Estava-se nos anos cinquenta do século passado, numa tertúlia em que participava Jorge de Sena. Discutia-se o tema recorrente: “Como salvar Portugal”. Nisto, o poeta espantou toda a gente: «O problema não é salvar Portugal, mas salvarmo-nos de Portugal». Pouco tempo depois partiu para o Brasil e daí para os Estados Unidos onde veio a falecer, em 1978, sem ter regressado à pátria.
Aqueles que estavam naquela reunião, há sessenta anos, julgavam que o obstáculo era Salazar. Mas depois veio Caetano, o PREC, Soares, Cavaco, Guterres, Barroso e agora Sócrates. O país ficou cada vez mais igual nos seus defeitos, a mesma “choldra”, como dizia o Eça, ainda que com novas embalagens. O problema não é Salazar nem os outros – somos nós, claro, que em conjunto não sabemos evoluir para além do fado da nossa mediocridade.
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sábado, 21 de agosto de 2010
Da sucessão de luminárias
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Alguém me explica porque têm a GNR e a justiça(?) que meter o nariz para saber se quem trabalha na pastelaria lá está dentro ou não?
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Um dos pilares do liberalismo e do mercado livre, é a constatação, colhida da prática, de que a concorrência, a livre formação dos preços, ...
3 comentários:
Eu vivo no exílio e francamente não tenho essa impressão...
Ainda bem que não regressou, pois paneleiros já tínhamos e temos cá muitos.
Há mentiras que inventámos sobre nós próprios, que juramos ser verdadeiras. Francamente...
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