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sábado, 1 de março de 2008

Direita I

Decorreu – decorre? – discussão amena como se quer entre pessoas civilizadas na caixa de comentários, não houve acordo e assim é que está bem. A zazie vence mesmo sem comparecência. A zazie não é a minha geração, formada a xaropadas de simpsons, que chegou a acreditar que a redenção estava no bairro alto, o futuro no techno punk, que perorou nas ruas de albufeira e estalejedou nas areias da Zambujeira, que errou em benidorm e travou amizade com o haxixe marroquino, cuja maior ideologia sempre foi “fuck up the world”, há na direita a que a zazie pertence um sentimento de perda, uma garganta sôfrega de retorno, o apelo a uma dinâmica oitocentista. Fabricado nas margens do rhine, o meu tempo foi quase sempre o futuro, um futuro cheio de mecânica quântica e electrónica. Acredito na Liberdade e no futuro dos homens, mesmo que os estime violentos, brutais, viciosos e que a organização da sociedade refém de homens, cerceada pela fúria dos deuses não deve responder a moldes messiânicos e respeitar o fruir e a roda dos tempos. Sem ansiar nostalgicamente por um passado irrecuperável ou por um futuro consumido pelas incertezas

11 comentários:

zazie disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

(saltou)

É verdade que não sou nada disso e até te digo mais. Não sou nem nunca poderia ser de esquerda porque vivi o PREC,. Antes defendi a liberdade mesmo que em provocações divertidas e com risco q.b. Sei dar valor à liberdade porque aprendi a conquistá-la e nunca foi por decreto governamental.

Vivi isso antes do 25 A, sem qualquer arregimentamento político, depois fiquei onde sempre estive.

Não me considero de Direita, apenas porque tudo faz parte de um percurso de vida. Numas questões estou à esquerda da esquerda, de forma anarca; noutras à direita da direita, em particular daquela a que, na brincadeira, chamo de ornitorrinca.

Thanks por teres percebido o que estava a defender. Não é questão catalogável; não se aprende por ideologias.

Tens razão quanto ao sentimento de perda. Não existem conservadores optimistas. Isso é piada para utópicos ou contentinhos na decadência, achando que o mundo começou no dia em que nasceram.

Anónimo disse...

Com a Zazie a largar o veneno todo em cima de quem tem uma opinião diferente (ou até semelhante, mas tudo o que não é Zazie leva com os anticorpos), vamos ter de aprender a conquistar (alguma) liberdade de expressão sem ser por decreto governamental.

Que puta de post mais serviçal, directo ao coração da esponja de protagonismo; que pote de pudim, é aqui que o tempo se divide, a era pós-Zazie começa agora, e a blogosfera vai caputqueapariu.

JUNTA-TE A NÓS, VAMOS LUTAR POR UMA PARTE DO MUNDO LIVRE DA ZAZIE. ACREDITA, VAI SER A MELHOR PARTE DO MUNDO.

Anónimo disse...

Que silêncio que por aqui vai.

Anónimo disse...

Eu vi o futuro, vou contar-vos:
São estátuas da Zazie sendo derrubadas, assim como até hoje temos visto o povo trazer ao chão as estátuas dos ditadores.
Eu vi.

Anónimo disse...

Uau! Que poeta. :)

Anónimo disse...

Eatava a referir-me ao David, btw.

David Lourenço Mestre disse...

Tb não dou muito valor a direita/esquerda, a vida a realidade civica é demasiado abstracta

Quanto ao islao suspeito que nao há outra alternativa a nao ser o açaime da esfera privada – é a liberdade deles ou a nossa

"Nao existem conservadores optimistas. Isso é piada para utópicos ou contentinhos na decadência, achando que o mundo começou no dia em que nasceram"

Nem mais, there's nothing new under the sun

David Lourenço Mestre disse...

embora reduzir a realidade civica a dois hemisferios seja util

"Uau! Que poeta."

Já me chamaram isso um vez, na altura parecia me um elogio, hoje parece insulto. Os poetas sao uns lamechas

Anónimo disse...

Pois, mas a maneira como ilustrou o que sinto (pelos vistos sou um dos que andam ansiosos...) fez-me sentir all fuzzy and warm inside.

Se continua a provocar lamechices assim, corre o risco de também virar lamechas. :P

E não estou a ser sarcástico, prefiro guarda-lo em boiões de conserva para futuros Invernos frios e solitários.

David Lourenço Mestre disse...

bob, fancy words nao fazem uma lamechice