It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
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segunda-feira, 3 de março de 2008
Mahmoud Abbas quer festa
Como suspeitava, o Presidente da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Mahmoud Abbas, suspendeu todos os contactos das negociações de paz com o estado Israelita.
As negociações deviam estar a correr mal, apesar de todos os esforços feitos por Ehud Olmert e por George W.Bush. Arranjou-se, como pretexto, um ataque elaborado pelas Forças de Defesa Israelitas, que vitimou 42 pessoas, entre as quais 8 civis. Ora, portanto, 42-8 dá a módica quantia de 34 terroristas a quem Israel aplicou a justa retaliação pelos sucessivos rockets e katyushas lançados contra todo o sul de Israel, nomeadamente contra as cidades de Sderot e Beer'sheva.
Espera-se, agora, que o presidente Mahmoud Ahmedinejad venha lançar as palavras do costume. Espera-se, a qualquer momento, que Nasrallah saia do buraco em que está metido, algures em Beirute, e se arme em herói. Espera-se que a União Europeia condene o "bárbaro atentado" contra todo o povo Palestiniano. Quem dá lugar a Miguel Portas no Parlamento Europeu arrisca-se a estas coisas. Até suspeito que este acto de defesa Israelita dará azo a uma intervenção cheia de sensatez e perspicácia do Dr. Miguel Portas, na próxima sessão do Parlamento Europeu.
O que os tipos da Fatah querem, é voltar, pelo menos, às fronteiras de 1967. Por outro lado, o Hamas não quer nada disso: quer é os judeus dali para fora. Estes pontos de vista até têm algum em comum, especialmente no que toca à sua "utopicidade".
Se bem que reconheça que a Fatah teve que fazer um golpe de rins do caraças para tolerar um Estado Israelita, não posso concordar com a restituição das fronteiras de 1967. Essencialmente por duas razões: a existência de numerosos colonatos Judaicos fora do perímetro das fronteiras anteriores a 1967, por força de uma inteligente distribuição Judaica levada a cabo pelo Estado Israelita (já existiam, porém, colonatos nestas áreas antes de 1967); perigosidade da proximidade geográfica das grandes cidades Israelitas, nomeadamente Tel-Aviv e Jerusalém, que levaria a ataques cada vez mais mortíferos por parte do Hamas e de outras organizações terroristas Palestinianas.
De maior dificuldade afigura-se a questão de Jerusalém. A população da cidade, segundo censos efectuados no ano transacto, é 70% judia. Isto a juntar à componente histórica por detrás das reivindicações Israelitas, vem tornar os argumentos de Israel cada vez mais válidos. Isto apesar de a parte oriental da cidade continuar, em certas zonas, com maiorias árabes.
A questão dos refugiados tem muito que se lhe diga. Não existe nenhuma lei em Israel que impeça o retorno dos árabes a sua casa, isto apesar de todas as burocracias inerentes ao retorno, por motivos mais que óbvios. A questão dos refugiados está ligada ao medo que as populações árabes tiveram, sabe-se lá de quem e do quê, depois da proclamação de independência de David Ben-Gurion. Deviam ter medo que os judeus os "comessem", e por isso fizeram as malas e abalaram, começando, a partir daí, as teorias da conspiração de numerosos massacres e perseguições elaboradas por Israelitas. Não estou a dizer que não existiram alguns massacres, porque existiram alguns, mas sim a afirmar que não foram tantos nem de tão grande importância como muitos advogam. E, quando ocorreram, foram certamente actos isolados, provocados não pelo estado Israelita mas sim por alguns indivíduos mais extremistas.
Também não desminto que Israel tenha enveredado, de forma a defender os seus interesses nacionais, nomeadamente em matéria de segurança, em certos momentos, por uma política que incentivava a fuga dos Palestinianos. Mas tal foi uma consequência da conjuntura adversa a Israel, cercado pelos seus mais que muitos inimigos árabes.
Não condeno Israel por certas políticas, que apesar de erradas, têm que ser olhadas no contexto em que ocorreram.
O que defendo actualmente é uma renegociação dos acordos de Oslo, que, apesar de apenas terem 15 anos, já se encontram ultrapassados. Muitos analistas criticam-no. E eu concordo, em certa parte, com esses analistas, visto que os tratados têm alguma incoerência anexada. Mas considero estes acordos importantes pelo precedente que abriram nas relações entre Israel e a Palestina, mostrando que afinal era possível fazer a paz.
Os Israelitas cumpriram cabalmente a sua parte. Retiraram de Gaza, graças a Ariel Sharon, que, com este acto, viu-se desprovido de muita da popularidade que reunia desde a Guerra de Yom Kippur. Os Palestinianos também cumpriram a sua: fizeram o favor de voltar a dar razão aos Israelitas. Assim que os Israelitas retiraram de Gaza, o território virou anarquia. Israel voltou a ser atacado constantemente pelo Hamas e por outras organizações Palestinianas.
Quando Ariel Sharon cometeu o "erro" de visitar a mesquita de Al-Aqsa, numerosos amigos da causa Palestiniana entraram em estado de choque. Que insulto caro Ariel! Já não bastava ter-nos lixado na Península do Sinai e agora ainda vem vangloriar-se para a mesquita sagrada? Apareceram as Brigadas de Al-Aqsa.
Começara a II Intifada.
Eu costumo muitas vezes perguntar, a muita da esquerda estúpida que aí anda, se vale a pena fazer cedências aos Palestinianos. Eles, como resposta, lançam perguntas estúpidas típicas da esquerda estúpida, recheadas de falácias e mentiras. Tudo, claro, com um pinguinho de ignorância.
Os Israelitas mostraram-se, ao longo da história, sempre disponíveis para negociar. Os Palestinianos e os árabes, por seu turno, demonstraram sempre uma indisponibilidade abrupta para negociar, pois não aceitaram, de modo algum, que o estado de Israel fosse criado.
Os egípcios repararam o erro e receberam os louros: tiveram a Península do Sinai de volta, e não voltaram a ter diferendos de relevo com Israel. Tal comprova que é possível negociar com Israel, desde que se esteja disposto a CEDER e a CUMPRIR aquilo que for acordado.
Mahmoud Abbas saiu das negociações. Veremos quando volta. Eu cá aposto que ele volta quando voltar a levar uma tareia das Forças de Defesa Israelitas.
No final lanço eu uma pergunta:
Se o Mahmoud quisesse realmente a paz, não deveria ele condenar veementemente os ataques do Hamas?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
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Crise. Recessão. Depressão. Agora é que vai ser: os EUA vão entrar pelo cano e nós atrás deles. Talvez para a próxima. Para já, e pelo trigé...
22 comentários:
Os judeus estão cansados de serem alvos faceis.
Finalmente decidiram fazer frente aos seus opressores, força israel.
E bom trabalho RB :)
Caro RB, eu não sou tão crítico sobre a atitude de Abbas.
Claro que o ataque israelita ao Hamas lhe convém, mas por uma questão de legitimidade interna, tem forçosamente de se demarcar com contundência retórica, porque não pode entrar em Gaza em cima de um Merkava.
Os israelitas tb sabem disso e ainda ontem Barak fez o frete de falar grosso sobre Abbas.
Na rua árabe, todo o politico que não fizer, de vez em quando, violentas proclamações anti-israelitas, perde legitimidade interna. Por exemplo, Siniora, no Líbano, tem de picar o ponto de vez em quando.
Nesta parte do mundo, os políticos estão reféns de um demónio que nomearam.
No caso presente, a retórica feroz de Abbas, é absolutamente vital para ele que não pode de modo nenhum manifestar o que realmente quer: que os israelitas varram o Hamas.
Mas é mesmo só retórica e gestos teatrais, que os israelitas percebem e reforçam.
Ricardo e Lidador sabem expor bem as ideias e levantar as questões essenciais.
Parabéns.
O ódio entre Israelitas e Palestinianos, embora mais generalizado entre os últimos, devido aos
constantes apelos a ele feitos pelos dirigentes islâmicos, existe e as declarações de Abbas não
terão tanto efeito assim.
Não condenar Israel por prosseguir políticas erradas por conpreender o contexto em que são tomadas é o mesmo que contemporizar com os disparates de Hugo Chavez aludindo à pressão imperialista dos EUA: é sectarismo. O primeiro de direita e o segundo de esquerda.
Repare também que o fundamentalismo não é exclusivo dos palestinianos. Imagine o Ricardo que o Shaaz chegava com rédea solta ao poder em Israel... Os judeus ultra ortodoxos também se acham mandatados por Deus para instaurar uma Teocracia e o Antigo Testamento não é famoso pela tolerância que dele emana.
Quanto às fronteiras de 1967, existe uma resolução da ONU que nunca foi cumprida por Israel, pelo que não me parace nem utópico nem erro estratégico o retorno a elas. A implementação da solução dos dois estados deveria partir daí. O que me parece colonialismo e não uma política inteligente é a instalação de colunatos.
Agora, os israelitas têm todo o direito a se defenderem dos ataques de Hammas, Hebollah, Al Aqsa e outra escumalha adoradora da morte e o Estado Palestiniano deve sobreviver sem o recurso a mesadas israelitas ou norte americanas, pois nesse contexto, qualquer revolta é como cuspir na sopa.
Eu comparo o Kosovo e a Palestina, na medida em que tenho reservas em relação às capacidades de auto administração e de convivência pacífica com o respectivo vizinho detestado de ambos os estados, mas os povos têm direito à liberdade e à auto-determinação.
*(correcção) colonatos
" Israel por prosseguir políticas erradas"
"Erradas" sob que ponto de vista? O seu? O o Hamas? O do Irão?
"Repare também que o fundamentalismo não é exclusivo dos palestinianos."
Claro que não. Morder tb não é exclusivo dos pitbull, os lulus tb mordem, mas acha sensata a comparação?
"Quanto às fronteiras de 1967, existe uma resolução da ONU"
O caro amigo é capaz de me dizer em que parte do Direito Internacional se sustenta a obrigação legal de um estado invadadii, devolver os territórios conquistados na sequência da sua vitória?
Por exemplo, a obrigação legal da Polónia devolver Danzig à Alemanha?
Caso não saiba ( deixe lá, não é só você, a maioria debita a cartilha ideológica que lhe meteram na cabeça) à luz do direito da guerra (4ª Convenção de Genebra), e do DI relevante, não há ilegitimidade na colonização de terras obtidas no decurso de uma guerra defensiva, pelo vencedor que se defende vitoriosamente.
São terras disputadas que o vencedor gere como muito bem entender.
Israel, de moto próprio, devolveu o Sinai ao Egipto quando fez a paz. E quis devolver Gaza e a Cisjordânia também, ao Egipto e Jordânia que tinham ocupado esses territórios em 1948, impedindo a criação do Estado Palestiniano.
Actualmente as fronteiras de um estado palestiniano já não poderão ser as da partilha, porque essas foram recusadas pelos árabes. Nas guerras que moveram, Israel, estado agredido, ganhou e agora tem o direito de as desenhar à medida dos seus interesses.
Como dizia Atila, “ai dos vencidos”. Atacaram, perderam, não podem agora esperar que fique tudo como dantes e que não haja consequências, como se a guerra fosse um jogo em que se pode voltar atrás, fingindo que nada aconteceu.
" A implementação da solução dos dois estados deveria partir daí"
Essa sua "solução" poderia ter sido levada à prática em 1948.
Até 1967, os territórios de Gaza e da Cisjordania estavam ocupados por países árabes. Não era por “esse “estado que a OLP lutava, mas sim por aquele que se estendia até Haifa e Telavive, ou seja, pela destruição de Israel.
Hoje, a maioria da Fatah, quer apenas aquilo que os árabes antes recusaram: um estado palestiniano nos termos da Partilha. Se não o têm, a culpa não é de Israel, mas sim dos árabes e das escolhas que fizeram.
Mas o Hamas quer tudo. Há-de reparar que , apesar de Israel ter retirado de Gaza há mais de 2 anos, a malta continua a falar de "ocupação". São coerentes: uma vez que querem destruir Israel e apoderar-se de todo o território, têm de considerar que Israel ocupa ilegalmente Telavive, Haifa, etc.
"O que me parece colonialismo e não uma política inteligente é a instalação de colunatos"
Acha?
Bem, entre 1967 e 1994, Israel permitiu a instalação na Margem Ocidental de 250 colonatos árabes, cuja população subiu de 650 000 em 1967, para 2 milhões em 1994.
Refere-se a esses?
Ou esses são "bons"?
De resto, uma coisa para o RB: a questão dos refugiados não é tão simples como isso e está inquinada pela má-fé.
Quando os palestinianos exigem o “direito de regresso”, não se referem aos sobreviventes dos 725 000, mas aos seus descendentes, ou seja, cerca de 5 milhões de pessoas, exigência que nenhuma lei internacional sustenta.
Caro Lidador:
1. Políticas erradas do ponto de vista do próprio Ricardo Brilhante (vide post).
2. Embora a Religião Judaica não tenha um carácter universalista como as religiões Católica e Islâmica, nem o Lidador nem eu sabemos ao certo o que seria um Regime Ultra-Ortodoxo. Será que primaria pelo Humanismo? Por isso a comparação faz sentido, independentemente de o grande inimigo da civilização ocidental ser, neste momento, o Islamismo.
3. O Lidador apresenta a 4ª Convenção de Genebra e o Direito Internacional, eu apresento a Resolução 242 da ONU. Alega que o Egipto não aceitou a devolução da Faixa de Gaza nem a Jordânia a da Cisjordânia? Em que se fundamenta então a Resolução 242? Em que ficamos?
(Quanto à cartilha ideológica, não me venha com esse argumento, pois não pega. Eu sou de Esquerda E sou avesso a trokskismos, maoismos, anti-globalismos e outros fascismos).
4. Refiro-me a todos os colonatos. Ou o nome é infeliz ou se trata de uma opção colonialista, e considero-a errada. E, relativamente aos colunatos árabes, os números que apresenta vão de encontro às minhas reservas: esses milhões vão viver de quê? Vão comer os RPGs e os cintos de bombas? Só pode! E é obvio que não é sustentável o regresso de 5 milhões de pessoas porque os sobreviventes de 700 mil têm direito.
Caro Ricardo Brilhante:
1. Alguns analistas de esquerda consideram as opções de Chavez justificaveis face à (alegada) pressão imperialista dos Estados Unidos, não significando que esta pressão exista de facto.
No caso de Israel, não se deve compreender ou justificar políticas erradas à luz de um contexto desfavorável, que existe (de facto).
Neste contexto, a comparação tem cabimento. Mea culpa, pois não referi o carácter não factual da pressão americana, apesar do suposto envolvimento americano nos acontecimentos de 2002, em que Chavez foi temporariamente afastado do poder na Venezuela. Note, no entanto, que enfatizo o carácter não factual, pois não dou como real o referido envolvimento americano.
2. A comparação que teceu vem atrasada, pois no post anterior, afirmo o direito inalienável de Israel à auto-defesa e exponho a minha opinião sobre Hamas e quejandos, mas note que o Hammas venceu uma eleição e as verbas foram cortadas. Mas não invalida que a revolta se assemelhe a "cuspir na sopa enquanto se esfaqueia pelas costas, pois mesadas não são formas apropriadas à gestão de um estado, nem o Hamas tem legitimidade para governar se não aceita a existência de Israel.
3. O Kach foi impedido de concorrer às eleições para o Knesset, mas o Shaaz já foi parceiro de governo, ou seja, além de ligar muito aos livros, mostrou-se interessado no poder e acedeu a ele, certamente porque teve votantes. A certa altura, pretenderam que a plena cidadania Israelita deveria estar reservada apenas aos Judeus, entendento por Judeus somente aqueles que vivem de acordo com os textos sagrados... O Congresso Mundial Judaico foi forçado a intervir e, felizmente, a alarvidade não foi avante.
4. A Resolução 242, onde consta a seguinte frase:
"Withdrawal of Israeli armed forces from territories occupied in the recent conflict"
5. Quais seriam as consequências para Israel? E porquê catastróficas? A nível económico? Não me parece. Em termos de segurança, até com o défice de efectivos que referiu, a capacidade defensiva israelita é sólida. Concordo que esse cenário é altamente improvável e estou a favorecer, mas julgo errado meter no bolso uma resolução da ONU.
*(correcção) colonatos (recorrências quiçá freudiandas...)
Ricardo:
Eu entendi que se tratavam apenas de certas políticas, agora, não percebi que se referia a uma suposta incorrecção do ponto de vista do políticamente correcto, antes entendi que considerava essas políticas genuinamente erradas. Se se estava a referir ao regresso dificultado aos refugiados, então essa é uma política acertada, pois isso seria insustentável.
Caro Ricardo:
Nem o boicote a eleições é um método credível (existe legislação a cumprir), nem me parece que as supostas diferenças de valores inviabilizem discussões.
A democracia (pluripartidária ou directa, como na Suiça), a economia de mercado, o Humanismo e o Iluminismo, a separação entre religião e estado, os direitos humanos e a lei são, para mim e para si, os garantes da civilização ocidental. Penso que terá notado a crítica à posição dos tais analistas de Esquerda que referi.
Agora, não será legítimo denunciar ditaduras e ditadores, dejam elas e eles fascistas, marxistas ou islamistas? Não são igualmente avessas e avessos aos valores que mencionei acima? Foi Paul Wolfowitz quem apresentou desculpas a Kanan Makiya, em privado e a meio dos anos noventa, pelo facto de no final da I Guerra do Golfo se ter deixado Saddam Hussein e o Baas no poder. Um, era ainda um desconhecido, o outro estava já ostracizado pela generalidade da Esquerda, por defender que a I Guerra do Golfo devia ter prosseguido até ao derrube da ditadura iraquiana. Ambos estavam de acordo no combate à tirania. Estava, neste tema, o neo-conservadorismo de Wolfowitz tão longe do socialismo de Makiya?
Ou, mais do que as diferenças, deveria celebrar-se a vontade de lutar pela democracia exibida por ambos?
Quanto ao Shas e ao Kach, mesmo sendo o Shaz mais moderado, não se coibiu de tentar implementar princípios teocráticos e isso é pouco abonatório de um carácter democrático.
Caro Ricardo:
Essas consequências são muito graves e eu também acredito que Israel não aceite esses termos, mesmo sem Partilha, a solução dos dois Estados não deve ser abandonada. Por outro lado, suponhamos que Israel retira para as fronteiras de 67, se reatam as negociações de paz e se chega a um acordo? A partir desse momento, se um único rocket atingir território israelita, a legitimidade para uma ofensiva total e brutal é completa.
O Ricardo referia no seu post que 42-8 é um bom saldo... A questão não reside nos 34, mas nos 8 que tiveram azar. As operações militares têm que ser mais cirúrgicas do que isso
Caro Ricardo:
O problema é esse. Não querendo generalizar, arrisco afirmar que um qualquer hamas conseguirá sempre angariar indivíduos prontos a se detonarem ou a disparar os rockets.
Daí as reservas que mencionei anteriormente.
Puxar a população palestiniana da pobreza é uma solução fácil de propôr, conquanto essa população esteja disposta a isso.
Cumprimentos
Quando falamos de fundamentalismo islâmico (e o Hamas é, sem dúvida, uma organização fundamentalista) falamos de pessoas impermeáveis a qualquer tipo e pensamento racional ou lógico. Tenho seguido atentamente os escritos de um dos autores deste blog sobre o islamismo, e tenho a certeza que vivemos uma época muito perigosa. Basta pensar que foram detidos recentemente (se bem me recordo em Espanha) uns simpáticos paquistaneses, que andaram meio mundo para virem aqui à Europa arrebentarem-se e arrebentarem com uma série de pessoas com eles...
Quando falamos de Israel temos que nos recordar que é com este tipo de doentes mentais que os israelitas lidam todos os dias.
Parafraseando o Lidador (que nos recordou a musica do Sting “I hope the Russians love their children to”), só haverá paz no médio oriente quando os muçulmanos amarem mais os seus filhos do que odeiam os israelitas e os restantes ocidentais.
«(e o Hamas é, sem dúvida, uma organização fundamentalista)» ??? né nada migo Santos.
«Os Israelitas (..) ao longo da história, sempre disponíveis para negociar. Os Palestinianos e os árabes, por seu turno, demonstraram sempre uma indisponibilidade abrupta para negociar (..) etc»
Sim, os Palestinianos são corrosivos sabe?
Essa retória é um pouco acusadora de pecados.
Há um contexto, não se nega que não tenha havido oportunidades de ambas as partes, o problema é o imbróglio que esse núcleo acarreta.
Palestina tem a sua quê de confusão, nem tudo é HAMAS nem tudo foi HAMAS.
Que tudo está no desespero actualmente, é um facto.
Não é só "probeza", pobreza é uma mazela profunda, mas desespero com fome traduz facilidades para os xiitas da hezbollah.
Israel também tem culpa, não há desculpabilização de uns para outros. Tanto um lado como outro sofre o busilis não é ver (na minha opinião) o passado, porque senão nem com os filistues e hebreus saimos daqui.
É colocar ordem na bagunceira que a Europa criou e alguns estadistas financiaram.
«E quis devolver Gaza e a Cisjordânia também, ao Egipto e Jordânia que tinham ocupado esses territórios em 1948, impedindo a criação do Estado Palestiniano.
Actualmente as fronteiras de um estado palestiniano já não poderão ser as da partilha, porque essas foram recusadas pelos árabes. Nas guerras que moveram, Israel, estado agredido, ganhou e agora tem o direito de as desenhar à medida dos seus interesses.»
Amigo Lidador, vá estudar a melhor a matéria por favor.
Não foram recusadas pelos "árabes" e sabe disso perfeitamente. Corrija por favor ou necessita que eu lhe debite umas coerências?
«mas sim dos árabes e das escolhas que fizeram.» Mais uma vez, fala num plural inexistente actualmente.
Explique-me se afinal Israel colonizou ou não, ou coloniza ou não os actuais territórios? Não me parece que os Israelitas povoem esses territórios.
Os israelitas são uns mentirosos? E os palestinianos são o quê? Uns anjos? E os vizinhos de Israel são o quê? Meninos do coro?
Meu caro, já fui de esquerda, e de esquerda dura. É muito lindo dizer que Israel é uma criação do demónio, mas quanto mais leio e aprendo sobre esse conflito, mais chego à conclusão que, apesar de Israel não ser perfeita, quem está a agir de má-fé não são os israelitas.
E volto a insistir: os fundamentalistas islámicos são extremamente perigosos. Só quero saber porque carga de água foram arrebentar com as bombas em Madrid. Porque carga de água foram espetar aviões contra prédio apinhados de CIVIS.
E a esquerda defende estes loucos, só porque eles são anti-americanos?
Oh, pelo amor de Deus, ganhem juízo.
Puro veneno: Nunca ouvi dizer que um homem bomba judeu arrebentou um restaurante alemão
ejsantos disse:
E a esquerda defende estes loucos, só porque eles são anti-americanos?
Oh, pelo amor de Deus, ganhem juízo.
Boa sr. Santos.
Mas para perceber este conflito uma coisa que também ajuda, além de outras claro, é pegar num Atlas...
Mesmo Eretz Israel (o terrítorio bíblico que os ortodoxos exigem) é tão pequenino, ao lado dos enormes países árabes que o rodeiam, que uma pessoa cada vez mais se convence que os árabes têm mesmo má-vontade pá.
Também há quem diga que o Hamas não pode reconhecer Israel, não por questões políticas mas teológicas...
«A esquerda defende estes loucos»
????
A esquerda não defende "estes" loucos.
Quando se refere a "estes" loucos é à Jihad?
Ao Sharia?!
"Quando se refere a "estes" loucos é à Jihad?
Ao Sharia?!"
???????
Está a gozar comigo?
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