Carlos Fiolhais no seu "De Rerum Natura", dá conta do "culto da carga".
O curioso, e voltando ao tema "du jour", é que a profecia climática segue quase ritualmente o carril da pseudociência, uma vez que as suas previsões não são falsificáveis em tempo útil. O objecto de experimentação é a Terra, toda ela, e por razões óbvias, não se pode meter num laboratório e testar as hipóteses. Os modelos sim, podem testar-se, mas sendo o que são (modelos), são apenas representações simplificadas e mais ou menos deterministas e enviesadas de uma realidade complexa...muito complexa. O facto de as previsões serem vagas e lançadas para um futuro suficientemente distante, torna-as inverificáveis e contingentes. Acreditar que são "verdadeiras" é tão pseudociência como a ideia da "fusão a frio", ou a "dianética" . Só que aquela era verificável e por isso foi desmascarada.
Previsões climáticas feitas com modelos não são muito diferentes, em termos de resultados, de profecias feitas com búzios, ou por leitura da carta astral. Trata-se de teses não refutáveis em tempo útil. Efectivamente até o Borda d'Agua tem uma impressionante história de acertos, na previsão do clima a um ano. Os modelos nem isso. De modo que é uma questão de crença... e os apanhados do clima que fazem todo este escarcéu a que temos assistido, não parecem muito diferentes dos indígenas de Feynman, ou de um qualquer culto religioso que segue um ritual mágico.
Isto no que toca à questão dita científica, uma pequena e quase irrelevante parte do "climatic change", face às vertentes ideológicas e políticas em jogo.
1 comentário:
Quel ler o post sem ler o post linkado fica com a impressão que o texto é de Fiolhais - eu fiquei, inicialmente. Permito-me sugerir a alteração do título de modo a eliminar esta provável confusão. Esclareço que subscrevo as opiniões veiculadas, tanto num como noutro texto.
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