Os judeus holandeses insurgiram-se contra a
‘talibanisação’ de uma pequena parte (por enquanto 10%) da população israelita,
na sequência dos protestos em Beit Shemesh (Israel) contra a agressão e
intimidação de Naama. Uma criança de oito anos que não estava vestida
respeitosamente (!), segundo os paus-cortados ultra-ortodoxos de tranças. Conclusão,
a rapariga agora tem medo de ir à escola..
Houve protestos da parte dos pais de crianças
‘normais’ (sem tranças e chapéus pretos) e, tal e qual como o Hamas, os seus
comparsas muçulmanos do outro lado da fronteira, mas também como a
extrema-esquerda europeia, os paus-cortados com trancinhas têm por hábito
usarem e abusarem dos símbolos do holocausto para caluniar de racistas e nazis
as autoridades israelitas e todos aqueles que os criticam por terem um
comportamento imbecil e muito parecido com os Taliban….
Esta história de acusar os outros
de racistas e nazis está decididamente na moda…
16 comentários:
Estranho muito este comentário anti-semita do Carmo da Rosa. Se o seu não está cortado, ponha-se a pau.
E mais, acho mal utilizarem uma fotografia do Barbas, fervoroso adepto do SLB, conhecido abusador de fiscais de linha, para efeitos de anti-semitismo.
É, faltava-me o anti-semita na colecção. Agora tenho a caderneta completa...
sinais dos tempos.
Se reparar, primo, estes judeus ortodoxos defendem teorias sociais muito parecidas com as dos muçulmanos.
O que não é de admirar...o Corão bebe fundamentalmente nos livros sagrados dos judeus e dos cristãos. Maomé recolheu a sua doutrina nas suas viagens como comerciante entre tribos judaicas e cristãs.
O Corão é, nestas matérias, igual à Bíblia e aos livros judaicos.
O problema é que enquanto estes ultimos não são lei civil em nenhum país, o Corão é e não pode deixar de ser.
Estes fundamentalistas judeus são, aliás, grandes aliados dos anti-sionistas. Uma seita ( Neturei Karta), por exemplo, não só reivindica o fim de Israel, como aparece em todas as manifes anti-semitas e negacionistas.
Mas atenção.....trata-se de um fenómeno marginal que só tem a importância que tem, porque os media não perdem uma oportunidade para demonizar o estado de Israel no qual a esmagadora maioria da população, nada tem a ver com esta meia dúzia de fundamentalistas.
O-Lidador: ”…o Corão bebe fundamentalmente nos livros sagrados dos judeus e dos cristãos.”
Não sei se alguma vez já lhe disse isto? Peço perdão se for o caso.
Há mesmo quem diga que o Alcorão é um livro cristão. Christoph Luxemberg (pseudónimo, por causa da tolerância islâmica), que escreveu Die Syro-Aramäische Lesart des Koran, é um revisionista alemão e especialista em aramaico e dialectos arcaicos próximos do árabe e diz que a própria palavra KURAN tem origem no aramaico QERIAN, que significa leccionário (cristão com textos para uso litúrgico).
Daí a eu pensar que o Alcorão na realidade se trata de um livro cristão vai um passo…
E eu vou muito à bola do Luxemberg, porque assim até se compreende melhor que a religião muçulmana, por muito original que queira parecer, esteja imersa até ao pescoço nas mesmas maluqueiras, mitos, tradições, referências e artistas que as outras duas anteriores religiões do livro. Podemos pensar que se trata de plágio, mas o mais provável é ter sido uma cisão como tantas outras no seio da Igreja Cristã. Mas estou aberto a todas as hipóteses, menos a do anjo Gabriel a ditar o Alcorão ao ouvido do Maomé claro…
Por falar em Maomé, no Alcorão, o profeta de Alá coitadinho só é citado 4 vezes! Enquanto que Cristo é 25 vezes; Noé 33; Abraão 70 e Moisés (deve ter dado dinheiro por baixo da mesa) é nomeado nem mais nem menos do que 134 vezes!!!
Mas o esquerdalho vai dizer que isto é mais uma prova da modéstia e tolerância da parte do Islão – não há nada a fazer…
Quanto ao resto estou de acordo que é (por enquanto) um fenómeno marginal, mas a ter em conta, assim como a RAF na Alemanha, Brigatti Rossi na Itália e ETA em Espanha.
"comentário anti-semita"
Sorge, oh homem, você continua imbatível. Parece que não há novo ano que lhe valha.
Nestas coisas estou como o padre Okham: keep it simple.
O mais provável, dada a natureza e sequência dos versículos, é que Maomé era um tipo com certos talentos. Inteligente e carismático, como um guru destas seitas que de vez em quando aparecem.
Como mercador e caravaneiro, ouvia histórias da Bíblia.
E os versículos de Meca são, basicamente, repetições, por vezes confusas, e simples de muitas histórias bíblicas.
Os versículos de Medina, surgem estreitamente ligados à sua função de líder politico, militar e religioso.
São-lhe "segredados" a pedido, digamos.
Carmo da Rosa:
O post anterior é excelente, embora seja necessária uma discussão mais cuidada em torno do tema - e o Lidador já a iniciou muito bem.
Quanto ao Alcorão, não estou em nada de acordo com a perspectiva de que ele seja cristão, a não ser que se o entenda como uma forma de cristianismo resultante de uma degradação, sofrida ao longo dos 5 séculos que medeiam entre o nascimento de Cristo e a Hégira por via das vicissitudes políticas ligadas à "cristianização" do Império Romano. Entre o "que atire a primeira pedra quem ainda não pecou", o "dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" e o código estrito e minucioso do islamismo vai um abismo. Nesse aspecto, o Islão estará muito mais próximo das interpretações superficiais feita pelos teocratas do costume da "Cidade de Deus", que Santo Agostinho escrevera cerca de duzentos anos antes.
Mas, uma vez mais, a meu ver o Lidador esclareceu uns quantos pontos importantes no comentário que fez.
Viva Gonsalo.
Estou de acordo que entre o Islão e o cristianismo do Novo Testamento, pouca relação há. Mas, como sabe, o cristianismo inclui o Antigo Testamento, o judaísmo, por assim dizer. Os 10 mandamentos, por exemplo, são do antigo testamento.
Como disse, e bem, entre o cristianismo e o islão, está toda a diferença entre uma religião em que Deus e César governam em esferas diferentes e outra em que Deus é César.
Entre o elogio do perdão e o incitamento à morte dos infiéis.
Ó Gonsalo, tanto treta sobre o Corão quando as "prostitutas" estão em Beit Shemesh... Você nem sabe é o que dizer. Está tao habituado a ver esta conversa lá para os lados dos talibã que isto ainda está a bater lá dentro de um lado para o outro. Na confusão, qual é o melhor argumento? Nao são judeus a serio, são até amigos dos anti-judeus. 20 valores. É conversa anti-semita do pior. Olha, façam uma música com isto: algo que ponha a rimar, camisa com alças, putas, paneleiragem, paus-cortados e sionismo.
Sorge:
Compre um dicionário e veja o que quer dizer "anti-semita". E, já agora, aproveite o balanço e veja também o de "sionista".
Lidador:
Mais uma vez, embora o cristianismo se enraíze no Antigo Testamento, os 10 mandamentos estão contidos, segundo Cristo, apenas em dois: ama o próximo como a ti mesmo; e ama Deus acima de todas as coisas. Os outros serviam a Moisés para tentar "explicar a anedota" aos fracos entendedores a quem se dirigia.
Maomé foi um continuador de Judas, o intelectual de esquerda do grupo.
Mas estas coisas andam há muito tempo à espera de um comício y bebício para os lados de...
O-Lidador: ”O mais provável, dada a natureza e sequência dos versículos…”
Este é outro problema assinalado pelos especialistas: a sequência.
Na Bíblia há uma sequência, há histórias e há lugares assinalados geograficamente. No Alcorão, os versículos parecem estar ordenados apenas por ordem do seu tamanho! Além disso não há histórias, é um livro de reflexão (reza) para pessoas que parecem já saber do que se trata, e tem muita pouca geografia. Meca, lugar santo, só é nomeada uma vez, e Medina na sua denominação arcaica, Jathrib. Convencionou-se dizer que se trata de Medina porque num velho mapa de Ptolomeu está assinalada uma cidade mais ou menos no sítio da actual Medina com o nome de Jatrippa. De resto a palavra “medina” é bastante utilizada no Alcorão, mas significa apenas “cidade”.
De qualquer maneira, é preciso compreender que histórias sobre cidades, batalhas, conquistas, vida, tradição, ensinamentos e os engates de Maomé, não se encontram no Alcorão, como muita gente pensa, mas sim na Hadith. E a Hadith, que os muçulmanos vêm como um complemento do Alcorão, foi escrita por mão humana: pelos adeptos e seguidores do profeta muitos anos depois da sua morte. Creio 80 anos depois, e é muito possível que além de uma memória fantástica, tivessem também uma grande imaginação!.
O-Lidador: ”E os versículos de Meca são, basicamente, repetições, por vezes confusas, e simples de muitas histórias bíblicas.”
A ideia de que os versículos são por vezes confusos, o que torna parte do Alcorão difícil de entender, é assinalada por especialistas modernos como uma prova que há outra língua por trás! Que o Alcorão foi provavelmente no seu início escrito noutra língua: aramaico por exemplo. Ou então estava em período de transição. Ou noutra caligrafia, mais arcaica, sem símbolos diacríticos, que mais tarde foram acrescidos aqui e ali para facilitar a compreensão. Muitos mistérios ainda por resolver. Há quatro anos atrás faço referência aqui:
http://fiel-inimigo.blogspot.com/2008/02/o-paraso-muulmano-j-foi-cho-que-deu.html
Outra coisa estranha, ou difícil de explicar e muito parecida com o que já referi acerca da quantidade de vezes que figuras cristãs são mencionadas no Alcorão. Como é possível que no terceiro lugar santo dos muçulmanos, a Cúpula da Rocha ou Mesquita de Omar em Jerusalém, local que os muçulmanos acreditam ser o ponto de partida para a viagem (Al Miraj) de Maomé a cavalo para o céu, tenha mosaicos com inscrições que fazem referências a Jesus Cristo em árabe: Que Deus abençoe o seu discípulo e emissário Jesus.
José Gonsalo: ” Quanto ao Alcorão, não estou em nada de acordo com a perspectiva de que ele seja cristão, a não ser que se o entenda como uma forma de cristianismo resultante de uma degradação, sofrida ao longo dos 5 séculos que medeiam entre o nascimento de Cristo e a Hégira..”
José Gonsalo,
Esta faceta, a degradação, é também uma hipótese abordada na informação que tenho. Mas há mais. As moedas, que naqueles tempos tinham a função de propaganda do poder instalado. Mas fica para outra vez. Ou então, como diz, para um próximo comício y bebício…
Estou de saída, logo volto, mas não posso deixar de falar do "amor".
Já discuti este assunto em público.
A injunção para amar, não faz sentido. Amar não é algo que racionalmente se determine.
Ama-se ou não e isso nada tem a ver com uma vontade.
Pode-se fingir amar, mas não se pode amar apenas porque se quer.
O perdão sim...o perdão é um acto de vontade...mas agora tenho de ir.
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