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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Surpresas de querubim

[Post aproveitado de um comentário aqui]

Aqui está uma coisa que em Portugal ainda não foi percebida (entre os professores não é excepção): qualquer governo do mundo que queira mesmo acautelar o bem-estar do seu povo, negará até ao fim que irá fazer determinado tipo de coisas até estarem feitas. É, aliás, por isso, e sabendo-o, que determinados tipos de força política insistem em fazer as perguntas que sabem não poderem ser respondidas. Exemplos: "vai haver um segundo pedido de ajuda?", "irá o governo desvalorizar a moeda?", "irá o governo enviar espiões para a Batatilândia?"

Para que se perceba melhor, seria como que anunciar quais os números do totoloto que iriam sair antes das pessoas lá deixarem o taco (eu sei que os números não são conhecidos à partida, mas façamos de conta que sim).

A razão porque se fazem as perguntas exemplificadas acima nada tem a ver com a defesa do bem estar (em sentido lato) da população mas com o fazer descarrilar do processo, seja ele correcto ou não.

Passos Coelho, pela primeira vez em muitos anos, respondeu um dia destes na TV como sempre os políticos deveriam responder: (de memória) "quando quiserem publicar que eu não ponho de lado que, no futuro, possa ser necessário aplicar mais medidas de austeridade basta perguntarem-me porque a resposta será dada no sentido que pretendem".

Imaginem o que aconteceria se o governo informasse com antecedência que estava a pensar proibir as reformas antecipadas. Quando chegasse a altura de aplicar a medida já não haveria ninguém sobre quem aplicar a medida.

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[Outro comentário daqui]
 é verdade que os governantes, nos últimos 30 anos criaram um feudo enorme para os servir
O seu feudo é curto. O que foi sendo feito, primeiro com os dinheiros dados pela CEE e depois sacado aos "especuladores", foi criar um feudo que englobava 'servir' a generalidade da população com dinheiro (então) fácil enquanto se foi instituindo um sistema partidário em que se competia pelo radicalismo em matéria de 'servir' a população com dinheiro alheio e assim ganhar eleições. Pena é que a 'classe' profissional mais bem posicionada para detectar o embuste tenha alinhado nele (o seu posicionamento em matéria sindical torna o alinhamento em favor do embuste claro como água).

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