It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
sexta-feira, 14 de março de 2008
As Malhas Que O Anti-Semitismo Tece (ii)
Cá na terra ninguém sabe o que se passou com Ilan Halimi provavelmente porque havia coisas mais importantes para noticiar como, por exemplo, as desventuras da Carolina ou a anorexia da Letizia.
Em Janeiro de 2006 Ilan Halimi foi raptado por motivos étnico-religiosos. Foi mantido sob tortura enquanto o sequestro durou. A família recebeu telefonemas dos raptores que tiveram a cuidado de fazer com que fossem ouvidos os gemidos e gritos de Ilan enquanto era torturado. Três semanas depois de ter sido raptado foi encontrado sem roupa junto a carris de caminho de ferro, mãos atadas, amordaçado, com inúmeros golpes de arma branca, diversos sinais de violência física e 80% do corpo calcinado por um líquido corrosivo. Morreu na ambulância que o transportava ao Hospital.
O que aconteceu para que esta notícia com um conteúdo chocante e contornos racistas e políticos não tivesse sido devidamente divulgada, que não esteja na memória de ninguém? E não se tratou só de Portugal, a notícia foi verdadeiramente abafada por toda a Europa. Muitos já perceberam que um ‘apagão’ destes só pode ser obra do lobby judaico controlando a comunicação social e enquadrado pela vasta ‘conspiração judaica mundial’, a tal, aquela que domina o mundo.
Vejamos então a razão para tanta preocupação em não divulgar. Ilan Halimi era um judeu francês de 23 anos empregado numa loja de telemóveis nos arredores de Paris. Foi raptado por um grupo composto por muçulmanos de origem magrebina e subsahariana. Foi alvo da barbárie e da crueldade dos sequestradores durante três semanas. É impossível noticiar um acontecimento como este sem referir que Ilan Halimi era judeu e os seus sequestradores e torturadores fiéis muçulmanos. Assim sendo, e ainda que noticiado, o assunto não moveu os media nem foi da conveniência dos políticos europeus.
O impacto da notícia em França teve de ser contido de outra forma dado que era impossível silenciar o caso. As autoridades trataram de esvaziar a motivação anti-semita e a fé muçulmana do gang raptor insistindo que o motivo do rapto era apenas e resgate.
Para quem perceber francês, pode ver abaixo Sarkosy, então ministro do Interior, respondendo na ocasião da descoberta e falecimento de Ilan Halimi sobre o assunto na Assembleia Nacional francesa. Note-se que ele disse que quatro dos implicados eram judeus. Hoje saber-se que que essa notícia era falsa e que foi usada pelas autoridades e difundida pela comunicação social como forma de evitar o alarme social que emergiria do conhecimento de um crime de ódio com implicações políticas. Acabou a sua intervenção com a correção política de desligar claramente o crime da ideologia dos criminosos.
O esforço de dissimulação, cuja boa intenção não se discute, não chegou para encobrir o facto de se estar na presença de um crime de motivação ideológica como ficou evidenciado por vários motivos:
-a polícia descobriu que o gang raptor tinha apenas judeus listados para outros raptos previstos;
-a motivação do resgate também não poderia ser suficiente para justificar o ódio e a brutalidade com que Ilan foi tratado pelos seus raptores;
-nos seus contatos, os raptores disseram à família que obtivesse o dinheiro do resgate pedindo-o nas sinagogas;
-os pedidos de resgate eram acompanhados pela recitação de versículos do Corão;
-entre os identificados por terem participado no rapto e sequestro foi encontrada documentação em carateres árabes e de apoio à causa palestiniana.
A atitude de apaziguamento também não serviu para inverter ou sequer parar o crescendo de insultos e agressões de motivação racial e religiosa de que é alvo a comunidade judia francesa. Esses ataques são praticados por elementos de extrema-direita mas sobretudo por muçulmanos radicalizados e ocorrem especialmente entre os jovens. Em França vivem atualmente 500,000 judeus. Não há muitos anos eram 600,000, mas muitos têm desistido de viver no país e emigrado para os EUA e para Israel. Enquanto isso, o número muçulmanos já ultrapassa os 5,000,000 e continua a aumentar.
O caso está a se julgado agora.
quinta-feira, 13 de março de 2008
Direita IV
Direita I, Direita II, Direita III
PS Passem no Combustoes, muito bom
Integração dos Muçulmanos
E por falar em realidade, aqui fica uma reportagem da Fox News já com mais de um ano sobre o modo como os muçulmanos estão interessados em integrar-se nas sociedades não muçulmanas que os acolhem.
A realidade não se compadece com as conjeturas e deambulações intelectuais da estupidez negacionista. Aquando da queda do Muro de Berlim houve comunistas que disseram que o muro lhes 'caiu em cima’, forma que usaram para justificar ter esperado que as coisas acontecessem para admitir que os países de Leste eram prisões sob a forma de Estado. Mas o muro ‘caiu-lhes em cima’ apenas porque eles sempre recusaram confrontar as suas crenças com a realidade.
A respeito de negacionismo convenhamos que nem tudo é estupidez; muito do negacionismo é feito da mais pura desonestidade intelectual. Fingir que uma onda islamo-fascizante não está invadindo a Europa com consequências trágicas para a liberdade e para o civismo tem tanto de estúpido como de intelectualmente desonesto.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Culto na escola: também quero
Um tribunal alemão botou sentença no sentido admitir o culto islâmico no interior da escola, desde que em sala apropriada.
Eu sou Pastafarianista e quero também uma sala para mim.
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A Oeste Algo de Novo
A primeira visita oficial ao estrangeiro de Cavaco Silva foi a Espanha. A sua a sua postura pró-europeia rapidamente se integrou na visão pequenina e tacanha de Sócrates aplicada à política económica externa, resumida no seu lema ‘Espanha, Espanha, Espanha’. Esta prioridade socratina e a sua política fiscal leva a que Portugal esteja a contribuir para o crescimento espanhol enquanto vai ficando mais pobre em relação ao vizinho.
Definitivamente, já há quem tenha entendido isto. Mais ainda, Cavaco e aqueles que o aconselham parece que também se aperceberam que a possibilidade de a Europa estar a caminhar para a entropia é considerável. As consequências na economia já estão aí. Portanto, é preciso abrir ou reabrir as portas da economia ao resto do mundo e deixar entrar ar fresco.
Na visita ao Brasil fica claro que o Presidente reconhece o potencial económico do gigante sul americano que cresce a um ritmo acelerado, e que Portugal pode beneficiar desse crescimento não só pelas exportações, como pelo investimento, como aliás já está a acontecer. Estes factores económicos não têm potencialidade séria de crescimento junto dos parceiros europeus, ao passo que no Brasil as possibilidades e esse respeito são mais vastas e a rentabilidade maior.
Desde há vários anos que não víamos um responsável político português apontar um caminho de desenvolvimento fora do âmbito do eurocentrismo. Cavaco, homem de convicções e teimosias, mudou. É porque algo de importante, finalmente, está para ser posto a descoberto.
terça-feira, 11 de março de 2008
As Malhas Que o Anti-Semitismo Tece (i)

Poucos dias depois, Aaron Grossman, um americano judeu médico em Chicago, enviou um e-mail ao New York Times com o texto:
(Traduzido no final) “Regarding your picture on page A5 (Sept. 30) of the Israeli soldier and the Palestinian on the Temple Mount - that Palestinian is actually my son, Tuvia Grossman, a Jewish student from Chicago. He, and two of his friends, were pulled from their taxicab while travelling in Jerusalem, by a mob of Palestinian Arabs and were severely beaten and stabbed. That picture could not have been taken on the Temple Mount because there are no gas stations on the Temple Mount and certainly none with Hebrew lettering, like the one clearly seen behind the Israeli soldier attempting to protect my son from the mob. “
(“Em referência à foto que publicam na página A5 (30 Set) do soldado israelita e do pelestinano no Monte do Templo – na verdade aquele pelestiniano é o meu filho Tuvia Grossman, um estudante judeu de Chicado. Ele e dois amigos foram arrancados do táxi em que viajavam em Jerusalem por uma multidão de palestinianos árabes e foram gravemente espancados e apunhalados. A foto não pode ter sido obtida no Monte do Templo porque nesse local não existem postos de gasolina e se existissem não teriam inscrições em hebraico como aquela que claramente se pode ver por detrás do soldado israelita que está tentando proteger o meu filho da multidão.”)
O testemunho de Tuvia Grossman sobre o acontecimento pode ser lido aqui. http://www.aish.com/jewishissues/israeldiary/Victim_of_the_Media_War.asp
O desmentido foi publicado pelo New York Times sem que isso tivesse repercussão significativa na opinião pública americana, muito menos no resto do mundo. A verdade é que mais uma campanha difamatória contra Israel e a correspondente vitimização dos palestinianos era já como um comboio percorrendo o seu caminho.
Algumas práticas jornalísticas sobre assuntos do Médio Oriente têm estas caraterísticas. Com estas e outras distorções e umas tantas omissões se faz muito do noticiário sobre Israel. Quanto à celebre ‘conspiração judaica mundial’, ela existe e está viva, mas apenas na imaginação dos crentes.
Debate Monarquia/República; Mais Um
De um lado os republicanos que dizem que a República é mais democrática que a Monarquia. Não é. Conquanto uma monarquia seja democrática, o Rei é Rei porque os eleitores aceitam, porque no dia em que não aceitarem o regime muda. Também dizem que a República é mais avançada que a Monarquia. Não é. Atualmente as monarquias só são possíveis em democracias liberais. As tiranias de quartel, os Estados corruptos e as ditaduras são, naturalmente, repúblicas.
Do outro lado os monárquicos que dizem hoje o que os republicanos diziam há cem anos, isto é, só a Monarquia poderá salvar Portugal. Mentira. A ‘salvação’ de Portugal, partindo do princípio questionável que Portugal precisa ser ‘salvo’, não depende da forma do regime, mas do conteúdo do regime. E depois vem aquele jeito repelente de uma certa gente que abunda entre os monárquicos que para poder dizer alguma coisa de bom sobre si mesma precisa de puxar pelo nome do bisavó para trás, de outro modo não passariam de vulgares nulidades.
Eu, uma espécie de monárquico não praticante, tenho a dizer que entre uma Quarta República ou uma Monarquia moderna mas carregada com os tiques bacocos de uma boa parte dos monárquicos, prefiro de longe a Quarta República. Se D.Duarte quiser ser chefe de Estado, ele que se candidate. Depois se vê.
Religiões
Com o tempo, certos rituais comunitários, cuja origem se perde na memória, acabam por ganhar a patine da tradição.
Sou um conservador, e por isso penso que algumas tradições, por traduzirem o direito do homem à continuidade, funcionam como uma espécie de cimento identitário, contribuindo para a coesão interna de grupos, sociedades, organizações e instituições.
Claro que nem todas aparentam ter esta utilidade.
Por vezes, face a algumas, ocorre-nos perguntar:
-Porquê?
As respostas dependem da contigência de cada um, da sua visão do mundo, da extensão dos seus conhecimentos, ou do alcance da sua curiosidade. A maioria delas será limitada e insatisfatória.
Mas, se ninguém questionasse, se tudo aceitasse com bovina resignação, não haveria mudança e uma equivalente da 2ª Lei da Termodinâmica começaria a fazer o seu trabalho, empurrando os sistemas para o seu estado de máxima entropia (mínima organização).
Por vezes é preciso "sangue novo". Os grupos humanos necessitam dele para evitar a degenerescência genética, e as organizações precisam de ideias novas para evitar a progressiva degradação e a tendência para se consumirem a si próprias.
Mas, sendo um animal de hábitos, o homem desconfia da mudança, excepto quando nada tem a perder, e frequentemente, quando se pergunta a alguém porque faz isto desta forma e não daqueloutra, a resposta surge espantada, definitiva e por vezes indignada:
Porque sempre se fez assim!
Muitas vezes trata-se de tradições úteis, daquela que funcionam como traves mestras, embora isso possa não ser imediatamente visível, mas outras vezes, sob sólida aparência, esconde-se madeira carunchosa, travestida de vaca sagrada.
Vem isto a propósito da religião e das crenças em geral, desde as ideologias às paranóias das teorias da conspiração.
O ritual religioso é comum a todas os grupos humanos, e é daqueles que, pela sua aparente irracionalidade, apetece desancar de alto a baixo.
Não acredito em Deus, e também já tive a minha fase de atirar pedras à vaca, numa altura da vida em que a borbulha abunda e a sensatez escasseia.
Feliz ou infelizmente, as certezas mata-frades esvaíram-se na proporção inversa da maturidade e hoje, mantendo a mesma total descrença em Deus, criador ou moral, há coisas que não posso ignorar:
1ª- As sociedades totalitárias que despediram Deus, foram obrigadas a criar religiões profanas, com teleologias e rituais próprios, macaqueando a "alienação" que dizia pretender combater.
2ª- Os resultados da ausência de Deus foram trágicos, em sociedades como a chinesa e a soviética
3ª- A base moral e ideológica da nossa civilização e do nosso regime democrático liberal assenta sobre uma herança religiosa judaico-cristã , de tal modo que Nietzche e Hegel não tinham papas na língua quando definiam o cristianismo como uma religião de escravos e a democracia como a versão secular do cristianismo.
4ª- Na última grande turbação politico-militar do nosso país, foi a imensa força da pertença religiosa católica que impediu o deslizamento sem luta para o totalitarismo comunista.
É por isso que, quando ouço e leio as baboseiras dos mata-frades de serviço da nossa esquerda anti-clerical, não consigo deixar de pensar no tipo que vai partindo os pratos, insultando o cozinheiro e criticando o menu, enquanto se vai empazinando com a comida.
segunda-feira, 10 de março de 2008
EUSÉBIO …. É NOSSO!

Estes são os verdadeiros tugas da nação, estes são aqueles que têm as mãos calejadas dos tijolos e do cimento das nossas obras públicas, estes são aqueles que eram propriedade do Estado Novo, como Eusébio, ‘a pantera negra’, que defendeu as cores do Benfica até à última.
Não foi jogar para o Manchester porque o Salazar não deixou. Porque o seu estatuto no futebol era equiparado ao mosteiro dos Jerónimos, ‘made in tuga’, e o que é das colónias é bom, e é nosso: ‘Não se discuuuute a NÁAÇAAAÃO!’, dizia o ‘mister’ de Santa Comba, Dão…
Eusébio, pum-pum-pum, cá-tá-pum…. É NOSSO!
Eusébio, pum-pum-pum, cá-tá-pum…. É NOSSO!
Será que Portugal ainda é visto a preto e branco? Porque será que depois de tantos anos de colonialismo ainda não há um ministro de cor, um membro do parlamento, um presidente da câmara? Vá lá, um presidente de um clube de futebol da primeira-divisão?
E porque será que em nenhum dos 4 canais televisivos tugas não há um apresentador preto..... a desculpa é que têm de mudar as luzes do estúdio por causa da tonalidade da cor da pele.... por amorzinha de Deus.... em todos os canais do mundo há tanta gente de cores diferentes que apresentam o telejornal.....
Ou os tugas de cor estão limitados aos andaimes ou aos planteis das equipas de futebol… Ou na verdade, os futuros atletas da nossa selecção ainda andarão nas obras?
Estes sim são os verdadeiros tugas, os que andaram nas filas dos Serviços sem Fronteiras, os que comeram do lixo e viveram em barracas e agora andam na alta roda mundial do mundo do desporto.
Só se fala no Cristiano Ronaldo….nesta tugaria cheia de nevoeiro do D. Sebastião, quando a Naide Gomes acaba de ser neste fim-de-semana campeã Europeia no salto em comprimento em Valência…
sábado, 8 de março de 2008
BURQINI, O ÚLTIMO GRITO EM MODA ISLÂMICA…
O BURQINI (contracção de burqa + bikini) não vem de um país islâmico, e nem sequer foi inventado por muçulmanos. Foi fabricado na Austrália. Note-se que em países muçulmanos algo parecido já tinha sido fabricado para as mulheres se banharem, o Hijood, uma espécie de shador que se enche de água como um pára-quedas quando cai à água, e que impossibilita qualquer movimento, que fará nadar…
O BURQINI é outra coisa, também cobre inteiramente o corpo mas foi feito de material mais leve, com cores e design moderno, é mais justo ao corpo, mais aquo-dinámico. Mas ninguém pense em bater o record dos 100 m livres num fato de banho deste tipo – há limites…
Há dias uma jovem holandesa convertida ao Islão (são doze mil!) foi proibida de nadar de BURQINI numa piscina em Zwolle, segundo a direcção depois de protestos dos outros banhistas.
Isto foi logo notícia de primeira página nos jornais. A TV-nacional enviou uma jornalista armada com o famoso burqini e com vontade de nadar para averiguar a situação em várias piscinas do país.

como eu gosto, a holandesa convertida usava sapatos de surf...
A jornalista constatou que das 36 piscinas só 4 eram reticentes ao burqini. Numa das piscinas, em que a jornalista podia nadar de burqini, entrevistou os banhistas acerca do assunto: 'Minha senhora o que acha do meu burqini?' 'Acho que um fato de banho lhe ficaria melhor', responde uma senhora em BIQUÍNI. Outra acrescenta: 'sou contra! é que assim as outras mulheres sentem-se quase nuas, sentem-se como se fossem umas galdérias e depois já se sabe o que acontece!'
Este 'já se sabe o que acontece' toda a gente na holanda percebe, é uma referência ao deplorável comportamento dos jovens marroquinos em piscinas e que é do conhecimento geral – entre outras coisas violações em grupo de raparigas, o que nós chamamos 'uma geraldina'. Ao ponto de certas piscinas terem fechado as portas. Outras, para limitar a entrada de jovens marroquinos, mudaram de nome. HET MIRANDABAD, por exemplo, passou a ser FAMILIEBAD, numa tentativa de atrair apenas famílias. A piscina DE MEERKAMP resolveu introduzir um Iris Scanner e um Palm Scanner à entrada, de forma a proibir a entrada aqueles que no passado participaram nalguma geraldina, ou deram porrada noutros banhistas, ou partiram as instalações…
A certa altura a jornalista em BURQINI repara que um dos banhistas, um senhor de óculos e de mão dada com uma criança e com aspecto de estrangeiro, a olha muito insistentemente. A jornalista dirige a sua equipa em direcção do senhor. Era um turco. 'Diga-me lá o que pensa do BURQINI', pergunta a jornalista sacudindo a água do seu, o turco irritado: 'Olhe minha senhora tenho VERGONHA, sou muçulmano mas isto é o cúmulo, é a expressão máxima da repressão da mulher, aceitar isto é beijar os pés aos fundamentalistas. Esta gente quer introduzir normas diferentes à força. Mas neste país as pessoas quando querem ir à piscina vestem um fato de banho, não esta atrasada esquisitice. Isto é realmente vergonhoso…’
Jet Bussemaker, secretária de estado para o desporto e do Partido Socialista, pelo contrário, está contente que as muçulmanas, graças ao burqini, possam ir à piscina. Segundo ela é bom para a integração no desporto...
Mas Afshin Ellian, colunista de origem persa, pergunta: 'mas assim nunca mais se integram numa sociedade liberal e livre! Será que esta lógica também funciona com neo-nazis e grupos de extrema-direita? Devemos estar contentes quando esta gente se pavoneia na via pública com o seu vestuário assustador porque isto favorece a integração destes tipos?
Conclusão: se não fossem os estrangeiros estávamos há muito entregues ao fascismo verde…
Abaixo a Polícia
Ele há coisas ...
Há quem diga que não gostaram que a polícia os visitasse para saber quantos iriam partir para a manifestação.
Ele há coisas ...
Vejamos se terei percebido: a Polícia terá ido à escola para saber quantos viajariam e os professores da escola de Ourém ter-se-ão sentido intimidados.
Nnnnãh! Se calhar não percebi mesmo. Será que ostentam o cartaz para espalharem aos quatro ventos que a presença da Polícia não é suposto intimidar particularmente quem não tem razões para se sentir intimidado? Muito bem. É isso que, justamente, deve ser ensinado na sala de aula: o primado da legalidade e do poder judicial de que a Polícia é braço executivo. Só pode ser isso.
... mas não deixa de ser esquisito ser assunto a arrastar para uma manifestação. Será que se pretende fazer ver ao poder político que a Polícia é bem-vinda à escola? Talvez seja uma consequência da recente onda de criminalidade... talvez!
De outra forma seria intolerável que os professores admitissem, como possível, que um grupo seu, supostamente representativo, tivesse bramido na praça pública um cartaz pondo em causa a Polícia, justamente a entidade longamente reclamada pelos empunhantes como necessária junto às escolas.
Evidentemente que nunca poderia ser o caso. Com que cara iriam esses professores dizer exactamente o contrário a umas quantas turmas?
Ou poderia dar-se o caso mais impensável de todos: que eles dissessem exactamente isso aos alunos. Sim, se o dissessem na praça pública seria difícil encarar a possibilidade de afirmarem o contrário na sala de aula, ou seria gente sem carácter.
... veja-se bem onde vai a minha cabecinha! Eu a pensar que era capaz de dar um par de estalos a um professor de um filho meu que tivesse a lata de, implicitamente, declarar guerra à polícia. Bem, a verdade é que, se fosse o caso, e em coerência, ele nunca reclamaria pela polícia, sua figadal inimiga.
Mas não posso deixar de pensar que, se fosse o caso, seria um par de estalos bem afinfado. Afinal, se a Polícia o intimidasse, que consideração trivial haveria ele de me merecer?
sexta-feira, 7 de março de 2008
Novas Oportunidades
Dizia o santo homem:
“Se o marido quiser usar a pancada como método para lidar com a sua mulher, não o deve fazer na frente dos filhos, mas sim posicionar-se entre eles e ela.
E deve agir de acordo com as seguintes condições: não pode causar feridas ou fazer sangrar e deve evitar bater na cara ou em partes sensíveis do corpo da mulher.
Assim sendo as limitações são:
Não se pode fazer sangrar, não se devem partir ossos e não deve ser na cara. Se o marido viola estas regras, viola as regras de Alah.
Se ela ficar ferida, o marido pode ter de responder pelos seus actos porque a mulher não é a sua mercadoria e ele não pode fazer com ela tudo o que lhe apetece.
Mesmo que a mulher perdoe ao marido, isso não quer dizer que Alah o faça no julgamento final.”
Depois de meditar profundamente nestas sábias e tolerantes recomendações, gostaria de exortar a nossa amiga Zazie a completar a sua conversão ao islamismo, consumando-a com um Mahmud qualquer.
Seria uma excelente ocasião para novas aprendizagens já que, segundo as suas próprias sensatas e sempre avisadas palavras, só se aprende à cachaporra.
Pensando bem, não sei se não seria de contemplar este método no programa socrático das "Novas Oportunidades"
quinta-feira, 6 de março de 2008
Batata Nova, Batata Velha

Rui Marques, uma daquelas pessoas que vive de servir batatas assadas e fritas, pensou seriamente na questão. Apercebendo-se de que os indígenas estão cada vez mais fartos de batatas assadas e batatas fritas, e também do perigo que isso pode constituir para o bem estar dos batateiros em geral, teve uma ideia brilhante: servir BATATAS COZIDAS.
Vai daí, ele e "sessenta cidadãs e cidadãos" (realce para o tique do politiquês correto do elas e eles) fundou o MEP, Movimento Esperança Portugal. Seguem-se alguns exemplares da nova oferta batatónica:
“O MEP não nasce com uma atitude anti-sistema, para dizer que os políticos são corruptos e que está tudo errado”
“O MEP é um movimento humanista que quer estar ao centro do centro político, entre o PS e o PSD, para que a partir daí seja possível construir pontes e sublinhar mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa”
De um modo mais resumido mas menos politicamente correto, o MEP é ‘mais do mesmo’.
Os idealizadores do MEP tomam os portugueses (ou as portuguesas e os portugueses, para ser politicamente correto) por mais estúpidos do que realmente são. É que para se ter mais do mesmo, fica-se como se está. Mais, as pessoas ficam-se pelas batatas não tanto porque não estejam mais do que enjoadas delas, mas porque não têm nada de melhor para escolher.
Não parece que o novo batatal venha a prosperar. Nada que deva preocupar a generalidade dos batateiros que continuarão bem de vida.
WILDERS TAMBÉM QUER IR ÀS COMPRAS...

Creio que Fernando Venâncio já se deu conta que, mesmo em Portugal, onde, salvo raras excepções apenas se discute o sexo dos anjos, esta temática sobre muçulmanos é outra louça do que os seus calmos e interessantes discursos sobre o galaico-português no Aspirina B. Os ânimos aquecem, os insultos, cada vez mais virulentos, destoam com o decorum politicamente correcto do autor do poste e, mesmo as ameaças de morte já fazem parte da rotina. Já parece a nossa querida Holanda, assim até nos sentimos enfim em casa…
Não estou inteiramente de acordo com o conteúdo do poste, mas tendo em conta que F. Venâncio optou pelo campo dos que não querem polarizar, dos condescendentes, acho um artigo decente. (Não se pode esperar do Papa que vá defender a liberdade sexual dos homossexuais. Damo-nos por muito contentes que pelo menos não decrete em bula papal que os gays devem ser atirados de prédios altos e de cabeça para baixo, como afirmam certos imãs nas mesquitas de Amesterdão).
Uma das poucas críticas que tenho em relação ao texto de F. Venâncio é que, na minha opinião, sugere que Wilders aparece num vácuo político! Que Wilders, juntamente com um opinion maker, se pôs a ponderar, a pensar em voz alta numa forma de obter rapidamente o poder: Deixa cá ver quem é que a gente há-de insultar hoje! Os budistas? Eh pá não, essa gente não dá luta. Os portugueses? Esses também não, vão acabar por nos gozar porque sempre nos ganham no futebol. Os belgas! Muito batido.
Os muçulmanos? ISSO, genial pá, esses gajos ao menos dão luta.. Temos imprensa garantida todos os dias…
Outra crítica, é que F. Venâncio parece dar a entender que o ser protegido de dia e de noite é um PRIVILÉGIO invejável: 'Wilders tem a plena liberdade de exprimir-se. Não como eu, ou como o meu vizinho. Não, ele é, depois da Rainha, o cidadão mais protegido no país.'
A posição de Wilders não é de maneira nenhuma invejável, e além disso, na Holanda, não é só ele e a Rainha que se encontram nesta 'invejável' posição, de terem de ser protegidos do islamismo militante. Há muita mais gente… Até mesmo seguidores de Alá mais moderados!
Última crítica que tenho é a utilização algo demagógica da senhora com medo de se encontrar no sítio errado, a horas erradas. O medo da senhora é compreensível, mas também poderíamos imaginar um cenário parecido: a senhora entra numa livraria para comprar um livro de cozinha, precisamente no momento em que um terrorista tenta matar a tiro o livreiro, porque na montra se encontra à venda Os Versículos Satânicos de Rushdie.
Será que devemos proibir Rushdie de escrever, para que a senhora possa fazer as suas compras à vontade?
Tempo para assinar a petição pela paz
Quando um tipo se depara, no célebre e muy interessante blog do Daniel Oliveira (arrastao), que existem a circular pela Internet petições para a paz no Médio Oriente, um tipo como eu até fica feliz. O pior é quando esta malta começa a debitar aquilo que entende por "paz".
"É inacreditável a cegueira que vai pelo mundo, na Palestina está a acontecer uma matança de um povo, em que a resistência é feita com pedras e rockets praticamente inofensivos. PALESTINA VENCERÁ, mas não com acordos de Oslo e colaboracionistas." por um tal de Tiago...
"O Hamas governo democrático de toda a Palestina tem o direito de prosseguir a luta armada até à eliminação do regime nazi-sionista-apartheidesco. FOGO SOBRE A CANALHA NAZI-SIONISTA !" por um tal de euroliberal...
Andam por aí ursídeos à solta. E, o pior, é que eles frequentam sempre os mesmos locais... Costumam ter reuniões no arrastao, mas também costumam passar pelo 5dias. Coisas de ursos...
Hoje, em Jerusalém Ocidental, novo ataque contra civis Israelitas. O balanço provisório é de 8 mortos e 35 feridos, a maioria deles estudantes, visto que o atentado foi perpetrado contra um Instituto de Estudos Talmúdicos. Dois dignos guerrilheiros Palestinianos, que estarão a esta hora a meio de uma mega orgia, entraram no Instituto e dispararam contra tudo o que mexia.
Na Palestina deitam-se foguetes e dança-se. Um espectáculo. Assim a paz, não haja dúvidas, é possível. Abou Zouhri, porta-voz do Hamas, já considerou o acto de heróico.
Gostaria de deixar um conselho ao Abou: esconda-se bem escondidinho, ou então amanhã por esta hora estará junto dos "mártires", e isso é algo que você seguramente não quer...
Quero ver o que é que este bando de ursídeos vai advogar em defesa dos coitados dos Palestinianos...
Direita III
Direita I, Direita II
CAPITULAÇÃO É UMA OPÇÃO!

NRC Handelsblad
À esquerda Balkenende (primeiro-ministro holandês) diz: Claro que temos medo de algo que nunca ninguém viu...
O Talibã responde: Essa é que é a própria essência de religião!
Já no dia 23 de Janeiro, no meu post Burka ou não Burka, eis a questão! dizia eu que 'Não se fala noutra coisa na Holanda, senão no hipotético filme de Wilders. Todos os presidentes de câmaras receberam uma carta do ministro do interior para se prepararem para o que der e vier depois da exibição do filme.'
Nova: o Sr. não acha que devíamos dar ouvidos aos pedidos dos países muçulmanos?
- Capitulação é uma opção, mas isso não significa que eles vão parar de fazer exigências.
Nova: Mas está ver o que isto pode ocasionar, manifestações nos países muçulmanos contra nós.
- Nos países muçulmanos só acontece o que os governos desses países querem que aconteça.
Nova: ataques a embaixadas, atentados contra os nossos compatriotas no estrangeiro.
- Mas isso é precisamente a essência da Jihad…
* Fitna tem uma porrada de significados em Árabe, dependente do contexto pode significar: teste, sofrimento, luta, caos, guerra-civil, sedução (no sentido pejorativo) quando utilizado em relação a sexo, etc. Mas sempre no âmbito da Dar Al Islam (casa, território do Islão), por isso não confundir com Jihad que, significando por vezes a mesma coisa, se refere sempre ao combate FORA da Dar Al Islam.
P.S. No Aspirina B, há um post de F.Venâncio sobre este assunto, onde foca o medo de uma senhora! Logo a seguir Valupi também aborda esta matéria – no cartoon que publica está tudo explicado. Pena que a Zazie e o Euroliberal açambarquem grande parte da... liberdade de expressão…
Daniel Oliveira e as Petições pela Paz
Quem a entoa é a esquerda "moderna" "anti-sionista" acompanhada à viola pela direita " anti-semita", ao toque de caixa dos aiatolas e da rua islâmica, que não podem deixar de se maravilhar pela facilidade com que conseguem fazer dançar em elaboradas coreografias, manadas de génios do "pensamento", como o Dr Miguel Portas, o Daniel Oliveira e outros notáveis eurogénios que desatam logo a fazer petições pela "paz"., assim que o nervo pavloviano sofre o conhecido estímulo da salivação.
Claro que o entranhado amor pela "paz" tem fases. Por exemplo, não lhes enche o coração quando de Gaza são lançados foguetes e bombistas contra Israel, mas irrompe incontível e solidário, quando os israelitas vão atrás dos autores do foguetório.
É nestas alturas de irreprimível amor, que eles fazem petições, manifestações, abaixo-assinados e piedosos apelos à "paz" , com abundantes referências às “vítimas inocentes” que são, evidentemente, os "civis" palestinianos, à mercê da tal "força desproporcionada".
Como nenhum dos piedosos defensores da “paz” achou necessário clarificar o que entende por "força proporcionada", fica no ar a vaga suspeita de que a proporção correcta é aquela que cada um destes cromos tem na sua cabeça que, já de si, não parece ser grande coisa.
Ora apesar da "força “desproporcionada”, o Hamas" tem continuado a lançar os seus foguetes, business as usual.
Sobre civis que, como são judeus, não são inocentes e muito menos merecem petições pela "paz".
As mentes mais cépticas incapazes de ver o "contexto" , teimam em não acreditar que as petições pela "paz", façam derreter em pleno ar os foguetes islâmicos.
Os amantes da "paz", pelo contrário, parecem achar que se Israel assobiar para o ar e fizer de conta que os foguetes não estão a atingir cidades e vilas, a coisa se resolve, especialmente se acompanhada por uma temível petição pela "paz".
Trata-se, no fim de contas, de proteger os "civis inocentes" evitando "punições colectivas".
Claro que o facto de o Hamas ser composto por civis, lançar os seus foguetes de zonas civis, instalar os seus combatentes em casas anódinas, e lançar os seus projécteis única e exclusivamente contra civis (para não desperdiçar explosivo que está caro, culpa do bloqueio sionista) , é irrelevante.
E nada de julgamentos, por favor, deixemo-nos de arrogâncias ocidentais.
Abrigar-se atrás dos filhos e mulheres, fazendo manguitos ao inimigo, parece ser uma respeitável tradição islâmica que não nos compete julgar, mas sim respeitar.
Ora uma vez que toda a gente, incluindo a manada, sabe que os terroristas praticam esta respeitável tradição, qual será então a "força proporcionada" que os génios da "paz", autorizam Israel a levar a cabo?
Não há ainda estudos rigorosos sobre o tema, mas acredita-se que uma táctica "proporcionada" seria Israel deslocar para a fronteira alguns actores, que responderiam a cada foguete mostrando a língua e dizendo "nha nha nha nha nha ".
Haveria, é claro, que evitar a escalada, controlando rigorosamente as represálias, para que nenhum criminoso sionista se lembrasse de, por exemplo, responder a um foguete mais potente com uma língua desproporcionada ou berrando mais um ou dois "nha".
Isso sim, seria injusto e claramente desproporcionado, senão mesmo uma "punição colectiva" que justificaria mais uma enérgica petição pela "paz".
P.S. Peço desculpa pelo facto de os labels deste post serem redundantes. Redundãncia por redundância, se calhar vou fazer uma petição, para se acrescentar "Daniel Oliveira", como sinónimo.
quarta-feira, 5 de março de 2008
Liberdade de expressão
People who annoy me.
(dedicado à zazie)
Indivíduos de cor
Orgulho Gay
Matrimónio
Solução negociada ('clicar' em play this game)
Colômbia com Sabor a Israel
A guerrilha comunista das FARC está ativa na Colômbia há mais de quarenta anos, isto é, há mais de quarenta anos que matam, sequestram e produzem e vendem cocaína. Mas há apenas menos de dez anos que existem especialistas militares israelitas contratados na Colômbia. Inicialmente as coisas não foram bem porque as contratações eram feitas pelos grupos para-militares. Mas desde 2004 que a generalidade dos grupos para-militares cessou a atividade. O combate à guerrilha comunista está agora centrado essencialmente no exército, e o apoio dos elementos israelitas é dado diretamente às forças armadas do país.
As FARC estão sobre forte pressão militar. Em 2001 estimava-se que tivessem mais de 15000 efetivos. Hoje pensa-se que tenham menos de metade. As deserções são o principal sinal de uma derrota que se aproxima sem alarde.
O apoio militar israelita assenta essencialmente no treino de especialistas em recolha e tratamento de informação. A fuga e o acolhimento dos milhares de desertores têm sido uma boa fonte de informação. É essa a mais-valia que tem feito a diferença nos resultados obtidos pelo exército o combate aos terroristas. O uso de tecnologia sofisticada na localização de cabecilhas do movimento também é uma das componentes da cooperação israelita.
A guerrilha criminosa de inspiração comunista na Colômbia está em franco retrocesso. Já não consegue sobreviver apenas do tráfico de droga, ao contrário do sempre aconteceu. A saída da crise passa pela Venezuela. As FARC contam com o apoio financeiro de Chavez. Tal como contam com o seu apoio político para alcançar reconhecimento e credibilidade internacionais, como se demonstra pela vontade súbita de libertar reféns sequestrados há vários anos em articulação com o louco de Caracas.
Mas o egomaníaco Chavez está em maré de azar. Primeiro perdeu a aposta do referendo para obter poder absoluto na Venezuela. Agora perde a aposta na sublevação da Colômbia por via dos seus correlegionários das FARC.
Na ação militar de 28 de Fevereiro foi apreendida documentação que deixa claro o envolvimento secreto dos Governos da Venezuela e do Equador com as FARC. No entanto, já eram públicas acusações de que líderes guerrilheiros das FARC obtêm refúgio no território dos vizinhos esquerdistas da Colômbia. O Governo colombiano pretende apresentar queixa da contra Hugo Chavez no Tribunal Penal Internacional de Haia.
Uma vez mais uma certa esquerda vê cair o pano sobre o que imaginava ser a realidade; só que tudo não passada de um espetáculo que os deixou animados enquanto durou. Não se podem queixar de não terem sido avisados.
Politicamente correcto
É pena porque a guerra, o mais exigente desafio da espécie, é um verdadeiro filão, diria até a essência do conceito capitalista de “destruição criadora”.
Aí à sua volta, caro leitor, na conspícua normalidade paisana, vicejam descaradamente objectos, métodos e linguagens gerados no útero da violência organizada.
A começar pela Internet, saída directamente das entranhas de um projecto militar americano.
A Investigação Operacional, os Sistemas de Informação Geográfica, o GPS, as redes de comunicações, etc., são filhos legítimos do animal, bem como conceitos de organização, como “staff”, “linha, “logística”, etc
A linguagem do dia-a-dia, essa é uma verdadeira cornucópia de expressões guerreiras.
Entre empresas estratégicas, e a táctica a seguir, despoleta-se o problema, ataca-se a situação de frente, porque a melhor defesa é o ataque, combate-se na batalha da produção, pela defesa dos direitos, luta-se pela paz, faz-se a patrulha ideológica, recebe-se um salário, com ou sem trabalho de sapa, enfim, é um louvar a deus de expressões marciais.
Mas é no linguarejar politicamente correcto, que a organização militar pede meças e reclama brios.
Nas ordens de operações não se mata, neutraliza-se.
Malhar com centenas de granadas sobre os infelizes que têm o azar de vir por onde a gente os espera, chama-se “barragem”, e lançar algumas mortíferas ameixas sobre uns castiços que se vêem ao longe, designa-se “flagelação”. Destruidores bombardeamentos de artilharia são “fogos de apoio” e uma “retirada sob pressão” é basicamente uma sofisticada técnica tefe-tefe, que consiste em bater com os calcanhares nas nádegas.
De uma unidade estraçalhada e reduzida a meia dúzia de aterrorizados pobres diabos, diz-se que tem o seu potencial de combate reduzido e está “inop”. Se for do inimigo, está “neutralizada”.
De resto nas operações militares não há mortos, apenas “baixas”.
Hipocrisia?
Neste caso, não, ao contrário do linguarejar da esquerda "moderna", ou "pós-moderna".
De um modo geral, este afastamento da linguagem em relação à rudeza do real, visa ordenar o caos letal dos campos de batalha num conjunto de rótulos cuja assepsia permite manter alguma sanidade mental nas cabeças dos homens lançados em situações impossíveis e agredidos por um meio ambiente que os quer literalmente matar.
Racionaliza-se o medo e mantém-se o domínio da razão sobre o instinto.
(Publicado na edição de Janeiro da Revista "Atlântico")
terça-feira, 4 de março de 2008
Direita II
Direita I
segunda-feira, 3 de março de 2008
O extintor de fogo sulfuroso
[Actualizado (IV)]
De acordo com o inevitável guião e aproveitando o facto dos colombianos terem limpo o sebo a um imbecil produtor de droga e raptor nas horas vagas, Chávez, ferido no seu orgulho pestilento, mandou avançar as tropas venezuelanas para a fronteira colombiana.
Manda avançar e chama a atenção que o presidente colombiano é um fantoche às mãos do sulfuroso Bush.
Aguarda-se a posição da esquerda estúpida. Aposto que vai dizer 'sim, mas que ...'. E 'pois, mas há que compreender'. Ainda 'tenhamos em atenção que ele foi obrigado pelas circunstâncias'. Ou até talvez, 'tenhamos em conta que é uma reação compreensiva face à opressão provocada pela longa noite imperial'.
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Nota final:
Não se percebe se as tropas venezuelanas irão aproveitar o passeio para exterminar a guerrilha colombiana que se tem acoitado impunemente no seu território ou se se tratará apenas de uma acção para a proteger.
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Pérolas:
OS REVOLUCIONÁRIOS NÃO CELEBRAM MORTES
e
A MORTE DE UM REVOLUCIONÁRIO
Uribe: não semeies outro Israel na América do Sul
Luís Lavoura diz:
3 Março, 2008 às 10:35 amNo Arrastão:
“onde um líder terrorista que se movia em liberdade foi abatido pelas tropas colombianas”
O JCD, pelo mesmo critério, deve admitir que a Rússia nada fez de mal ao (alegadamente) mandar abater o antigo agente dos seus serviços secretos que se movia em liberdade em Londres.
De facto, é evidente que um inimigo do Estado russo não pode deixar de ser um “terrorista”, que a Rússia tem toda a legitimidade para abater, onde quer que ele se mova em liberdade.
"Se não estamos em guerra com um país não entramos pelo seu território dentro. Parece-me o mínimo, não?"
No Esquerda.net:
Em comunicado, as FARC revelaram que Reyes estava no Equador para tentar organizar um encontro com o próprio presidente Sarkozy para tratar de um novo processo de libertação de reféns..
Mahmoud Abbas quer festa
Como suspeitava, o Presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas, suspendeu todos os contactos das negociações de paz com o estado Israelita.
As negociações deviam estar a correr mal, apesar de todos os esforços feitos por Ehud Olmert e por George W.Bush. Arranjou-se, como pretexto, um ataque elaborado pelas Forças de Defesa Israelitas, que vitimou 42 pessoas, entre as quais 8 civis. Ora, portanto, 42-8 dá a módica quantia de 34 terroristas a quem Israel aplicou a justa retaliação pelos sucessivos rockets e katyushas lançados contra todo o sul de Israel, nomeadamente contra as cidades de Sderot e Beer'sheva.
Espera-se, agora, que o presidente Mahmoud Ahmedinejad venha lançar as palavras do costume. Espera-se, a qualquer momento, que Nasrallah saia do buraco em que está metido, algures em Beirute, e se arme em herói. Espera-se que a União Europeia condene o "bárbaro atentado" contra todo o povo Palestiniano. Quem dá lugar a Miguel Portas no Parlamento Europeu arrisca-se a estas coisas. Até suspeito que este acto de defesa Israelita dará azo a uma intervenção cheia de sensatez e perspicácia do Dr. Miguel Portas, na próxima sessão do Parlamento Europeu.
O que os tipos da Fatah querem, é voltar, pelo menos, às fronteiras de 1967. Por outro lado, o Hamas não quer nada disso: quer é os judeus dali para fora. Estes pontos de vista até têm algum em comum, especialmente no que toca à sua "utopicidade".
Se bem que reconheça que a Fatah teve que fazer um golpe de rins do caraças para tolerar um Estado Israelita, não posso concordar com a restituição das fronteiras de 1967. Essencialmente por duas razões: a existência de numerosos colonatos Judaicos fora do perímetro das fronteiras anteriores a 1967, por força de uma inteligente distribuição Judaica levada a cabo pelo Estado Israelita (já existiam, porém, colonatos nestas áreas antes de 1967); perigosidade da proximidade geográfica das grandes cidades Israelitas, nomeadamente Tel-Aviv e Jerusalém, que levaria a ataques cada vez mais mortíferos por parte do Hamas e de outras organizações terroristas Palestinianas.
De maior dificuldade afigura-se a questão de Jerusalém. A população da cidade, segundo censos efectuados no ano transacto, é 70% judia. Isto a juntar à componente histórica por detrás das reivindicações Israelitas, vem tornar os argumentos de Israel cada vez mais válidos. Isto apesar de a parte oriental da cidade continuar, em certas zonas, com maiorias árabes.
A questão dos refugiados tem muito que se lhe diga. Não existe nenhuma lei em Israel que impeça o retorno dos árabes a sua casa, isto apesar de todas as burocracias inerentes ao retorno, por motivos mais que óbvios. A questão dos refugiados está ligada ao medo que as populações árabes tiveram, sabe-se lá de quem e do quê, depois da proclamação de independência de David Ben-Gurion. Deviam ter medo que os judeus os "comessem", e por isso fizeram as malas e abalaram, começando, a partir daí, as teorias da conspiração de numerosos massacres e perseguições elaboradas por Israelitas. Não estou a dizer que não existiram alguns massacres, porque existiram alguns, mas sim a afirmar que não foram tantos nem de tão grande importância como muitos advogam. E, quando ocorreram, foram certamente actos isolados, provocados não pelo estado Israelita mas sim por alguns indivíduos mais extremistas.
Também não desminto que Israel tenha enveredado, de forma a defender os seus interesses nacionais, nomeadamente em matéria de segurança, em certos momentos, por uma política que incentivava a fuga dos Palestinianos. Mas tal foi uma consequência da conjuntura adversa a Israel, cercado pelos seus mais que muitos inimigos árabes.
Não condeno Israel por certas políticas, que apesar de erradas, têm que ser olhadas no contexto em que ocorreram.
O que defendo actualmente é uma renegociação dos acordos de Oslo, que, apesar de apenas terem 15 anos, já se encontram ultrapassados. Muitos analistas criticam-no. E eu concordo, em certa parte, com esses analistas, visto que os tratados têm alguma incoerência anexada. Mas considero estes acordos importantes pelo precedente que abriram nas relações entre Israel e a Palestina, mostrando que afinal era possível fazer a paz.
Os Israelitas cumpriram cabalmente a sua parte. Retiraram de Gaza, graças a Ariel Sharon, que, com este acto, viu-se desprovido de muita da popularidade que reunia desde a Guerra de Yom Kippur. Os Palestinianos também cumpriram a sua: fizeram o favor de voltar a dar razão aos Israelitas. Assim que os Israelitas retiraram de Gaza, o território virou anarquia. Israel voltou a ser atacado constantemente pelo Hamas e por outras organizações Palestinianas.
Quando Ariel Sharon cometeu o "erro" de visitar a mesquita de Al-Aqsa, numerosos amigos da causa Palestiniana entraram em estado de choque. Que insulto caro Ariel! Já não bastava ter-nos lixado na Península do Sinai e agora ainda vem vangloriar-se para a mesquita sagrada? Apareceram as Brigadas de Al-Aqsa.
Começara a II Intifada.
Eu costumo muitas vezes perguntar, a muita da esquerda estúpida que aí anda, se vale a pena fazer cedências aos Palestinianos. Eles, como resposta, lançam perguntas estúpidas típicas da esquerda estúpida, recheadas de falácias e mentiras. Tudo, claro, com um pinguinho de ignorância.
Os Israelitas mostraram-se, ao longo da história, sempre disponíveis para negociar. Os Palestinianos e os árabes, por seu turno, demonstraram sempre uma indisponibilidade abrupta para negociar, pois não aceitaram, de modo algum, que o estado de Israel fosse criado.
Os egípcios repararam o erro e receberam os louros: tiveram a Península do Sinai de volta, e não voltaram a ter diferendos de relevo com Israel. Tal comprova que é possível negociar com Israel, desde que se esteja disposto a CEDER e a CUMPRIR aquilo que for acordado.
Mahmoud Abbas saiu das negociações. Veremos quando volta. Eu cá aposto que ele volta quando voltar a levar uma tareia das Forças de Defesa Israelitas.
No final lanço eu uma pergunta:
Se o Mahmoud quisesse realmente a paz, não deveria ele condenar veementemente os ataques do Hamas?
domingo, 2 de março de 2008
O CORÃO E TODO O AL-ANDALUZ É ALGO MUITÍSSIMO BONITO!

Na minha MODESTA opinião os desentendimentos não têm mesmo nadinha a ver com ética, têm a sua origem em duas premissas erradas que, guiadas por um temperamento exaltado, 'scrolam' asneiras pela caixa de posts abaixo como uma bola de neve – cada vez maiores, cada vez mais BARULHENTAS…
Zazie: 'os caricaturistas e os dos desenhos animados, e mais esta esquerdalhada acéfala de mão-dada com imigras de segunda cheios de tremeliques com medo de perderem status e passarem por magrebinos'
A esquerda, pelo contrário, esteve (e parte dela ainda continua) sempre na defesa incondicional de todo e qualquer não-ocidental. Apenas porque não é ocidental! Apenas porque é diferente dele! Porque, para o esquerdista, o não-ocidental é por natureza infinitamente bom. Pode matar e esfolar à vontade no Cambodja, no Afeganistão, no Ruanda, na China ou em Darfur, que o esquerdista vai sempre arranjar maneira de dar a volta à coisa e culpabilizar os americanos ou os israelitas.
Por isso é que eu achei a crítica ao texto de Valupi no Aspirina B errada, out of the blue, mas sobretudo terrivelmente injusta. Valupi faz parte de uma esquerda que já vai abrindo os olhos, que já se vai distanciando aos poucos de certos dogmas insustentáveis (ver mesmo reaccionários), que já acha piada ao filme Good Bye Lenine, mas que de maneira nenhuma é maioritária como Zazie sugere. Ainda há muito que labutar…
Imaginar um gigantesco complot do governo holandês juntamente com a esquerda, apoiado pelo Theo van Gogh, com a ajuda dos imigras de segunda, tudo isto para insultar os muçulmanos, obrigando-os a revoltarem-se, a cometerem atentados, que é para o governo holandês e dinamarquês ter um pretexto para os pôr na rua é muito original, mas é pura e simplesmente FICÇÃO CIENTÍFICA.
Zazie: 'Para afugentar os gajos. as caricaturas dirigiram-se aos imigrantes! e foi isso que o Carmo Rosa confirmou.'
Aqui a mesma aberração, ou seja, a premissa errada. Os jornais em países como a Dinamarca ou a Holanda, não fazem caricaturas políticas por encomenda do governo. Não estamos no Irão de Ahmadinejad.
Theo van Gogh, apesar de ter sido um dos melhores colunistas holandeses era, nos últimos anos antes da sua vida boicotado nos jornais nacionais. Porquê?
Porque era absolutamente inflexível, porque, como a Zazie, lá tinha os seus códigos de honra, porque, como a Zazie, não tinha papas na língua. Quando lá conseguia arranjar um jornal onde tinha uma colunazita, era-lhe muito frequentemente posta a pergunta, 'Theo até quando?’ , ele respondia sempre da mesma maneira, 'até ao primeiro risco vermelho da redacção e ponho-me logo na putas...'
Já disse isto, mas a Zazie, com a arrogância de classe que lhe é peculiar (estou a brincar) não me quer ouvir, nem se digna responder a um pobre imigra de segunda, (que nem sequer casa em Portugal tem!): os desenhadores fazem caricaturas da actualidade política, NÃO SÃO a actualidade política. Se os muçulmanos fazem rebentar bombas - desenha-se muçulmanos e bombas. Se os muçulmanos cortam cabeças – desenha-se muçulmanos de faca na liga. Se os muçulmanos passam o dia a jogar ao pião – desenha-se muçulmanos com a faniqueira enrolada à volta da pila, circuncidada para o efeito…
São os próprios muçulmanos que obrigam os outros a comparar! Porque têm a mania que o projecto deles (o Islão) é superior, porque querem impingir isso a toda a gente, porque são terrivelmente intolerantes, porque estão absolutamente convencidos que o Corão engloba toda a ciência, por isso, para quê ler outros livros! Mas se fizessem isso tudo em casa deles e não chateassem ninguém, tudo bem, cada um é como cada qual, mas o problema é que agora deu-lhes para exportar a imbecilidade - à facada e à bombada…
A Zazie diz que 'Nem é a religião que é anormalzinha, Conheço quem estude o Corão e todo o AL-Andaluz e é algo muitíssimo bonito'.
Aqui temos o problema das premissas. É que esta religião É MESMO MUITO ANORMALZINHA. E vai ter que ser domesticada para que os pobres muçulmanos respirem um pouco – sobretudo ELAS - e dêem um paço em frente. Mas o problema é que todo o crente muçulmano que tente uma outra interpretação do Corão, ou seja, esquecer por momentos as partes em que o ódio e o sangue pingam do livro sagrado, está feito ao bife – tem que se refugiar no terrível e decadente Ocidente… Como o famoso arabista egípcio Nasr Abu Zayd. E ainda por cima, quando se julgava em segurança no Ocidente, tem que ouvir da Zazie e quejandos 'que o Corão [afinal] é algo de muitíssimo bonito….' E que faz um pobre crente muçulmano quando ouve destas?
Dá um tiro nos cornos ou mete-se nos copos… Salaam Aleikum!
CARICATURAS DE IMIGRAS TUGAS, vestidos à alentejana!
- podes pois palerma, seu grunho…
“Gostavas que o jornal também publicasse caricaturas de imigras tugas, mascarados de bombistas e vestidos à alentejano?”
Se fosse caso para isso que remédio…
Mas já propus pior.
Por volta dos anos 80 e em conversa com um polícia espanhol, disse-lhe que se devia proibir a passagem em Espanha (de carro) a emigrantes portugueses, devido ao enorme número de acidentes que os francius provocavam nas estradas espanholas durante a época de verão. Por mim, poderiam atravessar Espanha de comboio, a pé, de bicicleta, de avião….. mas não ao volante de um automóvel.
Infelizmente a coisa não foi prá frente por falta de apoio político dos… americanos. Como vês, já não tenho cura, está-me no sangue, sou um descriminador nato. Doa a quem doer.
Mas isto das ‘caricaturas dos imigras tugas’ é um péssimo exemplo! Estás a dar-me razão sem te dares conta! Racionalmente já percebeste porque não se fazem caricaturas de portugas, mas emocionalmente achas que ainda é um pouco cedo para dar o braço a torcer.

“Como é que se vai deportar milhões de gente que se deixou entrar em excesso?”
Em excesso!
A economia holandesa está neste momento em franco crescimento e precisa de mão-de-obra. E todos os dias entram milhares de polacos para trabalhar seja no que for e toda a gente está muito contente com eles. (Assim como os portugueses estão contentes com os ucranianos…) Aliás, já ouvi uns zunzuns que o comportamento dos polacos não é exemplar como o dos portugueses – apanham bebedeiras monumentais ao fim de semana e outras coisas relacionadas com copos –, mas também não é assim tão mau que dê para fazer caricaturas. Todas as segundas-feiras de manhã estão sóbrios, lavadinhos, e prontinhos para o ataque.
O que levou o antigo vereador da câmara de Roterdão, Marc Pastoor (do partido ‘higienista’ do Pim Fortuijn), a mandar esta boca muito gira quando certos grupos étnicos se queixavam que são discriminados, ou que não há trabalho para eles: “querem trabalho? Levantem-se cedo e vão atrás dos polacos, de certeza que encontram…. trabalho”.
Eh pá, não faças essa cara, não gostaste da boca? É por o homem ser de direita?
Ninguém quer fechar as portas à imigração, só à imigração problemática. Justamente para não criar problemas suplementares. Nisto estão todos de acordo, até a esquerda social-democrata multiculturalista. A ministra da integração, senhora Vogelaar, grande ‘amiga de gente’ como diria o Pessoa, tem um orçamento de 250 milhões de euros para gastar com (40) bairros ditos problemáticos. E não convém, para bem da paz social, aumentar o número de bairros probl…. Tão simples como isto.
Mas agora não julgues que os bairros ditos problemáticos têm alguma comparação possível com o bairro do Cerco ou de S. João de Deus no nosso querido Porto…
O ‘insulto ao sagrado’ é uma das tuas fixações e creio que não há nada a fazer, é intrínseco, por isso é que tu também usas e abusas. Do insulto.
Na realidade tu até és muito parecida com o Theo van Gogh! Por isso é que eu gosto de ti. Assim como o Theo, alternas o insulto mais ordinário, mais feroz, com frases brilhantes, e mesmo com humor… O que dá uma grande vivacidade ao texto. Agora argumentos, vai no Batalha! É uma desgraça! É preciso andar a vasculhar entre as caralhadas com uma lanterna...
Mas como tu tens perdido algum tempo a fazer reclame não-remunerado às minhas afirmações no Aspirina, ainda por cima nas cores do nosso querido F.C. do Porto, e como ainda não sei enviar flores nem uma garrafinha de vinho pela net, pensei retribuir desta forma – traduzindo esta cartinha que o Theo escreveu ao Hezbollah cá da praça, Mohammed Benzakour, no dia 3 de Março de 2001 acerca da história dos ‘enraba-cabras’, no seu devido CONTEXTO - só pra ti Zazie:
Os meus, segundo vossa excelência, insultos sem papas na língua em relação a muçulmanos - sejam eles quais forem –, é verdade, foram escritos com a intenção de insultar; nós nunca conseguiremos insultar suficientemente pessoas que ameaçam a nossa liberdade de pensar, sejam eles muçulmanos, cristãos ou outros. Mas quero deixar aqui bem salientado que insultar alguém só porque ele é muçulmano nunca partirá da minha pessoa, porque os seguidores de Alá que se comportem como democratas tolerantes não os considero como inimigos…
Theo van Gogh
sábado, 1 de março de 2008
Direita I
Decorreu – decorre? – discussão amena como se quer entre pessoas civilizadas na caixa de comentários, não houve acordo e assim é que está bem. A zazie vence mesmo sem comparecência. A zazie não é a minha geração, formada a xaropadas de simpsons, que chegou a acreditar que a redenção estava no bairro alto, o futuro no techno punk, que perorou nas ruas de albufeira e estalejedou nas areias da Zambujeira, que errou em benidorm e travou amizade com o haxixe marroquino, cuja maior ideologia sempre foi “fuck up the world”, há na direita a que a zazie pertence um sentimento de perda, uma garganta sôfrega de retorno, o apelo a uma dinâmica oitocentista. Fabricado nas margens do rhine, o meu tempo foi quase sempre o futuro, um futuro cheio de mecânica quântica e electrónica. Acredito na Liberdade e no futuro dos homens, mesmo que os estime violentos, brutais, viciosos e que a organização da sociedade refém de homens, cerceada pela fúria dos deuses não deve responder a moldes messiânicos e respeitar o fruir e a roda dos tempos. Sem ansiar nostalgicamente por um passado irrecuperável ou por um futuro consumido pelas incertezas
A "crise do capitalismo"
Os tontos andam de repente todos muito dinâmicos
A causa é, como se sabe, o facto de o crescimento económico ter abrandado nos EUA.
A esquerda tonta, incapaz de engolir o sucesso da economia de mercado, sai da toca e, pela enésima vez, acredita que agora é que é, agora é que vai estoirar a tão profetizada crise do capitalismo que irá abrir caminho à revolução marxista.
É por isso que a esquerda rejubila com esta e outras "crises". Esta especialmente, porque a também profetizada catástrofe iraquiana, vai desaparecendo das primeiras páginas.
Para esta gente, cujo anticapitalismo e antiamericanismo são dogmas divinos impermeáveis aos factos, quanto pior melhor.
Mas os factos, sempre eles, estão-se completamente nas tintas para a ideologia.
É que, goste-se ou não (e a esquerda festiva não gosta) o sistema capitalista é incontornável. Imperfeito, claro, como todas as realizações humanas mas, até onde a memória alcança, superior a qualquer outro (referência especial aos comunismos e derivados com que nos continuam a acenar e que, entre 1960 1990, tantos estragos causaram por esse mundo fora)
Como já foi aqui mostrado pelo LO, a universalização da economia livre, tem garantido ao planeta um crescimento cuja média anual é de 5%.
5% não é um número abstracto, não é um conceito ideológico e dispensa adjectivações moralistas. Em menos de 20 anos a economia de mercado trouxe a Europa Central da miséria para níveis de desenvolvimento que se aproximam a passos largos dos da Europa Ocidental e libertou 800 milhões de pessoas da pobreza absoluta na China, Índia, Brasil, etc.
Nenhum outro sistema económico fez melhor, desde há pelo menos 30 000 anos.
Uma queda de 1 ou 2% no crescimento americano é importante porque, apesar da retórica desejante sobre a sua decadência, os EUA são a locomotiva da economia mundial, estatuto que lhes é garantido pela capacidade de inovação, flexibilidade, segurança jurídica, um sistema fiscal amigo do investimento e o dólar como moeda de reserva.
Ora estes pilares mantêm-se, não há concorrência no horizonte e as tendências de longo prazo apresentam, nos últimos 100 anos, um crescimento sustentado médio de 3% ao ano.
Assim sendo, é evidente que a economia americana não está estruturalmente doente como sonham os marxistas serôdios.
A tendência é sólida e, como todas as tendências, acomoda flutuações mais ou menos bruscas em ciclos mais curtos. Mas flutuações não são crises. Crise foi o que aconteceu em 1929 e em 1973.
A 1ª porque a Fed cometeu o erro de suspender o crédito, a 2ª porque Nixon aplicou serôdias medidas keynesianas, numa economia que já as tinha deixado para trás, com os mesmos resultados das sociais-democracias europeias: inflação galopante e desemprego.
Desde então não houve mais crises, porque não só a Fed e o poder politico aprenderam com os erros, como a experiência ensinou que geralmente é mais sábio não interferir em demasia e deixar o mercado lancetar os seus próprios excessos.
Que excessos?
Uma economia de mercado baseia-se no princípio da destruição criadora: foi o que se passou com a bolha das dotcom em 2000 e se está a verificar agora com instrumentos financeiros relacionados com o crédito imobiliário.
O facto de nem todas as inovações serem bem sucedidas, não conduz à conclusão de que o capitalismo financeiro e os seus instrumentos inovadores (como os derivados) estão todos errados.
A complexidade dos mercados financeiros possibilita hoje disseminar o risco e conduz a mais investimento e, consequentemente, mais inovação.
Haverá erros claro, mas o próprio mercado os corrige, numa dinâmica em que umas empresas morrem e outras nascem, num novo patamar de crescimento.
O ciclo pode ser cruel e assustador para as pessoas directamente prejudicadas que, como é evidente, não encontram grande consolação no facto de o processo ter um saldo positivo para um maior número de pessoas.
Mas é nestes momentos em que a demagogia dos profetas da desgraça procura semear o pânico, que convém explicar os princípios e benefícios da economia de mercado.
Explicar por exemplo que o Estado não é o oposto do capitalismo e que este não funciona onde não há Estado.
Explicar que o Estado não é jogador, mas o garante as regras do jogo e o ultimo recurso do sistema.
Explicar que é apenas esse o seu papel, porque quando procurar contrariar a destruição criadora se torna perigoso, pelas perversões que introduz.
Explicar que nos últimos 100 anos TODAS as grandes crises, a inflação galopante e o desemprego em massa, foram causadas por governos interventivos.
Explicar enfim que o crescimento baixa onde não há Estado e onde há Estado a mais.
Coincidências do camandro

As conclusões do Shleifer sobre a influência de Milton Friedman no contínuo melhoramento do estado do mundo no último quarto de século, têm sido disputadas pela passarada que anda na luta, aqui pelo blog. Munidos da mais rigorosa objectividade científica, objectam que, como qualquer scholar sabe, correlação não implica causalidade, e que por isso, a relação de nexo entre as reformas económicas de cariz liberal e a prosperidade dos países que as introduziram não está demonstrada.
O que é totalmente verdade.
Mas lá que há coincidências do camandro, há.
O gráfico veio daqui (vale a pena ver a imagem ampliada).
Adenda: Mais um chumbinho para matar a passarada.
O indicador direito como paradigma
Deitado numa maca, sem nada que fazer, reparei num médico segurando uma pasta com a não esquerda enquanto escrevia ao teclado com a mão direita.
Que disparate, pensei. Que má gestão permite que não se instale um suporte que permita aos médicos escreverem com ambas mãos?
O primeiro médico esteve lá uns 15 minutos. Escreveu meia dúzia de linhas usando sempre e apenas o indicador da mão direita.
Veio um segundo médico, sem pasta e escreveu, também, apenas com um dedo da mão direita e durante o mesmo tempo aproximadamente.
Apareceu um terceiro médico e a coisa repetiu-se. Parecia uma greve de zelo.
Cada médico estava poucos minutos com o doente e cerca de 1/4 de hora às voltas com o teclado, como quem mete o dedo no umbigo. Com ou sem dossier na mão esquerda, à excepção de um único, todos teclavam apenas com o indicador da mão direita.
Percebi então que não havia má gestão, bem pelo contrário. Porquê gastar verba numa mesa que, de qualquer forma, seria inútil?
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