It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sábado, 6 de dezembro de 2008
Os vendedores
Quando a Lurdinhas chegou ao poder havia largas centenas de professores pagos pelo estado a “realizar trabalho sindical” a tempo inteiro. Perante o bordel a ministra resolveu-se pela lixívia. Resolveu bem mas decidiu mal: ficou por metade.
Paralelamente resolveu implementar o Estatuto da Carreira Docente (ECD) e, como alavanca, resolveu esgravatar a história do sindicalista pago pela entidade patronal.
Para não levantar muitas ondas a ministra aceitou eliminar apenas uns ¾ dos tachos sindicais e os sindicatos venderam a aceitação do ECD. A curto prazo o negócio foi “bom” para ambas partes mas, a médio prazo, como se previa, o negócio revelou-se ruinoso para o país inteiro.
“Lutas” e mais “lutas” têm tido lugar, e os sindicatos resolvem agora "reivindicar" a renegociação do ECD. Que se proporão vender desta vez?
Quanto ao contínuo putedo na sala de aula, o silêncio é sepulcral. Como diria Busssssh, F...-se!
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1 comentário:
Caro CdR,
"(Mas ainda não percebi se a implementação da ECD é uma coisa boa ou é uma coisa má? Ou é tão abominável como o Magalhães, que não merece resposta…)"
Esse é um dos problemas. A implementação de um esquema de carreira é suposto fazer sentido porque é suposto premiar a competência. No Estado, tudo pode acontecer. O estado de anarquia a que se chegou na sala de aula (incluindo bagunça e palermice "pedagógica") nem sequer permite que um bom professor seja considerado como tal: é bom professor quem encaixa bem nas alíneas que o ministério considera bons indicadores para o efeito e esses indicadores 'sabem' à "política educativa" que transformou as turmas em manadas.
Portanto, meu caro, está-se sempre a discutir o índice de dureza do nevoeiro.
"Continuam 1/4 da tal centena de professores sindicalistas a ser pago pelo Estado para faltar às aulas porque têm trabalho sindical a fazer!"
Segure-se à cadeira, meu caro, porque, se a memória me não falha, passou-se de 1200 sindicalistas para 300.
Claro de 300 é um bom investimento a que o ministério deve fazer corresponder o correcto rendimento. Esses 300 garantiram a aprovação do ECD.
Claro que fazer ver a colegas que devem ser os sindicalizados a pagar por inteiro o seu próprio sindicalismo é assunto tabu. Daí ter-se sempre impressão que as "lutas" têm um aroma a guerra civil.
Resumindo, os professores, globalmente falando, acreditam que faz sentido que a sua entidade patronal lhes pague o sindicalismo. Não surpreende que a coisa não seja para eles absurda, como não é, para eles, absurda, toda a "pedagogia" das "coisas justas" e de "ideais perfeitos".
Daí a ausência de reivindicação relativa aos "conteúdos educativos" e floribelices de disciplina e conduta de todos.
Mesmo que, por vezes, o assunto aflore, é rapidamente substituído por coisa puramente económica. Isto acontece, como afirmei, por um fraco grau de conhecimento do pantanal (falta de zoom-out) e por efeito dos controleiros sindicais que são, em geral, do PC. Para o PC, há que garantir um abundante "proletariado" que garanta a sua subsistência. Quanto mais bezerros, melhor.
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