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quarta-feira, 2 de setembro de 2009

MENTALIDADE DE TERRORISTA...


A problemática.


Uma organização islâmica (AEL - Liga Árabe Europeia) com sedes na Bélgica e na Holanda - filial do Hezbollah do Líbano - publicou há dias no seu site dois cartoons que fez com que a organização judaica CIDI (Centro de Informação e Documentação de Israel) apresentasse queixa em tribunal por anti-semitismo.


Num dos cartoons vê-se Hitler na cama com Anne Frank dizendo-lhe ‘aponta este no teu diário!’. Claramente inspirado num outro cartoon que um desenhador holandês, Gregorius Nekschot (pseudónimo), tinha feito há um ano,

e em que se vê Aisha na cama com um exausto Maomé. Aisha diz-lhe, ‘porque não experimentas Viagra u akbar!’

No outro cartoon vê-se um personagem a juntar cadáveres em Auschwitz enquanto o outro diz ‘de qualquer forma temos que atingir os 6 milhões’.


O Tribunal de Amesterdão deliberou que o cartoon da Anne Frank com o Hitler não era ilegal, mas considerou o segundo ofensivo para a comunidade judaica e determinou que a AEL deveria retirar este cartoon do seu site.

Segundo a AEL os cartoons não tinham o intuito de ofender mas apenas testar a liberdade de imprensa na Holanda. Segundo outros, pura vingança por causa dos cartoons dinamarqueses.

O vídeo

Programa diário de entrevistas na TV-holandesa (canal cristão protestante). Presentes os dois jornalistas, o porta-voz da CIDI (Ronnie Naftaniel), o representante da AEL (Imouthalib Bouzerda) e mais dois convidados que não participaram nesta discussão.

(Aparecem de vez em quando texto e imagens no vídeo que foram incorporadas mais tarde por terceiros. Não me foi possível conseguir o vídeo original)





No dia seguinte (20.08.2009) o jornalista Peter Breedveld escreve no seu blogue (Frontaal Naakt) o seguinte artigo:

Sou contra a proibição de praticar sexo com animais, porque acho uma intolerável ingerência do estado. Mas para protestar contra a proibição não vou enrabar uma cabra, porque acho isso uma nojeira. Tão pouco quero que as pessoas pensem que sou um enraba-cabras. Enfim, quero ser eu a tomar a decisão e não quero que as autoridades tomem essa decisão por mim.

A Liga Árabe Europeia não tem desses escrúpulos. Como protesto contra a decisão do Tribunal, que achou um dos cartoons injurioso, colocou o dito cartoon de novo no site. Dizem eles que não estão de acordo com o conteúdo, nomeadamente que o holocausto é uma invenção, ‘trata-se apenas de demonstrar a “dupla moral”, porque Geert Wilders pode colocar os cartoons dinamarqueses no seu site...’

Aqui se vê a mentalidade terrorista da AEL. Como vingança por ofensas sofridas da parte de Wilders a AEL desanca nos judeus, que nada têm a ver com a questão dos cartoons dinamarqueses! Porquê os judeus? Pelos vistos isto é um reflexo árabe, desancar nos judeus quando algo corre mal. “Mas atenção, nós não somos anti-semitas pá! Nós apenas lutamos pelo direito de o ser, e é evidente que não queremos ofender ninguém”.

A meu ver a AEL com esta acto mostrou inequivocamente a sua face. A publicação deste cartoon é um acto hostil, anti-semita, agressivo e demonstra um extremo mau gosto. Se eu fosse árabe não queria ter nada a ver com a AEL ou com alguém que de uma ou de outra forma estivesse ligado a AEL.

Esta questão demonstra mais uma vez porque razão a proibição de negar o Holocausto é uma má ideia. Muita gente, com medo de sanções jurídicas, vão evitar expor as suas opiniões anti-semitas. E assim vai ser para nós, pessoas decentes, muito difícil de separar o trigo do joio. A AEL demonstrou de forma clara com quem estamos a lidar.

13 comentários:

o holandês voador disse...

CdR:
Ainda que, pessoalmente, pense que este é uma "não-discussão" (de facto, um "cartoon" é um "cartoon"...) a verdade é que "post" do Peter Breedveld tem 65 comentários. Reduzi-los a onze comentários é bastante redutor. Sobre o AEL, estamos de acordo, é um grupo terrorista e como tal deve ser combatido/banido.

o holandês voador disse...

CdR:
Se defendemos a liberdade de imprensa em relação aos "cartoons" dinamarqueses devemos ser coerentes em relação aos "cartoons" holandeses. Quem está aqui errado, são as autoridades holandesas que proibiram os "cartoons" do Nekschot e do Bandirah, e não o Bert Brunssum, parece-me a mim. Não há inocentes nesta história e os judeus não são nenhumas "vacas sagradas" sobre quem deva ser proibido fazer anedotas. De resto, as melhores anedotas sobre judeus são dos próprios judeus, como sabemos...parece-me que há aqui algum exagero e muita hipocrisia. Presunção e água benta, cada um toma aquela que quer...

o holandês voador disse...

CdR:
Li os 65 comentários e, a mim, basta-me. Não vou obviamente traduzir os restantes 54, porque, como já referi, para mim é uma "not issue". Uma "tempestade num copo de água". Os holandeses sempre tiveram o "complexo judeu" e o Peter Breedveld não é excepção. Ou proíbem-se os "cartoons" todos, ou autorizam-se os "cartoons" todos. Não pode haver "cartoons" de primeira e "cartoons" de segunda. Se há idiotas que negam o holocausto, o que é que se há-de fazer? Prendê-los? Também penso que o Wilders é um cripto-fascista, mas longe de mim a ideia de proibí-lo.
Mais cedo, ou mais tarde, estas aberrações ideológicas vão sendo desmascaradas e o bom senso prevalecerá. O fundamental é que nós não os confundamos com a maioria dos grupos que dizem representar: nem os muçulmanos são todos terroristas, nem os holandeses são maioritariamente apoiantes das ideias defendidas pelo Wilders (a começar pelo próprio Peter Breedeveld).

Unknown disse...

"nem os muçulmanos são todos terroristas"

Este slogan é a típica falácia demagógica que impossibilita o diálogo.

Consiste pura e simplesmente em fulanizar o debate de ideias.

É óbvio que nem todos os muçulmanos são terroristas.
Mas as ideologia islamista é terrorista e é por isso normal que um nº substancial de muçulmanos encare a violência terrorista com grande descontracção.

Vejamos o nazismo ou o comunismo.
Nem todos os alemães nazis eram torcionários, mas o nazismo era uma ideologia torcionária.
Para a combater, houve que combater os nazis e os alemães.
E os alemães e nazis eram tão boas pessoas como o HV.

Hannah Arendt escreveu aliás um livro sobe a "banalidade do mal", sobre o modo como pessoas normais são levadas, por ideologias revolucionárias, à prática banal do mais absoluto mal.

Quer o HV dizer que não se devia atacar o nazismo e o comunismo, porque nem todos os comunistas e nazis eram fanáticos?

Quanto ao "fascismo " do Wilders, é espantosa a facilidade com que uma certa esquerda lança rótulos sobre as pessoas. Mais uma vez, fulaniza-se o debate.
Segundo se pode perceber, o Wilders é um democrata, um liberal, alguém que combate contra o islamismo que é, e não é difícil demonstrar, um fascismo.
E o HV inverte completamente os conceitos e chama "fascista" a alguém que arrisca a vida a combater um fascismo dos mais virulentos.
Ora bolas!

o holandês voador disse...

Lidador:
Não confunda alhos com bugalhos. Sabe tão bem como eu que que a Hannah Arendt se referiu aos regimes totalitários europeus (nazismo e fascismo) e que na análise dela eram analisadas as condições em que tais ideologias tinham chegado ao poder. Ou seja, foi depois dos regimes totalitários chegarem ao poder que o "mal se banalizou" e não em regimes democráticos.
A questão "muçulmana", em países como a Holanda, é residual e tem mais a ver com a criminalidade de jovens da segunda e terceira geração, que estão à margem da sociedade, do que com o denominado "califado", para o qual a maior parte destes jovens se está a borrifar. São gente já nascida nas sociedades ocidentais, para onde os seus pais emigraram há trinta e mais anos atrás e a sua atitude não é determinada por motivos religiosos, mas por auto-exclusão e práticas criminosas. Meta isto na cabeça e não fale do que não sabe: são criminosos e querer confundi-los (como pretende o Wilders) com seguidores do Islão, para virar a população contra a religião é uma idiotice pegada. Que existem elementos terroristas no seio destas comunidades é um facto - nunca o desmenti - e devem ser obviamente combatidos e anulados. Completamente de acordo. Quem o não estaria?
O Wilders é um idiota útil que teve de sair do partido liberal holandês, onde as suas posições já não eram toleradas há muito. Ele é tão democrata como o Le Pen em França ou o Machado do PRN em Portugal, que baseiam a sua actividade política num só tema - o ódio aos estrangeiros - a quem culpam por todos os males do Mundo. Porque não têm mais nada para apresentar, a não ser esta ideologia populista, usam o Islão como "bode expiatório" da sua incapacidade em defender (outras) ideias que não possuem. No fundo, o Wilders comporta-se exactamente como aqueles que ele diz combater. É o fascismo ou contrário.
Diaboliza um grupo étnico (como Hitler fez com os judeus) apelando aos sentimentos mais xenófobos e racistas da sociedade. Que haja idiotas que sigam tais apelos, é da história. Há sempre uma percentagem disponível para tais movimentos. Da mesma forma que o Pim Fortuijn no passado, este tipo de partidos não tem nada para oferecer à sociedade e quando chegam ao poder (caso do Partido de Fortuijn) desaparecem em menos de um fósforo. No fundo, são epifenómenos que, em sociedades de tradição democrática. como a Holanda ou a Dinamarca, têm muito pouca hipóteses de vingar. Nem mesmo em Portugal, onde a democracia é recente e onde o fascismo teve no poder quase cinquenta anos...

Unknown disse...

Entendo o seu raciocínio, HV.
Tem uma lógica interna e é certamente por isso que você o acha razoável.

Ou seja, para si, o facto de o fenómeno terrorista não tem nada a ver com ideologia, mas apenas com exclusão, pobreza e sentimentos de injustiça.

Esse raciocínio tem um problema, HV.
Não explica convincentemente porque razão está o islamismo na génese dos mais sangrentos conflitos do nosso tempo, não explica porque razão as fronteiras do Islão com todas as outras civilizações, são fronteiras sangrentas ( China, Rússia, Índia, Africa não-muçulmana, Israel e Ocidente), não explica porque razão outras culturas bastante mais pobres e excluidas não generam fenómenos de violência terrorista.

Por outro lado, a sua teoria faz tábua rasa não só do Corão, como cristalina conflitualidade que os líderes e povos muçulmanos fazem questão de proclamar contra nós.

OU seja, o HV não quer saber do que "eles" dizem e fazem. Não quer saber dos aspectos da realidade que contradizem a sua teoria.
O HV tem uma teoria vagamente marxista que o isola da realidade, e lhe permite discorrer com generalidades e chavões sobre qualquer fenómeno. Os pormenores chatos que a teoria não explica, são irrelevantes.

Um repto, HV: porque razão TODO o terrorismo apocalípitico à escala mundial é gerado por muçulmanos, contra todas as outras culturas e mesmo entre eles?

Unknown disse...

Quanto ao Wilders, uma vez que não tenho as suas capacidades telepáticas que lhe permitem saber o que é que o o Wilders "realmente pensa", tomo-o pelo seu valor facial:
Um liberal, um democrata, um homem com eles no sítio, que entendeu que no horizonte está a crescer a mais totalitária e perigosa ameaça que a nossa civilização já enfrentou.

O HV limita-se a verter rótulos sobre ele. Rótulos de ódio e intolerância, que contrastam fortemente com a infinita compreensão e bonomia com que justifica um a ideologia totalitária que aí mesmo onde você vive, ameaça e mata gente.
É muito estranha a sua atitude...

Unknown disse...

Já agora, na Alemanha o nacional-socialismo era um epifenómeno para o qual a maioria da população se estava a borrifar.
Tal como o comunismo, na URSS e nos países comunistas.

O facto de a maioria das pessoas não entender a tempo as ameaças existenciais, é tb ele, muito comum.
Fazer disso uma virtude, é que não lembra ao diabo.

o holandês voador disse...

Lidador:
Obviamente que o fenómeno terrorista tem a ver com ideologia. Mas quem é que lhe disse que os marroquinos holandeses são terroristas? Sabe do que fala? Não. Então porque é que insiste numa "boutade" sem qualquer sustentação científica?
Existem mais de um milhão e meio de muçulmanos na Holanda, entre marroquinos, turcos, indonésios, surinameses, paquistaneses e alguns povos africanos. Os únicos que levantam problemas são os jovens marroquinos, que estão concentrados em duas ou três cidades, nomeadamente, Amsterdão, Roterdão e Utrecht. O resto é completamente negligenciável e não merece sequer uma nota de roda-pé nos jornais. A maior parte das queixas contra esses jovens, que cometem desacatos, dizem respeito a atitudes que não têm nada a ver com religião, mas com desobediência civil e acções contra indivíduos que, obviamente, devem ser punidas. Como qualquer crime civil. Não têm nada a ver com pressupostos religiosos. A maior parte desses jovens marroquinos nem sequer frequentam as mesquitas.
Eu nunca escrevi que o terrorismo é uma consequência de pobreza, ou resultado de um sentimento de injustiça. Isso é a vulgata marxista e faz parte do esterótipo que você tem da minha pessoa. O que eu escrevi - e sei do que falo porque trabalhei anos a fio com centenas de muçulmanos - é que as segundas e terceiras gerações de imigrantes têm mais dificuldades de integração nas sociedades de acolhimento, pois não se identificam nem com a cultura paterna (que não conhecem a não ser de férias) nem com as sociedades europeias, que têm outras culturas e costumes. São, normalmente, rapazes jovens entre os 15 e 20 anos, que abandonaram o ensino médio e/ou têm poucas habilitações. Devido a essas razões, não têm geralmente ocupação. Passam os dias em bairros estigmatizados, onde a maior parte da população é estrangeira, e não frequentam o mesmo tipo de circuitos dos autóctones que, de resto, também não se misturam muito entre si. Uma sociedade de "contentores" com pouca interacção social. Os pais destes jovens são pessoas pacatas que, ou trabalham, ou estão reformados e passam os dias em casas de chá e nas mesquitas. As mulheres, como a maior parte das imigrantes, trabalham em empregos não especializados (hospitais, hotéis, fábricas, etc.). Trivial. Esta é a normalidade, eu diria, de 90% das comunidades muçulmanas. Querer transformar este Mundo banal, na "banalidade do mal" é um exagero completamente desfocado da realidade. Este cenário é, de resto, semelhante em países como a Dinamarca, a Alemanha, a França ou a Inglaterra, paises que conheço relativamente bem e onde, nalguns deles, já inclusivamente, vivi. Portanto, resumindo e concluindo, o que figuras e partidos como o Wilders e quejandos fazem é aproveitar desacatos em bairros de grande concentração de estrangeiros (onde há mais conflitos do que em bairros onde eles não vivem) e transformar estas questões em cruzadas contra o Islão, misturando problemas sociais com religião e ligando-os ao terrorismo internacional que, na Holanda, nunca teve uma grande expressão (à excepção de um núcleo detectado em Haia e preso em 2004).
Ainda sobre a ideologia apolítica do islamismo: os islamitas apolíticos não podem ser confundidos com os muçulmanos e o Mundo muçulmano. Os membros do Al Qaeda ou os Talibans são apocalipticos, mas a maioria do Mundo muçulmano rejeita a sua prática e nada indica que os venham a apoiar. A menos que o Lidador não conheça a diferença entre as duas definições, o que me custa a acreditar...

o holandês voador disse...

CdR:
"A Banalidade do Mal" existe em todas as sociedades, independentemente do seu regime político. Não tem só a ver com regimes totalitários. A Hannah Arendt utilizou o termo para caracterizar práticas das ditaduras dominantes na Europa do século XX, referindo-se concretamente à perseguição dos judeus. O estereótipo do oficial germânico que ouve Bach depois de um dia de torturas no quartel geral da Gestapo já foi glosado centenas de vezes e nunca foi respondido. Para George Steiner (aconselho "No Castelo de Barba Azul", ou "Errata: Revisões de uma Vida") esta é mesmo uma das principais questões da sua obra: como explicar que um dos povos mais desenvolvidos do Mundo (os alemães) pudessem ter cometido tais barbaridades e de uma forma tão sistemática? De facto...
Ora estas coisas não se explicam só pelas ideologias, ainda que essa seja a resposta mais à "mão de semear". A velha questão da explicação pela "causa-efeito" que, como sabemos, é curta como lógica. Banalidade do mal é o austriaco que manteve presa a sua filha 24 anos numa cave, perante a passividade da mulher e dos vizinhos que, aparentemente, nunca suspeitaram de nada. Ou nos EUA, onde um violador manteve presa a sua filhe e teve dela dois filhos, num subúrbio pacato da Califórnia. Ou do engenheiro civil holandês, que raptou o administrador do Albert Hein e, depois de tê-lo morto, continuou a pedir um resgate à família. Tudo mal, tudo banal...
Partir de exemplos isolados - que existem e devem ser combatidos - para estigmatizar toda uma comunidade, querendo fazer dos seus membros potenciais terroristas (como defendem demagogos populistas como Wilders), é abusivo e xenófobo. Portugal viveu 48 anos sob a mais longa ditadura europeia e não consta que os 9 milhões de habitantes fossem todos fascistas. Que disparate! De resto, muitos deles combateram o regime e muitos mais ainda recusaram participar na guerra colonial. O exemplo dado pelo Lidador, (os alemães apoiavam o regime e por isso deviam ser combatidos) é ridículo. Se os exércitos alemães estavam a invadir a Europa, como é que os aliados podiam combater as tropas nazis sem combater o povo alemão? Obviamente que os bombardeamentos da Alemanha teriam de atingir toda a gente. Interessante mesmo é ver a série da BBC, dedicada à Grande Guerra Mundial, e ouvir as declarações de um comandante da RAF que diz que os aliados já sabiam da existência de campos de concentração nazis em 1942. Então, porque é que não os destruiram? Tudo mal, tudo banal...
Os exemplos negativos dos marroquinos (porque, de facto é nesta comunidade que a maior parte dos desacatos têm lugar) já existem há dezenas de anos. Haverá um certo laxismo das autoridades holandesas em abordar questões culturais íntrínsecas aos estrangeiros. É uma política enraizada na longa tradição de acolhimento e de abertura relativamente a culturas estrangeiras - a que alguns chamam de "tolerância" e outros de "indiferença" - mas que de qualquer modo não pode ser assacada à "esquerda" ou à "direita". Quanto muito à tradição democrática dos países protestantes do Norte da Europa. Já a França tem uma política clara em relação à laicidade da sociedade (proibição do "lenço", ou da "burka", em escolas e locais públicos, por exemplo), mas essas medidas não se revelaram melhores do que na Holanda. Em que ficamos? Pomos os marroquinos todos na rua?

Unknown disse...

É um bocado desonesta a comparação que o HV faz relativamente aos judeus.
Os judeus, que se saiba, não faziam atentados terroristas, não tentavam impor a sua religião aos outros e à bomba, não atacavam outras pessoas.
Justamente eram atacados porque estavam de tal modo integrados que tinham um sucesso notável nas profissões liberais. Despertavam inveja, não medo.

O libelo de Hitler contra os judeus, sustentou-se em mentiras, especulações, paranóias e seguiu um padrão comum na Europa desde há dois mil anos: usar os judeus como bode expiatório de todos os males, desde a peste bubónica à crise da bolsa.
O que se passa com os muçulmanos é completamente diferente. Não só cavalgam uma ideologia agressiva, intolerante e conquistadora, como recusam a integração na nossa cultura, desprezam os nossos valores, e acreditam que o tempo, a demografia e a militância lhes vão dar isto de mão beijada.
Os muçulmanos atacam, matam, incendeiam, ameaçam, pressionam.
Não é imaginação, são factos, meu caro. Não os vê?
Não conhece as injunções corânicas nas quais se funda a sua acção?
Que precisa mais para perceber o que se passa?
Que uma bomba lhe mate alguém conhecido?
Que tenha de viver escondido por dizer alguma coisa que "ofenda" o Islão?

Repare, até o nosso José Mourinho,em Itália, tem a cabeça a prémio, por ter "ofendido" o Islão.

Acha que isto´e uma brincadeira? Acha que pode comparar os judeus, imolados como cordeiros, a gente capaz de tudo para matar os infiéis, os "cafres"?

Você pode viver na sua torre de marfim, provavelmente este processo já não o atingirá, mas os seus netos irão herdar de si e de pessoas como você, um mundo de trevas.
E terão de lutar porque gente como você não entendeu em tempo a big picture.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
RioDoiro disse...

... phishing.