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domingo, 6 de setembro de 2009

Da pena de morte em pós-modernismo

Vi apenas uma parte do debate Ferreira Leite – Louçã, a parte relativa ao Serviço Nacional de Saúde. Foi interessante ver FL defender o SNS com recurso a privados nos casos em que o SNS tenha tempos de espera demasiado longos e ver Louçã recusar essa hipótese por implicar pagamentos a privados.

MLF sublinhou que demasiadas pessoas sofriam danos irreversíveis provocados pelas listas de espera e mesmo assim Louçã manteve que não, que há que não pagar a privados porque isso seria financiá-los.

Não há dúvida. Louçã está disposto a deixar morrer para não estragar a elegância do sistema.

24 comentários:

Sérgio Pinto disse...

Lá vem a aldrabicezinha. O que o Louçã disse foi que, nos casos realmente graves, o privado envia os doentes para o público (de onde decorre que não seriam solução para o problema).

RioDoiro disse...

Não vem aldrabice alguma, ou tenho que lhe chapar com a gravação?

O assunto que abordei não foi esse com que, aliás, MFL concordou.

Em relação ao que escrevi, volte a ler.

Aliás, que problema há em que os doentes mais graves sejam enviados para o SNS? Não desconta toda a gente para ele? Ou quer proibir o SP que quem recorra ao privado, pagando, fique inibido de recorrer ao SNS? Alinha com Louçã?

Sérgio Pinto disse...

A única coisa que você chapa são as palas e é na sua própria cabeça, para garantir a continuidade da visão em túnel.

Sim, claro, é deixar morrer toda a gente. Aliás, foi exactamente o que o Louçã disse. Ler-vos é mais ou menos como ver na SIC Notícias o debate a ser 'explicado' por 3 comentadores 'imparciais' de direita.

DL disse...

Eu não percebo como é que é possível deixar esse homem, Louçã, dizer as coisas que diz como se nada fosse. Ninguém lhe diz nas trombas que o que ele defende para Portugal é um estado comunista? Ninguém é capaz de lhe explicar que o partido dele não representa quem ele diz representar e defender? Eu sou professor, e dispenso as defesas que ele faz da minha profissão. Havia de ser bonito: de professor passava a animador; de escola passava a recreio; em vez de aulas, teríamos doutrina. Louçã é um demagogo que sabe usar muito bem o verbo de encher fazendo-se passar por aquilo que não é. Por detrás do discurso benevolente está o maior dos totalitários. Vão a correr votar nele, depois queixem-se.

Sérgio Pinto disse...

Levy, tem toda a razão. O totalitário é ele, mas você é que se questiona sobre como "é que é possível deixar esse homem, Louçã, dizer as coisas que diz".

DL disse...

Caro Sérgio,

não se ponha a deturpar as minhas palavras. Sabe perfeitamente que o que critiquei é que ninguém diga na cara de Louçã aquilo que ele realmente é. E que o deixem falar à vontade sem lhe o dizerem. Eu sei que incomoda muito que haja gente que não adore o Grande Líder da extrema-esquerda portuguesa, mas é para que se sabia que nem todos vão na conversa de vendedor da banha da cobra que ele tem.

RioDoiro disse...

O Sérgio é como o Louçã. Diz o disparate e e continua dizendo disparates ignorando o desmascaramento dos disparates.

Tapa disparates com disparates pensando que a bosta passa a bolo rei (perdão, bolo comité central).

"Ler-vos é mais ou menos como ver na SIC Notícias o debate a ser 'explicado' por 3 comentadores 'imparciais' de direita."

Já sei, já sei. Tratar os que podem ser tratados é parcialidade porque "ajuda a iniciativa privada". Deixá-los chegar ao pondo de não retorno em termos de doença é manter imparcialidade. ... conversa de sacristão: à terra hão-de voltar.

Carmo da Rosa disse...

@ Levy: ”....nem todos vão na conversa de vendedor da banha da cobra”

Levy, quem dera que ele fosse um vendedor da banha da cobra, assim ainda a coisa se comia, mas o Louçã é um gajo chato como a potassa que repete a cassete marxista do século dezanove com o fanatismo religioso de um jesuíta do século dezasseis. Diferente do Jerónimo de Sousa, também é uma seca, mas este parece já não acreditar naquilo que diz.

Sobre isto recomendo o excelente artigo de Pacheco Pereira que o Rod teve a gentileza de introduzir:
http://abrupto.blogspot.com/2009/09/debate-louca-jeronimo-o-impasse-da.html

@ Range-o-dente: ”O Sérgio é como o Louçã.”

Rod, não estou de acordo, o Sérgio, não o conheço pessoalmente, mas pelo que diz não me parece ser tão chato como o Louçã – olhe que é difícil...

Sérgio Pinto disse...

Caro Levy,

Como facilmente compreenderá, "o que ele é" varia de pessoa para pessoa, dado que se trata meramente de uma opinião (ou seja, é subjectiva).
Aliás, tendo em conta que temos rondas de debates entre todos os candidatos, parece-me que terão todas as oportunidades de dizer o que acham que ele é.

Falha redondamente o alvo com essa história de 'Grande Líder' e tal, que eu não me dou bem com ídolos nem com 'salvadores da Pátria'. E, já agora, até lhe digo que compreendo a sua irritação: afinal, tinha acabado de ver alguém da sua área política ser desfeita no debate com o Louçã.

Sérgio Pinto disse...

Sim, Range, ainda bem que o temos a si para fazer a triagem e mandar os disparates para o lixo. Enfim, o recurso à aldrabice e a tentativa de tapar o sol com uma peneira são apenas meios para atingir o glorioso fim em que todos são tão iluminados e monocromáticos como os fiéis.

Boa sorte aí na luta para chegar aos 30%...

Sérgio Pinto disse...

Carmo,

Olhe que se procurar também arranja por aí inúmeros artigos sobre o Pacheco 'auto-proclamado-idiota-útil' Pereira...

ml disse...

Sim, claro, é deixar morrer toda a gente.

Eu também ando a ouvir mal, como tu. A mim também me pareceu que ele se baseou na falta de qualidade dos privados e que a solução não passa por recorrer a quem presta maus serviços, e caros, mas sim por pôr o SNS a fazer o que deve. E até com menos dinheiro do que se pagaria pelos maus serviços particulares.

Tentei segunda vez, e a audição não melhorou, consegui ouvir ainda mais pormenores de coisas que não foram ditas. Já hoje, por via das dúvidas, repeti a operação.
Nada feito, a minha audição continua a levantar-me muitas reservas.

Adorei (sou mesmo mazinha) ouvir a dra ser levada a confirmar tudo sobre a falta de qualidade a altos preços dos serviços privados, e confessar que prefere gastar mais no acesso rápido à baixa qualidade do que gastar menos a melhorar a acessibilidade à qualidade que o SNS oferece.

Diria, se gostasse de touradas, que um bom matador é um verdadeiro espectáculo.

RioDoiro disse...

SP:

"Boa sorte aí na luta para chegar aos 30%..."

É mais importante que os 20% passem a 0% do que a luta dos 30%.

Vencer a primeira luta é fulcral para que a segunda possa continuar.

.

Carmo da Rosa disse...

@ Sérgio Pinto: ” Olhe que se procurar também arranja por aí inúmeros artigos sobre o Pacheco,”

Muito possível, mas eu pensei que neste caso você estivesse plenamente de acordo com a opinião do Pacheco Pereira! O que ele diz não é nada que outros já não tenham dito, pensava até que sobre isto a concordância era total!!!

Não me diga que discorda?

DL disse...

Espero que todos os candidatos lhe digam o que acham que ele é. Mas pelos visto ninguém diz. Lembra-me Álvaro Cunhal em 1974/75, ninguém lhe dizia na tromba o que a maioria achava dele. Até que perceberam que se não lhe dissessem seria tarde de mais.

O Sérgio é que falha redondamente o alvo com essa do "alguém da minha área política", porque isso é coisa que eu não tenho. Sou apartidário, por isso não se ponha a adivinhar qual é a minha área política porque está a perder o seu tempo.

Julgo que é consensual que MFL não desfez Louçã, nem ele a desfez a ela, alias tendo em conta verborreia demagógica de Louçã, MFL até se saiu muito bem

ml disse...

nem ele a desfez a ela

Pois não, mas olhe que grande parte dos comentadores aludiu à bonomia e condescendência de um Louçã muito soft em relação à dra. Viu-se que não quis fazer sangue, não valia a pena, até porque não pescam nas mesmas águas. E basta ver o modo como se limitou a sorrir e deixar passar mais uma daquelas contradições bigodudas iguais à do SNS, desta vez a propósito do que ela chamou ‘imposição do casamento’.

A dra não é só fraquinha ideologicamente, é muito mais fraquinha ainda na contra-argumentação e deixa-se encurralar num ai.

Sérgio Pinto disse...

Range, acho que se vir a progressão dos votos no BE em 10 anos percebe que a tendência não é propriamente de redução para 0. Mas adiante, você é livre de ser utópico.

Sérgio Pinto disse...

Carmo,

Sabe muito bem que não concordo e que nem acho o artigo dele nada de especial. Pelo menos, nada de novo naquela gente que fica desesperada quando a votação num determinado partido não tem o percurso que eles gostavam que tivesse.


Levy,

Tanto quanto sei, ninguém anda a amordaçar os outros candidatos. Se nenhum diz isso é porque se calhar percebem que é 'argumento' que não ia colher.
Pode ser apartidário, mas é evidente pelo seu discurso que não é politicamente neutro (aliás, nem é coisa que exista).

No SIMplex alguém fez finalmente um post de jeito, e foi ao dizer que o Louçã se limitou a conduzir tranquilamente a Ferreira Leite ao cadafalso, algo a que ela nem ofereceu resistência.

DL disse...

Caro Sérgio

Ninguém os amordaça. Nem foi isso que eu disse. Apenas manifestei o meu espanto precisamente por isso: apesar de não estarem amordaçados, não lhe dizem aquilo que eu acho que deveriam dizer. Já vi que usa o mesmo estilo do dito, mas isso a mim não me impressiona.

Sérgio Pinto disse...

Levy,

Eu também não disse que você tinha dito isso. No entanto, fazendo apenas uso de raciocínio lógico, ou conclui que eles estão amordaçados e ninguém reparou, ou então até eles sabem que essa sua visão não é verdadeira e, como tal, não tentam sequer entrar por tais caminhos.

P.S. Olhe que as comparações com o Louçã não me incomodam absolutamente nada...

Carmo da Rosa disse...

@ Sérgio Pinto: ”Sabe muito bem que não concordo...”

Vou adivinhar! E não concorda com partes do exposto, ou não concorda com o teor?

Eu por exemplo discordo quando o Pacheco Pereira diz “O debate entre Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa [...] foi considerado mortiço e pouco interessante.”

Pouco interessante? Foi uma seca monumental...

E você, por exemplo neste capítulo, está mais perto da opinião do P.P. do que da minha?

Sérgio Pinto disse...

Carmo,

Não concordo com o teor, naturalmente. Pacheco Pereira (PP)caiu, desde que MFL foi eleita, nos erros que antes criticava a todos os outros. E nem vale a pena ir pela parte em que ele alude ao 'tom bíblico' do discurso do Louçã, porque dificilmente se arranja pessoa com imagem e ego mais autoinflacionados que o do próprio PP.
E o fim do artigo é ridículo. O Louçã em 1975 tinha 19 anos, é algo complicado alocar-lhe responsabilidades. Eu bem sei que em tempos houve um idiota qualquer que fez uma alusão semelhante ao falar da Ana Drago, mas a parvoícede terceiros não deveria ser exemplo a seguir.

Sérgio Pinto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sérgio Pinto disse...

Carmo,

Acabei por não responder à sua pergunta. Não vi o debate na altura Louçã-Jerónimo, mas não me custa imaginar que não tenha sido particularmente interessante. O da MFL-Louçã deve ter tido mais piada e o de hoje ainda deve ser melhor...