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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Do sindicalismo de bigorna

Muito embora Carvalho da Silva declare que as condições de vida dos chineses tenham melhorado substancialmente graças aos neo-liberais, ele diz que as deslocalizações não se fazem para melhorar a vida dos chineses. A Carvalho da Silva não interessa que as condições de vida dos chineses melhores. Interessa-lhe apenas as pretensas intenções do investidor.

- A prégação não resolve o problema - responde Medina Carreira

...

Diz Carvalho da Silva:

"A Europa [mutatis mutandis] não tem identidade colectiva". Pois não. E porque carga de água havia de ter? A "Europa" é constituída por uma colecção de identidades colectivas chamadas países.

(Citando Bento de Jesus Caraça): "Nós não temos que nos adaptar, nós temos que viver o tempo em que estamos". Bom, temos dificuldades porque insistimos militantemente em não nos adaptarmos ao tempo em que estamos ... mas temos que viver o tempo em que estamos. E já encontrámos a solução para o dilema: pedir emprestado, pedir emprestado, pedir emprestado, pedir emprestado, pedir emprestado, pedir emprestado, pedir emprestado, ...

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Carvalho da Silva ... ai ai ... tão ridículo que dói. Dispara frases fragmentadas e fragmentárias.

...

Diz Carvalho da Silva:

- Portugal tem que pôr os seus actores económicos a apresentar projectos ...

... saia mais um plano quinquenal para a mesa do canto.

- O dinheiro apareceu para dar aos privados.

Pois. Os estados gostam de empresários que se encostam a ele porque os boys esperam sempre ganhar influência por essa via.

- Todos querem vender ... essa lógica vai ter que ser recomposta.

- [Para investir] É preciso ir buscar dinheiro onde ele existe.

Carvalho da Silva insiste nesta ideia peregrina pela qual 'alguém' tem que ir buscar dinheiro a algum lado para investir. Mas não está interessado em captar investidores. Quer dinheiro sem investidores. Entre Março de 2009 e Março de 2010 endividá-mo-nos mais 50 mil milhões de euros e Carvalho da Silva diz que é preciso ir buscar dinheiro onde ele existe.

Carvalho da Silva culpa as multinacionais por elas procurarem melhores paragens por todo o mundo. Todo o mundo percebe que é fundamental captar essas multinacionais menos os nossos sociais governantes e Carvalho da Silva. Carvalho da Silva contenta-se em dar lições de "moral" à multinacionais mas não se preocupa em perceber que tudo no mundo tem uma relação custo-benefício e que as multi-nacionais não andam distraídas.

...

Medina Carreira para Carvalho da Silva:

- O Senhor não progrediu uma polegada nos últimos anos.

...

Carvalho da Silva não percebe de todo, que o mundo continua e continuará a girar sem as suas iluminadas tiradas de beata pacóvia. Com ou sem Portugal, com ou sem a "Europa do social", o mundo continuará a girar.


1 comentário:

Carmo da Rosa disse...

Através do Google consegui saber quem é afinal este tal Carvalho da Silva…

Como é possível que este gajo seja o manda-chuva do maior sindicato de Portugal, e como é possível que lhe tenham dado um canudo de sociologia num período em que ainda havia exames – ou já não havia?

Que gajo mais chato, pretensioso e tão estúpido meu Deus:

“a sociedade não é de bons e maus, é de seres humanos….”

Ou quando confrontado com a realidade: “há números e seres humanos”

Só batendo-lhe! Admiro a paciência do Medina Carreira e do João Duque.