Ontem, no Parlamento, com a prosápia que o PCP habitualmente revela na sua identificação com os "trabalhadores", Jerónimo de Sousa, o "Operário", invectivou lá do alto o 1º Ministro, perguntando-lhe o que ele, 1º Ministro, sabe da vida.
O Jerónimo de Sousa é o típico burocrata burguês que , na sua cabeça, não o é, tal como a generalidade dos seus camaradas do Partido. Foi operário num curto período da sua vida e deputado no resto. Mas intitula-se, para sempre, operário.
Por esta ordem de ideias, eu, que também já plantei umas batatas, posso, à vontade, reivindicar que sou camponês. Ou refugiado, uma vez que também já o fui. Ou outras tantas coisas que já fiz…
Enfim, a clássica má-fé de que falava Sartre:
-Jerónimo é aquilo (burguês) que não acredita ser e não é aquilo que acredita ser (operário). Na sua cabeça é “operário”. Na realidade é um burguês bastante bem pago e bem instalado na vida.
E é repimpado nessa hipocrisia, que larga postas de pescada sobre "o que é a vida".
1 comentário:
Chapelada.
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