É espantoso ouvir a Presidente da Assembleia da República propor aos deputados que alienem uma fatia de leão da soberania nacional.
Na esmagadora maioria dos países do mundo tal proposta seria considerada traição à pátria. Mesmo tendo em atenção de vivemos encharcados naquela coisa pestilenta e largamente anti-democrática que se chama "europa", tal sugestão, sem ser acompanhada de posterior plebiscito, só pode ser encarada como ...
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
15 comentários:
Trata-se da mais patriótica das sugestões. Portugal é incapaz de se governar convenientemente. Para que queremos a soberania?
Para não andarmos à porrada com toda a gente para reconquistar a soberania.
Numa Europa cada vez mais integrada essa porrada é cada vez menos provável... O que a malta quer é pão e trabalho decente. Que o governante seja francês ou alemão, que importa?
Quanto mais "integrada" menos os ricos terão pachorra para aturar as exigências em dinheiro dos pobres e os pobres menos paciência para aturar as exigências em trabalho dos ricos.
Quanto mais "integrada", mais acusações de hegemonia dos grandes, colonialismo, ditadura, etc vão surgir.
Será um panelão para encrencas.
João Pereira da Silva:
Fale por si. E, se não tiver mais nada que fazer, emigre.
João Pereira da Silva:
E, já agora, como gosto de receber visitas, isto é, como gosto da pluralidade humana, em minha casa decido eu.
“Que o governante seja francês ou alemão, que importa?”
“em minha casa decido eu.”
Tá bem. ainda bem que gosta da pluralidade, porque uma boa parte dos europeus não parece partilhar o seu “optimismo”.
Os Finlandeses não compreendem a ética fiscal dos gregos e exigem um par de ilhas, a Polónia sente-se incomodada com os ditames autoritários dos países grandes, os Holandeses amaldiçoam a ética de trabalho dos latinos, os alemães vão aos arames quando comparam a idade de reforma dos Franceses.
Felizmente não e só más noticias.
Sobre as origens da crise económica: Os meninos da mamã.
http://www.bondvigilantes.com/2011/10/20/mummies-boys-the-number-1-variable-for-predicting-eurozone-sovereign-stress/
Godot:
Não percebi o seu raciocínio: gostar da pluralidade é sinónimo de ser optimista?
Uma coisa é a exigência essencial e comum de honestidade e competência em toda a UE - e não abdico dela nos dirigentes portugueses com a consequente transferência das suas funções e tarefas para alemães, franceses, espanhóis, ingleses ou quaisquer outros; outra é a actual bagunça e preconceitos que dividem a "europa".
Além disso, as diferenças culturais, assentes na história colectiva, não são (nunca foram) compatíveis com perspectivas e respectivas imposições de umas sobre as outras. Nem mesmo a força conseguiu que elas perdurassem por muito tempo. E basta, aliás, olhar para a História.
Não se trata de optimismo ou de pessimismo: trata-se de liberdade e bom-senso.
Esta ideia de que a "Europa" nos deve governar é típica de quem se recusa a crescer e gostaria de estar toda a vida sob protecção paternal. É gente que facilmente aceitará uma ditadura, desde que tenha comida,cama e roupa lavada, garantidas.
Viver sob a batuta dos pais é isso. Está garantida a sobrevivência, mas a liberdade é limitada. E um belo dia sentimos que talvez seja ela o mais importante de tudo.
Na verdade a Europa está cada vez mais a evoluir para uma grande burocracia que de democrática tem muito pouco.
Há até já quem a compare com a URSS, sem a repressão violenta.
Caro Gonçalo, não percebeu e tem razão. Li os comentários de relance e confundi o seu segundo comentário das 14.30 com o comentário anterior do J P da Silva. Dada a contradição, à falta de melhor e para evitar o sarcasmo usei o optimista entre aspas. De resto estou de acordo com o seu comentário. As minhas desculpas pela confusão.
Go-dot:
Não tem que pedir desculpa. Só que, como não percebi, procurei esclarecer um pouco melhor o que penso.
O Estado-Nação é uma forma de organização política relativamente recente e duvido que seja eterna. mesmo em Portugal, com a sua homogeneidade linguística e fronteiras estáveis há quase um milénio, a consciência nacional - isto é, aquilo na minha identidade que me leva a considerar-me português antes de me considerar beirão - ou, na direcção oposta, europeu - é algo de relativamente recente.
E Portugal é um caso raro. A norma europeia são países como a Alemanha ou a Itália, recentemente unificados, onde o dialecto duma região não é entendido noutras; ou pequenos países como a Bélgica, a Suíça e o Luxemburgo, onde se falam várias línguas, nenhuma das quais autóctone. É perfeitamente normal um alemão considerar-se bávaro antes de se considerar alemão.
O grande problema da Europa é que se está a tentar organizar numa forma política que não é nem tribal, nem nacional, nem imperial - que não é, de facto, nada para que exista precedente. E o meu, enquanto europeu e português, não é tanto que se transfira soberania para uma polis mais alargada, mas que ela se transfira para uma estrutura sem legitimação democrática.
José Luiz Sarmento disse: "E Portugal é um caso raro."
Muito bem visto. Isto é um pormenor importantíssimo que muita boa gente esquece, e acabam sempre por extrapolar a partir do conhecido. De resto estou absolutamente de acordo com o seu comentário.
JLS:
"O Estado-Nação é uma forma de organização política relativamente recente e duvido que seja eterna."
Mas não é recente a forma como são (eram) definidos os Estados-Nação: à porrada. E não é a invenção de uma ferramenta pós-moderna de rearranjo que serve de antídoto ao antigo método.
"mas que ela se transfira para uma estrutura sem legitimação democrática."
E que arranjo democrático é de esperar neste caldeirão de rearranjo político?
JLS:
"O Estado-Nação é uma forma de organização política relativamente recente e duvido que seja eterna."
Mas não é recente a forma como são (eram) definidos os Estados-Nação: à porrada. E não é a invenção de uma ferramenta pós-moderna de rearranjo que serve de antídoto ao antigo método.
"mas que ela se transfira para uma estrutura sem legitimação democrática."
E que arranjo democrático é de esperar neste caldeirão de rearranjo político?
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