demonstrativos da maldade intrínseca desses grupos.

Mas tem também havido ataques igualmente brutais levados a cabo pelos “jovens” que, nas palavras entusiasmadas dos jornalistas, “lutam pela democracia e pela liberdade”, pese embora não ser possível resumir os acontecimentos a clichés tão simplistas. E o modo como estes ataques são relatados, quando o são, é completamente diferente. De um modo geral são escamotedos, relatados em poucas linhas, com omissão de pormenores importante, sem contextualização e, muito importante, evitando associá-los ao grupo de onde provêm.

O caso Lara Logan é paradigmático.

A jornalista ameriana da CBS, de origem judia, foi violada e brutalizada por dezenas de “jovens lutadores da democracia”. Ora isto não quadra nas narrativas épicas com que os manifestantes têm sido retratados, pelo que a CBS só deu conta do caso vários dias depois, omitindo as caras dos brutos e o facto de que gritavam “judia, judia, judia” enquanto se cevavam na jornalista. E o follow up tem sido tépido, de um modo geral passando a ideia de que se tratou apenas de um acto odioso de alguns indivíduos que, de modo nenhum, é representativo da sua cultura grupal, nem coloca em causa a narrativa de jovens idealistas e modernos, manifestando-se pacificamente pela democracia.

A que se deve isto?

Na minha opinião, tem a ver com (mais) um efeito perverso do multiculturalismo e de excrescências da luta de classes.

Segundo esta visão, prevalecente nos media ocidentais, o que importa não é o acto, mas sim a que grupos pertencem quem o comete e quem o sofre.

Se o acto é cometido por indivíduos dos grupos “opressores”, ou “dominantes”, (brancos, ricos, judeus, ocidentais, homens), ele revela o carácter perverso da sua cultura e dos seus valores e é exposto e reportado de imediato, sem tergisversações e meias palavras.

Se é cometido por indivíduos dos grupos vistos como “oprimidos”, “explorados”, “dominados”, enfim, pelo “underdog” ( negros, muçulmanos, pobres, minorias sexuais, etc), é relativizado, escamoteado, descontextualizado e, de modo algum pode ser utilizado como prova de que há algo de errado com a cultura e os valores desses grupos.

É a esta luz que se pode compreender o modo como a imprensa ocidental ignorou determinadamente a misogenia islâmica, e a violência, tão presentes e visíveis na Praça Tahrir.

Não é a verdade que lhe interessa, mas fazer parte da grande narrativa politicamente correcta.

Nesta narrativa, uma vítima só o é verdadeiramente quando pertence a um grupo “oprimido” e foi vitimizada por um indivíduo de um grupo “opressor”.

Se esta geografia não estiver presente, o caso merece menos atenção. É por isso que quando são os “oprimidos” a vitimizarem outros “oprimidos”, tudo se passa, em termos de cobertura noticiosa, muito mais discretamente e com explicações e justificações. Por exemplo, quando o Hamas matou centenas de palestinianos da AP, em Gaza, não houve grandes reportagens, indignações, ou caixas.

O Sudão é outro exemplo.

Quando elementos dos grupos “oprimidos” atacam elementos dos grupos “opressores”, a identidade grupal dos agressores é o mais possível diluída, como se pode ver na nossa própria televisão que reporta actos criminosos levados a cabo por certos gangues, como tendo sido cometidos por “jovens”, sem referir a sua etnicidade que é, muitas vezes, o factor relevante no acto. Chega-se ao ponto de não ser possível compreender o que se passa e as motivações envolvidas, como aconteceu há tempos num bairro de Lisboa, numa confrontação entre “grupos rivais” que só depois se percebeu, ao ver as imagens, ser entre negros e ciganos.

Mas se um skinhead atacar um indivíduo de um “grupo vítima”, não é de estranhar que haja notícia de 1ª página com títulos do tipo: “Crime racista-Skinhead ataca jovem negro”.

O mesmo bias se pode observar facilmente quando a imprensa relata os crimes do quotidiano. Um crime cometido por um indivíduo que é militar, por exemplo, merece títulos como “militar mata comerciante”. A ideia subjacente é, obviamente, a de que o crime tem algo a ver com a condição profissional do autor, uma vez que os militares são vistos como um grupo “opressor”. Se o criminoso é operário, a profissão já não parece relevante e o título será, por exemplo, “homem mata comerciante”.

Isto é assim mesmo e trata-se claramente daquilo que em inglês se designa por “bigotry”, um tratamento preconceituoso para com certos grupos. É socialmente aceitável mas é também revelador de uma espécie de novo racismo que recusa colocar todos os indivíduos sob o mesmo escrutínio moral, remetendo os juízos de valor para a identidade e a pertença grupal.

Neste caso das agressões a jornalistas, tanto Lara Logan como outros jornalistas, como Anderson Cooper, da CNN, foram vítimas, não pelo que são, não por pertencerem a este ou àquele grupo, mas pelos actos de que foram alvo. E quem os atacou são criminosos pelo que fizeram e não por pertencerem ou não a determinado grupo.

Na verdade, enquanto os jornalistas não se compenetrarem de que devem reportar sem tomar partido e sem se envolverem ideologicamente, teremos propaganda a mais e informação a menos.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Não era a Líbia que estava ao leme ...

... de uma comissão qualquer de direitos humanos da ONU? A tal ONU da tal Assembleia Geral que tem passado a vida a condenar Israel?

Parece-me que ainda acabamos por ter que aturar o amigalhaço de Sócrates acampado no recinto de uma das nossas fortalezas. As más línguas dizem que o forte de S. Julião da Barra servirá na perfeição.

Entretanto, a esquerdalha anti-semita que andava num frenesim está em recolhimento. Estará provavelmente acompanhada por Sua Eminâneia o Cardeal D. Fransico Louca*.

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De acordo com a nova ortografia.

Tudo, mas tudo ...

... gente de pás.

At sea (2009)

No Espectador Interessado ...

..., staring "um bispo de esquerda", Portugal visto pela BBC.

Arqueologia


Receptor Hammarlund SP-600

RARET
(recordo Álvaro Cunhal, que espumava de cada vez que se falava da Raret).

Na Glória do Mundo
e
A Minha Rádio.
Na Minha Rádio, Mário Portugal Bettencourt Faria:
Era um povo [de Glória do Ribatejo] rodeado de crenças estranhas como o de festejarem o Natal, no dia 26 de Dezembro, e como estavam muito isolados, eram todos primos uns dos outros, porque não sabiam dos perigos dos casamentos entre primos, o que desde há muitos anos, fez gerar pessoas com muitos defeitos físicos e psicológicos.

Mais tarde, alguns partidos políticos aproveitaram estes factos, para investir contra a presença naquela zona, de potentes emissores de rádio, da RARET, para tentarem justificar, as doenças estranhas que lá existiam desde há centenas de anos...

...

Nessa época, 1951, só se recebia e emitia durante algumas horas de cada dia. Foi um trabalho um tanto difícil para o pessoal operador da recepção, porque a Rússia também cá nos chegava e até, como chegava muito mais fortes, eram mais fáceis de sintonizar, pelo que o Sr. Pasqualino logo nos advertia de que estávamos numa frequência errada... a Rússia! Felizmente que ele ali estava atento, pois para o português médio, a fala russa é mais ou menos como as dos países de leste e, se não fosse a sua ajuda, certamente que iríamos retransmitir não a Rádio Europa Livre, mas sim os noticiários e propaganda russos...Seria, o que se pode chamar de "uma grande bronca"!

...

Nos Estúdios de Lisboa, foi lá empregada como tradutora, uma senhora checa, de nome Olga, que era muito bonita e dava a volta à cabeça da jovem rapaziada...mas não falava uma palavra de português.

Certo dia ela desejou saber como se dizia em português, "Feliz Natal e Ano Novo". Um dos operadores muito malandro, logo a ensinou cuidadosamente a dizer o que ela desejava, mas como "Vá para o diabo que o carregue"...

...

Para tentarem dar a volta ao problema, os russos "despejaram" milhares de emissores de baixa potência, em imensas cidades, "gemendo" ruído sobre as frequências irradiadas pelo nosso Centro Emissor da Glória, mas sempre havia alguém que conseguia ouvir.

...

Só um emissor de 500 KW, com 20 dB’s de antena, irradiavam 50 MW! !!!! A poucas centenas de metros das antenas, passava a estrada nacional e alguns automóveis dotados de computadores electrónicos de bordo, como são hoje quase todos, ficavam muito admirados e intrigados, por verem os limpa-brisas a funcionar automaticamente... por ainda não possuírem filtros apropriados.

Quadratura: os BEtinhos

Lapso de liberdade de imprensa

Interactividade multi-cultural.
Fonte da CBS, a estação de Logan, afirma que esses pacifistas sedentos de liberdade (e de senhoras, aparentemente) gritavam a palavra Jew! (Judia!) durante o acto, pormenor omitido na vasta maioria das notícias sobre o episódio.

...

Entre parêntesis, convém notar que a presença de um tarado teocrático à frente da novíssima reforma constitucional garante uma secularização sem mácula.
Via O Insurgente.

My amendment simply says that no funds in this bill can go to the IPCC

Just before 2 a.m. on February 19, the war on climate science showed its grip on the U.S. House of Representatives as it voted to eliminate U.S. funding for the Intergovernmental Panel on Climate Change. The Republican majority, on a mostly party-line vote of 244-179, went on record as essentially saying that it no longer wishes to have the IPCC prepare its comprehensive international climate science assessments.

Iranium

... the establishment of a universal and holy government and the downfall of all others*.

IRANIUM
- versão completa -

Quem souber o que fazer com ele, use este magneto.

É provável que o vídeo venha a ser bloqueado pela 2º vez. Se tal acontecer, deixe uma mensagem na caixa de comentários.




*Já li isto algures mas sem a palavra 'holy'. Fará muita diferença?

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Ronda das Mafarricas ...

... teve aqui lugar.

Ronda Das Mafarricas
José Afonso

Estavam todas juntas
Quatrocentas bruxas
À espera À espera
À espera da lua cheia

Estavam todas juntas
Veio um chibo velho
Dançar no adro
Alguém morreu

Arlindo coveiro
Com a tua marreca
Leva-me primeiro
Para a cova aberta

Arlindo Arlindo
Bailador das fadas
Vai ao pé coxinho
Cava-me a morada

Arlindo coveiro
Cava-me a morada
Fecha-me o jazigo
Quero campa rasa

Arlindo Arlindo
Bailador das fadas
Vai ao pé coxinho
Cava-me a morada

A VERDADE CRIMINOSA...




Pat Condell traduzido em sete línguas diferentes! (Uma delas é Portuguese of Portugal) Assim ninguém mais pode vir com a famosa frase alemã de depois da Guerra: Wir haben es nicht gewusst (Nós não sabíamos, não estávamos ao corrente!)


(.....)

A nossa civilização foi forjada no duro teste da troca de ideias opostas livremente. Este é o segredo mágico. Este é o padrão-ouro que tornou possível o que somos hoje, que fez das nossas sociedades as mais avançadas da história da humanidade.

Temos o dever e a obrigação de manter este padrão, custe o que custar, em prol das gerações futuras. Apesar da avalanche de direitos em que fomos submergidos nos últimos anos, não temos o direito de fugir a este, porque sem o direito à liberdade de expressão, todos os outros são inúteis.

A liberdade de expressão não é a propriedade exclusiva desta geração de pacificadores sem carácter. É parte intrínseca e essencial da nossa identidade assim como o Alcorão é para os muçulmanos, e ninguém tem o direito de alterar ou modificar isto independentemente de quem se sentir ofendido.

E quem persistir em se sentir ofendido, o melhor é arranjar mais poder de encaixe ou ir viver para outro sítio. E quem não gostar que vá dar uma curva. E isto é extensivo a todos os procuradores da justiça e aos cavalos em que vieram montados.

Paz, posso dizer isto?

"E não se pode exterminá-los?"...


... é o título de um espectáculo teatral feito, anos atrás, pelo Teatro da Cornucópia e por Jorge Silva Melo, a partir de textos de Karl Valentin, e que terminava com esta frase.
Face a isto, o título adquire, porém, um sabor ainda mais delicioso.

Quanto mais estado mais dinheiro torrado

Estado cobra directamente ao contribuinte o que ele já anteriormente pagava. Chama-se a isto o princípio do utilizador múltiplo pagador.

O truque* consiste em inventar em múltiplas ocasiões novos impostos que revertem para a mesmíssima despesa e, finalmente, cobrar esses serviços como "taxa" caso a caso.

O truque* permite ainda o desdobramento do mesmo serviço em serviços mais pequenos cobrando a mesma "taxa" múltiplas vezes.

Um dia destes pagar-se-á a intervenção policial caso a caso, posteriormente a intervenção não envolverá a deslocação que terá também que ser paga caso a caso, e até talvez venha a ter que se pagar, em separado e também caso a caso, uma "taxa" de combustível relativa à deslocação. Sobre cada uma destas taxas, em devido tempo, pagar-se-á uma "taxa ambiental" de carbono, outra de anidrido de batata e outra de sulfato de peúga. À "taxa ambiental" de carbono será aplicado IVA que entrará na base de cálculo da taxa de anidrido de batata e que por sua vez entrará na base de cálculo da de sulfato de peúga.

O socialismo é uma coisa perfeita mas encerra ligeiros percalços sempre que se acaba o dinheiro dos outros (Thatcher).

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*golpe de vígaro

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ninguém me consegue convencer...


... de que isto não é uma manobra dos conservadores e dos sionistas para travarem a "Revolução do Crescente Jovem"!

A "revolução" das batatas fritas


"Os" franceses, "os" egípcios, "os" alemães, "os" portugueses ...

Hoje foi "os" belgas. "Os" belgas manifestaram-se contra os políticos por não haver governo na Bélgica há uns 250 dias (incluindo a totalidade da presidência belga da UE).

Quem eram "os" belgas (RTP-1)? Meia dúzia de bezerros e bezerras que se despiram na via pública em "revolução". A estupidez militante chegou ao extremo da coisa ser candidamente veiculada como "revolução" das batatas fritas.

No Egipto, local de uma das "revoluções", "os" egípcios não esperaram pelas batatas fritas e trataram de despir uma jornalista. Se isto acontecesse em Portugal tratar-se-ia de uma horrenda investida de reaccionários machistas latinos. No Egipto, é coisa de cultura alternativa, naturalmente compreensível.

E de onde vêm "os"? Da comunicação social como um todo. A comunicação social está nas mãos de jornalistas aparvalhados, cretinos, esquerdalhos, burros, propagandistas, moços de recados, militantes do "activismo" e estúpidos (desculpem alguns pleonasmos mas tem que ser).

A RTP está a ser alimentada, anualmente, com 300.000.000 de Euros sugados ao bolso do contribuinte (quase 200.000 contos por dia).

....

Desculpem haver poucas fêmeas na imagem mas não encontrei outra. Em boa verdade parece haver apenas 1 fêmea. O resto parecem ser gajos ou híbridos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Islão, revolução e democracia

As recentes “revoluções” nos países islâmicos têm sido noticiadas e encaradas no Ocidente com um entusiasmo e um alvoroço que roçam o patético e são, genericamente, mero wishfull thinking, construção utópica à “Marcuse”, racional mas irrazoável.

O homem sonha e a utopia é uma acção útil da imaginação filosófica, que denuncia as imperfeições da ordem política e social. É um transporte filosófico para o “bom lugar” (eutopos) que é também, quase sempre o “não lugar” (outopos). Thomas More, homem ao serviço de um Rei, era o menos utópico de todos os homens e sempre soube distinguir entre aquilo que “deveria ser” e aquilo que “é”. A sua Utopia, não era um manual de instruções de algo a ser realizado de facto.

O pensamento utópico contemporâneo é, pelo contrário, infinitamente perigoso, porque os utópicos não só acreditam na realização da sua utopia, como estão dispostos a agir nesse sentido. De algum modo, o pensamento utópico é uma perversão do milenarismo da nossa cultura, que encara a História e o tempo, como direccionais e lineares, processo e caminho que desembocarão inevitavelmente num Paraíso, num apogeu. O milenarismo limitado à religião está no seu lugar certo e não encerra grandes perigos, mas o racionalismo científico veio dar-lhe asas e suscitou a crença perversa de que esse Paraíso não é transcendente, mas realizável aqui e agora.

As valas comuns do Séc XX estão cheias dos produtos dessas tentativas.

Mas, indiferentes à História, muitos ocidentais continuam a rejubilar e a salivar com a “revolução”. Ela é, no seu imaginário, um passo no caminho da realização da utopia.

Há que colocar água na fervura. Na cosmovisão muçulmana, as ordens política e religiosa pertencem à mesma esfera, o que difere radicalmente daquilo que se passa no Ocidente, onde estas ordens sempre estiveram filosoficamente separadas (a Deus o que é de Deus, a César o que é de César), ainda que a ordem religiosa predominasse durante muitos séculos sobre a ordem política. As revoluções foram, no Ocidente, não processos de separação do político do religioso, mas de inversão da relação de subordinação, subordinando o religioso ao político,

No Islão a crença religiosa legitima o poder político que, por sua vez, ampara e possibilita a difusão da crença religiosa. Na umma, há uma unidade na fé e o Califa é, tal como Maomé, cuja conduta é exemplo a seguir, o chefe político e religioso. O poder é absoluto e totalitário.

Na verdade, se se olhar para as coisas tal como elas são e evitar os filtros do whisfull thinking, torna-se evidente que as turbulências políticas têm, no mundo islâmico, o objectivo, consciente ou inconsciente, de restaurar o Califado.

É também por isso que as ditaduras existentes no mundo islâmico são vistas como inimigas figadais dos islamistas que lhe declararam guerra, apelidando-as de “regimes corruptos”. É que, de facto, elas impedem o propósito último de instauração da Lei Divina e dificultam a coesão da umma sob a mesma autoridade, uma vez que são movidas, como é natural, por propósitos mais venais, tais como sobreviver, manter o poder, etc.

No Islão a utopia também tem o seu lugar. Assim, nesta celebração da “revolução”, os utópicos islâmicos e os utópicos ocidentais são companheiros de estrada. Uns acreditam que ela se dirige ao Califado, outros à “democracia popular”.

A democracia é, como dizia Nietszche, a forma profana do cristianismo, embora em algumas formas se tenha afastado dessa génese.

Para o Islão, a democracia é uma abominável blasfémia, uma vez que o poder não é do povo que é “submisso”, mas sim de Deus. Quando os muçulmanos falam de democracia, estão a falar uma língua equivalente à dos comunistas quando falavam do mesmo conceito. (A República “Democrática” Alemã, estava longe de ser democrática, segundo o nosso conceito de democracia). Democracia é, para eles, a recuperação da umma.

Assim, estas revoluções não deverão desembocar em regimes democráticos, mas sim num Islão mais fundamentalista, que nada de bom anuncia, nem para os próprios, nem para o Ocidente, nem para as ameaçadas minorias religiosas que ainda existem nesses países.

Face a este quadro, que uns quantos excitados continuem a tocar entusiasticamente o jambé da “revolução democrática”, só diz algo do que vai nas suas cabeças. E nada de particularmente agradável.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O POVO É QUEM MAIS ORDENA...




















Kasserine terra moreeeeeeeeeena

Terra da fraternidaaaaaaaaaaaade
E o povo é quem mais ordeeeeena
Dentro de ti ó cidaaaaaaaaaaaade

Dentro de ti ó cidaaaaaaaaaaaade

O povo é quem mais ordeeeeeena,

sim, mas quando tem sorte!

Foi em Kasserine, uma pequena cidade no centro este da Tunísia, que começou a resistência popular. Mas foi em Sidi Bouzid que Mohamed Bouazizi se imolou, como forma de protesto por lhe terem confiscado (por motivos legalistas) a fruta e os legumes que o jovem académico e desempregado de 26 anos vendia no mercado local para poder sobreviver. Este acontecimento foi a centelha que acendeu o fogo às revoltas que se seguiram e que todos nós conhecemos.

Uma outra modesta família de vendedores ambulantes, os Trabelsi, tiveram mais sorte na vida que o malogrado Mohamed Bouazizi, apesar de não possuírem, como este último, uma formação académica.

A partir do momento em que Zine El Abidine Ben Ali pôs o olho na, e se casou com, a cabeleireira aleijadinha de boa Leila Trabelsi, os Trabelsis, como por encanto, deixaram de vender legumes no mercado e passaram progressivamente a ter participações em numerosas empresas - no auge do poder parece que possuíam 175. Impossível de estabelecer uma relação comercial ou começar um negócio na Tunísia sem primeiro untar as mãos aos Trabelsis - o famoso bakchich (a cunha nos países árabes).

Os Trabelsis, que sempre foram muito do povo, continuaram a sê-lo e a comportar-se como o restante do maralhal quando tem um pouco mais de poder. Nada de extraordinário, apenas aumentaram consideravelmente o volume das casas onde ultimamente habitavam, e isso porque precisavam de espaço para guardar toda a quinquilharia (de preferência em ouro) que agora já podiam comprar. Não esquecendo as garagens para guardar os Mercedes e os Ferraris que não podem ficar na rua ao sol e à chuva.

Seja como for, agora que o povo tunisino quer democracia é um facto que os Trabelsis são a família mais odiada! Mas não estou seguro se se trata de falta de democracia ou dor de cotovelo pela sorte que os Trabelsis tiveram associado ao lado exibicionista que sempre demonstraram. Uma coisa é certa, ninguém os pode acusar de serem contra a família como instituição! Sempre foram uma família muito unida e que, como toda a família árabe que se preza, sempre privilegiou os interesses do clã acima de tudo, mesmo da democracia…

Resumindo: creio que não vai ser fácil convencer rapidamente os tunisinos que demasiado amor pela família é, como já vimos, prejudicial à democracia e aos interesses do país. Já o doutor Oliveira Salazar não percebia lá muito bem esta coisa e estava sempre a marrar no raio da FAMÍLIA como base da NAÇÃO. E para mal dos nossos pecados ainda acrescentava a estes dois conceitos um factor extra que é muito pior: DEUS. Quanto é precisamente o contrário, quanto mais família e Deus, menos democracia e mais miséria – no país…

Espero que os tunisinos não se lembrem, para cúmulo da desgraça, de acrescentar Deus aos já inúmeros problemas que vão ter no futuro com a família…

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Declaração de amor em dia de S. Valentim (recebido por email)

GÉRARD CASTELLO-LOPES


Gérard Castello-Lopes, o fotógrafo que sempre se reclamou como um discípulo apaixonado pela obra humanista de Henri Cartier-Bresson e teve uma vida dividida entre o cinema e a fotografia, e entre Lisboa e Paris, morreu ontem, aos 85 anos, na capital francesa. Estava retirado da vida activa há muito tempo, padecendo da doença de Alzheimer.

“Desapareceu uma figura incontornável da fotografia portuguesa”, lamenta a historiadora de fotografia Tereza Siza, fazendo notar que, apesar desse seu “sentido de discípulo de Bresson”, Castello-Lopes “tem uma obra com algo mais, uma pureza de linhas e um sentido gráfico muito pessoais”.

A mesma opinião tem o fotógrafo José Manuel Rodrigues, que com ele cultivou uma intensa amizade – “passávamos horas e horas a discutir fotografia” –, desde que o conheceu em 1995, na Gulbenkian, em Paris.

No prefácio do catálogo Lisboa de outras eras, António Barreto, que acompanhou de perto o labor fotográfico de Gérard, descreve-o como “‘um grande tímido’, daqueles que escondem a insegurança na erudição”. Estranhamente, escreve Barreto, Gérard “fala mais do que fotografa”, era um “falador impenitente” e detestava o adágio segundo o qual “uma imagem vale por mil palavras”.

Mais aqui

A decadência chama-se hoje modernidade fracturante.

Femmen

Aqui.

Blog a visitar:


Catálogo de ruinas

Manif, Santiago do Chile, 1971

No Jacarandá, por António Barreto


Neste ano, festejava-se o primeiro aniversário de eleição de Salvador Alllende... os perigos eram muito e imensos. Como se viu dois anos depois. Todos os partidos de esquerda juntos (PC, PS, MAPU, Partido Radical, etc.) somavam um total de 36% dos votos, contra 34 à direita e 30 ao centro democrata-cristão. Como a esquerda se apresentou em coligação (Unidad Popular), o partido do centro, no respeito por uma tradição não escrita, deixou passar o governo de esquerda. Com uma legitimidade tão reduzida, com uma esquerda muito vanguardista e radical, com uma extrema-direita feroz e agressiva e com uma intervenção empenhada da CIA, a experiência chilena acabou como se sabe. Portugal, em 1975, tentou imitar o Chile... Até as canções e os slogans dele herdou. Hoje, ainda há por aí muito boa gente que procura, com governos minoritários e com a “moção de censura construtiva”, governar com reduzida legitimidade...

ISABEL ALLENDE



Pena que a Isabel Allende tenha maculado este fantástico discurso com uma referência aos abusos de poder em Abu Ghraib, que foram fortemente condenados, os responsáveis presos e até é possível expor pinturas sobre o assunto nos museus do país responsável – EUA.

Enquanto há inúmeros países em que este tipo de abusos são bem mais graves, não são expostos, não são condenados e ninguém é preso. Ou melhor, são presos, torturados e mortos aqueles que têm a coragem de criticar estes abusos de poder…

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Obama the radical

... with Stanley Kurtz


5 vídeos que se sucederão automaticamente

Obama e o Newspeak

O Egipto e o Paquistão são, no mundo muçulmano, os maiores destinatários da ajuda americana e a situação em que estão deveria, num mundo onde a realidade dominasse a ideologia, fazer acender uma luz vermelha algures nos corredores da Administração Obama.

O Egipto, com o Exército mais poderoso e bem equipado do mundo árabe, caminha a passos largos para os braços da Irmandade Muçulmana e o Paquistão acaba de duplicar o seu arsenal nuclear, que já é maior do que o da Grã-Bretanha.

Sendo o Paquistão um estado quase falhado, quase falido, radicalizado e onde o fundamentalismo islâmico e os sentimentos antiocidentais fazem parte da ideologia dominante inclusivamente no establishment militar e das informações, não é excessivo deduzir que uma parte substancial da ajuda americana acaba por, indirectamente, financiar a proliferação nuclear.

O Paquistão é a exemplar crónica de um desastre anunciado, face ao qual a Administração Obama se dedica a exercitar números de retórica politicamente correcta, faz de conta que nada de grave se passa e lança “hope” às carradas sobre a desagradável realidade.

Não há, por isso, uma estratégia realista para fazer face ao problema.

Na verdade nem sequer será fácil formulá-la, porque a Administração Obama entrou por zonas orwellianas, banindo palavras que descrevem as situações reais, na esperança de que sem palavras para a descrever, a própria realidade se dissolva.

Por exemplo, não é fácil lobrigar nas “ Overseas contingency operations”, a realidade de que são, afinal, as operações levadas a cabo contra os combatentes islâmicos que executam a jihad. Afinal de contas, no maravilhoso mundo da novilíngua desta Administração americana, nem a jihad, nem o terrorismo islâmico, nem o islamismo, etc, existem. Apesar de estas realidades existirem no mundo real e serem uma ameaça formidável, as palavras que as descrevem foram banidas do léxico e da oralidade oficiais.

Ora não se podendo usar os termos adequados para descrever a realidade, a própria realidade e é difícil de descrever e apreender, e ainda mais difícil planear sobre ela. Esta introdução do Newspeak orwelliano é uma clara demonstração de que Obama e a sua Administração não só preferem a ideologia à realidade, como acreditam que manipulando a palavra, alteram a realidade.

É também esta charada que explica a inépcia com a qual Obama lidou com a situação no Egipto
No inicio do seu mandato, Obama, rejeitando a “exportação” da democracia, que tinha sido uma linha de força nas estratégias de Clinton e Bush, fez tudo o que podia para ignorar a instabilidade politica resultante do facto de serem ditaduras sem válvulas de escape, que governam o mundo árabe. Foram até reduzidas e canceladas ajudas a programas que visavam robustecer alternativas liberalizantes às opções dominantes (o autoritarismo e o islamismo)

Obama e os círculos ideológicos onde se move, acreditam que os EUA e o Ocidente não têm o direito e a autoridade moral para julgar os outros, sejam autocratas ou teocratas.

Quando a realidade veio ao de cima (vem sempre), e o atingiu em cheio, Obama correu para apanhar a onde certa. E, como todos os convertidos que têm uma epifania, fez uma pirueta e passou num ápice do oito ao oitenta, para aparecer como o campeão da democracia popular, um velho ícone trostkysta que, contudo, esteve reveladoramente ausente do seu horizonte, quando os iranianos se revoltaram contra Amadinejad.

A ideologia é uma máquina de negar factos, um sempre-em-pé, e Obama o clássico exemplo da má-fé descrita por Sartre, porque a pirueta só é possível se se ignorar ou relativizar retoricamente a realidade de uma Irmandade Muçulmana cuja hostilidade para com o Ocidente, é prenúncio de problemas graves para os interesses estratégicos americanos.


Mas ignorar esta realidade não é difícil.

Uma vez que a discussão sobre a sua verdadeira natureza já não é possível, por estarem banidas as palavras, é um passinho de criança preconizar, como fez Obama, a inclusão dos islamistas, no novo poder egípcio.

O que move a Administração Obama é a ideologia e é esse motor que explica o apaziguamento com o Irão, a tolerância para com Hugo Chavez e a intolerância para com um governo hondurenho aliado.

Há aqui uma peculiar visão do mundo que assenta na culpa, a ideia de que os outros fazem o que fazem por culpa nossa. Há dias o Gen Jones, que já foi NSA de Obama, afirmou em Herzylia, literalmente, que o que está por detrás dos movimentos populares nos países árabes, é o conflito israelo-palestiniano.

É uma irracionalidade, é óbvio que não é nada disso, mas esta visão do mundo faz o seu caminho nos círculos ideológicos nos quais esta administração (e também uma influente elite politica europeia, reconheça-se) se move.

É afinal de contas, uma actualização do velho libelo anti-semita segundo o qual, por detrás de qualquer problema, desde os terramotos à Peste Negra, está o Judeu.

O problema com as construções ideológicas é que, apesar de confortarem quem nelas se banha, não lidam bem com a realidade e um belo dia desabam. E então a realidade faz-se presente, nua, crua e sólida, como sempre esteve, imune às cortinas retóricas com que a tentam esconder.


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Quanto mais estado mais dinheiro torrado

Quando o estado resolve poupar é uma graça.

Há uns tempos falei aqui do tempo que uma pessoa era mantida de baixa recebendo salário (parte de) até que pudesse ser submetida a um exame especializado numa outra instituição do estado. Se o SNS tivesse pago esse exame a uma instituição particular a pessoa teria voltado ao activo meses mais cedo. Quem teria poupado? O contribuinte.

Neste momento há gente em bicha para as juntas médicas. Estão de baixa paga pelo estado, aguardando pela junta médica que ... só lá para Abril as poderá atender.

Metam a lei ...


... no cu.

Como a vizinha não aparecia, Aida Martins decidiu participar o seu desaparecimento à GNR. O processo ficou com o registo 2274/2002 e NUIPC 1086/07.2 TQSNT. “Disseram-me que não podiam chegar e abrir a porta”, diz Aida Martins. Que ela saiba, “nada foi feito” para investigar o paradeiro de Augusta Martinho.

[...]

[O primo] resolveu então participar o caso à PSP. O auto de denúncia tem o número 2274/2002. Mas era preciso ordem do tribunal para abrir a porta do apartamento, explicaram-lhe. Por isso, ele resolveu dar notícia do desaparecimento ao tribunal de Sintra, conta. “Fui lá 13 vezes, ainda a semana passada por lá passei. Nunca consegui autorização para arrombar a porta”, afirma.

Também Laurinda Cardoso, vizinha do terceiro frente, estranhando a ausência de Augusta Martinho decidiu participar o seu desaparecimento à Polícia Judiciária. “Ainda cá vieram e telefonaram para cá uma duas vezes, perguntando se a senhora já tinha aparecido, mas mais nada”, diz.

Algures, alguém das finanças afirma que a lei não foi cumprida porque haveria 15 dias para participar o óbito. Pois. A senhora resolveu morrer sem tomar as medidas legais que se impunham.

Vai começar agora a via sacra de quem comprou a casa.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Polvo

"Os riscos das revoltas árabes"


Quadro de honra

7.63

... and counting. 8 seria mais redondo e os chineses dizem que dá sorte.

RAIO DE DIÁLOGO ou DIÁLOGO DE UM RAIO?

O Raio: Se se quiser acusar o Manuel Alegre de traição à Pátria há muito por onde pegar, num cidadão que foi deputado uma data de tempo e aprovou tudo o que era integração europeia, inclusivé o Tratado de Lisboa!

Traição?

Não foi ele deputado numa data em que havia democracia na pátria e escolhido por uma maioria para tomar decisões políticas? Boas ou más, tinha legitimidade para o fazer, por isso, traição à pátria parece-me neste caso totalmente descabido! Tenho para si outro exemplo de traição à pátria, mais politicamente correcto. Por exemplo a inércia política de Marcelo Caetano, que em vez de ler com atenção o livro do General Spínola, PORTUGAL E O FUTURO, e tomar as medidas por ele preconizadas, deixou arrastar a situação nas colónias até a vergonhosa debandada que se conhece.

O Raio: Mário Soares foi e é um cidadão muito perigoso…

Esqueceu-se de acrescentar, sobretudo quando se peida…

O Raio: Durão Barroso nasceu a 23 de Março de 1956, tinha 18 aninhos feitos cerca de um mês antes do 25 de Abril.

Passou-me pela mente procurar estes dados para apoiar a minha resposta, mas achei que não era necessário e você confirmou-o. Mais uma vez muito obrigado pela sua gentil colaboração, mas sobretudo pela sua honestidade intelectual ao apoiar voluntariamente a minha tese: É absurdo imputar banhos de sangue em África a um rapaz com ‘18 aninhos feitos cerca de um mês antes do 25 de Abril?’

O Raio: A actuação que ele [Durão Barroso] e os seus camaradas do MRPP tiveram em 1974 e 1975 foi extremamente negativa e prejudicial.

De acordo, mas com todo o respeito isto parece-me uma verdade do Senhor de la Palice! Esta conversa sobre o MRPP tem pouco a ver com política, porque os rapazes do MRPP deveriam ter sido desde o início tratados como casos psiquiátricos… E a sorte do Sr. Durão Barroso é precisamente o ter tido juízo e ter abandonado a seita a tempo, aos 18 aninhos - é uma qualidade.

O Raio: My God, não esperava isso de si! Os gulags, KGB's, deportações para a Sibéria, etc., não são características do comunismo, são características da Rússia! O comunismo soviético limitou-se a manter muito da herança czarista.!

My God, na China de Mao, no Cambojda de Pol Pot, na Coreia do Norte de Kim Il Sung, na Albânia de Enver Hoxa, na Roménia de Ceaucescu e em Cuba do Fidel, nem pensar, era tudo um mar de rosas... (Peço também desculpa aos países com claras influências czaristas que não mencionei, mas queria acabar isto o mais depressa possível para ir ver a bola).

O Raio: A Liberdade de expressão na UE lembra-me a resposta de Henry Ford quando lhe perguntaram porque é que os clientes não podiam escolher a cor do Ford-T (eram todos pretos). Ao que ele respondeu que podiam escolher a cor que quisessem desde que escolhessem preto.

Engraçado, mas não passa de uma caricatura… Há membros no parlamento Europeu (escolhidos democraticamente) que são a favor da abolição do mesmo parlamento.

O Raio: Assim, porque é que raio estamos a construir uma União Europeia à imagem da unificação alemã do século XIX?


Estas afirmações valem pela sua originalidade: culpar os alemães do mal dos outros. Já estávamos um pouco fartos das teorias das conspirações em que os culpados são sempre os mesmos: Israel e os EUA… mas continua a ser o terrível Ocidente, valha-nos isso!

CdR disse:
A expulsão dos judeus da península Ibérica, além de imoral e desumana, provocou um atraso económico e científico no nosso país. O

O Raio: P
ois e transformou a Holanda numa potência marítima...

Apenas - e já não é nada mau - ajudaram a consolidar a potência económica que a Holanda já era. Não estou bem a ver qual possa ser a contribuição marítima de gente que não se dedicava a esta actividade. Mas ok, estas afirmações ficam muito bem depois de um jantar bem regado no círculo cultural e recreativo do nosso bairro, Os Amantes da Pátria. Ninguém nos leva muito a sério mas que importa, o importante é manter o espírito (do jantar) aceso...

O Raio:
Fala-se muito que criamos o Brasil mas, curiosamente nunca se fala que criamos a Holanda.

Fala-se pois! Mas só durante os jantares do círculo cultural e recreativo Os Amantes da Pátria…

O Raio:
Se não fossem os portugueses de religião judaica que para lá mandamos a Holanda hoje não passaria de mais um dos Länder alemães.

Neste caso nota-se que o jantar acabou e já estamos nitidamente na fase do arrotar postas de pescada…

P.S. Não costumo nem gosto de aconselhar leituras, mas abro uma excepção para si por causa da sua boa disposição e sentido de humor: A HOLANDA de Ramalho Ortigão, continua a ser a melhor referência no género. Vai ver que no próximo jantar do círculo vai impressionar os seus amigos, mas agora com um pouco mais de conhecimento de causa.

O Raio:
Eu não me estava a referir aos Estados Membros, estava a referir-me à própria UE, Comissão, Parlamento Europeu, etc.

Tem toda a razão, mas a União Europeia é constituída por membros, e uma parte considerável – mas é verdade que não formam a maioria - destes membros são países com um índice de corrupção muito baixo. Tendo isto em conta, parece-me injusto tratá-los a todos por um bando de malfeitores!

O Raio:
Quanto ao Corruption Perceptions Index, ele não mede a corrupção, mede a percepção que os cidadãos têm da corrupção o que é uma coisa muito diferente.

Eu sei, mas chega perfeitamente para saber que ao estabelecer relações comerciais com o México é preciso ter muito mais cuidado do que com a Dinamarca.

O Raio:
Well, well, Irlanda, Finlândia, Suiça eram neutrais e não tiveram, que eu saiba, problemas.

Que eu saiba dos três só a Suíça é hoje neutral. Mas compreendo que é apologista da neutralidade e não é o único, está
até muito bem acompanhado: os seus amigos alemães (e os holandeses) pendem cada vez mais para o seu lado...

O Raio:
Bom, se Portugal continuasse a crescer como estava e a Europa também, creio que nem eram necessários quinze anos para atingir a média...

A crescer com o quê? Não acha que teria sido necessário aproveitar muito bem os tais quinze anos, para aprender
por exemplo a transformar cortiça em petróleo, que é para aguentar o primeiro choque petrolífero?

O Raio:
Quem deu cabo do nosso crescimento económico foi Mário Soares e a maior parte da classe política com a mariquice da CEE/UE...

Ter um bode expiatório à mão de semear não soluciona nada mas alivia bastante. Reconheço que por vezes faço o mesmo com a minha mulher, ou quem estiver presente: quando o computador não funciona já se sabe de quem é a culpa – dos outros.

O Raio:
Apre!!! Insiste! Eu não tenho nada contra a intervenção militar! Um pouco lateralmente (estava em Angola) até estive metido nela. Pelo menos tive funções que poderiam ser classificadas de revolucionárias.

Funções classificadas revolucionárias! Presumo que era um oficial de carreira fazendo parte dos que se revoltaram contra a ascensão demasiadamente rápida dos oficiais milicianos, o que deu origem ao 25 de Abril de 1974. Digamos que as suas reivindicações de casta ou, para ser mais simpático, sindicais, foram mais tarde classificadas revolucionárias. Não por si, mas por políticos como o Mário Soares. Está ver que afinal o homem não fez só coisas más...

O Raio:
Desculpe o que vou dizer, mas não será um pouco de egoísmo só para ter umas comodidades nas férias não se importar de por o país de pantanas?

Absolutamente, reconheço que é egoísmo e comodismo. E então quando estou de férias sou insuportável: O quê, não há pão fresco para o pequeno-almoço? Não imagina, fico pior que estragado e estou-me nas tintas para a pátria. Mas de qualquer forma, não fui eu quem inventou a moeda única e além disso você ainda não me conseguiu convencer da relação que existe entre a introdução do Euro e o país em pantanas. Por isso, caro Raio, por enquanto não vou votar em si. Voto no Wilders, o que vai dar ao mesmo! Porra, estou afinal sem me dar conta a dar cabo das próximas férias...

O Raio:
Medina Carreira falhou totalmente nas suas previsões e principalmente nas suas causas. O país não está tão mal como ele pinta há não sei quantos anos…

Já estou mais aliviado acerca do meu egoísmo natural e da minha culpa na actual situação do país: afinal o país não está de pantanas! Então os tais quinze anos sempre foram bem aproveitados e o país afinal não-está-tão-mal’? Então o Medina Carreira delira?

Mas, espere aí, não me diga que as outras sumidades intelectuais da nossa praça (António Barreto, Vasco Pulido Valente, Miguel Sousa Tavares, Nuno Crato, Hernâni Lopes, João Duque, etc) também se passaram dos carretos?

O Raio: Alguma vez o ouviu [Medina Carreira] chamar a atenção para o erro que foi a adesão ao Euro?

Não, nunca ouvi. Mas talvez isso possa ser um indicador de que não foi um erro, era
na altura talvez a melhor opção.

O Raio: A política é a arte de escolher entre as alternativas possíveis, a menos má.

Absolutamente de acordo, e mais, aproveito a ocasião para sugerir aos meus colegas de redacção para que esta sua frase lapidar seja a partir de hoje o lema do FIEL INIMIGO, em vez da frase da Annah Arendt que já passou à história e que ninguém percebe lá muito bem…

O Raio: [O PCP] Diz que sim a muita coisa. Discorda é da política que está a ser seguida e, surpresa, até tem acertado nas previsões.”

Diz que sim a muita coisa?

É, tem razão, eu acredito assim mesmo, não é preciso você desbobinar a cassete. E gostaria de frisar que o PCP não discorda por maldade, é uma questão puramente religiosa - que havemos de fazer! O PCP discorda da democracia parlamentar dita burguesa; discorda da livre-empresa; discorda da adesão à NATO; discorda da relação preferencial com países democráticos; discorda da política estrangeira em relação a Israel. Enfim, são uns discordantes profissionais, mas enquanto permanecerem com a actual representação não fazem mal a ninguém, organizam uns bailaricos saloios e têm direito à existência que negam aos outros quando podem.

O Raio: Não sou comunista mas, entre o Medina Carreira e o Jerónimo de Sousa acho que não há que hesitar. O Jerónimo, no mínimo, até tem colocado bem a questão. O problema de Portugal é a estagnação económica, ao contrário do que o Medina diz.

Sem ofensa, não é comunista mas imita muito bem! Creio que é a única vez que discordamos completamente, ou então trata-se apenas de um engano, você trocou os nomes! Porque o Medina Carreira é que se farta de dizer - aqui entre nós, até começa a ser monótono! - que o problema de Portugal é a estagnação económica. O Jerónimo de Sousa não diz nada disso! Diz muita coisa e consegue ser ainda mais monótono e fastidioso que o Medina, mas tem a vantagem que tudo o que diz se pode facilmente resumir numa curta frase: o problema de Portugal é a falta de um partido único marxista-leninista. E de uma ditadura que ele designa do proletariado. Mas todos nós sabemos por experiência que quem vai passar a mandar não é nada o proletariado ou o povo, mas é ele próprio e os seus camaradas do comité central…