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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Da superior competência do Estado

Dois excertos desta notícia que dão bem ideia da competência do Estado e verdelhada na gestão do "bem comum" (via Eco-Tretas):
"Há quatro anos, após um incêndio, também em Agosto, no Mezio, o parque procedeu à venda das madeiras que renderam centenas de milhares de euros. O resto da madeira ficou lá amontoado, o que originou uma manta morta de vários metros de altura, o que dificulta a actuação dos bombeiros e meios aéreos, até mesmo o acesso aos locais onde está arder, pois os caminhos estão bloqueados. O dinheiro, esse, foi para outros interesses", disse Martinho Araújo ao JN.

[...]

"Isto é administrado por pessoas de Lisboa que não sabem o que é o PNPG[*]. Querem fazer disto uma reserva de "índios""
Esta tarde, em bate-papo com uma habitante de uma vertente em fogo e sobre o avanço das chamas em direcção ao vale, observava eu:
- Mais logo à noite o fogo chega cá abaixo.
- Não chega.
- Porquê?
- Porque as matas lá de cima são do estado.
- E não chega cá abaixo porquê?
- Porque quando chegar aos pinheiros mais abaixo os donos apagam o fogo. Estão à espera dele para que não arda o que lhes pertence.

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* PNPG - Parque Nacional da Peneda-Gerês

2 comentários:

Diogo disse...

Um excelente exemplo das virtualidades da propriedade privada, da livre iniciativa e do capitalismo.

Anónimo disse...

Sugestão: matas grátis para os blogueiros do fiel-inimigo, já!