Somos governados por batatas assadas durante quatro anos seguidos. Pode também ser que sejam oito. Depois, e para desenjoar, e passamos a ser governados por batatas fritas. Passados outros quatro ou oito anos, voltamos à batata assada.
Rui Marques, uma daquelas pessoas que vive de servir batatas assadas e fritas, pensou seriamente na questão. Apercebendo-se de que os indígenas estão cada vez mais fartos de batatas assadas e batatas fritas, e também do perigo que isso pode constituir para o bem estar dos batateiros em geral, teve uma ideia brilhante: servir BATATAS COZIDAS.
Vai daí, ele e "sessenta cidadãs e cidadãos" (realce para o tique do politiquês correto do elas e eles) fundou o MEP, Movimento Esperança Portugal. Seguem-se alguns exemplares da nova oferta batatónica:
“O MEP não nasce com uma atitude anti-sistema, para dizer que os políticos são corruptos e que está tudo errado”
“O MEP é um movimento humanista que quer estar ao centro do centro político, entre o PS e o PSD, para que a partir daí seja possível construir pontes e sublinhar mais aquilo que nos une do que aquilo que nos separa”
De um modo mais resumido mas menos politicamente correto, o MEP é ‘mais do mesmo’.
Os idealizadores do MEP tomam os portugueses (ou as portuguesas e os portugueses, para ser politicamente correto) por mais estúpidos do que realmente são. É que para se ter mais do mesmo, fica-se como se está. Mais, as pessoas ficam-se pelas batatas não tanto porque não estejam mais do que enjoadas delas, mas porque não têm nada de melhor para escolher.
Não parece que o novo batatal venha a prosperar. Nada que deva preocupar a generalidade dos batateiros que continuarão bem de vida.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
3 comentários:
É como eu digo, mais rapidamente "legalizo" e abro um partido que uma empresa.
Quanto ao partido em si, nem tenho o que dizer, falta-me vontade.
@ Paulo Porto:
querem estar ao centro do centro político
Os franceses chamam a isto 'l'extrême centre'. Na realidade estes gajos são uns extremistas...
Batatas estufadas: Movimento Mérito e Sociedade
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