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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

MOVIMENTO NACIONAL SOCIALISTA


Aqui temos uns cartazes históricos do NSB (Nationaal-Socialistische Beweging), ou seja, Movimento Nacional Socialista. Este clube de socialistas, que entre 1931 e 1945 era na Holanda o partido irmão do NSDAP (o partido de Hitler), apoiou durante a guerra a ocupação das tropas alemãs e ajudou bastante na caça aos judeus.


Como o leitor pode verificar, estes cartazes poderiam muito bem ter sido fabricados na União Soviética ou na Coreia do Norte e, caso estivessem escritos em português, poderiam mesmo, com ligeiras alterações (nomes e toponímia), servir de propaganda ao PCP ou ao Bloco de Esquerda em campanhas eleitorais.

O que de certo modo vem apoiar aquilo que é dito no vídeo-filme que o Luís Oliveira aqui postou há três dias, O Holocausto Revolucionário, e todos aqueles que colocam Adolf Hitler à esquerda, no campo socialista.















12 comentários:

o holandês voador disse...

CdR,
Chamar "socialista" ao NSB - um partido nazi apoiante de Hitler - que denunciou e colaborou na proibição de todos os partidos legais na Holanda e ajudou à deportação de dezenas de milhares de judeus para os campos de concentração nazis, só mesmo por "distracção".
A verdade é que todos os partidos holandeses da época, do CPN (comunista) ao SDAP (socialista), passando pelo KVP (católico), ARP (protestante) e outras forças políticas, combateram o NSB antes e depois da ocupação alemã (estamos a falar de finais dos anos '30) quando se tornou claro que Mussert (líder do partido) já apoiava as políticas de Hitler e Mussolini, a sua popularidade caía de 8% (1935) para 4% (1937) e as suas ideias eram alvo de crítica de maioria da sociedade holandesa.
Quando os alemães invadiram a Holanda (anos quarenta) o NSB era um partido marginal que chegou a alimentar as esperanças de controlar o país e tornar-se uma extensão do III Reich, o que nunca viria acontecer pois Hitler não reconhecia autoridade suficiente a Mussert.
De facto, existiam socialistas e comunistas na Holanda (provavelmente com cartazes parecidos) que tinham um programa bem diferente para a sociedade holandesa e que lutaram na resistência contra os alemães e o NSB durante a guerra, como sabemos. Confundir a iconografia com a ideologia, dá jeito, mas não explica tudo.
A propósito deste tópico, sugiro a leitura da "História dos Paises Baixos" de Christophe de Voogd (1992) onde ele explica bem as diferenças entre o "nacional-socialismo" do NSB e o "socialismo" do SDAP ou do CPN.

Unknown disse...

"Confundir a iconografia com a ideologia"

Não foi só a coreografia...o nacional socialismo era basicamente igual ao socialismo, só que com a raça em vez da classe. O próprio Hitler afirmava que “não sou apenas o vencedor do marxismo…sou o seu realizador. Aprendi muito com o marxismo e não tenciono escondê-lo. O que me interessou no marxismo foram os seus métodos….todo o nacional-socialismo está lá contido”
(Hermann Rauschning, “Conversas com Hitler”)

Hitler era socialista ( chefiava o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães) e explicou a Otto Wagener que os “meus desacordos com os comunistas são menos ideológicos que tácticos” e “agora que a idade do individualismo terminou, a nossa tarefa é encontrar o caminho que conduza ao socialismo”.

Dirá o HV que este socialismo não era o “verdadeiro socialismo”, mas isso é sua opinião, segundo a qual, suspeito, o “verdadeiro socialismo” será apenas aquele que exista na sua cabeça.
A recusa de encarar os factos e criar a própria realidade, tem um nome: solipsismo!
O próprio fascismo é de raiz socialista. Mussolini era socialista. O ataque ao fascismo é uma mistificação histórica e filosófica, lançada em 1934, por decisão do Komintern, quando os comunistas se aperceberam da atracção das massas pelo fascismo.

Von Mises em “O Estado Omnipotente” mostrou, preto no branco, que o programa económico de Hitler pôs em execução 8 das 10 medidas urgentes preconizadas por Marx no Manifesto Comunista de 1847.

Jose Simoes disse...

"todos aqueles que colocam Adolf Hitler à esquerda"

Asneira. O que o filme mostra é que so leninistas eram fascistas (coisa que eu já sabia à décadas, é curioso como esta gente pensa que está a descobrir coisas novas).

Os socialistas, em torno da internacional socialista, troxeram a paz e a prosperidade a grande parte da europa durante o século XX, da alemanha aos países nórdicos (e travou o avanço leninista na Europa), o que não quer dizer que se deva seguir cegamente as ideias que funcionaram bem no passado.

Os outros, ditos socialistas, sejam os fascistas no sentido restrito (hitler, missolimi, salazar) ou no sentido lato (lenine, estaline, mao) não são senão isso mesmo, fascistas. E uso a palavra no sentido em que ela foi criada nos tempos modernos, por Mussolini, para designar o seu próprio movimento. Se quiserem usar outro qualquer nome para o mesmo estejam à vontade.

José Simões

Jose Simoes disse...

"confunde socialistas com sociais-democratas"

Se calhar os próprios social-democratas confundem :-)

Afinal pertencem todos á internacional socialista.

http://www.socialistinternational.org/

José Simões

o holandês voador disse...

CdR,
Eu não escrevi que fazias a apologia do NSB. O que é diferente de confundir "socialismo" com "nacional-socialismo", usando cartazes com palavras de ordem contra o capitalismo.
O NSB surge num contexto (lá está, os contextos históricos!) de crise económica geral, devido à grande depressão de 1929 que atingia toda a Europa. Da mesma forma que na Alemanha, onde o discurso populista de Hitler culpava o grande capital e os judeus pela crise, também na Holanda, Mussert, entusiasmado com o êxito do Nacional-Socialismo alemão quis copiar o modelo. Daí, o nome (não a ideologia e muito menos o programa socialista). Os cartazes do NSB contra Collijn (1º ministro) e o capital, não significa que o NSB era socialista, mas que combatia o governo, considerado o grande culpado da crise económica que lançou milhões de holandeses no desemprego e na miséria. Como sabemos da história, este é o ambiente propício para o aparecimento dos populistas (de esquerda ou direita, de resto).
Se Mussert fosse socialista, tinha-se aliado à resistência onde, entre outros estavam os socialistas de várias plumagens e combatido o nazismo.
Mais, quem resistiu, protestou e organizou a resistência (nomeadamente em Amsterdão) foi o Partido Comunista Holandês, responsável pela Grande Greve (Grote Staking) de 25 de Fevereiro de 1941, contra as razzias nazis nos bairros judeus. Essa resistência cresceu ao longo dos anos e, de uma centena de activistas, chegaria aos milhares, em todo o país. Muitas dessas famílias, albergaram judeus e membros da resistência na clandestinidade, entre 1941 e 1945. Factos.
Não sei se o CPN acabaria com a Monarquia, caso fosse governo no após-guerra, mas a verdade é que foi sempre um partido parlamentar leal à Constituição e, até ao seu desaparecimento, em 1990, foi um partido legal e respeitado. Ao contrário do NSB, que foi combatido por todas as forças democráticas holandesas. Há, apesar de tudo uma diferença. As coisas são o que são e não o que gostaríamos que elas fossem, só porque isso encaixa melhor no nosso quadro de análise.
Se não acreditas no De Voogd, podes sempre tentar ler o Lou de Jong e a sua "História do Reino dos Países Baixos na 2ª Guerra Mundial" (1995) ou o Geert Mak de "Een kleine Geschiedenis van Amsterdam" (1994) e "De Eeuw van mijn vader" (1999)- Também os filmes de Paul Verhoeven "Soldaat van Orange", "Het Zwaarte Boek" e um documentário que ele fez sobre o Mussert, dão uma ideia do que se passou e quem fez o quê naquela época.
Se não queres ter este trabalho todo, basta ir ao "Museu da Resistência", em frente à entrada do Artis, e está lá a história da resistência holandesa contada pelos judeus.
Boas leituras!

Unknown disse...

"Hoje em dia cada vez percebo menos porque razão as nossas democracias têm que respeitar partidos ou ideologias religiosas que usam a democracia para acabar com ela, mas enfim"

Há uma boa razão: estes partidos aglutinam uma série de tontos perigosos que, se não tivessem uma plataforma, facilmente derivariam para a violência.
É essa a grande virtude da democracia....todos têm lugar. Claro que isso só é possível, desde que não tenham hipóteses de chegar ao poder.

Quanto ao "socialismo bom", pode dizer-se, com os exemplos que o CDR deu, que o socialismo é uma àrvore maravilhosa da qual, por bruxaria, apenas brotam frutos podres, amargos e venenosos.
Mas a culpa não é da árvore, dirá o HV e todos os HV que por aí andam com a mesma cantilena.

ml disse...

A blague volta à baila e o nosso querido prezado ainda não mostrou onde é que o Niall Ferguson afirma que a ‘Far Right, being a fascist' (sic), é ideologicamente o mesmo que a ‘Far Left, being a Communist’ (sic).

o holandês voador disse...

CdR,
Podes dar as voltas que quiseres, mas contra factos não há argumentos: quem esteve do lado da defesa da democracia e combateu o nazismo foi o CPN e não o NSB que, inclusive, criou uma ala das SS holandesas para combater ao lado das SS alemãs. Se consideras tudo igual...
Ninguém está aqui a defender o CPN. Não é esse o tema da discussão. O tema é o dito "socialismo" do Mussert, que nunca foi socialista. Basta leres o seu programa e compará-lo com o do CPN da altura. Porque é que não vais ler em vez de repetires "soundbites"?

Unknown disse...

Cara ml, já percebi há muito tempo que se recusa a ler o que não quadra com as convicções sagradas.
Aqui à distância, não posso fazer nada.
Se estivesse ao seu lado, poderia enfiar-lhe a cabeça no livro e obrigá-la a ler alto, como na escola primária.
Vantagens do ensino presencial.

OLhe lá, e já leu o Ludwig Von Mises? É que ele tb explica muito bem a coisa, lá no "Estado Omnipotente".

Pensando melhor, talvez não valha a pena....provavelmente vai ler da mesma maneira...com um olho fechado e outro meio aberto, para filtrar e não deixar entrar a blasfémia.
Aleluia!

Unknown disse...

" O tema é o dito "socialismo" do Mussert, que nunca foi socialista"

Volta-se sempre ao mesmo: o meu socialismo é que é o verdadeiro socialismo!

Qualquer dia aparecem por aí cromos a explicar que o fascismo de Mussolini não era o "verdadeiro fascismo".

Não há pachorra!

ml disse...

Nada de fugas, prezado. Estamos a falar do Ferguson. FERGUSON.

Não Mises (outro pacifista! LOL!!!, anti-religião e simpatizante dos ideais da Revolução Francesa cof... cof... cof...) nem a contestação da terminologia tradicional.

Pode até ter reencarnado numa personagem mais polida e verbalmente menos troglodita, mas parece-me que deixar de ser aldrúbias e recomendador compulsivo está mesmo fora de questão.

ml disse...

Vejo que a ml quer voltar à discussão dos tractores!

Está a ver o negativo do filme. Os lidadores é que quando querem fugir dos apertos saltitam para outro arbusto.