ML
Parece que ambos estamos indisfarçavelmente com os dois pés na metafísica, e em campos opostos. Em vez de factos em bruto baconianos chafurdamos em factos em bruto de inspiração mística. Factos com que podemos concordar ou recusar, mas não discutir. Não concorda comigo e eu não concordo consigo. Pelo menos e justamente no fundamental. E nisto não há nada a fazer. Quem asseverou que da discussão nasce a concórdia ou nunca discutiu ou babava-se por solilóquios axiomáticos. E não há disposição filosófica ou psicológica que a apoie. O que vem a propósito. A ordem em que vivemos, insisto, é essencialmente espontânea, não há uma ideia, uma cultura, um individuo, uma nação, uma causa, um credo, há vários, em desassossego permanente e dotados de vontade própria, a crença num caminho racional – ou pior, racionável – é irracional, não há um motor ou vários – pura metafísica, e velhíssima. Há revoluções e novos reinos de liberdade, padrões em que se manifesta uma semi-consciência colectiva, mas não são começos absolutos, são começos relativos, quando os homens se reúnem para realizar novas sociedades olham invariavelmente para trás, porque a tragedia humana é invariavelmente a mesma. É aqui que eu não posso concordar – fora dos instantâneos que marcam o renascimento de Roma. Eu não nego a politica – como atitude calculista e de transformação – nego-lhe poderes místicos, não é só uma questão metafísica ou de plano – é o grau de consciência na fluidez do processo histórico
It is quite gratifying to feel guilty if you haven't done anything wrong: how noble! (Hannah Arendt).
Teste
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sexta-feira, 6 de junho de 2008
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