Há 3 razões porque as estações terrestres de recolha de dados de temperatura não sejam fidedignas ao ponto de já ninguém sabe para que servem. No projecto Surface Stations fez-se um notável trabalho de visita e classificação das estações pelo menos nos Estados Unidos.
1 - A colocação de uma significativa quantidade de sensores não lembra nem ao diabo. Uma boa parte deles está localizado nas cidades onde o efeito bolha de calor torna as leituras um disparate.
2 - Os dados recolhidos foram tão "processados" que já ninguém sabe onde estão os dados originais.
3 - De entre o universo total de sensores, têm vindo a ser seleccionados como amostra apenas alguns sem que o critério de selecção se consiga apurar.
O disparate atingiu tais proporções que apenas os dados de satélites são agora considerados como precisos. O problema é que só há dados desde os anos 70.
Um dos criativos truques usados para martelar os dados dos sensores terrestres de temperatura é o seguinte. Pega-se num sensor que esteja há anos instalado num local apropriado mas nos arredores de árvores e muda-se para a sua sombra. Estando agora à sombra, há que corrigir os dados obtidos somando uma constante que corresponda à diferença de temperatura Sol-sombra. Tudo pareceria correcto não fosse dar-se o caso das árvores, no inverno, perderem a folhagem. O sensor fica ao sol, a constante mantém-se e a temperatura no Inverno fica mais ... amena.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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