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quarta-feira, 4 de junho de 2008

Eleições Norte-Americanas III


Barack Obama escolheu como primeiro tema a abordar, depois de ter atingido os delegados necessários para a eleição democrata, o melhor amigo dos Estados Unidos da América no Médio Oriente: Israel. E esteve, a meu ver, muito bem.

A esquerda anti-americana, anti-sionista (não será anti-semita?), anti-capitalista e anti-globalização engoliu em seco. Pensavam, certamente, que Barack Obama iria trazer a "paz ao mundo" e em especial ao Médio Oriente, deixando de apoiar o "cancro" que é o estado Israelita.

Depois de ter ganho as eleições democratas, Obama sabe que tem que se deixar dos "Hopes". Tem que passar à acção: demonstrar que é uma pessoa séria, sabida e serena. Algo que, apesar de ser possível, lhe será difícil, especialmente se o comparar-mos com o candidato Republicano: John McCain. McCain ombreia totalmente Obama em várias matérias, sendo a seriedade, a postura, o conhecimento e a experiência apenas algumas delas.

Aquilo que Hussein referiu não me surpreendeu. O próprio Paulo Porto já tinha aqui referido no blog que Obama manteria boas relações com o estado Hebraico. Mas Obama foi mais longe: "(...) a segurança de Israel é um princípio sacrossanto e inegociável para os Estados Unidos. Israel e os Estados Unidos têm laços indestrutíveis".

Mais à frente, Barack lançou a frase do dia: "Jerusalém (...) deve permanecer como capital de Israel. Deve permanecer indivisível".

Depois, ainda deu uma facadinha no Hamas.

Grande estreia de Barack Obama como democratic nominee for the President of the United States of America.

PS: Jimmy Carter, o antigo Presidente Norte-Americano que tem estado entretido a contar as armas nucleares Israelitas, tem uma opinião contrária à minha: segundo ele, um ticket Obama-Hillary seria o pior erro que o Partido Democrata poderia escolher.

E vocês, em quem apostam?

5 comentários:

Unknown disse...

As declarações de Obama foram surpreendentes, mas, na verdade não surpreendem.
Se bem que esta frase pareça contraditória, a verdade é que Obama necessita de se mostrar tough nesta questão de Israel, porque há muitos votos em jogo na empatia entre os EUA e Israel.

A diferença é essa..Obama tem de fazer alarido para demonstrar. McCain não necessita de o fazer, o seu compromisso com Israel é um dado adquirido.

Obama tem tb de o fazer, porque as posições que antes assumiu sobre a questão são ambíguas e os seus conselheiros em política internacional são, em larga maioria, hostis a Israel.
É verdade que alguns dos seus principais estrategos de campanha são judeus (David Axelrod, por exemplo), mas há muitos judeus cujas visões de esquerda os atiram para o regaço dos inimigos de Israel ( Noam Chomsky, por exemplo).

A aristocracia democrata não se revê nestas posições de Obama, e se as engolem é por mero cálculo eleitoral.
Não estou a imaginar Jimmy Carter, actualmente tão empenhado no papel de idiota útil, a partilhar estas novas ideias de Obama.

Quanto ao ticktet, as ideias de Carter sobre a questão, demonstram que efectivamente o homem está senil.
É sempre triste ver a degradação de homens que não se retiram a tempo.
Por cá temos tb o Soares e o Pateta Alegre.
Dead men walking.

Paulo Porto disse...

Pois, caro RB, essa parece a 'one millon dollar question'

A verdade é que o Obama desde quase o início da campanha se posicionou como amigo de Israel. Por eleitorais que as suas afirmações sejam, há coisas que não têm retorno.

Depois há vários pontos a favor do Obama com efeitos eleitorais:
-Os trinta milhões de americanos sem seguro de saúde vão pesar no resultado, por mais que o sistema de saúde americano seja o melhor do mundo para os restantes 90% da população;
-os extremistas da esquerda americana que agora andam desiludidos com Obama, provavelmente continuarão a ir votar nele, nem que seja de olhos fechados (onde é que já vimos isto?)
-o Mr.Wrong (rev.Right) da campanha de Obama parece já ter sido digerido. Se se reparar, cada vez que Clinton trouxe o assunto, Obama aproveitou sempre para se demarcar e declarar discordância. Relembrar o assunto acabava por beneficiar Obama, ao contrário do que se pretendia. Tanto assim que Clinton concluiu que era preferível não voltar ao tema.
-É mais novo e tem um discurso muito ao jeito do 'american dream'.

As declarações sobre o Irão também são surpreendentes; é que, sendo certo que disse que queria falar diretamente com os iranianos, também é certo que declarou que os EUA devem usar todos os meios (TODOS) para impedir que o Irão tenha armas nucleares. Ainda não li declarações deste tipo em mais nenhum lado.

Se o Obama se continuar a ganhar simpatia no eleitorado conservador, provavelmente vai ganhar.

Quanto ao mais, se olharmos para o passado da política externa americana, dificilmente podemos dizer que os presidentes democratas foram menos defensores dos EUA do que os republicanos. Claro, fica por resolver a questão do envolvimento de Clinton na transferência de tecnologia nuclear para a China.

Diogo disse...

«E vocês, em quem apostam?»

Apostamo em que é absolutamente indiferente. McCain e Obama trabalham para os mesmos donos.

Um abraço

osátiro disse...

Até agora, Obama quase só dizia "change".
Agora tem de mostrar posições concretas.
As declarações sobre Jerusalém procuram tirar terreno a McCain, mas foram + longe:por ex., a embaixada dos EUA é em Telavive.
A reacção de Abbas e Saed Erekat foram demolidoras e até um pouco mal educadas com Obama.
Se ele ganhar( o q parece ainda difícil), os anti-Bush doentios irão ficar ...doentes!
Com o Irão, passa-se o mesmo: a necessidade de ir buscar votos onde McCain está à vontade.
Quando colocou todas as hipóteses em relação aos Ayatollahs repetiu, embora com voz frágil: "everything".
E ainda o vamos ver a rever a posição quanto ao Iraque!
Aliás, qualquer dia vai lá(depois de McCain) e se o governo iraquiano lhe pedir para as tropas continuarem...
Então seria a apoplexia total dos anti-Bushistas primários!

ml disse...

E vocês, em quem apostam?

É para o lado que durmo melhor.
Embora tenha cá 'a hunch' de que votavam mais depressa num candidato com saias mas louro do que num ~americano.
Que decidam como lhes der mais jeito.