O movimento dos "indignados", nas suas várias metamorfoses nacionais, ocupa não apenas praças e ruas, mas um espaço mediático desproporcional à sua real dimensão.
O nosso povo costuma dizer "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és".
E com quem andam estes "indignados"?
Para começar com o Grande Aiatola Ali Khamenei, que acha que os indignados americanos vão derrotar de vez o Grande Satã, cujo poder tanto irrita os islamistas iranianos.
Continuando em grande, o Coronel Hugo Chavez, evidentemente de alma e coração com os "99%".
O Partido Nazi americano, junta-se ao comboio. Qualquer movimento que brade palavras de ordem contra os banqueiros judeus capitalistas, tem lugar imediato no coração deste tipo de socialistas.
Os outros também. Os Partidos comunistas e socialistas dos 4 cantos da terra, estão de alma e coração com os ocupas e indignados. Jerónimo de Sousa, Louçã, Boaventura Sousa Santos e as dúzias de dinossauros pós-marxistas que por este lados passam por "elite cultural", com lugar cativo nas televisões e jornais, têm-se precipitado para o comboio do protesto, que lhes serve às mil maravilhas para carimbarem o atestado de "progressistas" e amigos do povo
Os actores da esquerda repimpada americana, desde Susan Sarandon ao cómico Michael Moore, também por aí andam nas ânsias de revolução "progressista" que, de vez em quando, como a acne, fazem a sua aparição até na pele mais saudável, expressando-se, normalmente em borbulhas de anti-semitismo misturadas com apelos à aniquilação do sistema capitalista e os outros habituais slogans do vademecum.
E, claro, Barack Obama está com o coração no movimento, of course.
Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és.
Ora este movimento que, embora ninguém o tenha mandatado, a si mesmo se atribui a representação legítima da indignação generalizada para com o sistema financeiro, tem como objectivo claro, a destruição do capitalismo que, desde sempre, foi visto como o grande inimigo por socialistas, utópicos e totalitaristas de todos os quadrantes.
Esta gente quer derrubar o sistema financeiro, não melhorá-lo. Quer revolução, não quer reforma.
Quer redistribuir riqueza, não criá-la. Quer derrubar as grandes empresas menos, talvez, aquelas que produzem os gadjets que os indignados não dispensam, desde os telemóveis às máquinas fotográficas, passando pelo tabaco, cerveja, mochilas, jeans, computadores, etc, etc.
As lideranças de alguns países, castradas pela ideologia da correcção política, aceitam, de forma quase apática, que algumas centenas destes zombies dos extremismos do séc XX, sequestrem espaços públicos, montando tendas e largando bostas na via pública, sem que lhes apliquem toda a força da lei.
De uma lei geral e abstracta, principio no qual assentam os estados de direito ocidentais, estamos a transitar para perversões típicas de alguns países orientais ( particularmente islâmicos),nos quais a lei é diferente para diferentes grupos humanos.
Um outro exemplo desta estranha corrupção do direito ocorre-me a propósito da condenação de um padre católico, em Boticas, por posse de armas. Segundo as notícias, a juiza terá dito no seu acórdão, que o crime do padre era pior dada a sua profissão. A ser verdade, isto é gravíssimo. Desde quando é que, nos nossos sistemas jurídicos, a profissão, ou o sexo, ou a cor dos olhos, ou a falta de cabelo, etc, determinam as qualificações de um crime?
Enfim, esperemos que as autoridades acordem da apatia politicamente correcta e assumam o seu dever de proteger a maioria, das acções violentas de meia dúzia de radicais com as hormonas e a estupidez à flor da pele.
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