"Nem todas as Verdades se dizem" no Outra Física
«sem a teoria das alterações climáticas, não seria possível desenvolver energias alternativas nem combater a poluição nem desenvolver uma consciência global. É uma grande mentira, o clima é ditado pelo Sol, segue as variações da actividade solar, mas é útil para a gestão dos povos de hoje. [...]
uma Religião-de-Estado é ainda uma religião de sacerdotes, distante do povo, como a dos Incas ou dos Maias, enquanto uma Igreja é participada e integrada pelo povo, que tem um papel activo nela. A Ciência-Religião-de-Estado sabe todas as respostas, nunca diz que não sabe, nunca se engana, não tem dúvidas; [...]
é preciso inventar constantes ameaças, sem as quais as pessoas começam a achar que não precisam da sociedade, que condiciona os seus instintos predadores, e começam a agir contra ela; é por isso que agora temos ameaças de epidemias todos os anos. Vejam esta gripe A: trata-se e cura-se como outra gripe qualquer, mas estabeleceu-se uma paranóia em torno dela que não tem qualquer outro objectivo que não seja fazer as pessoas sentirem que precisam da sociedade.»
«sem a teoria das alterações climáticas, não seria possível desenvolver energias alternativas nem combater a poluição nem desenvolver uma consciência global. É uma grande mentira, o clima é ditado pelo Sol, segue as variações da actividade solar, mas é útil para a gestão dos povos de hoje. [...]
uma Religião-de-Estado é ainda uma religião de sacerdotes, distante do povo, como a dos Incas ou dos Maias, enquanto uma Igreja é participada e integrada pelo povo, que tem um papel activo nela. A Ciência-Religião-de-Estado sabe todas as respostas, nunca diz que não sabe, nunca se engana, não tem dúvidas; [...]
é preciso inventar constantes ameaças, sem as quais as pessoas começam a achar que não precisam da sociedade, que condiciona os seus instintos predadores, e começam a agir contra ela; é por isso que agora temos ameaças de epidemias todos os anos. Vejam esta gripe A: trata-se e cura-se como outra gripe qualquer, mas estabeleceu-se uma paranóia em torno dela que não tem qualquer outro objectivo que não seja fazer as pessoas sentirem que precisam da sociedade.»
20 comentários:
Boa malha. Gostei.
ejsantos
O Alf, ao longo destes dois ou três anos, tem desenvolvido um conjunto de raciocínios muitíssimo interessantes, expostos de uma forma pedagogicamente notável. Só tenho pena de não dispor do tempo necessário para acompanhar regularmente o que escreve nos dois blogs, o que faz com que perca muitas das ligações que estabelece e, por consequência, a possibilidade de intervir por lá.
De facto, acompanharmos o Alf requer disponibilidade e vencer a preguiça mental (atennção, falo por mim). Mas é um blogger que, definitivamente, merece ser lido.
Mas quem é o Alf? Joga em que clube?
Só vê futebol à sua frente!
Não é um jogador, é um rocker.
http://www.youtube.com/watch?v=Jyn5AtRjngU&feature=related
@ ml: "Só vê futebol à sua frente!"
Cara ml, e ainda bem!
Futebol é menos elitista, mas como fenómeno social é bem mais interessante que as maluqueiras fenomenologistas do Barthes. Mas não é essa a questão, imagine que eu, sem qualquer tipo de introdução, me punha a falar do Mané! Você sabe quem é o Mané?
Por acaso conheço a figura do Alf, como extra-terrestre da TV. O problema é que há provavelmente mais Alfs cá na terra e se a coisa não for explicada, e se os postantes insistirem em escrever só para os amigos (in-crowd) num estilo 'inner speech', sem qualquer tipo de introdução, é evidente que eu, e provavelmente mais gente, não vão perceber a ponta dum corno...
É que eu sempre julguei que escrever em público - para gente que não conhecemos e que não estão ao corrente de todas as nossas taras – se deve fazer da forma mais clara possível, para que a grande maioria dos leitores percebam imediatamente do que se trata. E se não perceberem um detalhe – acontece – podem sempre servir-se da caixa de comentários para fazer perguntas…
E assim dá-se início a um interessante diálogo entre postante e leitor. Em grande parte dos casos este diálogo é-me vedado, porque não tenho a mínima ideia a que se referem os posts, e portanto tão pouco sei o que perguntar!
Tenho o sentimento que estou completamente enganado: clareza e vontade de comunicar são apriorismos – talvez arcaicos! - da minha parte e de maneira nenhuma, nesta terra, algo prioritário para a maioria… Pronto, estamos conversados.
CdR:
O Alf é alguém que se tem servido de dois blogues para dar conta de uma outra perspectiva da física que vai contra o que é hoje comumente aceite. Trata-se de alguém muito bem documentado e que constrói outra imagem com as peças do puzzle actualmente disponíveis. Controverso ou não, o certo é que, dentro do que sou capaz de abarcar há muita coisa que ele diz que faz muito sentido. A Física contemporânea tem, como qualquer ciência, muitos buracos; e todos sabemos que os buracos no conhecimento levam, frequentemente, a novas teorias, quase sempre contraditórias das que as antecederam, criando perspectivas antes não imaginadas. A comunidade científica não é assim tão aberta à mudança como a vulgata do cientismo pretende fazer crer e muitos bons cientistas têm sido ignorados, para mais tarde serem retomados. Lembro-lhe, por exemplo, Fred Hoyle, o autor de "O Universo Inteligente", a quem foi recusado o Nobel porque não concordava com a teoria do Big Bang (o termo "Big Bang", aliás, é dele, que o utilizava ironicamente). E que também escreveu livros de FC.
O Alf, repito, baseia-se em dados conhecidos e "oficializados", mas faz, entre eles, associações não exploradas, construindo com eles um outro sistema explicativo da realidade. Infelizmente, por falta de tempo, não lhe tenho podido dar tanta atenção como aquela que julgo que ele merece.
ml:
Deixe lá o gosto que o CdR tem pelo futebol, mulher! O futebol é giro! Olhe, o Camus, por exemplo, dizia que o futebol era a única actividade humana onde era possível encontrar um sentido (ou qualquer coisa assim...). E tanta outra gente de boa cepa...! E eu próprio, é claro.
Continuarei sem tempo para lhe responder durante mais uma ou duas semanas. Mas como a ml disse, isto é só um blog.
Fique bem.
@ José Gonsalo: ” O futebol é giro!”
José Gonsalo, o futebol não é giro, o futebol é divino! [Por acaso acabei há dias de receber uma proposta de uma editora brasileira para traduzir O Divino Canário (história do futebol brasileiro) de August Willemsen]
Bem-aventurados os pobres de espírito que não gostam de futebol (e de ténis), terão sempre o reino dos céus!
E quando chegarem aos Céus vão ter uma surpresa desagradável. Cristo juntou-se aos apóstolos não para espalhar a fé ou para passar o tempo em altas cogitações metafísicas, mas sim para formar uma equipe de futebol, beber uns canecos (vide a 'última ceia) e falar de gajas. (Isto foi-me agora mesmo comunicado por Deus Pai, depois de 3 Martinis claro)
Compreende-se agora porque razão todos eles são machos. Ou então! Será que seriam maricas?
Deixe lá o gosto que o CdR tem pelo futebol, mulher!
Por mim... Gostos não se discutem. Enquanto houver um comando à distância para zappar, estamos como Deus com os anjos.
O futebol é giro!´
Isso é que já é demais. Enquanto não for obrigatório, não me matriculo. E quando passar a ser, invoco o estatuto de objectora de consciência.
Também sou de boa cepa e por mim podia desaparecer já amanhã, não dava sequer dava pela falta.
Bem-aventurados os pobres de espírito que não gostam de futebol (e de ténis), terão sempre o reino dos céus!
Ainda está a referir-se aos do outro post que sabem sempre para onde fogem ou é apenas para dar início a um interessante diálogo entre postante e leitor?
É que quanto a isso... nah, não há papo. Olhe, imagine assim assim tudo o que pensa sobre o Barthes #$%GRRRRR§@@BRRRR###HUMPF, sei lá, e transporte-o para este tão aliciante tema.
@ ml: ”é apenas para dar início a um interessante diálogo entre postante e leitor?”
Precisamente.
Se o editor brasileiro editar o livro de futebol que traduzi ofereço-lhe um exemplar, vai ver que acaba por gostar de futebol. No início talvez não tanto o jogo, mas o fenómeno. (Eu não gosto de jogos de cartas, mas adoro o folclore – as discussões, os comentários - à volta da mesa quando quatro portugueses jogam à sueca).
O problema é que é possível zappar o jogo com comando à distância, mas não é possível escapar ao fenómeno de massas. Eu também gostaria de zappar a religião (sobretudo a da paz), mas parece que ainda não é possível.
Pois sim... abelha.
Sabe, sr. Carmo, eu em criança ia com o meu pai ao futebol e adorava. Ele comprava-me as guloseimas que se vendiam por ali e eu corria e saltava com as filhas dos amigos. Era um programão de domingo organizado pelos pais para as meninas.
Sempre de costas para o campo, só reagia ao 'bruá' colectivo e olhava com espanto de criança aqueles homens, tão respeitáveis e compostinhos no dia-a-dia no papel de pais, a esbracejar ridiculamente de mãos e guarda-chuvas no ar. Era um espectáculo e tanto.
E até fiz colecções de cromos com os meus irmãos, antes de esquecer os nomes por desinteresse absoluto.
Como fenómeno de massas é tão interessante de abordar como qq outro - os concertos pop/rock, por ex., que chegam a atrair mais de 100 000 pessoas em festa - se esquecermos o número anormal de gente a contas com a justiça e o número ainda mais anormal dos que têm conseguido escapar milagrosamente.
O espectáculo futeboleiro em si nem tem culpa nenhuma, é mais um que só faz bem a quem o vive, mas do meio em que se move e principalmente daquilo que atrai, quero lonjura e distância.
Quando um amigo meu, com uma postura que conheço em poucos, me disse um dia 'eu quero lá saber, o que eu quero é que amanhã o meu clube ganhe', percebi o segredo. Addiction.
@ ml: ”Ele comprava-me as guloseimas que se vendiam por ali e eu corria e saltava com as filhas dos amigos. Era um programão de domingo organizado pelos pais para as meninas.”
(O seu ‘close encounter’ com o futebol dava um excelente post!)
Teve sorte. O seu pai era um liberal. Pois eu lembro-me perfeitamente de ver ‘en passant’ as mulheres dentro dos carros estacionados perto do campo do Vilanovense pacientemente a fazer croché, enquanto os maridos iam para dentro do campo ver a bola… Creio que isto já não é possível! Hoje em dia no momento em que eles estão a ver a bola, elas estão-lhes a pôr os cornos para vingar as mães, e fazem elas muito bem…
O futebol também é isto, e também é tudo aquilo que você diz. Futebol é como a vida, drama e glória e muita coisa entre…
O seu pai era um liberal.
É verdade que não sei fazer croché.
Futebol é como a vida
Não, deus-nos-livre-e-guarde, a vida é muito mais interessante, variada e colorida do que olhar uns tipos por ali aos pontapés.
O Elton John quando actuou em Vilar de Mouros vinha de chuteiras e camisola às riscas, mas esse ainda cantava, tocava piano, falava com a multidão. Não vi, mas acredito.
@ ml: ”Não, deus-nos-livre-e-guarde, a vida é muito mais interessante, variada e colorida do que olhar uns tipos por ali aos pontapés.”
Ainda bem que eu disse ‘o futebol é como a vida’, não é a vida!
‘Uns tipos aos pontapés’!!!
Creio que é mais fácil ensiná-la a fazer croché do que iniciá-la nos segredos da beleza de um pontapé de bicicleta.
Creio que é mais fácil ensiná-la a fazer croché
Também sabe? E dá aulas pela net?
Não sei se aproveite, obrigada. Não gosto mesmo.
@ ml: "Também sabe?"
Não sei, mas mesmo assim parece-me mais fácil do que convencê-la a gostar de futebol...
O futebol em si não tem nada de errado, é um jogo como qualquer outro de que se pode gostar ou não.
O problema do futebol foi o percurso. Do desporto dos meus tempos de criança, passando pelo espectáculo que atrai multidões, tal como a música, até se tornar num negócio de máfias e feudos que, paradoxalmente, parecem estar a afastar as multidões dos estádios. É o que leio, não juro ser verdade.
De qq modo, se como jogo não me diz nada, como negócio de águas profundas muito menos.
ml,
Estou inteiramente de acordo consigo à excepção da blasfémia: [o futebol] ”é um jogo como qualquer outro”.
Pois é, vejo que a minha cara senhora demonstra muito mais respeito por religiões exóticas do que pela minha... UM JOGO COMO QUALQUER OUTRO?
O futebol começou por ser o desporto-rei mas é actualmente uma religião que aquece os corações de muitos fiéis, não o comparem com jogos provincianos como o andebol, basquetebol ou voleibol… Por favor!
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