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segunda-feira, 30 de junho de 2008

Eleições Norte-Americanas VI


As últimas sondagens noticiadas pela comunicação social Europeia têm dado claras vitórias a Barack Obama. Embora, actualmente, Obama tenha ligeira vantagem (em termos de Estados considerados já ganhos) não se justifica o absurdo rótulo de próximo Presidente dos Estados Unidos da América.

Era óbvio que Barack Obama iria crescer nas sondagens com a desistência de Hillary Clinton. Porém, tem sido ocultado um facto de extremo relevo: McCain vai buscar 30% do eleitorado Clinton.

Baseando-me em várias sondagens, fiz algumas contas. Segundo essas contas, Obama vai, neste momento, à frente de John McCain: 213 delegados contra 201. Estão, a meu ver, atribuídos 414 dos 538 votos do colégio eleitoral. Faltam, portanto, por atribuir 124 votos.

As coisas estão longe de estar acabadas. Ambas as candidaturas não podem estar certas de nada até ao dia da eleição.

Como sabemos, as sondagens nos Estados Unidos da América têm que ser sempre levadas um pouco de pé atrás: várias foram as vezes em que candidatos apontados como vencedores se saíram mal no dia da eleição. Aconteceu com Hillary Clinton este ano, aconteceu com John Kerry em 2004. Estamos a 4 meses das eleições e ainda existe muita coisa passível de se alterar.

Entre os estados divididos destacam-se o Ohio (20), a Pennsylvania (21), o Michigan (17), o Missouri (11), a Virgínia (13) e o Colorado (9).

John McCain tem estado a trabalhar bem em alguns destes estados, mas acho que o que é de frisar nesta altura é o seu extremo esforço em cativar os mais conservadores do partido, que valeram o segundo mandato a George W. Bush. Isto porque John McCain, figura muito liberal dentro do GOP, é olhado com um certo desdém entre as hostes evangélicas, um importante eleitorado que tende a votar nos candidatos Republicanos.

É do voto destes conservadores que depende a nomeação de McCain. Se não os conseguir levar às urnas, de pouco valerá os votos que mais nenhum candidato Republicano em toda a História retirou aos Democratas (salvo Ronald Reagan).

A campanha de Barack Obama tem um ponto a seu favor: o seu extremo empenho em levar a luta até ao voto. Estão muito mais mobilizados que os eleitores de McCain.

No entanto, eu também já foquei aqui outro aspecto relevante: Obama é adorado por uns e odiado por muitos.

Creio que os indecisos tenderam a votar John McCain no dia das eleições. Se assim for, John McCain nem tem que se preocupar em ir caçar votos aos democratas, mas apenas em garantir que os mais conservadores estão consigo.

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