Longe vai o tempo em que Portugal tinha significativa indústria, longe vai o tempo em que na Sorefame e Cometna se fabricavam comboios
No ProfBlog continua a discussão sobre o que fazer com a formação profissional em particular se devem voltar a ser executados trabalhos oficinais.
Não percebo muito bem como pode haver indústria se não se começa por trabalhos oficinais, como pode haver literatura se não se aprende a ler e escrever. A verdade é que vai sendo cada vez mais raro encontrar um técnico de trabalho mecânico que saiba utilizar um martelo, um serrote, uma lima.
Há quem diga que a industria hoje se baseia em equipamento sofisticado e que já não é necessário executar as referidas habilidades. O problema é que se aspira sempre a trabalhar com tecnologia de ponta esquecendo-se que essa tecnologia é ponta de uma pirâmide de camadas de trabalho mais básico cada uma servindo de trampolim de acesso à camada acima.
Nos últimos 30 anos entretivemos-nos a perder tempo recuando nele e deitando fora não só o ensino técnico-mecânico como a indústria que lhe dá saída, sustento e criação de riqueza. Resolveu apostar-se nos ... serviços.
Encontramo-nos hoje orgulhosamente sós, desfasados no tempo, mais desfasados do resto do muno que há 30 anos atrás. Tudo está por fazer, tudo terá que ser feito.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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domingo, 8 de janeiro de 2012
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